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“TRABALHADORES-USUÁRIOS,

(SÃO ?)
TRABALHADORES-OPERADORES
DO TELEMARKETING.

UMA ABORDAGEM DA VIDA


COTIDIANA
NA GRANDE BELO HORIZONTE”
CONSTRUÇÃO DE PROCEDIMENTOS QUALITATIVOS DE
PESQUISA EM ANDAMENTO, E DE SITUAÇÕES-PROBLEMAS 1
DE TOPOLOGIA URBANA
O PROJETO DE
PESQUISA
• Projeto de Pesquisa : OPERADORES,
USUÁRIOS E PRÁTICA ESPACIAL A
PARTIR DO TELEMARKETING NA GRANDE
BELO HORIZONTE, MG.
TRABALHO, TEMPOS E SUJEITOS:
(IN)VISIBILIDADES EM TRÂNSITO NA
PRODUÇÃO DO ESPAÇO

• Subprojeto de Pesquisa :
TRABALHADORES-USUÁRIOS,
(SÃO?)
TRABALHADORES-OPERADORES DO
TELEMARKETING. UMA ABORDAGEM
DA VIDA COTIDIANA NA GRANDE
BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS.

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O PROJETO DE
PESQUISA
• Projeto de Pesquisa : OPERADORES,
USUÁRIOS E PRÁTICA ESPACIAL A
PARTIR DO TELEMARKETING NA GRANDE
BELO HORIZONTE, MG.
TRABALHO, TEMPOS E SUJEITOS:
(IN)VISIBILIDADES EM TRÂNSITO NA
PRODUÇÃO DO ESPAÇO

• Subprojeto de Pesquisa :
TRABALHADORES-USUÁRIOS,
(SÃO?)
TRABALHADORES-OPERADORES DO
TELEMARKETING. UMA ABORDAGEM
DA VIDA COTIDIANA NA GRANDE
BELO HORIZONTE, MINAS GERAIS.

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Estudo sobre metodologias de pesquisa qualitativa e quantitativa
• Referências :
A) “Metodologia qualitativa de pesquisa” Heloisa Helena T. de Souza Martins

B) “Introdução à Pesquisa Social Qualitativa / Qualitative Sozialforschung


Uma introdução para pensar qualitativamente” Philipp Mayring

C) “A pesquisa como um processo dialógico na produção do conhecimento” Vilma Moreira Ferreira


D) “Construindo o campo da pesquisa: reflexões sobre a sociabilidade estabelecida entre pesquisador e seus
pesquisados / The construction of the research field: reflecting on sociability among researcher and informers”
Silvana Nair LeiteI; Maria da Penha Costa VasconcellosII
E) “Relatos de vida em ciências sociais: considerações metodológicas.” Lucila Reis Brioschi e Maria Helena
Bueno Trigo

F) “Infoproletários. Degradação real do trabalho virtual.” São Paulo: Boitempo, 2009. ANTUNES, Ricardo; Braga,
Ruy (orgs.).
G) “Difusão da modernização pelo tecido urbano e reprodução socioespacial. Uma análise da prática
socioespacial a partir da prestação do serviço de tele-entrega em Viçosa, Minas Gerais.” Viçosa, 2009.
(Relatório de pesquisa) HONORIO, L. M., PESSOA, José Augusto Martins, COSTA, J. R. S.
H) “O estabelecimento do regime do hotel: apontamentos para um debate sobre as novas práticas sócio-
espaciais e a vida cotidiana.” In: CARLOS, Ana Fani Alessandri; LEMOS, Amália Inês Geraiges (orgs). Dilemas
Urbanos: novas abordagens sobre a cidade. São Paulo: Contexto, 2003, p. 386-397. PESSOA, José Augusto
Martins

I) “Tecido urbano, vida cotidiana e hospitalidades contemporâneas. Campos de prática e temas de pesquisa
em Viçosa, Minas Gerais.” Belo Horizonte, 2010. (Relatório de pesquisa) PESSOA, José Augusto Martins, COSTA, J.
R. S., HONORIO, L. M. 5
1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Listagem das Centrais de Teleatividades- CTAs, operação terceirizada e
direta , existentes em Belo Horizonte (2015)

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Cartografia das Centrais de Teleatividades- CTAs, operação
terceirizada, existentes em Belo Horizonte (2015)

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Cartografia das Centrais de Teleatividades- CTAs, operação direta
existentes em Belo Horizonte (2015)

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Definição, inicial, dos temas que a pesquisa pretende abordar

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Definição, inicial, da metodologia de abordagem dos pesquisados

• Pensar no local de abordagem


• Nos tipos/tipologias e quantidade de pesquisados
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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• REDEFINIÇÃO/REVISÃO, dos temas que a pesquisa pretende abordar

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Procedimentos metodológicos do primeiro momento de abordagem

• Foi decidido que seria


entregue uma câmera
fotográfica digital para
cada pesquisado, a fim de
que eles tirassem 3
imagens do local do
encontro, ao gosto deles.
• Seria marcado então, um
novo encontro, dentro de
15 dias em média, levando
as imagens impressas, com
o intuito de discuti-las com
os pesquisados.

