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Metodologia

da Pesquisa

Os primeiros passos de um
Trabalho Acadêmico

Profª MSc Taís Paranhos


Citações
Conceito
• Citações = Trechos de outros autores
inseridos ao longo do texto, que esclarecem
e/ou complementam o que está sendo
discutido pelo autor/pesquisador.

• São necessárias para que se evitem o


PLÁGIO, que é a cópia pura e simples de
um texto, livro ou artigo de internet.
Tipos de Citação
• Citação Livre ou Indireta = Quando reproduzimos a ideia do autor,
sem transcrever suas palavras

• Citação Textual ou Direta = Transcrição exatamente igual ao texto


original, podendo ser em citações longas ou curtas

• Citação Textual Curta = Até três linhas, usamos dentro do texto entre
aspas.

• Citação Textual Longa = Com mais de três linhas, constitui parágrafo


independente, com recuo de 4 cm e tipo menor de letra (corpo 11)

• Citação de Citação = Citação de texto em que não se teve acesso a


original. Citamos o trecho de um autor existente na obra consultada e
referenciamos o autor seguido da expressão apud e o primeiro citador da
obra propriamente dita.
Citação livre ou indireta

Dessa forma, a Interdisciplinaridade é caracterizada


pela ousadia da busca, da pesquisa e da
transformação da insegurança na busca pelo
pensamento e construção do conhecimento
(FAZENDA, 2007).

(Observemos que essas palavras não são as de


Ivani Fazenda, mas falam em outros termos o que
ela disse)
Citação Direta Curta

Outro ponto a ser analisado é o fato da instituição


adotar a inclusão digital como parte do processo
de aula através das novas tecnologias, pois
segundo Levy (1999, p.30) “Os anos 80 viram o
prenúncio do horizonte contemporâneo da
multimídia”.

(Observemos que a citação tem menos de três


linhas e está inserida normalmente no parágrafo)
Citação Direta Longa
Pierre Levy (1999) traz uma nova definição de inteligência
coletiva, como uma atitude de ousadia e busca frente ao
conhecimento, e não apenas como uma união de saberes,
como fator de combate à destruição pela automação:

Quanto mais os processos de inteligência coletiva se


desenvolvem — o que pressupõe, obviamente, o
questionamento de diversos poderes —, melhor é a
apropriação, por indivíduos e por grupos, das
alterações técnicas, e menores são os efeitos de
exclusão ou de destruição humana resultantes da
aceleração do movimento tecnosocial. (LEVY, 1999,
p.25)
(Observemos que a citação tem mais de quatro linhas e está em um
parágrafo à parte, além de ter tamanho de fonte menor do que o do
parágrafo anterior)
Citação de Citação

Na primeira parte do trabalho houve a identificação


do problema, atividade realizada através da Análise
de Swot (CAVALCANTI & MELLO, 1981 apud
NASCIMENTO et al. 2010).

(Observemos que o autor mais antigo vem primeiro,


pra depois colocarmos o autor que nós citamos)
Citações de Vários Autores

Pode ocorrer de encontrarmos vários documentos,


de vários autores, que afirmem as mesmíssimas
coisas. Para citar, não escolhemos apenas um;
procedemos assim:

(ALMEIDA, 1992; LOPES, 1988; PAIVA, 2000)

(Como podemos observar, a ordem é alfabética)


E quando não tem autor?

Em alguns casos, o texto não tem autor


definido. Aí, colocamos o início do nome da
obra, com ano e página:

“Em Londrina, as crianças são levadas às


lavouras a partir dos cinco anos” (NOS
CANAVIAIS..., 1995, p.12)
Citação de Textos da Internet
Sempre colocamos o autor e o ano (página, claro, não tem).
Mas muitas vezes, textos de internet não têm as datas de
publicação. Na referência, há um jeito: colocamos a data de
acesso, mas e na citação? Colocamos o termo S/ DATA
entre colchetes:

“A hipertensão não tem cura, mas há alguns cuidados que


podem evitar o seu agravo como evitar o ganho de peso.
(OLIVEIRA, [s/data])”

(No entanto, recomendamos que você prefira pesquisar em


matérias jornalísticas ou acadêmicas, que normalmente têm
datas da sua publicação)
Notas de
Rodapé
Notas de Rodapé
• São usadas para acrescentar informação ou
comentário de forma a não interromper a
seqüência lógica da leitura, nem sobrecarregar o
texto principal.

• Aparecem na margem inferior da mesma


página onde ocorre a indicação de nota.

• Deve ser feita em algarismos arábicos


sobrescritos, com numeração consecutiva e
seqüencial para todo o texto.
Notas de Rodapé
• Indicam fontes consultadas ou remetem a outras
partes do trabalho onde o assunto foi abordado.

• A primeira citação de uma publicação deve ter sua


referência completa.

