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Programa de Condições e

Meio Ambiente de Trabalho


na Indústria da Construção
PCMAT

1
O QUE É PCMAT?

• O PCMAT (Programa de
Condições e Meio
Ambiente de Trabalho na
Indústria da Construção) é
um plano que estabelece
condições e diretrizes de
Segurança do Trabalho
para obras e atividades
relativas à construção civil.
QUAIS SÃO OS OBJETIVOS DO PCMAT?

• Garantir, por ações preventivas, a integridade


física e a saúde do trabalhador da construção,
funcionários terceirizados, fornecedores,
contratantes, visitantes, etc. Enfim, as pessoas
que atuam direta ou indiretamente na realização
de uma obra ou serviço;

• Estabelecer um sistema de gestão em Segurança


do Trabalho nos serviços relacionados à
construção, através da definição de atribuições e
responsabilidades à equipe que irá administrar a
obra.
EM QUAIS OBRAS É NECESSÁRIA A
ELABORAÇÃO DO PCMAT?

• A legislação aplicável ao assunto é a Portaria 3214/78


do Ministério do Trabalho e Emprego, que contempla a
Norma Regulamentadora nº 18 (NR-18 – Condições e
Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da
Construção).

• Esta, em seu item 18.3.1, especifica a obrigação da


elaboração e implantação do PCMAT em
estabelecimentos (incluindo frente de obra) com 20
trabalhadores (empregados e terceirizados) ou mais.
COMO É ELABORADO O PCMAT?
• A elaboração do programa se dá pela antecipação dos
riscos inerentes à atividade da construção civil. São
aplicados métodos e técnicas que têm por objetivo o
reconhecimento, avaliação e controle dos riscos
encontrados nesta atividade laboral.

• A partir deste levantamento, são tomadas providências


para eliminar ou minimizar e controlar estes riscos,
através de medidas de proteção coletivas ou
individuais.

• É importante que o PCMAT tenha sólida ligação com o


PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde
Ocupacional), uma vez que este depende do PCMAT
para sua melhor aplicação.
QUEM PODE ELABORAR UM PCMAT?

• De acordo com a NR-18, em seu item 18.3.2,


somente poderá elaborar um PCMAT
profissional legalmente habilitado em
Segurança do Trabalho.
QUAL O ROTEIRO PARA ELABORAÇÃO
DO PCMAT?

A elaboração do PCMAT é realizada em


5 etapas:
1. Análise de projetos:

• É a verificação dos projetos que


serão utilizados para a
construção, com o intuito de
conhecer quais serão os
métodos construtivos,
instalações e equipamentos que
farão parte da execução da
obra.
2. Vistoria do local

• A vistoria no local da futura construção


serve para complementar a análise de
projetos. Esta visita fornecerá
informações sobre as condições de
trabalho que efetivamente serão
encontradas na execução da obra.
Por exemplo:
verificar o quanto e em que local haverá
escavação, se há demolições a serem
feitas, quais as condições de acesso do
empreendimento, quais as características
do terreno, etc.
3. Reconhecimento e avaliação dos riscos

• Nesta etapa é feito o


diagnóstico das condições
de trabalho encontradas no
local da obra. Surge, então,
a avaliação qualitativa e
quantitativa dos riscos, para
melhor adoção das medidas
de controle.
EX.:
4. Elaboração do documento base

• É a elaboração do PCMAT
propriamente dito. É o
momento onde todo o
levantamento anterior é
descrito e são especificadas as
fases do processo de
produção. Na etapa do
desenvolvimento do programa
têm de ser demonstradas
quais serão as técnicas e
instalações para a eliminação
e controle dos riscos.
5. Implantação do programa

• É a transformação de todo o material escrito e detalhado


no programa para as situações de campo. Vale salientar
que, de nada adianta possuir um PCMAT se este servir
apenas para ficar “na gaveta”.

