Mensagem

Poema
«Horizonte»
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Paul Gauguin, Paisagem

da Martinica (1887).
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Segunda Parte: Ó mar anterior a nós, teus medos

MAR PORTUGUÊS Tinham coral e praias e arvoredos.
II. Horizonte Desvendadas a noite e a cerração,
As tormentas passadas e o mistério,
Abria em flor o Longe, e o Sul sidério
Splendia sobre as naus da iniciação.

Linha severa da longínqua costa —

Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores;
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstrata linha.

O sonho é ver as formas invisíveis

Da distância imprecisa, e, com sensíveis
Movimentos da esperança e da vontade,
Buscar na linha fria do horizonte
A árvore, a praia, a flor, a ave, a fonte —
Os beijos merecidos da Verdade.
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Oposição estabelecida no poema:

passado/presente Revelação do mundo

«e o Sul sidério / Splendia
— Medos sobre as naus da iniciação»
— Noite
Passado
— Cerração
— Tormentas
O brilho da luz celeste
da constelação é um sinal
de que esta viagem
de revelação do mundo
— Revelação era desejada por Deus
Presente
— Mundo
paradisíaco

Caravelas portuguesas — «naus da iniciação»

Descobrimentos = Viagem iniciática
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2.ª estrofe

Linha severa da longínqua costa —

Quando a nau se aproxima ergue-se a encosta
Em árvores onde o Longe nada tinha;
Mais perto, abre-se a terra em sons e cores;
E, no desembarcar, há aves, flores,
Onde era só, de longe a abstrata linha. 1.º Veem-se «árvores»

2.º Surgem sensações

3.º Avistam-se aves e flores

Perspetiva
cinematográfica

Movimento progressivo
de aproximação à costa
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O sentido da viagem iniciática

Receber os «Beijos
Metáfora
merecidos da Verdade»

Os que sonham alcançam, Valor absoluto
como recompensa,
a Verdade

HORIZONTE — A linha do horizonte representa o que

(título do poema) pode ser alcançado pelos sonhadores
— Esta linha afasta-se permanentemente,
pois o horizonte está sempre distante
de nós
— Todos os sonhadores buscam o que não
têm. Perseguem ideais