• A numeração é sobrescrita ¹

Exemplo:

__________
¹ ATKINS, P. W. Princípios de Química. Porto Alegre: Bookman, 1999.
Notas de Rodapé

• Existem dois usos possíveis para esse recurso. O


primeiro deles é a inserção de notas explicativas ao
longo do trabalho. Elas servem para esclarecer ou
complementar determinados trechos. Dessa
maneira, as explanações paralelas não interrompem
o fluxo da leitura principal.

• Outro recurso é a nota que é referente às


observações pessoais do autor, como também para
indicar dados relativos à comunicação pessoal e
trabalhos não publicados.
Notas de Rodapé

• Caso haja mais de um comentário referente à


mesma obra, na mesma página, podem-se
usar expressões latinas de abreviação. As
mais comuns são op. cit. (obra citada), id.
(mesmo autor) e ibid. (na mesma obra). Não
há limite máximo para notas de rodapé.
Uso do Idem
•Utilza-se Idem, somente em nota de rodapé, para
retomar o/a mesmo/a autor/a (a retomada corresponde
à nota antecedente), mas a obra (identificada pelo ano
da publicação) é diferente da que foi anteriormente
citada.

Veja um exemplo desse emprego em nota de rodapé.:

1 AMOSSY, 2010, p. 25.


2 Idem, 2013, p. 74.

Fonte: RVS Textos. Disponível em <rvstextos.wixsite.com/rvstextos/single-


post/2016/11/12/Idem-e-Ibidem> Acesso em 24 fev 2019 às 16h32
Uso do Ibidem
•Utiliza-se Ibidem, somente em nota de rodapé
para retomar mesmo autor e obra citados na
nota anterior. O que muda (ou não) é o número
da página da citação, somente.

3 CHARAUDEAU, 2007, p. 97.


4 Ibidem, p. 55.

Fonte: RVS Textos. Disponível em <rvstextos.wixsite.com/rvstextos/single-


post/2016/11/12/Idem-e-Ibidem> Acesso em 24 fev 2019 às 16h32
Exemplo
de
Rodapé
Referências
Referência de Livros

SOBRENOME, Nome abreviado. Título do Livro. Cidade:


Editora, Ano.
(aqui vale de um a três autores)

GOMES, L. Novela e Sociedade no Brasil. Niterói: EduFF, 1998

E a partir de quatro autores?

SOBRENOME, N. et. al ¹. Nome da Obra. Cidade: Editora, Ano.

URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidade


social para o Brasil. Brasília: IPEA, 1994.

¹ Et. Al = Et Alii = E outros autores


Livros Estrangeiros
com Tradutores
O nome do tradutor é escrito normalmente, sem o
destaque característico das referências

CHEVALIER, J.; GHEERBRANT, A. Dicionário de


Símbolos. Tradução Vera da Costa e Silva et al. 3ª Ed.
revista e ampliada. Rio de Janeiro: J. Olympio, 1990
Quando o autor é uma
Instituição
ENTIDADE. Obra. Cidade: Ano

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS


TÉCNICAS. NBR 10520: Informação e
documentação: citações em documentos:
apresentação. Rio de Janeiro: 2002

BRASIL. Constituição Federal. Brasília: 1988


E se o autor for
desconhecido?
Aí começamos a referenciar pelo nome da
obra, a qual não destacamos em negrito
por substituir o nome do (ausente) autor.

DIAGNÓSTICO do setor editorial brasileiro.


São Paulo: Câmara Brasileira do Livro,
1993. 64p.
E quando faltam
alguns dados?
Se não tiver a cidade, indicamos por [S.L.], vindo
do latim Sine Loco (Sem localização)

Se não tiver a editora, indicamos por [S.N.], vindo


do latim Sine Nomine (Sem nome)

E caso não haja o ano de publicação, ou


colocamos o ano provável (201?), século provável
(19??) ou então, no mais certeiro, [s/data]
Coletâneas
•Organizador (Org.)
•Coordenador (Coord.)
•Editor (Ed.)

MOORE, W. (Ed.) Construtivismo del


Movimiento Educacional. Córdoba: Ediciones
Argentinas, 1960
E quando citamos
parte de uma Obra?
Nesses casos, citamos a parte E a obra pois pode ser que os autores
sejam diferentes (nos casos de Org. ou Coord.) ou seja o mesmo
autor, sendo que você se restringiu a apenas um capítulo.Veja os
exemplos:

ROMANO, G. Imagens da Juventude na Era Moderna. In; LEVI, G;


SCHIMIDT, J. (Org.) História dos Jovens 2: A Época
Contemporânea. São Paulo: Companhia das Letras, 1996. pp. 7-16

(Ressalva: Normalmente artigos científicos são citados assim,


destacamos o livro, mas não o artigo)

SANTOS, F.R. dos. A Colonização da Terra dos Tucujus. In;


____________ História do Amapá – 1º Grau. Macapá: Valcan, 1994.
cap. 3 pp. 15-24
Artigo e/ou
Matéria de Revista
SOBRENOME, Nome do Repórter. Nome da
Matéria. Nome da Revista. Cidade, número da
edição, páginas, data de publicação.

