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RESÍDUO SÓLIDO

INTRODUÇÃO A ENGENHARIA AMBIENTAL


EQUIPE: EBENÉZER E EDUARDO ATANAEL
Definição de Resíduos Sólidos
Os resíduos sólidos são todos os restos sólidos ou semi-
sólidos das atividades humanas ou não-humanas, que embora
possam não apresentar utilidade para a atividade fim de onde
foram gerados, podem virar insumos para outras atividades.
Exemplos: aqueles gerados na sua residência e que são
recolhidos periodicamente pelo serviço de coleta da sua
cidade e também a sobra de varrição de praças e locais
públicos que podem incluir folhas de arvores, galhos e restos
de poda.
Os chamados Resíduos Sólidos Urbanos (RSUs, de acordo
com a norma NBR.10.004 da Associação Brasileira de Normas
Técnicas - ABNT), vulgarmente denominados como lixo
urbano, são resultantes da atividade doméstica e comercial
dos centros urbanos. A composição varia de população para
população, dependendo da situação socioeconômica e das
condições e hábitos de vida de cada um. Esses resíduos
podem ser classificados das seguintes maneiras (com alguns
exemplos em seguida):
•Matéria orgânica: restos de comida;
•Papel e papelão: jornais, revistas, caixas e embalagens;
•Plásticos: garrafas, garrafões, frascos, embalagens;
•Vidro: garrafas, frascos, copos;
•Metais: latas;
•Outros: roupas, óleos de motor, resíduos de
eletrodomésticos.
Diferença entre resíduo e rejeito
A partir do que sobra de determinado produto (embalagem,
casca) ou processo (uso do produto) é que o resíduo sólido é
gerado, mas ele pode ser consertado, servir para outra finalidade
(reutilização) ou até ser reciclado. Já o rejeito é um tipo
específico de resíduo sólido - quando todas as possibilidades de
reaproveitamento ou reciclagem já tiverem sido esgotadas e não
houver solução final para o item ou parte dele, trata-se de um
rejeito, e as únicas destinações plausíveis são encaminhá-lo para
um aterro sanitário licenciado ambientalmente ou incineração.
LEI 12.305/2010 – POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS brasileira

CAPÍTULO II – DOS PRINCÍPIOS E OBJETIVOS

Art. 6o São princípios da Política Nacional de Resíduos Sólidos:


I – a prevenção e a precaução;
II – o poluidor-pagador e o protetor-recebedor;
III – a visão sistêmica, na gestão dos resíduos sólidos, que considere as variáveis ambiental, social,
cultural, econômica, tecnológica e de saúde pública;
IV – o desenvolvimento sustentável;
V – a ecoeficiência, mediante a compatibilização entre o fornecimento, a preços competitivos,
de bens e serviços qualificados que satisfaçam as necessidades humanas e tragam qualidade
de vida e a redução do impacto ambiental e do consumo de recursos naturais a um nível, no
mínimo, equivalente à capacidade de sustentação estimada do planeta;
VI – a cooperação entre as diferentes esferas do poder público, o setor empresarial e demais
segmentos da sociedade;
VII – a responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos;
VIII – o reconhecimento do resíduo sólido reutilizável e reciclável como um bem econômico e de
valor social, gerador de trabalho e renda e promotor de cidadania;
IX – o respeito às diversidades locais e regionais;
X – o direito da sociedade à informação e ao controle social;
XI – a razoabilidade e a proporcionalidade.
Art. 7o São objetivos da Política Nacional de Resíduos Sólidos:
I – proteção da saúde pública e da qualidade ambiental;
II – não geração, redução, reutilização, reciclagem e tratamento dos resíduos sólidos, bem como disposição
final ambientalmente adequada dos rejeitos;
III – estímulo à adoção de padrões sustentáveis de produção e consumo de bens e serviços;
IV – adoção, desenvolvimento e aprimoramento de tecnologias limpas como forma de minimizar impactos
ambientais;
V – redução do volume e da periculosidade dos resíduos perigosos;
VI – incentivo à indústria da reciclagem, tendo em vista fomentar o uso de matérias-primas e insumos
derivados de materiais recicláveis e reciclados;
VII – gestão integrada de resíduos sólidos;
VIII – articulação entre as diferentes esferas do poder público, e destas com o setor empresarial, com vistas à
cooperação técnica e financeira para a gestão integrada de resíduos sólidos;
IX – capacitação técnica continuada na área de resíduos sólidos;
X – regularidade, continuidade, funcionalidade e universalização da prestação dos serviços públicos de
limpeza urbana e de manejo de resíduos sólidos, com adoção de mecanismos gerenciais e econômicos que
assegurem a recuperação dos custos dos serviços prestados, como forma de garantir sua sustentabilidade
operacional e financeira, observada a Lei nº 11.445, de 2007;
XI – prioridade, nas aquisições e contratações governamentais, para:
XIII – estímulo à implementação da avaliação do ciclo de vida do produto;
XIV – incentivo ao desenvolvimento de sistemas de gestão ambiental e empresarial voltados para a melhoria
dos processos produtivos e ao reaproveitamento dos resíduos sólidos, incluídos a recuperação e o
aproveitamento energético;
XV – estímulo à rotulagem ambiental e ao consumo sustentável.
Art. 9o Na gestão e gerenciamento de resíduos sólidos, deve ser observada a seguinte ordem
de prioridade: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos sólidos
e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

