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Cuidados Básicos de Saúde e Planeamento Familiar: Ação 1: Cidadania e Empregabilidade
Cuidados Básicos de Saúde e Planeamento Familiar: Ação 1: Cidadania e Empregabilidade
saúde e planeamento
familiar
- saúde
- doença
- contágio
- Diabetes
- Doenças auto-imunes
- Obesidade
- Hipertensão arterial
Conteúdos programáticos
6. Saúde Mental
7. Planeamento Familiar
- Definição e objetivos
- O essencial da contraceção
8. Vacinação
9. Administração de Medicamentos
- Asfixia
- Feridas e Hemorragias
- Inconsciência
- Fracturas
- Queimadoras
- Envenenamento
- Corpos Estranhos
Saúde
Doença
Contágio
Saúde
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define a saúde como sendo o estado de completo
bem-estar físico, mental e social. Ou seja, o conceito de saúde transcende à ausência de
doenças e afeções. Por outras palavras, a saúde pode ser definida como o nível de eficácia
funcional e metabólica de um organismo a nível micro (celular) e macro (social).
A saúde de um indivíduo pode ser determinada pela própria biologia humana, pelo ambiente
físico, social e econômico a que está exposto e pelo seu estilo de vida, isto é, pelos hábitos de
alimentação e outros comportamentos que podem ser benéficos ou prejudiciais.
Saúde
O estilo de vida, isto é, o conjunto de comportamentos adotados por uma pessoa, pode ser
benéfico ou prejudicial à saúde. Um indivíduo que mantem uma alimentação equilibrada e que
realiza atividades físicas diariamente tem maiores hipóteses de desfrutar de uma boa saúde.
Pelo contrário, as pessoas que comem e bebem em excesso, que não descansam o suficiente e
que fumam correm sérios riscos de sofrer doenças que poderiam ser evitadas. Uma boa saúde
saneamento básico (água, limpeza, esgotos, etc.), assistência médica adequada, alimentação é
Doenças congênitas são aquelas que, embora não tenham fundo hereditário, já estão
presentes no indivíduo desde seu nascimento. Resultam de acidentes imprevisíveis que
ocorrem no processo de desenvolvimento embrionário, levando às chamadas
malformações embrionárias. Podem ser causadas por substâncias químicas, resultando,
por exemplo, em hidrocefalia ou lábio leporino. O álcool e o fumo também podem ser
responsáveis pelo aparecimento dessas doenças. Podem ainda ser causadas por agentes
infeciosos presentes na mãe, que rompem a barreira da placenta atingindo o feto. São
conhecidos os casos da rubéola, sífilis e toxoplasmose.
Doença
Doenças hereditárias são aquelas transmitidas de pais para filhos, de uma geração a outra, por
meio de genes ou como consequência de alterações cromossômicas. Exemplos dessas doenças são
a hemofilia, a fenilcetonúria, a anemia falciforme (siclemia) e a talassemia, entre outras.
Doenças adquiridas são aquelas contraídas no meio em que se vive, independendo de qualquer
fator relacionado à hereditariedade. Os agentes causadores podem ser físicos (fogo, eletricidade,
radioatividade), químicos (ácidos, inseticidas ou qualquer tipo de produto químico que possa
interferir com a saúde do indivíduo), mecânicos (objetos que causam traumas, como pedras, facas,
armas de fogo) ou biológicos (bactérias, vírus, fungos, vermes). As doenças adquiridas podem ser
não-transmissíveis (queimaduras, envenenamentos, carências nutricionais) ou transmissíveis,
como infeções bacterianas ou virais (sarampo, catapora, tuberculose, sífilis). Aqui também estão
incluídos todos os tipos de micose e parasitose causados por protozoários ou vermes.
Contágio
Contágio é a transmissão de uma doença por contato direto ou indireto.
O conceito de doença contagiosa abrange apenas a transmissão por contacto direto, isto é, as situações
em que o germe causal passa diretamente do indivíduo doente para o indivíduo são. Mas o contacto
pode ser indireto, quando a transmissão se efetua tocando objetos contaminados. Este tipo de contacto
realiza-se frequentemente na chamada cadeia mão-boca. Também se costuma incluir na transmissão por
contacto (indireto) o caso da emissão de gotículas de saliva através da tosse ou do espirro, entre dois
indivíduos relativamente próximos, a transmissão pela água, alimentos, leite, etc., que estabelecem a
ligação entre o agente infestante e o hospedeiro, a transmissão por vetores, como é o caso de alguns
artrópodes (por exemplo, moscas e mosquitos) em que o germe infecioso é introduzido através das
mucosas ou da pele, por inoculação em consequência de uma picada ou por depósito do material
infetado, e a transmissão pelo ar, no caso de inalação respiratória em locais infetados ou com poeiras
infetadas.
Contágio
Perda de controlo: a inabilidade frequente de parar de beber, uma vez que a pessoa já
começou;
Reconhecer que se precisa de ajuda para um problema com álcool talvez não seja fácil.
Porém, tenha em mente que, o quanto antes vier a ajuda, melhores serão as chances de
uma recuperação bem sucedida.
Quaisquer destes tratamentos podem ocorrer tanto em um hospital, como na própria residência ou
ainda em ambulatório(o paciente fica em casa e vai às consultas).
Praticar desporto, ler, meditar, ir ao teatro e cinema, podem ser boas alternativas para o ajudar a
libertar do stress e prevenir a necessidade de fuga, alem de lhe garantirem um aumento de bem-
estar.
Prevenção do tabagismo
O consumo de tabaco continua a ser a maior causa evitável de morte no mundo ocidental
e é responsável por cerca de 5.4 milhões de mortes por ano, a nível mundial.
É um dos comportamentos de risco que constitui atualmente uma das maiores ameaças à
saúde dos jovens. Em Portugal, o consumo de tabaco nos jovens é um comportamento
bastante prevalente, em ambos os sexos, ainda que esteja agora numa tendência
ligeiramente decrescente. Não obstante, é preciso continuar os esforços preventivos para
que a prevalência continue a descer até se criar a primeira geração de não fumadores
Em primeiro lugar, por uma questão de saúde. Parar de fumar diminui o risco de morte prematura. Os
ex-fumadores vivem, em média, mais anos do que os fumadores e reduzem o risco de virem a sofrer
de uma doença cardiovascular, de cancro ou de doenças respiratórias graves e incapacitantes.