(Na ausência do nome do autor, iniciamos com a


matéria, sendo o primeiro nome em maiúscula)

GURGEL, C. Reforma do Estado e Segurança


Pública. Política e Administração. Rio de
Janeiro, nº02, pp.15-21, set. 1997
Citações da Internet
SOBRENOME, Nome. Nome da matéria, artigo
ou texto. Como visto em <endereço do site>
Acesso em data e hora.

SILVA, M. Crimes da Era Digital. Como visto em


<http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevista
s.htm> Acesso em 28.11.1998 às 12h22
Citações de
Jornal Impresso
SOBRENOME, Nome (por extenso). Nome da
matéria, artigo ou texto. Nome do Jornal. Cidade.
Data. Editoria, página.

NASCIMENTO, Tatiana. Suvinil vai aumentar as


exportações. Diario de Pernambuco. Recife,
30.10.2004, Caderno de Economia. P.B3

(Se for a versão on line, citar como página de


internet)
Etapas da
Pesquisa
Etapas da Pesquisa
• ESCOLHA DO TEMA – deve-se realizar uma pesquisa
exploratória, verificar a bibliografia existente sobre o assunto. (ex:
Direito Ambiental)

• DELIMITAÇÃO DO ASSUNTO – corresponde a selecionar e


escolher um aspecto do tema. (ex: Aspectos jurídicos da
contaminação das águas subterrâneas no Município de Recife,
Estado de Pernambuco)

• PESQUISA BIBLIOGRÁFICA – levantamento das obras do assunto


escolhido, sua leitura e anotações.

• (leitura prévia leitura analítica leitura crítica ou reflexiva)


Etapas da Pesquisa
• SELEÇÃO DO MATERIAL COLETADO - anotações em fichas,
resumos, análise, transcrições de trechos, esquemas, ...

• Seleciona e classifica as anotações de acordo com as partes do


trabalho (introdução, metodologia, marco teórico, conclusão)

• PLANEJAMENTO DO TRABALHO – serve para conduzir e


orientar a redação prévia, é organizar logicamente as partes do
trabalho (sumário provisório).

• REDAÇÃO PRÉVIA DAS PARTES – é a primeira redação, deve


ser revista pelo menos 2 vezes.
Etapas da Pesquisa

• REVISÃO DO CONTEÚDO E REDAÇÃO – é uma leitura crítica,


é uma revisão geral não só da redação, mas também do
conteúdo, das ideias expressas no texto.

• REDAÇÃO FINAL E ORGANIZAÇÃO DAS REFERÊNCIAS – de


acordo com as normas da ABNT.
Modelo do Projeto de Pesquisa

Como a pesquisa diferencia-se uma das outras, seja pela


área da pesquisa ou objetivos:
• Não há como fixar um único modelo para a redação.
• A ordem não precisa ser rígida, mas deve atender as
finalidades estabelecidas.
• Quando se faz trabalho científico deve dividir em três
partes:
•Elementos pré-textuais.
•Elementos textuais.
•Elementos pós-textuais.
Modelo do Projeto de Pesquisa

• ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS:
•APRESENTAÇÃO: capa, contracapa ou folha de
rosto, lista de ilustrações e sumário.
•ELEMENTOS TEXTUAIS:
•INTRODUÇÃO: tema delimitado, justificativa,
problema, hipóteses e objetivos.
• EMBASAMENTO TEÓRICO: teoria de base,
definição dos termos e revisão da literatura.
• METODOLOGIA: tipo de pesquisa, população e
amostra, coleta de dados, análise dos dados.
Modelo do Projeto de Pesquisa

• ELEMENTOS TEXTUAIS:
• CRONOGRAMA
• SUPRIMENTOS E EQUIPAMENTOS
• ORÇAMENTO FINANCEIRO: custo pessoal ou
material.
•ELEMENTOS PÓS -TEXTUAIS:
• REFERÊNCIAS: bibliográficas ou eletrônicas.
• APÊNDICES.
• ANEXOS.
Referências
• GIL, A.C. Como elaborar projetos de pesquisa. São
Paulo: Atlas, 2002.
• LAKATOS, E.M. e MARCONI, M.A. Fundamentos de
metodologia científica. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2003.
• ___________. Metodologia do trabalho científico. 6. Ed.
Revista e ampliada. São Paulo: Atlas, 2001.
• MEDEIROS, J. B. Redação científica - a prática de
fichamentos, resumos, resenhas. 5. ed. São Paulo: Atlas
2003.
• SEVERINO, A. J. Metodologia do trabalho científico. 11.
ed. São Paulo: Cortez, 1984.
• RUIZ, J. A. Metodologia científica: guia para eficiência
nos estudos. 4. Ed. São Paulo: Atlas, 1996.

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