• Essa foi a forma mais “sutil” de abordagem encontrada pelos


pesquisadores 12
1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Esboço da primeira ficha roteiro de abordagem

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1. PROCESSO PREPARATÓRIO DA
PESQUISA DE CAMPO
• Confecção das fichas roteiro do 1° momento de abordagem
Alterações que
tiveram que ser
feitas a mão,
antes do campo

Na tentativa de fugir
das “pranchetas” foi
feito um caderno A5
com 30 copias da
ficha do 1° momento
de abordagem

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2. EM CAMPO
• O primeiro local escolhido para a abordagem , foi edifício Acaiaca, na
Av. Afonso Pena, uma vez que foram mapeados ao menos,
04 CTAs-Centrais de Teleatividades (Call Centers ) próximos ao edifício,
na rua Espírito Santo
• Os pesquisadores se encontraram em frente ao ed. Acaiaca,
entretanto, o grupo teve muita dificuldade em abordar as pessoas que
passavam com muita pressa pelo local
• Devido a essas dificuldades em campo, o grupo resolveu atravessar
para a esquina ao lado do ed. Acaiaca, após o sinal de trânsito, onde
aparentemente as pessoas passavam com mais calma
• A mudança de local foi positiva, uma vez que o grupo conseguiu
abordar algumas pessoas que estavam paradas esperando, antes da
faixa de pedestre, para atravessar a av. Afonso Pena
• Depois de apenas1abordagem bem sucedida com pesquisado , o
grupo decidiu se deslocar para o segundo local pré-definido como
estratégico, a porta de uma CTA na rua dos Tamóios, próximo a
av.Paraná 15
2. EM CAMPO
• Na rua dos Tamóios, as abordagens dos pesquisados foram bem mais fáceis,
porque foi possível conversar com muitos operadores de CTA que saiam do
prédio, no horário de intervalo, para fumar.
• Como conclusão, o grupo percebeu que as abordagens dos pesquisados
eram mais eficientes quando as pessoas estavam paradas por algum
motivo, seja esperando o sinal abrir, seja para fumar, etc
• Antes de iniciar a abordagem dos pesquisados era estabelecido um
contato visual, para reconhecer os sujeitos sociais. Se correspondido, o
grupo se aproximava de maneira sutil e a conversa fluía de maneira
“natural”
• No mesmo dia, mais a tarde, o grupo retornou ao local anterior, e foram
feitas mais 3 abordagens de pesquisados bem sucedidas
• No segundo dia de campo foi na rua Sapucaí. Devido aos aprendizados do
primeiro dia, o grupo se posicionou em frente ao CTA, e em frente a escada
de saída da Estação Central do metrô, em que as pessoas estavam
paradas, apoiadas no guarda corpo ( balaustrada )
• Nem todas as abordagens aos pesquisados foram bem sucedidas. Muitas
pessoas se recusavam a conversar, ou até chegavam a fazer as imagens
pedidas, mas não aceitavam marcar um segundo encontro para conversar
sobre elas
• Outros locais de campo: rua Espírito Santo; av. Amazonas, na primeira
quadra 16
3. ANÁLISE DOS PRIMEIROS DADOS
• Após as visitas a campo, o grupo se reuniu para discutir sobre os
pesquisados e para analisar as imagens feitas

Exemplos de imagens produzidas pelos pesquisados 17


3. ANÁLISE DOS PRIMEIROS DADOS

Exemplos de imagens tiradas pelos 18


pesquisados
3. ANÁLISE DOS PRIMEIROS DADOS

Exemplos de imagens produzidas pelos pesquisados 19


3. ANÁLISE DOS PRIMEIROS DADOS

Exemplos de imagens produzidas pelos pesquisados 20


4. PREPARAÇÃO 2° MOMENTO DE
ENCONTRO
• Após a impressão das imagens, o grupo começou a preparar a ficha
roteiro do segundo encontro.
• O segundo encontro foi em forma de conversa semi-estruturada. Para
isso, o grupo pensou em gravar
estas conversas.
• Apetrechos de campo do 2° momento:
gravador, imagens impressas apoiadas
em uma prancheta e com uma folha
de papel vegetal por cima, canetas e
lápis de cor, a fim de que os pesquisados
tivessem a liberdade de rabiscar
e fazer anotações
( o que aconteceu raras vezes)

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4. PREPARAÇÃO 2° MOMENTO DE
ENCONTRO
• Foi definida então a ficha roteiro de abordagem do segundo encontro

Entretanto, após
retornar/revisar os
objetivos da
pesquisa de campo,
o grupo percebeu
a necessidade de
reformular a ficha
roteiro de
abordagem do
2°encontro.