Vale a pena parar de fumar em qualquer idade. Os benefícios são tanto maiores, quanto mais cedo se
parar de fumar.
Deixar de fumar pode ser difícil. Tratando-se de um hábito com dependência física e psíquica, os
sintomas de privação do tabaco nem sempre se conseguem ultrapassar sem ajuda. Planeie a sua
decisão calmamente e, se necessário, recorra a apoio médico. Envolva família, amigos e colegas de
trabalho no processo.
É uma abordagem que combina intervenções cognitivas com treino de habilidades comportamentais,
e que é muito utilizada para o tratamento das dependências. Esse tipo de tratamento é geralmente
feito por psicólogos ou médicos especializados. Os componentes principais dessa abordagem
envolvem a deteção de situações de risco de recaída e o desenvolvimento de estratégias de
autocontrolo.
O tratamento com medicamentos pode ser utilizado como um apoio, em situações bem definidas, para
alguns pacientes que desejam parar de fumar. Esse tratamento tem a função de facilitar a abordagem
cognitivo-comportamental, que é a base para parar de fumar.
Prevenção da toxicodependência
A dependência torna-se crónica, com possíveis recaídas mesmo após longos períodos de
abstinência.
Embora o consumo de drogas esteja mais ou menos generalizado, sabemos que é na adolescência
que o consumo pode trazer consequências mais graves, uma vez que bloqueia o próprio processo
de desenvolvimento e de integração do jovem adolescente.
A prevenção é a grande aposta para evitar este problema. A primeira e melhor forma de prevenir
é conversar com as pessoas que nos rodeiam. Estudos recentes apontam os fatores fundamentais
a curiosidade e o gosto pelo risco, próprios da fase da adolescência e juventude. Outras vezes é a
influência dos amigos que vêem no consumo de drogas uma forma de se afirmar e de ser adulto.
O que são?
Doenças oncológicas
A doença oncológica tem aumentado a sua incidência e prevalência em todo o mundo, sendo
atualmente uma das principais causas de morte nas sociedades contemporâneas.
Na Europa, uma em cada quatro pessoas, desenvolve alguma forma de cancro durante a vida.
Em Portugal, é a segunda causa de morte, matando aproximadamente cerca de 22 000
pessoas por ano.
Os tumores benignos as células não se espalham, ou seja, não se dispersam para os tecidos
em volta ou para outras partes do organismo, geralmente apresentam boa previsão, após a
remoção completa não dispersam, não pondo a vida do doente em risco.
Os Tumores malignos são mais graves que os tumores benignos, as células crescem
desordenadamente. Estas perdem a função especializada da célula normal ou podem adquirir
novas características ou funções. Podem invadir e danificar os tecidos e órgãos circundantes,
libertando-se do tumor primitivo entrando na corrente sanguínea ou no sistema linfático,
através dos quais chegam a órgãos distantes, dando origem a Metástases .
O tratamento das doenças oncológicas não apresenta uma taxa de sucesso total, apesar de ter
melhorado muito, ao longo das últimas décadas, e particularmente dos últimos anos.
Existem no entanto outros fatores, principalmente, a dieta, as bebidas alcoólicas e a atividade física.
Porque importa ensinar hábitos de vida saudáveis desde cedo.
As causas do cancro são multifatoriais, sendo provável que fatores genéticos e ambientais expliquem
a doença, embora sejam raros.
Todas as medidas que servem para as doenças cardiovasculares podem ser extensíveis ao cancro. A
adoção e manutenção de um estilo de vida saudável traduz-se num fator de proteção face ao
surgimento precoce das doenças cardiovasculares e de cancro.
Doenças oncológicas -
Diagnóstico
A doença oncológica é uma patologia complexa, cujo diagnóstico depende intrinsecamente da
fase em que a mesma é diagnosticada. Quanto mais cedo for detetada a doença, maior a
probabilidade de a mesma ser tratada e com menor impacto para o doente.
A doença pode ser diagnosticada numa fase inicial em que o doente não tem sintomas em
exames preventivos regulares – diagnóstico precoce – ou já na presença de alguma suspeita por
apresentação de um ou mais sintomas.
A interação entre o médico de família e o doente é crucial, pois está nas mãos do médico dar
sequência à solicitação de exames, consoante a apresentação das queixas por parte do doente.
O diagnóstico precoce é fundamental para detetar o cancro numa fase inicial, potenciando
largamente o sucesso do seu tratamento e minimizando o impacto na vida do doente.
Doenças oncológicas -
Diagnóstico
As orientações a seguir para o diagnóstico precoce - nomeadamente o tipo de exames a
efetuar, o início dos mesmos e a sua regularidade - têm em linha de conta fatores como a
idade, a história clínica da pessoa, os seus antecedentes familiares, os seus comportamentos
de risco, entre outros.
Existem vários exames de diagnóstico precoce disponíveis para alguns tipos de cancro, como
por exemplo: a mamografia para o cancro da mama, o exame de papanicolau para o cancro
do colo do útero, o doseamento do PSA para o cancro da próstata, a TAC torácica de baixa
dosagem para diagnóstico precoce de cancro do pulmão em fumadores, ou a colonoscopia
para diagnosticar precocemente o cancro do colón e reto.
Doenças oncológicas -
Diagnóstico
Os exames ao sangue e urina, os exames de imagem – como a ecografia, o raio-X, a
tomografia axial computorizada, a ressonância magnética por exemplo, são igualmente
utilizados.
Quanto mais cedo for detetada uma doença oncológica, maior a probabilidade de sucesso
do seu tratamento e com menor impacto na vida do doente.
Doenças oncológicas -
Tratamento
O tratamento do cancro tem evoluído bastante ao longo do tempo, com melhorias muito significativas para o
doente em termos de eficácia e de qualidade de vida.
As terapêuticas e tecnologias disponíveis hoje em dia são menos invasivas, menos tóxicas, permitindo
minorar os seus efeitos secundários, contribuindo para que o doente oncológico possa fazer a sua vida diária
com maior normalidade.