O processo de implantação do programa deve


contemplar:

• Desenvolvimento/aprimoramento de projetos e
implementação de medidas de controle;
• Adoção de programas de treinamento de pessoal
envolvido na obra, para manter a “chama” da segurança
sempre acesa;
• Especificação de equipamentos de proteção individual;
5. Implantação do programa

• Avaliação constante dos riscos, com o objetivo de


atualizar e aprimorar sistematicamente o PCMAT;
• Estabelecimento de métodos de indicação de
desempenho;
• Aplicação de auditorias em escritório e em campo, de
modo a verificar a eficiência do gerenciamento do
sistema de Segurança do Trabalho.
Ex.:
QUAIS ELEMENTOS QUE DEVEM CONSTAR NO
DOCUMENTO BASE?
• 1. Comunicação prévia à DRT (Delegacia Regional do
Trabalho)
• Informar:
– Endereço correto da obra;
– Endereço correto e qualificação do contratante,
empregador ou condomínio;
– Tipo de obra;
– Datas previstas de início e conclusão da obra;
– Número máximo previsto de trabalhadores na obra.
• Obs.: Em duas vias, protocolizar na DRT ou encaminhar
via correio com AR (Aviso de Recebimento).
2. O local
• Entorno da obra
– Moradias adjacentes;
– Trânsito de veículos e pedestres;
– Se há escolas, feiras, hospitais, etc.
• A obra
– Memorial descritivo da obra,
contendo basicamente: Número de
pavimentos; área total construída;
área do terreno sistema de
escavação; fundações; estrutura;
alvenaria e acabamentos;
cobertura
3. Áreas de vivência

• Instalações sanitárias;
• Vestiário;
• Local de refeições;
• Cozinha;
• Lavanderia;
• Alojamento;
• Área de Lazer;
• Ambulatório.
4. Máquinas e equipamentos

 Relacionar as máquinas e
equipamentos utilizados na
obra, definindo seus
sistemas de operação e
controles de segurança.
5. Sinalização

 Vertical e horizontal (definindo os locais de


colocação e demarcação)
6. Riscos por fase da obra

• Atividade x Risco x
Controle
• Fases da obra
– Limpeza do terreno;
– Escavações;
– Fundações;
– Estrutura;
– Alvenaria e acabamentos;
– Cobertura.
7. Procedimentos de emergência

• Para acidentes:
– Registrar todos os acidentes e incidentes
ocorridos na obra, criando indicadores de
desempenho compatíveis.
• Anexar mapa para hospital mais próximo;
• Disponibilizar telefones de emergência.
8. Treinamentos

• Listar os assuntos que serão


abordados considerando os
riscos da obra
(preferencialmente a cada
mudança de fase de obra);
• Emitir Ordens de Serviço por
função;
• CIPA: Constituir se houver
enquadramento. Caso contrário
indicar pessoa responsável.
9. Procedimentos de saúde

• Referenciar a responsabilidade da execução do PCMSO;


• Encaminhar ao médico coordenador os riscos na
execução da obra.
10. Cronograma

• Cronograma físico/executivo;
• Estimativa de quantidade de trabalhadores por
fase ou etapa da obra;
• Cronograma de execução de proteções coletivas;
• Cronograma de uso de EPI's;
• Cronograma das principais máquinas e
equipamentos.
11. Croquis/ilustrações

• Layout do canteiro de obras;


• Equipamentos de proteção coletiva – EPC's;
• EPI's;
• Proteções especiais;
• Detalhes construtivos;
• Materiais;
• Etc.
REFERÊNCIAS
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• VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito Civil (Parte Geral), v.1 – 3 ed. São Paulo: Atlas. 2003.

ATENÇÃO
Parte deste material foi coletado na internet e não foi possível identificar a
autoria. Este material se destina para fins de estudo e não se encontra
completamente atualizado.
FIM
• _________________Obrigado pela atenção!!
• Acimarney C. S. Freitas – Advogado – OAB-BA Nº 30.553

• Professor de Direito do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Vitória da
Conquista

• Diretor do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia da Bahia – IFBA – campus de Brumado.

• Bacharel em Teologia

• Especialista em Direito Educacional - FTC

• Especialista em Educação Profissional e de Jovens e Adultos - IFBA

• Mestrando em Filosofia - UFSC

Email: acimarney@gmail.com

Facebook: Ney Maximus

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