A nova ficha
teria o enfoque
na temática:
trabalho

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4. PREPARAÇÃO 2° MOMENTO DE
ENCONTRO
• Assim como no 1° momento, foi montado um novo caderno A5 com
todas as fichas roteiro de abordagem do segundo encontro
• Os locais do segundo encontro
foram definido pelos próprios
pesquisados
• O grupo entrou em contato com
cada um dos pesquisados
pelo telefone, ou e-mail de
contato informados no
primeiro encontro
• Muitos pesquisados não
atenderam as ligações do grupo,
e houve uma redução
considerável no números
de participantes da pesquisa de campo

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4. PREPARAÇÃO 2° MOMENTO DE
ENCONTRO
• Para organizar os encontros do 2° momento foi montada uma tabela
• Como mostra a digitalização, os horários sofreram várias alterações,
remarcações , desistências, e até mesmo algumas inclusões de novos
pesquisados
• Mesma após a confirmação, muitas pessoas não foram ao encontro

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5. A 2ª ETAPA DE ENCONTRO
• As conversas do segundo encontro resultaram além do esperado
• O tema inicial da conversa era sobre “o tempo obrigatório (ou o do
trabalho profissional)”, mas durante as conversas foram abordados outros
assuntos importantes, como preconceito, credo, gênero e experiências
de vida
• Ainda, nesse momento, foi proposto um 3° encontro, e ao contrário do
que aconteceu na primeira vez, a maioria dos pesquisados aceitou e se
mostrou interessado em mais um contato
• Como forma de confiança, os pesquisadores assumiram a
responsabilidade de enviar uma mensagem por e-mail para cada um dos
pesquisados , com os arquivos das imagens e do áudio com a gravação
da conversa

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6. ANÁLISE 2ª ETAPA DE ENCONTRO
• A fim de organizar as informações obtidas com as conversas, foram
elaboradas tabelas
• Uma tabela com informações gerais

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6. ANÁLISE SEGUNDO ETAPA DE
ENCONTRO
• E uma tabela com informações individuais de cada conversa

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7. A 3° ETAPA DE ENCONTRO
• Assim como no segundo encontro, os pesquisadores entraram em
contato com os pesquisados por e-mail e via telefone , a fim de marcar o
local da 3° conversa
• Esse local foi definido pelos próprios pesquisados e é diferente do seu
local de trabalho, uma vez que agora o foco da conversa se desloca
para “o tempo livre (o dos lazeres) e o tempo imposto (o das exigências
diversas fora do trabalho, como transportes, idas e vindas, formalidades,
etc)”, ainda na vida cotidiana

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7. PREPARAÇÃO 3° ETAPA DE
ENCONTRO
• Agendamento dos encontros da etapa 3, fora do local de trabalho, e do
agradado do pesquisado

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7.A 3° ETAPA DE ENCONTRO
• Nesse momento da pesquisa, pretende-se estabelecer uma relação mais
próxima com os pesquisados, para isso, ao invés de montar uma ficha
roteiro de abordagem genérica, foi montada uma ficha individual para
cada participante
• Essa ficha roteiro foi feita de acordo com a análise dos dados das
conversas, com o apoio das informações organizadas nas tabelas
• Mesmo com as perguntas individuais, ainda serão feitas perguntas gerais,
que estarão contidas em todas as demais fichas roteiro de abordagem

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7. A 3° ETAPA DE ENCONTRO
• Ficha roteiro com perguntas gerais
• Sendo que essas perguntas foram
norteadas, principalmente, pelos temas
definidos inicialmente na pesquisa e
que passam diariamente por um
processo de revisão e adequação.

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7. A 3° ETAPA DE ENCONTRO
• Ficha roteiro com perguntas gerais
e específicas.
• A ficha ao lado, é um exemplo de
umas das fichas de abordagens
feita para um pesquisado em
particular.

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7. A 3° ETAPA DE ENCONTRO
• A 3 etapa de encontros aconteceu em diferentes locais das cidades.
• As imagens abaixo foram produzidas pelos próprios entrevistados
durante os terceiros encontros.

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7. ANALISE 3° ETAPA DE ENCONTRO
• Nessa terceira etapa de encontros ocorreram algumas situações
adversas.
• A primeira foi com relação á redução do número de pesquisados, que
agora conta com um grupo de 5 pessoas.
• Essa redução ocorreu, principalmente, devido a falta de tempo, e em
algumas vezes, falta de interesse, de alguns pesquisados.
• Entretanto, o grupo restante ainda compreende os requisitos definidos
no início da pesquisa, uma vez que participam 3 trabalhadores-
operadores de Telemarketing e 2 estudantes e trabalhadores que
passam diariamente pela área central
• As outras situações adversas foram com relação às conversas. Em quase
todos os encontros ocorreram situações imprevistas, como atrasos, e
mudanças de locais de encontro.
• O detalhamento de cada situação adversa está presente no
cabeçalho de cada ficha individual de transcrição das conversas. ( fase
atual da pesquisa)
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