Você está na página 1de 57

Paralaxe Estelar

08 R. Boczko
08
09 IAG-USP
Erro de Paralaxe
1 2 3 4 5 6 7 8 9

É5 Não!
É 3.
Efeito de Paralaxe
Animação do efeito de paralaxe
Lua observada
de 2 locais
diferentes ao
Paris
Lua
mesmo tempo
Paris

Porto
2007 Alegre
abr
25 Porto Alegre
Tipos de paralaxe
 Anual
 Diária
Paralaxe anual
 Anual
 Diária
Conceituação Estrelas de fundo
de paralaxe
p
anual
É a mudança aparente na Estrela
direção de um astro próxima
quando se passa de uma Direção
visão geocêntrica para heliocêntrica

uma heliocêntrica Direção


geocêntrica

Eclíptica
pmáx. = 0,76”
Estrelas
Paralaxe de fundo

de 2p
estrelas Estrela
próxima

Eclíptica
pmáx. = 0,76”
Efeito da paralaxe anual
na posição de uma
1
estrela 4
2
3
Céu visto
de “fora”

4
2

1
Eclíptica
Paralaxe de uma estrela
Paralaxe
de 2p

estrelas
Jun Jan

2p F F: distância
focal do
telescópio
d
Sol F
tan 2p = d/F Jun Jan
Como se determina
a distância até uma
estrela?
Distância até o outro lado do rio

B
c=?
A

Medidos:
a
b
b
C
C
Rio tan C = c / b
c = b . tan C
Paralaxe e
Distância p p
até uma estrela
d

a
Eclíptica tan p = a / d

Mas p é muito
pequeno, logo Distância a uma
tan p = p rad estrela

prad a/d Paralaxe anual d = a / prad


de uma estrela
Primeira
paralaxe obtida
Região Polar
Norte
61 Cygni
Primeira
paralaxe
obtida

Estrela 61 Cygni
Magnitude aparente = 5,21 a 6,03
Friederich Bessel Paralaxe = 0,28718 “
(1838) Distância = 11,36 a.l.
61 Cygnus : estrela binária
Tamanhos comparados

Cygnus B

Sol

Cygnus A
Estrela mais
próxima

...depois do Sol!
Via Láctea e o Cruzeiro do Sul


Cruzeiro
do Sul
 

Saco de
Carvão

Hadar 


Rigel
Centaurus


A, B, C de
Alfa
Centaurus

Centaurus ☺
Centauro

Estrelas
próximas
25
sistemas
estelares
mais
próximos
Estrelas
até 250
a.l.
Unidades usuais de
distância até estrelas
Unidades para a paralaxe
prad = a / d
rad  1800
1rad  x0
x0 = 180 / 

1rad = 57,295.779.5130

1rad = 57,295.779.5130 x 3600"

1rad = 206264,806.247.096"

1rad  206.265"

p" = 206.265" a / d
Ano-luz

Ondas
luminosas

300.000
km/s
c
Fóton

Percurso da luz durante 1 ano

1 ano-luz
c x 365,242199*24*60*60  9,5 trilhões de km
 1 UA  150.000.000 km

9,5 trilhões / 150 milhões = 63.240 UA


Parsec
É a distância de uma estrela
ao Sol se a abertura angular
sob o qual se veria o raio da
órbita da Terra fosse de 1´´. p p = 1´´
d

Eclíptica 1 a.l. = 63.240 UA

Se p = 1´´  d  1 parsec  1 pc
Relacionar Parsec com UA
p" = 206.265" a / d
Explicitando d:
d = 206.265 a / p''
Se adotarmos
a = 1 UA
p'' = 1"

d = 206.265 1 / 1''
d = 206.265 UA

1 pc = 206.265 UA

1 UA = 1 / 206.265 pc
Relacionar Parsec com Ano-luz
1 pc = 206.265 UA

1 a.l. = 63.240 UA

1 UA = 1 / 63.240 a.l.

1 pc = 206.265 * 1 / 63.240 a.l.

