Você está na página 1de 17

O PAPEL DO ÁCIDO FÓLICO NA

PREVENÇÃO DAS FISSURAS


LABIOPALATINAS NÃO
SINDRÔMICAS: UMA REVISÃO DE
LITERATURA

Anna Carollina
Danilo Fraga
Danilo Lira
Bruno Vinícius
Manoel Ferreira
Valeria Matos
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
INTRODUÇÃO
• A fissura labiopalatina é um defeito congênito mais comum e de maior gravidade
que acomete a face e a boca (TORALOVA, 2016).
• É considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como um problema de
saúde pública (SILVA et al, 2019).
• Afeta diferentes grupos étnicos, localização geográfica e o nível socioeconômico.
• Tem prevalência de 1 para cada 700 nascidos vivos (DIXON et al, 2011).
• Cerca de 30% das fissuras lábio palato são consideradas sindrômicas, e,
aproximadamente 70% delas são classificadas como não-sindrômicas, cuja
etiologia é complexa e multifatorial, com associação de fatores genéticos e
ambientais (WATKINGS et al 2014).
INTRODUÇÃO
• Tem como fatores
ambientais envolvidos na
ocorrência das fissuras o
tabagismo materno,
álcool, diabetes, uso de
medicamentos e
exposição a produtos
tóxicos como pesticidas
(SABBAGH et al, 2015).
INTRODUÇÃO
• Existem evidências de que o consumo de ácido fólico possa reduzir os riscos de
fissuras orais (MOLINA-SOLANA et al, 2013).

• O uso do ácido fólico no período periconcepicional vem sendo recomendado e


bem estabelecido para prevenir a ocorrência de defeitos do tubo neural
(GILDESTAD et al, 2015).
INTRODUÇÃO
• Uma justificativa para a utilização
do ácido fólico na prevenção das
fissuras orais, seria de que os DTN e
as fissuras labiopalatinas ocorrem
em períodos embriologicamente
semelhantes (BADOVINAC et al,
2007).
• Além disso, o desenvolvimento das
estruturas faciais se dá a partir de
células oriundas da crista neural,
originários do fechamento do tubo
neural (DE-REGIL et al, 2015).

Fonte:http://2.bp.blogspot.com/WdTCwmHMX6I/UUdI1AdhDfI/AAAAAAAAAZY/WjgKGIPersw/s1600/lar.j
pg
Folato

Ácido Fólico
Processo de Embriogênese
Ácido Fólico

Odontologia
Medicina Geral

Prevenção Fissuras Orais


DEFEITOS DO TUBO NEURAL

• Períodos embriologicamente semelhantes;

• Estruturas da face derivam de células da CRISTA NEURAL.

BADOVINAC, 2007.
CRISTA NEURAL

PROLIFERAÇÃO DIFERENCIAÇÃO

ÁCIDO FÓLICO

CORRETA FORMAÇÃO DA FACE

MILLACURA, 2017.
CRISTA NEURAL

PROLIFERAÇÃO DIFERENCIAÇÃO

X
ÁCIDO FÓLICO

DEFEITOS CONGÊNITOS Fissuras orofaciais

MILLACURA, 2017.
DISCUSSÃO
• Na literatura é bem sedimentada o uso de
ácido fólico com objetivo de prevenir defeitos
no tubo neural decorrentes de falha em seu
fechamento (AGBENORKU et al, 2013).
• A prescrição pode ser feita no período
periconcepcional, isolado ou combinado com
outras vitaminas (ALLAGH et al 2015).
• A dosagem administrada, os estudos não
mostram influência, sendo a de 0,4mg e 4mg
eficientes na redução das fissuras
labiopalatinas (WEHBY et al, 2013).
• Alguns estudos estudos demonstraram que o
uso de ácido fólico foi associado à
diminuição do risco de fissuras orofaciais (
DIEN et al, 2018).
Fonte: Google imagens
DISCUSSÃO
• A OMS (2013) preconiza o uso de
suplementos contendo ácido fólico no
período periconcepcional uma vez ao
dia, durante toda a gestação.
• A suplementação com ácido fólico,
mesmo após o primeiro mês, teria
potencial de auxiliar na prevenção das
fissuras orofaciais, pois a formação da
face ocorre no mesmo período
embriológico do fechamento do tubo
neural (BADOVINAC et al, 2013).
Fonte: Google imagens
CONSIDERAÇÕES FINAIS
• O ácido fólico tem efeito protetor contra a ocorrência de fissuras palatinas não
sindrômicas.
• Contudo por apresentar etiologia multifatorial e complexa, ainda existe
controvérsias quanto aos fatores envolvidos nessa mal formação.
• Com isso, deve-se elaborar medidas preventivas nos fatores ditos ambientais como
o microambiente uterino, os aspectos nutricionais e da saúde da mulher gestante.
• Deve-se considerar a realização de novas pesquisas para melhor compreensão do
ácido fólico e seus mecanismos de ação e proteção contra defeitos do tubo neural e
quanto a sua atuação na fissura labiopalatina.
REFERÊNCIAS
• AGBENORKU, P. Orofacial Clefts: A Worldwide Review of the Problem. ISRN Plastic Surgery, v. 2013, p. 7
pages, 2013. Disponível em: <http://www.hindawi.com/journals/isrn/2013/348465/>.
• SILVA, Carolina Maia et al. O papel do ácido fólico na prevenção das fissuras labiopalatinas não sindrômicas: uma
revisão integrativa. Braz Ap. Sci. Ver., Curitina, v.3, n. 1, p. 641-658, jan/fev. 2019.
• BADOVINAC, R. L. et al. Folic acid-containing supplement consumption during pregnancy and risk for oral clefts:
A meta-analysis. Birth Defects Research Part A - Clinical and Molecular Teratology, v. 79, n. 1, p. 8–15, 2007.
• DE-REGIL, L. M. et al. Effects and safety of periconceptional oral folate supplementation for preventing birth
defects. The Cochrane Database of Systematic Reviews, n. 12, p. CD007950, 2015.
• MILLACURA, N. et al. Effects of folic acid fortification on orofacial clefts prevalence: A meta-analysis. Public
Health Nutrition, v. 20, n. 12, p. 2260-2268, 2017.
• DIEN, V. H. A. et al. Maternal exposures and risk of oral clefts in South Vietnam. Birth Defects Research, v. 110, n.
6, p. 527–537, 2018.
• WHO. Global strategies to reduce the health-care burden of craniofacial anomalies Global strategies to reduce the
health-care burden of craniofacial anomalies. The Cleft Palate-Craniofacial Journal, v.41, n. 3, p. 238-243, 2004.
• OMS. Suplementação diária de ferro e ácido fólico em gestantes. Diretriz, p. 29, 2013.
• TOLAROVA, M. M. Global health issues related to cleft lip and palate: Prevention and treatment need to team
together. Indian journal of dental research : official publication of Indian Society for Dental Research, 2016.

Você também pode gostar