A utilização pode ser feita de forma individual ou combinada, dependendo dos seguintes fatores:
tipo de cancro
esvaziamento da doença
Quimioterapia
Radioterapia
Doenças oncológicas –
Tratamento
Cirurgia oncológica
A cirurgia oncológica é um dos instrumentos fundamentais no tratamento do cancro, podendo ter uma função
curativa nomeadamente nos estádios precoces do cancro, como paliativa para aliviar eventuais sintomas derivados
da doença.
Por vezes o esvaziamento da doença só fica completo após cirurgia, uma vez que em certos casos a sua extensão
Existem várias técnicas cirúrgicas, cada vez menos invasivas, para a remoção de tumores. Os procedimentos a
o tipo de patologia
A radiação provoca alterações nas células que compõem os órgãos e tecidos do nosso corpo e
nas que formam os tumores.
A dose de radiação administrada é planeada de modo a que as células sãs não sofram
alterações graves de uma forma permanente. No entanto, é possível eliminar as células
anormais, que compõem o tumor, e curar o doente.
Em alguns casos são usadas doses mais pequenas de radiação para reduzir o volume de uma
massa ou aliviar sintomas, como a dor.
Doenças oncológicas –
Tratamento
Radioterapia
Um tratamento é composto por várias sessões, podendo durar de 1 a 7 semanas, dependendo
de fatores que incluem, entre outros, a parte do corpo que vai ser tratada e a intenção com que
o tratamento é prescrito.
Alguns tratamentos duram apenas alguns minutos (2 a 5), enquanto outros podem demorar
bastante mais (25 a 30 minutos) o doente terá que ficar deitado e imóvel na mesa de
tratamento durante cada uma das sessões que compõem o seu tratamento.
O tratamento é completamente indolor. A radiação não pode ser vista ou sentida enquanto
está a ser administrada.
Doenças crónicas
Uma Doença Crónica é uma doença que não é resolvida num curto tempo.
Este tipo de doenças não põe em risco a vida da pessoa a curto prazo, logo não são
emergências médicas. No entanto elas podem ser extremamente sérias, e várias doenças
crónicas causam morte certa.
Diabetes
Doenças auto-imunes
Obesidade
Hipertensão arterial
Doenças crónicas - Diabetes
A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dos níveis de açúcar
(glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo em transformar toda a glicose
proveniente dos alimentos. À quantidade de glicose no sangue chama-se glicemia e quando
esta aumenta diz-se que o doente está com hiperglicemia.
Devidamente tratada, a diabetes não impede o doente de ter uma vida perfeitamente normal e
autónoma. Contudo, é fundamental que o diabético se ajude a si mesmo, autocontrolando a sua
doença. Aliás, se o doente for determinado neste papel de autovigilância, a sua vida ficará
muito facilitada.
A diabetes é uma doença silenciosa que se pode desenvolver sem sintomas durante muitos
anos. É uma doença em crescimento, que atinge cada vez mais pessoas em todo o mundo e
em idades mais jovens.
Doenças crónicas - Diabetes
Homens e mulheres com tensão arterial alta ou níveis elevados de colesterol no sangue;
Os sintomas surgem com maior intensidade quando a glicemia está muito elevada. E, nestes casos,
podem já existir complicações (na visão, por exemplo) quando se deteta a doença.
Doenças crónicas - Diabetes
Os sintomas da diabetes são:
Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmente durante a noite (poliúria);
Fadiga;
Se sentir alguns ou vários dos sintomas deve consultar o médico de família, o qual lhe pedirá para realizar análises ao sangue e à
urina.
Se tiver uma glicemia ocasional de 200 miligramas por decilitro ou superior com sintomas;
Se tiver uma glicemia em jejum (oito horas) de 126 miligramas por decilitro ou superior em duas ocasiões separadas de curto espaço
de tempo.
Doenças crónicas - Diabetes
Diabetes Tipo 2 (Diabetes não Insulinodependente) - É a mais frequente (90 por cento dos casos).
O pâncreas produz insulina, mas as células do organismo oferecem resistência à ação da insulina. O
pâncreas vê-se, assim, obrigado a trabalhar cada vez mais, até que a insulina produzida se torna
insuficiente e o organismo tem cada vez mais dificuldade em absorver o açúcar proveniente dos
alimentos.
Este tipo de diabetes aparece normalmente na idade adulta e o seu tratamento, na maioria dos
casos, consiste na adoção de uma dieta alimentar, por forma a normalizar os níveis de açúcar no
sangue. Recomenda-se também a atividade física regular.
Caso não consiga controlar a diabetes através de dieta e atividade física regular, o doente deve
recorrer a medicação específica e, em certos casos, ao uso da insulina.
Doenças crónicas - Diabetes
Contrariamente à diabetes tipo 2, a diabetes tipo 1 aparece com maior frequência nas
crianças e nos jovens, podendo também aparecer em adultos e até em idosos.
Não está diretamente relacionada, como no caso da diabetes tipo 2, com hábitos de vida ou
de alimentação errados, mas sim com a manifesta falta de insulina. Os doentes necessitam de
uma terapêutica com insulina para toda a vida, porque o pâncreas deixa de a produzir,
devendo ser acompanhados em permanência pelo médico e outros profissionais de saúde.
Doenças crónicas - Diabetes
A diabetes gestacional requer muita atenção, sendo fundamental que, depois de detetada a
hiperglicemia, seja corrigida com a adoção duma dieta apropriada. Quando esta não é
suficiente, há que recorrer, com a ajuda do médico, ao uso da insulina, para que a gravidez
decorra sem problemas para a mãe e para o bebé.
Se os valores estiverem dentro dos limites indicados pelo médico, a diabetes está controlada. Se não, o
doente deve consultar o médico.
Vigilância dos órgãos mais sensíveis, como a retina, rim, coração, nervos periféricos, entre outros;
Não fumar;
No estado normal, o sistema imunológico produz proteínas chamadas anticorpos, cuja função é
proteger o organismo das eventuais agressões, sejam dos vírus, das bactérias, de células
cancerígenas e quaisquer outros corpos estranhos. Estes agentes agressores, capazes de
determinar a produção automática de anticorpos, são chamados de antígenos.