§ 1o Poderão ser utilizadas tecnologias visando à recuperação energética dos resíduos sólidos
urbanos, desde que tenha sido comprovada sua viabilidade técnica e ambiental e com a
implantação de programa de monitoramento de emissão de gases tóxicos aprovado pelo
órgão ambiental.

§ 2o A Política Nacional de Resíduos Sólidos e as Políticas de Resíduos Sólidos dos Estados, do


Distrito Federal e dos Municípios serão compatíveis com o disposto no caput e no § 1o deste
artigo e com as demais diretrizes estabelecidas nesta Lei.
Sobre o SINIR

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE A GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS, SINIR

O Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos, SINIR, é um dos
Instrumentos da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) instituída pela Lei no.
12.305, de 2 de agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto no. 7.404, de 23 de
dezembro de 2010.

A PNRS está basicamente ancorada neste Sistema de Informações e a evolução de sua


concepção envolverá o Sistema Nacional de Informações sobre Meio Ambiente
(SINIMA) e o Sistema Nacional de Informações Sobre Saneamento Básico (SINISA), atual
SNIS coordenado pelo Ministério das Cidades.

http://sinir.gov.br/
PLANO MUNICIPAL
COLETA SELETIVA
DISPOSIÇÃO DO LIXO
Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma
preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de
efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra
pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol
freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu
aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais
recicláveis para vender. No lixão o lixo fica exposto sem nenhum procedimento
que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.
O aterro controlado é uma fase intermediária entre o lixão e o aterro sanitário.
Normalmente é uma célula adjacente ao lixão que foi remediado, ou seja, que recebeu
cobertura de argila, e grama (idealmente selado com manta impermeável para proteger
a pilha da água de chuva) e captação de chorume e gás. Esta célula adjacente é
preparada para receber resíduos com uma impermeabilização com manta e tem uma
operação que procura dar conta dos impactos negativos tais como a cobertura diária da
pilha de lixo com terra ou outro material disponível como forração ou saibro. Tem também
recirculação do chorume que é coletado e levado para cima da pilha de lixo, diminuindo
a sua absorção pela terra ou eventuamente outro tipo de tratamento para o chorume
como uma estação de tratamento para este efluente.
Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de
iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra
e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente.
Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado
pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de
acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de
lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados
para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento
de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a
cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição
visual.
RISCOS
Alguns tipos de resíduos sólidos são altamente perigosos para o
meio ambiente, podendo causar a contaminação do solo no local
do despejo ou até mesmo de grandes áreas caso entrem em
contato com algum riacho ou até mesmo algum lençol freático.
Esse tipo de material perigoso requer um sistema de coleta,
classificação, tratamento e descarte adequado e rigoroso.
Podemos citar como exemplos as pilhas e baterias de telefones
e equipamentos eletrônicos que são formados por compostos
químicos com alta capacidade de poluição e toxicidade para o
solo e a água, os quais são também extremamente tóxicos aos
seres humanos e animais.
Estima-se que cada pessoa produza, em média, 1,3 kg de
resíduo sólido por dia. Dessa forma, uma pequena cidade de
apenas dez mil habitantes produziria cerca de dez toneladas
de lixo diariamente. De acordo com um estudo feito no Rio de
Janeiro pelo Atlas Brasileiro de GEE e Energia em 2011,
estima-se que, no Brasil, são geradas aproximadamente 198
mil toneladas por dia de resíduos sólidos urbanos, o que
equivale a aproximadamente 62 milhões de toneladas anuais.
Do total de resíduos gerados, cerca de 90% são coletados, o
que equivale a aproximadamente 180 mil toneladas por dia.
LOGISTÍCA REVERSA
A logística reversa trata do retorno dos resíduos à sua cadeia de
produção para serem reaproveitados, reutilizados e reciclados.