1 pc  3,27 anos-luz
Relacionar
distância (pc) e paralaxe (“)

d  206.265 a / p”

a = 1 UA

1 pc  206.265 UA
a  1 UA

a = 1 / 206.265 pc
d  206.265 a / p”

d  206.265 (1 / 206.265) / p”

dpc = 1 / p”
 
Distância até uma estrela
Enunciado:
Qual a distância até a estrela Próxima se sua paralaxe é de 0,74”?

p” = 0,74”
d  a / prad

prad = p” (1 / 3600) ( / 180)

prad  4,848 x 10-6 p”


d  a / (4,848 x 10-6 p”)

d  2,06265 x 105 a / p”
a = 1 UA
d  2,063 x 105 1 / 0,74”
d  2,79 x 105 UA
 
Primeira paralaxe
Enunciado:
Em 1838 Bessel obteve 0,316” para a paralaxe de 61 Cygni.
Qual sua distância até a Terra?

p = 0,316”

dpc = 1 / p”

d = 3,16 pc

1 pc = 3,27 anos-luz

d = 10,3 a.l.
Paralaxes segundo o
HiPParCoS
HIgh Precision PARallax COllecting Satellite

Paralaxe com
precisão de 0,001”
para
120.000 estrelas

Precisão nas distâncias


até 300 a.l.:
10%
Efeitos da
paralaxe anual
Coordenadas
Heliocêntricas e Geocêntricas

Geocêntricas (x’,y’,z’)
z’

z
y’

x’ y

x
Eclíptica

Heliocêntricas (x,y,z)
Efeito observacional
da paralaxe anual
Lei do seno no DSTE
(sin Dq) / a = (sin q) / d
sin Dq = (a/d) sin q

Como Dq é pequeno e
a/d = p
Céu visto
Dq = p . sin q E
de “fora”
Dq

d
S
q
a T

Eclíptica
Pólo
fundamental
Ângulo central
900-h 900-h
com extremidades
num paralelo
B

h h

Lei do co-seno:
C
cos B = sen h . sen h + cos h . cos h . cos A

cos B = sen2 h + cos2 h . cos A


Pólo Aproximação de
fundamental
um ângulo medido
900-h 900-h
num paralelo
B
C

h h

A
Admitindo que A e B
sejam pequenos:

CB

A fórmula vale também se h for pequeno, independente do valor de A


Pólo
fundamental Ângulo medido
900-h 900-h num paralelo
B

S Lei do seno:
sen B / sen A = sen (90-h) / sen 900
h h
sen B / sen A = cos h / 1

Admitindo que A e B
A sejam pequenos:
sen A  Arad
sen B  Brad

B  A . cos h

A fórmula vale também se h for pequeno, independente do valor de A


Visões geo e heliocêntricas
q' : ângulo entre o vetor
Terra-Sol e a estrela vista
q' do Sol q : ângulo externo do triângulo STQ

q = q' + Dq
Deslocamento
da Terra para o
Sol Dq
Sol Visão heliocêntrica Q
q p

q : ângulo entre o vetor Terra-Sol e p: Paralaxe


a estrela vista da Terra anual da estrela

Plano da eclíptica

Ponto
de
tangência
Variações devido à paralaxe
 anual PN
D = ' - 
PNE  D = ' - 
'
Como o DQQ'Q1 é muito
pequeno, podemos
90+
Q1
considerá-lo plano
Q 
Q' D  . cos  Q1
Q 
q q' -D
 T ' S
Q'
S

 s cos  = (D  . cos ) / (p . sen q)
TQ' = direção geocêntrica D = p . sen q . cos  / cos 
TQ = direção heliocêntrica
sen  = (-D) / (p . sen q)
D = - p . sen q . sen 
Variação D devido à paralaxe
 anual PN
 -
PN

PNE  s
' 90- S
S
Q1 90+ 
90+ Q
Q 
Q' q

q q'
S
 ' S
S


H
S Lei do seno no D QPS
S
sen (90- S) / sen (90+ ) = sen q / sen (s- )
sen q . cos  = cos s . sen (s- )

D = p . sen q . cos  / cos 

D = p . cos s . sen (s- ) / cos 


Variação D devido PNE


PN

'
à paralaxe anual S
Q1
90+
PN Q 

 s-  Q'
q q'
90- S
90+   ' S
S
Q

q

H
S

S
S&C
Lei do seno&co-seno no D QPS
sen q . cos (90+ ) = cos (90- s) . sen (90- ) - sen (90- s) . cos (90- ) . cos (s- )
- sen q . sen  = sen s . cos  - cos s . sen  . cos (s- )

D = - p . sen q . sen 
D = p . sen s . cos  - cos s . sen  . cos (s- )
Relacionar a longitude do Sol e a
direção da velocidade da Terra
 PN
Lei do co-seno no D HS
PNE
C cos ℓS = cos s . cos s
W