Doenças crónicas – Doenças auto-
imunes
Devido a uma desordem imunológica - a autoimunidade -, o sistema imunológico
defensivo perde a capacidade de distinguir os corpos estranhos (antígenos) das suas
próprias células, passando a direcionar anticorpos contra o próprio organismo. Estes
anticorpos dirigidos anormalmente contra o próprio organismo são chamados de auto
anticorpos.
Vasos sanguíneos
Tecidos conjuntivos
Articulações
Músculos
Glóbulos vermelhos
Pele
Doenças crónicas – Doenças auto-
imunes
Uma pessoa pode apresentar mais de uma doença autoimune ao mesmo tempo. Exemplos de
doenças autoimunes:
Doença de Graves
Tireoidite de Hashimoto
Esclerose múltipla
Anemia perniciosa
Artrite reumatoide
Diabetes tipo 1
Doenças crónicas – Doenças auto-
imunes
Os sintomas de uma doença autoimune variam conforme a doença e a localização da resposta imune anormal.
Entre os sintomas que ocorrem frequentemente com doenças autoimune estão, cansaço, febre e o mal-estar
geral.
Reduzir os sintomas
É uma doença crónica, com enorme prevalência nos países desenvolvidos, atinge homens
e mulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem
elevadas taxas de morbilidade e mortalidade.
pelo quadrado da altura (em metros). O resultado revela se o peso está dentro da faixa ideal, abaixo ou acima
O resultado de 27,10 de IMC indica que João está acima do peso desejado (sobrepeso).
Classificação do IMC:
Como a obesidade é provocada por uma ingestão de energia que supera o gasto do organismo,
a forma mais simples de tratamento é a adoção de um estilo de vida mais saudável, com menor
ingestão de calorias e aumento das atividades físicas. Essa mudança não só provoca redução de
peso e reversão da obesidade, como facilita a manutenção do quadro saudável.
Pessoas com obesidade mórbida e co morbidades, como diabetes e hipertensão, podem optar
por fazer a cirurgia de redução de estômago para controlar o peso e sair da obesidade.
Pessoas com obesidade têm maior probabilidade de desenvolver doenças como tensão alta,
diabetes, problemas nas articulações, dificuldades respiratórias, pedras na vesícula.
Doenças crónicas - Obesidade
Vida sedentária - quanto mais horas de televisão, jogos eletrónicos ou jogos de computador, maior a
prevalência de obesidade;
Zona de residência urbana - quanto mais urbanizada é a zona de residência maior é a prevalência de
obesidade;
Grau de informação dos pais - quanto menor o grau de informação dos pais, maior a prevalência de
obesidade;
Gravidez e menopausa podem contribuir para o aumento do armazenamento da gordura na mulher com
excesso de peso.
Doenças crónicas - Obesidade
A hipertensão arterial corresponde à persistente subida da pressão arterial acima dos seus valores normais.
Considera-se, por exemplo, que os limites superiores normais da pressão arterial numa pessoa adulta
rondam os 140 mm Hg de máxima (pressão diastólica) e os 90 mm Hg de mínima (pressão diastólica).
Acima destes valores existe hipertensão arterial; tratando-se de um paciente diabético, o valor limite é de
130/85 mm Hg. Uma vez diagnosticado, o paciente hipertenso tem de ser tratado durante toda a vida.
O facto de a nossa alimentação ser tradicionalmente rica em sal, de a nossa população ser das mais
sedentárias da Europa e de o número de pacientes com síndrome metabólica (obesidade e diabetes) ter
aumentado consideravelmente na última década são os principais fatores que contribuem para o aumento
do número de hipertensos.
Doenças crónicas – Hipertensão
arterial
Na maior parte dos casos, não há uma causa conhecida para a hipertensão arterial, embora
em algumas situações seja possível encontrar uma doença associada que é a verdadeira
causa da hipertensão arterial. Por exemplo: a apneia do sono, a doença renal crónica, a
hipertensão renovascular, ou a doença tiroideia e paratiroideia.
A hereditariedade e a idade são dois fatores a ter também em atenção. Em geral, quanto
mais idosa for a pessoa, maior a probabilidade de desenvolver hipertensão arterial. Cerca de
dois terços das pessoas com idade superior a 65 anos são hipertensas, sendo este o grupo
em que a hipertensão sistólica isolada é mais frequente.
Doenças crónicas – Hipertensão
arterial
Fatores de risco
Obesidade;
Sedentarismo;
Má alimentação;
Tabagismo;
Stress.
Doenças crónicas – Hipertensão
arterial
A adoção de um estilo de vida saudável constitui a melhor forma de prevenir a ocorrência de
hipertensão arterial.
Preferência por uma dieta rica em frutos, vegetais e com baixo teor de gorduras saturadas;
Com o decorrer dos anos, a pressão arterial acaba por lesar os vasos sanguíneos e os órgãos
vitais (o cérebro, o coração e os rins), provocando sintomas e sinais de alerta vários.
O diagnóstico é feito através da medição da pressão arterial e pela verificação de que os seus
níveis estão acima do limite normal. Contudo, um valor elevado isolado não é sinónimo de
doença. Só é considerado hipertenso um indivíduo que tenha valores elevados em, pelo
menos, três avaliações seriadas.
Doenças crónicas – Hipertensão
arterial
Não há uma cura para a hipertensão arterial. Contudo, apesar de ser uma doença crónica, na
maioria dos casos é controlável.
A prática regular de exercício físico pode reduzir significativamente a pressão arterial. O exercício
escolhido deve compreender movimentos cíclicos (marcha, corrida, natação ou dança são boas
escolhas). Mas os hipertensos devem evitar atividades que aumentem a pressão arterial durante
o esforço, como levantar pesos.
O que é?
Saúde Mental
A Saúde é definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como “um estado de bem-
estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença ou dor”. Não se trata
apenas da ausência de doença, mas sim um bem-estar em que nos permite responder de
forma positiva às adversidades. Assim, trata-se de um estado em que nos sentimos bem
tanto connosco como na relação com os demais. Segundo a OMS, a saúde mental é definida
como “o estado de bem-estar no qual o indivíduo realiza as suas capacidades, pode fazer
face ao stress normal da vida, trabalhar de forma produtiva e frutífera e contribuir para a
comunidade em que se insere”. A doença mental inclui perturbações e desequilíbrios
mentais, disfuncionamentos associados à angústia, sintomas e doenças mentais
diagnosticáveis, como por exemplo, a esquizofrenia e a depressão.