A logística reversa é um "instrumento de desenvolvimento econômico e social


caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a
viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para
reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra
destinação final ambientalmente adequada".

A Lei nº 12.305/2010 dedicou especial atenção à logística reversa e definiu três


diferentes instrumentos que poderão ser usados para a sua implantação:
regulamento, acordo setorial e termo de compromisso.

Art. 33. São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa,


mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma
independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos
sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de:
Compostagem
A compostagem é um processo biológico em que os microrganismos transformam
a matéria orgânica, como estrume, folhas, papel e restos de comida, num
material semelhante ao solo, a que se chama composto, e que pode ser utilizado
como adubo.
COLETA
Os resíduos sólidos urbanos podem ser coletados de forma
indiferenciada ou seletiva. Indiferenciada quando não ocorre
nenhum tipo de seleção durante a coleta; ou a seletiva,
quando os resíduos são recolhidos e já separados de acordo
com seu tipo e destinação. Após a seleção, os mesmos são
enviados ao aterro sanitário, onde o material é coletado de
forma indiferenciada e despejado para que se decomponha e
seja absorvido pelo solo.
Catadores de Materiais Recicláveis

Os catadores de matérias reutilizáveis e recicláveis desempenham papel fundamental


na implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), com destaque para
a gestão integrada dos resíduos sólidos. De modo geral, atuam nas atividades da
coleta seletiva, triagem, classificação, processamento e comercialização dos resíduos
reutilizáveis e recicláveis, contribuindo de forma significativa para a cadeia produtiva
da reciclagem.

Sua atuação, em muitos casos realizada sob condições precárias de trabalho, se dá


individualmente, de forma autônoma e dispersa nas ruas e em lixões, como também,
coletivamente, por meio da organização produtiva em cooperativas e associações.
Reciclagem
Existem também as unidades de reciclagem, que têm como
objetivo reaproveitar os materiais que possam ser reciclados e
encontrar uma nova forma de utilização desses compostos.
Como forma de tratamento, existem algumas tecnologias
como, o processamento mecânico, que consiste na separação
manual-mecânica dos materiais recicláveis dos resíduos
orgânicos. Os materiais orgânicos contêm uma série de
nutrientes que podem ainda ser utilizados; após um processo
de tratamento, esses compostos orgânicos poderão ser
utilizados na indústria agrícola, manutenção de parques,
remediação de aterros entre outras aplicações.
Como reduzir seus resíduos?
Ao consumirmos, são produzidas muitas toneladas de resíduos
orgânicos e embalagens variadas dentro das nossas casas
diariamente. Com ações simples podemos ajudar muito:
•Faça a separação de materiais recicláveis com relação aos
orgânicos (facilita o trabalho das unidades de reciclagem);
•Evite o desperdício de alimentos;
•Reaproveite sobras ou cascas para fazer pratos diferentes;
•Realize a compostagem doméstica;
•Descarte seus itens não orgânicos de forma consciente (busque
postos de descarte ou descarte objetos velhos sem sair de casa).
CONCLUSÃO
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) coloca a
responsabilidade não apenas da indústria e no comércio, mas também
em quem descarta de maneira pouco ecológica seus itens, colocando
a vida de outros em risco e degradando o meio ambiente.

Nenhuma meta da Política Nacional de Resíduos Sólidos será


alcançada sem a participação efetiva da sociedade. As ações vão
desde não jogar lixo no chão, separar os resíduos de acordo com a
coleta seletiva municipal, até contribuir com a não geração, redução,
reutilização e reciclagem de resíduos sólidos.

A separação prévia é uma obrigação da PNRS, o que implica que


sempre que houver a coleta seletiva municipal, seja porta a porta, ou
seja por meio de Pontos de Entrega Voluntárias (PEV), a população
deve contribuir e separar os resíduos recicláveis previamente,
descartando adequadamente.

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