O documento discute os conceitos de competição interespecífica, explicando que ocorre quando organismos de diferentes espécies disputam o mesmo nicho ecológico. A competição pode ser simétrica ou assimétrica e ocorrer por exploração de recursos limitados ou por interferência direta entre as espécies. O princípio da exclusão competitiva afirma que espécies com nichos similares não podem coexistir a longo prazo.
Descrição original:
Aula expositiva sobre Ecologia de Comunidades e População
O documento discute os conceitos de competição interespecífica, explicando que ocorre quando organismos de diferentes espécies disputam o mesmo nicho ecológico. A competição pode ser simétrica ou assimétrica e ocorrer por exploração de recursos limitados ou por interferência direta entre as espécies. O princípio da exclusão competitiva afirma que espécies com nichos similares não podem coexistir a longo prazo.
O documento discute os conceitos de competição interespecífica, explicando que ocorre quando organismos de diferentes espécies disputam o mesmo nicho ecológico. A competição pode ser simétrica ou assimétrica e ocorrer por exploração de recursos limitados ou por interferência direta entre as espécies. O princípio da exclusão competitiva afirma que espécies com nichos similares não podem coexistir a longo prazo.
• É uma interação entre indivíduos, provocada por uma
necessidade comum de um recurso e que leva a redução da sobrevivência, crescimento e/ou reprodução de pelo menos alguns dos indivíduos competidores envolvidos. • Portanto, diremos que duas espécies estão em competição se a presença de uma for “prejudicial” à outra. Competição interespecífica
• Competição em que organismos de diferentes espécies
disputam um mesmo nicho ecológico no mesmo habitat. Competição interespecífica
• Competição em que organismos de diferentes espécies
disputam um mesmo nicho ecológico no mesmo habitat. Competição simétrica e assimétrica
• Assimétricas – as consequências com frequência não são as
mesmas para ambas as espécies. • Simétricas – as consequências são as mesmas para ambas a espécies.
Existe um espectro de vai desde os casos de competição altamente
simétricas à casos de competição fortemente assimétricas. Competição de exploração
• Ocorre quando as duas espécies competem por um recurso
vital limitado. • A competição por exploração pode ser simétrica ou assimétrica entre duas espécies.
Duas espécies (A e B) que se
nutrem de C. A competição intra- específica foi omitida (mas pode existir). Temos aqui um modelo explícito de competição inter- específica por exploração. A relação entre A e C e entre B e C é de predador-presa Competição de interferência
• Uma espécie ativamente impede que a outra tenha acesso à
recursos vitais. • A competição de interferência pode ser direta ou indireta. É usualmente assimétrica. Uma espécie mais “forte” interfere na atividade de uma mais “fraca”.
Duas espécies (A e B) que se
nutrem de C. A competição intra- específica foi novamente omitida (mas pode existir). Temos um modelo explícito que incorpora a competição por exploração e por interferência. A relação entre A e C e entre B e C é de predador- presa e ademais A e B interagem por interferência. Competição de interferência • A formiga argentina (Linepithema humile) e a formiga californiana (Pogonomyrmex californicus). • A introdução da formiga argentina na Califórnia teve como efeito provocar o desaparecimento da espécie Pogonomyrmex californicus. Competição de interferência • Alelopatia - competição química, mas frequentemente registrada entre plantas. • Tipicamente mediada por substâncias tóxicas que causam dano aos outros indivíduos; Princípio da exclusão competitiva
• Georgiy Frantsevich Gause
(1910-1986), biólogo russo, foi o formulador do princípio de exclusão competitiva a partir de experiências realizadas com micro-organismos (1932). Princípio da exclusão competitiva
• É uma proposição que afirma que, em um ambiente estável no qual os
indivíduos se distribuem de forma homogênea, duas espécies com nichos ecológicos parecidos não podem coexistir, devido a pressão evolutiva exercida pela competição. Princípio da exclusão competitiva
• O nicho de uma espécie na ausência de competição de outras
espécies é seu nicho fundamental (definido pela combinação de condições e recursos que permite que a espécie mantenha uma população viável). • Na presença de competidores, a espécie pode ficar limitada a um nicho efetivo. Experimento
• As experiências de G. F. Gause foram realizadas com um grupo de
protozoários chamado de Paramecia. Gause estudou dois deles: Paramecium aurelia e Paramecium Caudatum.
• Foram inicialmente crescidos em culturas separadas, constatando-se
um crescimento do tipo logístico. Quando colocados na mesma cultura, o P. aurelia sobrevive e o P. caudatum é eliminado.
• A coexistência de espécies está associada a uma diferenciação dos
nichos efetivos ou a “partição” de recursos. Partição de recursos • Os lagartos Anolis encontrados na ilha de Porto Rico são um bom exemplo de partição de recursos. Nesse grupo, a seleção natural levou à evolução de diferentes espécies, que utilizam diferentes recursos. Experimento Experimento
• Em contrapartida, as espécies Paramecium caudatum e Paramecium
bursaria quando cultivadas juntas, ambas as espécies tinham um nicho efetivo: P. caudatum vivia e se alimentava de bactérias presentes no meio de cultura, e P. bursaria se concentrava nas células de leveduras no fundo do tubo. Antagonismo mútuo • Descreve uma situação em que a competição interespecífica é, para ambas as espécies, uma forma mais poderosa do que a competição intra-espécifica. Essa situação é conhecida como antagonismo mútuo. • Exemplo - Experimento realizado com besouro da farinha: Tribolium confusum e T. castaneum. Competição aparente • Existe também um conceito adicional relativo à competição, que é o que competição aparente. • Neste caso, devemos ter duas presas, não consumindo os mesmos recursos. • Portanto, elas não são competidoras por exploração. • Se supusermos porém que ambas são presas comuns a um mesmo predador, teremos que o aumento da população de uma das presas (por exemplo, por maior disponibilidade de recursos ou sucesso de estratégias de fuga) aumenta o número de predadores e portanto diminui a população da outra presa. • Em suma, o aumento populacional de uma prejudica a outra, e vice-versa.