Saúde Mental
O nosso corpo é constituído pelo corpo e mente, e cada uma destas componentes tem
necessidades próprias, que devem ser colmatadas para termos uma vida equilibrada e
estabilizada. O desequilíbrio de uma delas acarreta o mau funcionamento geral desse
organismo. A saúde física trata-se do bom funcionamento do nosso organismo e das funções
vitais inerentes. A saúde mental e a saúde física estão interligados e são interdependentes,
tornando-se cada vez mais evidente que a saúde mental é indispensável para o bem-estar
geral dos indivíduos. Uma boa qualidade de vida depende destes dois fatores e é um
processo contínuo e consciente do indivíduo no sentido de procurar gratificação nas suas
atividades, comportamentos e pensamentos positivos. A saúde física e mental mantêm uma
relação de reciprocidade, estão interligados e são interdependentes. Ambas são de extrema
importância.
Saúde Mental
A o longo da vida, todos nós podemos ser afetados por problemas de saúde mental, de maior ou
menor gravidade.
Fatores genéticos, infeciosos ou traumáticos podem também estar na origem de doenças mentais
graves.
O envolvimento das famílias nos cuidados e na reabilitação destas pessoas é reconhecido como fator
chave no sucesso do tratamento.
Saúde Mental
Não se isolar;
Permitir ao casal decidir quantos filhos quer, se os quer e quando os quer, ou seja, planear a sua
família;
gravidez no momento mais apropriado, proporcionando-lhes a possibilidade de viverem a sua sexualidade de forma saudável e segura.
A avaliação do estado de saúde da mulher ou do casal, estimando-se, se necessário, a eventual existência de riscos ou doenças
Esclarecem-se dúvidas sobre a forma como o corpo se desenvolve e o modo como funciona em relação à sexualidade e à
Dá-se informação completa, isenta e com fundamento científico sobre os métodos contracetivos.
Dá-se informação e acompanhamento tendo em vista uma futura gravidez (fertilidade e infertilidade);
Informa, ajuda a prevenir, a diagnosticar ou a tratar as infeções de transmissão sexual como a hepatite B, a sífilis, o herpes genital e
a sida.
Planeamento familiar - Sistema reprodutor
é nas Trompas de Falópio que a fecundação do óvulo pelo espermatozoide se pode dar,
dando início a uma gravidez;
A gravidez não planeada ou não desejada tem consequências significantes para mulheres e homens, as crianças
A gravidez não planeada é aquela que ocorre quando um casal não tomou a decisão de engravidar, ou quando
ocorre mesmo com o uso de métodos contracetivos. A não desejada acontece quando a mãe ou o pai do bebe,
não quer ter um filho, e pode não querer lidar com as consequências físicas, emocionais, sociais e de saúde de
uma gravidez. Enquanto a não desejada é geralmente não planeada, nem sempre a não planeada é indesejada.
Muitas pessoas que tem uma gravidez não planeada consideram uma surpresa agradável. Mesmo quando os
casais não estão planeando ter um filho, ou ter outro filho, eles podem acolhê-la. Em outros casos, casais podem
se sentir devastados por uma gravidez não planeada, e toda a mudança de vida que isso implica. Nesses casos,
a gravidez não é só não planeada, como não desejada. As vezes, um dos pais biológicos pode acolher uma
O controlo da natalidade tem sido possível graças ao avanço da medicina e a uma vasta gama de
métodos contracetivos atualmente disponíveis. Atualmente a pílula e outros métodos hormonais
de contraceção tornaram-se um recurso frequente para todas as mulheres que decidem adiar a
maternidade.
Só o uso correto e regular do preservativo assegura um elevado grau de proteção contra o VIH e as doenças
sexualmente transmissíveis; porém, se o preservativo não for utilizado regularmente nem colocado de forma
correta, não assegura proteção.
A contraceção é um direito de cada um de nós. É por isso que é importante descobrir qual o que melhor se adapta
ao seu estilo e ritmo de vida.
Graças aos avanços da medicina, existem atualmente métodos muito diversos para o controlo da natalidade.
Destes, fazem parte os seguintes: preservativos, espermicidas, diafragmas, dispositivos intra-uterinos (DIU),
pílulas contracetivas e ainda os sistemas transdérmicos e outros contracetivos hormonais.
Métodos de barreira
Métodos hormonais
Métodos cirúrgicos
Planeamento familiar – Doenças
sexualmente transmissíveis
Os sintomas das DSTs são variados, assim como seus agentes causadores, que podem ser
vírus, fungos ou bactérias. Algumas são de tratamento fácil e rápido, enquanto outras, ainda
não possuem uma cura definitiva e podem levar à morte.
Existem várias destas doenças, também conhecidas por doenças venéreas, sendo de salientar
a Sífilis, o Herpes genital, a Hepatite B, a SIDA, a Candidíase e a Gonorreia.
Planeamento familiar – Doenças
sexualmente transmissíveis
SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) é uma doença provocada pelo vírus VIH (Vírus da
Imunodeficiência Humana). Este vírus introduz-se no organismo humano, podendo permanecer
“inativo” (as pessoas chamam-se seropositivas), ou “cativo”, destruindo o sistema imunitário da
pessoa. Um indivíduo infetado com este vírus pode contrair e desenvolver infeções muito variadas
ou mesmo certos tipos de cancro. A SIDA ainda não tem cura, sendo mesmo mortal.
Sífilis - Esta doença é provocada pela bactéria Treponema Pallidum, que apesar de ser contagiosa e
perigosa, é curável se for tratada a tempo. A Sífilis ataca qualquer tecido desde a pele aos ossos,
fígado, órgãos genitais e olhos. O seu maior perigo é alcançar a sistema nervoso e o coração, o que
pode levar à morte. A bactéria da sífilis, para sobreviver, precisa de um ambiente quente e húmido.
Candidíase - Doença causada pelos fungos Candida albicans, que se desenvolvem num local
quente e húmido da vagina.