Lei do seno no D HS


S sen ℓs / sen 90 = sen s / sen 
ℓS S S sen ℓ . sen  = sen 
s s

H
S

Lei do seno&co-seno no D HS
S&C sen ℓs . cos  = cos s . sen s
Variações devido à paralaxe
cos = cos  . cos 
ℓS s
anual
s

sen ℓs . sen  = sen s

sen ℓs . cos  = cos s . sen s

D = p . cos s . sen (s- ) / cos 

D = p . sen s . cos  - cos s . sen  . cos (s- )

D = p . (cos  . sen ℓs . cos  - sen  . cos ℓS) / cos 

D = p . [sen ℓs . sen  . cos  - cos  . sen  . cos ℓs - sen  . sen  . cos  . sen ℓS]
Paralaxe diurna
 Anual
 Diária
Lua observada
de 2 locais
diferentes ao
Paris mesmo tempo
Lua

Paris

2007 Porto
Alegre
abr
25 Porto Alegre
Conceituação de paralaxe diurna
Zênite
A

Δθ

d'
z' d

O Horizonte

ρ
z
É a mudança na direção
C aparente de um astro
quando se passa de um
Terra
visão topocêntrica para
uma geocêntrica.
Paralaxe diurna horizontal p
Zênite

p é a paralaxe diurna Δθ
quando o astro se encontra
sobre o horizonte local

z'=900
Direção topocêntrica Horizonte A
O
d' p Δθ

ρ d
z
sen p = ρ / d

C Como p é muito pequeno


podemos fazer a aproximação:

Terra sen p  prad

prad  ρ / d
Obtenção da paralaxe diurna
Zênite
A
Pela definição de
ângulo externo
Δθ Lei do seno
no Δ AOC:
no Δ AOC:
Δθ = z' - z
sen Δθ / ρ = d / sen z'

z'
d'
d sen Δθ  (ρ / d) sen z'

O Horizonte

ρ Como Δθ é muito pequeno


z podemos fazer a aproximação:
sen Δθ  Δθrad
C
Δθ  (ρ / d) sen z'

pρ/d
Terra

Δθ  p sen z'
Variações devido à paralaxe
Z diurna Z
H z
PN PN
Q -D
Q

 S Dz
Q'
O A Q'
PN '
A paralaxe diurna
C não muda o azimute:
W
-D S
A = A'

 A paralaxe diurna muda a


distância zenital:
W Dz = z' - z
OQ' = direção topocêntrica
CQ = direção geocêntrica Variações procuradas:
D = ' - 
D = ' - 
Variações D devido à paralaxe diurna
Z
A paralaxe diurna muda a
PN distância zenital:
Z
Q
Dz = z' – z H z
Q' z' = z + Dz PN
 -D
O
PN A Q
' Variação procurada:
C
W
-D S D = ' - 
D PZQ' S Dz

W S sen z' / sen (H-D) = cos j / sen S
Q'
Desenvolvendo:
sen (H-D) = sen H cos D - cos H sen D
D PQQ' sen (z+Dz) = sen z cos Dz + cos z sen Dz
S sen Dz / sen –D = cos  / sen S Como D e Dz são pequenos:
sen (H-D) = sen H .1 - cos H . D
Como Dz e D são pequenos: sen (z+Dz) = sen z .1 + cos z . Dz
Dz / –D  cos  / sen S Δz = Δθ  p sen z'

D  - Dz sen S / cos  D  - p . sen H . cos j . sec  - p . cos H . cos j . sec  . D


Adotar que p. D=0 (infinitésimo de segunda ordem)
D  - p . sen H . cos j . sec 
Variações D devido à paralaxe diurna
Z A paralaxe diurna muda a
distância zenital:
H
PN z Dz = z' – z Z
-D z' = z + Dz
Q PN
Q
D PQQ' Variação procurada:
Q'
S Dz D = ' -  
C sen  = sen ' . cos Dz PN O
A
+ cos ' . sen Dz . cos S '
C
Q' -D S
Como Dz e D são pequenos: W

sen  - sen ' = cos ' . Dz . cos S 


W
Lembrando que:
sen  - sen ' = 2 cos [(-')/2] . sen [(-')/2]
D PZQ'
S&C sen z' . cos S = cos  . sen j – sen  . cos j . cos H

D = - Dz . cos S cos S = ( cos  . sen j – sen  . cos j . cos H ) / sen z'

Δz = Δθ  p sen z'
Adotar que p. D=0 (infinitésimo de segunda ordem)
D  - p . (sen j . cos  - cos j . sen  . cos H )
Fim

Você também pode gostar