Planeamento familiar – Doenças
sexualmente transmissíveis
Gonorreia - Uma infeção das vias genitais provocada por bactérias, designadas
genericamente por gonococos. Pode afetar o colo do útero da mulher e também a uretra
do homem, podendo expandir-se para a região anal. A gonorreia não tratada pode
conduzir à esterilidade em ambos os sexos.
Herpes genitais - Afetam os órgãos genitais e as zonas envolventes. É uma doença que
não tem cura e é causada pelo vírus Herpes Simplex. Apenas existem medicamentos que
aliviam as dores.
Hepatite B - É uma doença causada por um vírus que ataca o fígado, sendo o sangue
o principal meio de transmissão e depois a saliva. Se não for tratada, pode provocar a
morte. O vírus sobrevive durante bastante tempo e resiste a alguns desinfetantes.
Vacinação
As vacinas são o meio mais eficaz e seguro de proteção contra certas doenças. Mesmo quando a
imunidade não é total, quem está vacinado tem maior capacidade de resistência na eventualidade da
doença surgir.
Não basta vacinar-se uma vez para ficar devidamente protegido. Em geral, é preciso receber várias doses
da mesma vacina para que esta seja eficaz. Outras vezes é também necessário fazer doses de reforço,
nalguns casos ao longo de toda a vida.
A vacinação, além da proteção pessoal, traz também benefícios para toda a comunidade, pois quando a
maior parte da população está vacinada interrompe-se a transmissão da doença.
A vacinação é uma forma de fortalecer o organismo contra determinadas infeções. Os seus princípios
empíricos já são conhecidos há muito tempo, embora só recentemente tenham sido utilizados de forma
moderna e massiva. Constitui uma das maiores vitórias da medicina, e muitos de nós não estaríamos
vivos se não fosse a vacinação.
Vacinação
Desde 1965, em Portugal foram vacinados mais de sete milhões de crianças e vários milhões de adultos através do
PNV, que é universal e gratuito. As doenças abrangidas estão eliminadas ou controladas, tendo-se evitado milhares
de casos de doença e centenas de mortes, sobretudo em crianças, que teriam ocorrido na ausência de vacinação. As
vacinas incluídas no PNV são muito importantes para a Saúde Pública e permitem combater as seguintes doenças:
Difteria
Hepatite B
Rubéola
Sarampo
Tétano
Tuberculose
Embora as vacinas sejam administradas sobretudo em crianças e adolescentes, os adultos devem ter atualizadas as
suas vacinações contra a hepatite B (principalmente de tiverem comportamentos de risco, como toxicomania,
Fora do âmbito da gratuitidade do PNV existem outras vacinas disponíveis em Portugal. Recomenda-se a administração
da vacina contra a gripe − virus Influenzae − a determinados grupos de risco (por exemplo, idosos e crianças com
problemas respiratórios crónicos); a aplicação desta vacina deve ser anual, nos meses de Setembro ou Outubro.
Administração de medicamentos
Oral ou bucal;
Sublingual;
Gástrica;
Retal;
Duodenal;
Respiratória;
Vaginal;
Cutânea;
Nasal;
Administração de medicamentos
Ocular;
Auricular;
Parenteral:
• Intradérmica (ID);
• Subcutânea (SC);
• Intramuscular (IM);
As ações e medidas destinadas a evitar acidentes de trabalho dependem diretamente do tipo de atividade
exercida, do ambiente de trabalho e das tecnologias e técnicas utilizadas.
Tenha muito cuidado e siga todas as regras de segurança na realização de atividades mais perigosas;
Organize o local de trabalho ou o seu posto de trabalho, não deixe objetos fora dos seus lugares ou mal
arrumados. Se tudo estiver no seu lugar não precisa de improvisar perante imprevistos e isso reduz os
acidentes;
Prevenção de acidentes
Saiba quais os riscos e cuidados que deve ter na atividade que desenvolve e
quais as formas de proteção para reduzir esses riscos;
Define-se primeiros socorros como a prestação de assistência imediata a uma pessoa doente ou
ferida até à chegada de ajuda profissional. Centra-se não só no dano físico ou de doença, mas
também com o atendimento inicial, incluindo o apoio psicológico para pessoas que sofrem
emocionalmente devido a vivência ou testemunho de um evento traumático.
Diversas situações podem precisar de primeiros socorros. As situações mais comuns são
atendimento de vítimas de acidentes automobilísticos, atropelamentos, incêndios, tumultos,
afogamentos, catástrofes naturais, acidentes industriais, tiroteios ou atendimento de pessoas
que passem mal: apoplexia (ataque cardíaco), ataques epilépticos, convulsões, etc.
O paciente não pode receber uma assistência adequada, se os problemas de saúde não forem
corretamente identificados. A avaliação do paciente é um procedimento que auxilia a
identificação das possíveis doenças ou traumas, e ajuda a tomar decisões sobre os cuidados
mais apropriados.
Movimentar um paciente lesionado antes que ele tenha sido convenientemente analisado e
estabilizado, pode resultar em complicações sempre presentes nas lesões. É importante
transportar o paciente tão rapidamente quanto possível para o hospital, mas não ao custo de
causar-lhe maiores lesões. Só se evitará o agravamento das lesões se o paciente for
adequadamente avaliado e estabilizado antes de ser movimentado.
Primeiros Socorros - Os Princípios e a
Prática dos Primeiros Socorros
Todo o atendimento inicia-se com a avaliação do cenário. Ao aproximar-se do local da emergência, antes de iniciar o contato
direto com o paciente, devera verificar os riscos existentes, as condições de segurança para si e para os demais envolvidos e
prevenir selecionando adequadamente os equipamentos de proteção individual.
A avaliação do cenário:
Segurança pessoal;
Segurança do paciente;
A avaliação inicial do paciente é o próximo passo após a avaliação do local do acidente. Processo
ordenado para identificar e corrigir, de imediato, problemas que ameacem a vida a curto prazo.
Avalie a respiração;
As técnicas de primeiros socorros são procedimentos de emergência que devem ser aplicados
em vítimas de acidentes ou que estejam em perigo de vida, com o intuito de mantê-las
estáveis, de forma a prevenir o agravamento do quadro. Pode ser uma ação individual ou
coletiva que ocorre até que o socorro avançado chegue ao local para um atendimento
especializado.
Reanimação Cardiopulmonar
Primeiros Socorros - Asfixia
A Asfixia ou Sufocação está relacionada com a dificuldade respiratória que leva á falta de oxigénio
no organismo.
As causas podem ser variadas, sendo a mais vulgar a obstrução das vias respiratórias por corpos
estranhos (objetos de pequenas dimensões, alimentos mal mastigados, etc.).
Intoxicações diversas
Abrir-lhe a boca e tentar extrair o corpo estranho, se este ainda estiver visível, usar o
dedo indicador em gancho ou uma pinça (cuidado para não empurrar o objecto!).
Colocar a criança de cabeça para baixo. Sacuda-a e bata-lhe a meio das costas, entre as
omoplatas, com a mão aberta.
Primeiros Socorros - Asfixia
No jovem/ adulto:
Cubra o punho com a outra mão e carregue para dentro e para cima.
Se a respiração não se restabelecer e a vítima continuar roxa (cianosada), faça reanimação/ respiração
artificial.
A hemorragia é um escoamento importante de sangue num tempo relativamente curto. Devemos distinguir a
hemorragia de efusão sanguínea (provocada por um golpe), a qual consiste num escoamento de sangue que não
modifique gravemente a circulação e não é um ferimento prioritário. A simples efusão sanguínea para
espontaneamente, após 5 ou 8 minutos e com a ajuda natural dos mecanismos de coagulação.
Tipos de Hemorragias:
Hemorragias Externas;
Hemorragia Interna;
Primeiros Socorros – Feridas e
hemorragias
Hemorragia Externas - Diz-se que a hemorragia é externa quando o sangue corre para o
exterior do corpo através de uma ferida. A hemorragia pode ser arterial, venosa ou mista.
As fraturas fechadas (fragmentos de osso podem perfurar um vaso sanguíneo, provocando uma
hemorragia que se faz acompanhar muitas vezes de um inchaço acentuado);
Uma pancada violenta direta ou indireta no tórax, no peito, nas costas ou no abdómen por ocasião
de um acidente de estrada;
Nos casos de hemorragia externa, chame o 112e tente parar imediatamente o escoamento de
sangue. É, todavia, importante tomar medidas de proteção para reduzir os riscos de transmissão de
doenças pelo sangue. É necessária uma espécie de barreira entre si próprio e a vítima quando se
administram os primeiros socorros.
O uso de luvas em látex, inutilizáveis após a sua utilização, é muito recomendado quando há
presença de sangue ou quando se tem de praticar manipulações diretas à volta de uma ferida.
Se não arranjar luvas, utilize a mão da vítima para exercer uma pressão local, ou ainda uma película
de plástico ou um pano branco limpo dobrado várias vezes.
Deve lavar as mãos com sabão imediatamente depois de administrar os primeiros socorros.
Evite tocar na sua boca, o nariz, os olhos ao administrar os primeiros socorros ou antes de ter lavado
as mãos.
Primeiros Socorros – Feridas e
hemorragias
As hemorragias nasais
A hemorragia nasal pode surgir espontaneamente depois de nos termos assoado, na sequência de um choque direto,
ou ainda, após um traumatismo indireto, como por exemplo, uma fratura do crânio. Este último caso é grave.
Tranquilize a pessoa para que ela fique calma, a fim de evitar um aumento da pressão arterial e um agravamento
da hemorragia nasal;
Mande sentar a pessoa com a cabeça ligeiramente inclinada para a frente, a fim de evitar que o sangue se
acumule na parte de trás da garganta;
Aconselhe-a apertar o nariz, justamente abaixo da parte ossuda, ou a apoiar fortemente, com o dedo, o lado da
narina atingida ou com o polegar e o indicador cada lado do nariz, durante cerca de 10 minutos;
Uma pessoa inconsciente não consegue tossir ou catarrear. Isto pode levar à morte se as vias
respiratórias ficarem obstruídas.
A inconsciência pode ser causada por praticamente qualquer doença grave ou lesão, bem
como por abuso de substâncias ou uso de álcool.
Um período breve de inconsciência (ou desmaio) é frequentemente causado por nível baixo de
açúcar no sangue ou pela permanência de pé prolongada em um lugar. Pode também ser
causado por uma doença grave. Se uma pessoa desmaiar, tente evitar que caia. Deite a vítima
no chão com o rosto para cima e eleve seus pés aproximadamente 30 centímetros. Não
coloque uma almofada sob a cabeça. Esfregue a testa da vítima com um pano frio.
Primeiros Socorros – Inconsciência
Sintomas da inconsciência:
falta de resposta (a vítima não acorda com estímulos como toque ou fala)
coma
desorientação
sonolência
imobilidade
Primeiros Socorros – Inconsciência
Se não houver suspeita de lesão medular a vítima estiver deitada de costas, coloque-a em
posição lateral de segurança
Se houver suspeita de lesão medular, deixe a vítima como a encontrou (contanto que ela
esteja respirando livremente). Se houver suspeita de lesão espinal e a vítima vomitar, vire-a
de lado segurando o pescoço e coluna para manter a posição da cabeça neutra em relação
ao corpo enquanto a vira.
Primeiros Socorros – Inconsciência
As fraturas são provocadas por qualquer traumatismo ou movimento brusco que exerça sobre um
osso uma força superior à que o mesmo pode suportar. Embora os ossos sejam estruturas sólidas,
como têm um certo grau de flexibilidade, a rutura só ocorre perante a produção de uma força
mecânica que ultrapasse a sua resistência. As causas mais comuns são as quedas e todo o tipo de
traumatismos externos, que tanto podem atuar como mecanismos diretos, como ocorre perante um
golpe ou impacto violento, bem como mecanismos indiretos, como ocorre numa torção do tornozelo
que provoque a fratura de um osso da perna. Para além disso, a brusca contração dos músculos
unidos a um osso também pode provocar uma rutura óssea, sem existir um traumatismo externo.
Primeiros Socorros – Fraturas
A produção de uma fratura depende da intensidade do traumatismo, já que este tem que superar a
resistência e a flexibilidade do osso, fatores que se alteram com a idade, o que justifica o facto das
quedas e dos traumatismos provocarem proporcionalmente poucas fraturas nas crianças, pois os
ossos, durante a infância, ainda não se desenvolveram por completo, sendo mais flexíveis. Pelo
contrário, as fraturas são proporcionalmente muito mais comuns entre os adultos e especialmente nos
idosos, já que os seus ossos são mais duros e consequentemente menos flexíveis e mais frágeis.
As fraturas podem ser classificadas segundo o grau de comunicação das extremidades ósseas
fraturadas com o exterior. A fratura fechada caracteriza-se pelo facto de a pele que reveste a zona do
osso desfeito permanecer ilesa. Por outro lado, a fratura exposta ocorre perante a desunião dos tecidos
superficiais, proporcionando a comunicação direta dos fragmentos ósseos com o exterior e, por vezes,
a sua proeminência. Trata-se de uma situação mais grave, já que a ferida constitui uma via de acesso
para os microrganismos presentes no ambiente, o que pode constituir o ponto de partida para uma
infeção.
Primeiros Socorros – Fraturas
Dor;
Edema;
Deformação;
Encurtamento ósseo;
Mobilidade anormal;
Crepitação óssea.
Retirar adornos;
Combater complicações;
Lidar com os topos ósseos visíveis como se fossem corpos estranhos, protegendo-
os.
Primeiros Socorros – Fraturas
As queimaduras são lesões na pele, provocadas geralmente pelo calor ou pelo frio, mas que
podem também ser provocadas pela eletricidade, por contacto com certos produtos
químicos, por radiações, ou até por fricção.
Queimadura de primeiro grau é aquela que atinge a camada superficial da pele, causando uma
vermelhidão e uma ardência no local. Normalmente, são causadas por exposição prolongada
ao sol, ou contato rápido com alguma chama, ou objeto aquecido.
Queimadura de segundo grau caracteriza-se por afetar uma região secundária da pele, entre a
derme (superfície exterior da pele) e a epiderme (camada interior da pele), e nota-se o
aparecimento de uma ou mais bolhas na área afetada. As bolhas são o resultado de uma
espécie de deslocamento da camada entre a derme e a epiderme causada pela mudança
drástica de temperatura na região.
Em queimaduras de 1º grau
Deve-se procurar resfriar bem a localidade da queimadura com soro fisiológico ou água
Em queimaduras de 2º grau
Arrefeça a área afetada com soro fisiológico ou água fria corrente em abundância;
Deve-se lavar a área cuidadosamente, sem esfregar, com sabão neutro, ou um antisséptico,
Não se deve “estourar” as bolhas que se formam, e nem retirar a pele das que já estiverem
rebentadas, deve-se colocar uma gaze húmida após ter resfriado o local e a dor haver
diminuído;
O curativo sobre a lesão deve permanecer durante 48 horas e, somente depois desse
Em queimaduras de 3º grau
Arrefecer a região com soro fisiológico ou água fria corrente até que a dor amenize;
Lavar cuidadosamente sem esfregar, com sabão neutro ou antisséptico que não seja
álcool;
Se a área afetada for extensa, deve-se envolver a vítima num lençol limpo e molhado com
soro fisiológico, ou com água fria;
Nesses casos por se tratar de queimaduras mais graves a vítima deve ter um atendimento
médico o quanto antes leve-a a um hospital próximo.
Primeiros Socorros - Envenenamento
O envenenamento é o efeito produzido no organismo, por um veneno. O veneno pode ser administrado por via
Dores abdominais;
Náuseas e vómitos;
Diarreia;
Vertigens;
Enfraquecimento;
Agitação e delírio.
Primeiros Socorros - Envenenamento
Os sinais e sintomas dependem muito do veneno administrado pela vítima, sendo algum
deles: vómitos, dificuldades respiratórias, perda de consciência, sonolência, confusão mental,
etc.
Primeiros Socorros - Envenenamento
A vítima começa a sentir uma má disposição, seguindo por uma dor de cabeça, zumbidos, tonturas, vómitos. A má
disposição é tão grande que impede a vítima deslocar-se para outro local. Se a vítima não for rapidamente transportada
Entrar na sala onde ocorreu o acidente, contendo a respiração, e abrir as janelas e portas. De modo a que o local
fique arejado;
Desapertar as roupas;
Os corpos estranhos podem encontrar-se mais frequentemente nos olhos, ouvidos ou vias
respiratórias.
Sinais e Sintomas:
Lágrimas;
Fazer correr água sobre o olho, do lado de dentro, junto ao nariz, para fora.
Se não obtiver resultado fazer um penso oclusivo, isto é, colocar uma gaze e adesivo e dirigir-se ao
Hospital.
Esfregar o olho.
Tentar remover o corpo estranho com lenço, papel, algodão ou qualquer outro objeto.
Primeiros Socorros – Corpos
estranhos
No ouvido os corpos estranhos mais frequentes são os insetos.
Sinais e Sintomas
Se se tratar de um inseto, deitar uma gota de azeite e depois deslocar-se para o Hospital.
Sinais e Sintomas
Dor;
Vómitos e nos casos mais graves asfixia que pode conduzir à morte.
Primeiros Socorros – Corpos
estranhos
No nariz os mais frequentes, na criança, são os feijões ou objetos de pequenas dimensões.
Pedir à criança para se assoar com força, comprimindo com o dedo a narina contrária,
tentando assim que o corpo seja expelido.
Um estojo de primeiros socorros deve permitir tratar lesões sem gravidade, embora deva
também estar equipado de modo a possibilitar acudir a ferimentos mais sérios até a vítima
receber cuidados médicos profissionais. Guarde o equipamento de primeiros socorros numa
caixa de plástico bem vedada numa prateleira superior de um armário ou noutro local fora
do alcance das crianças. Não guarde o material de primeiros socorros numa caixa mal
vedada na casa de banho ou na cozinha, porque a humidade pode deteriorá-lo.
Primeiros Socorros – Estojo de
primeiro socorros
Todos deverão possuir um pequeno estojo ou mala com os materiais necessários à prestação
de primeiros socorros. Essa mala deve conter, pelo menos:
Algodão e cotonetes;
Compressas e ligaduras;
Fita adesiva;
Lâmina de bisturi;
Luvas descartáveis;
Pinça;
Sabonete;
Soro fisiológico;
Termómetro;
Tesoura;