Você está na página 1de 12

O TRABALHO DO/A

ANTROPOLOGO/A
ANTROPOLOGIA DAS SOCIEDADES
CONTEMPORÂNEAS
SOBRE O AUTOR
GILBERTO VELHO (1945-2012)

• Gilber to C a r d o s o A l ve s Ve l h o n a s c e u n o R i o d e
Ja n e i r o e m 1 5 d e m a i o d e 1 9 4 5 f o i u m a n t r o p ó l og o
b r a s i l e i r o , p i o n e i r o d a A n t r o p o l og i a U r b a n a n o p a í s .
M o r r e u n o R i o d e Ja n e i r o , d i a 1 4 d e A b r i l d e 2 0 1 2 ;
• L e c i o n ava e p e s q u i s a va e m A n t r o p o l og i a S o c i a l ;
• Fo i p r o f e s s o r t i t u l a r e d e c a n o d o D e p a r t a m e n t o d e
A n t r o p o l og i a d o M u s e u N a c i o n a l d a U F R J. D i r i g i u a
C o l e ç ã o A n t r o p o l og i a S o c i a l d a e d i t o r a Z a h a r, o n d e
t e m p u b l i c a d o s o s s e g u i n t e s l iv r o s : A u t o p i a u r b a n a
( 1 9 7 3 ) , D e s v i o e d ive r g ê n c i a ( 1 9 7 4 ) , I n d iv i d u a l i s m o e
c u l t u r a ( 1 9 8 1 ) , S u b j e t iv i d a d e e s o c i e d a d e ( 1 9 8 6 ) ,
P r o j e t o e m e t a m o r f o s e ( 1 9 9 4 ) e A n t r o p o l og i a u r b a n a
(2002).
• Foi orientador de mais de 60 teses de mestrado de doutorado,integrou bancas
examinadoras para concursos de magistério e outorga de prêmios. É autor de
mais de 160 artigos em periódicos nacionais e internacionais, além de
organizador e autor de 16 livros;
• Presidiu a Associação Brasileira de Antropologia (ABA), a Associação
Nacional dos Programas de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais
(ANPOCS), e foi vice-presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência (SBPC).
Prêmios
Condecorações
• Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidência da
República do Brasil - jun/1995;
• Comendador da Ordem do Rio Branco - Ministério das Relações Exteriores –
1999;
• Grã-Cruz da Ordem Nacional do Mérito Científico - Presidência da República
do Brasil - jul/2000.
SOBRE O AUTOR
ROBERTO CARDOSO DE OLIVEIRA

• Roberto Cardoso de Oliveira (11/07/1928 – 21/07/2006) foi o responsável pela


criação do mestrado em Antropologia da Universidade de Brasília (UnB), em
1973, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em 1968, e da
Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), em 1971;
• Entre os anos de 1973 e 1985, Cardoso foi professor titular do Departamento
de Antropologia da UnB.Em 1995, retornou como professor visitante do Centro
de Pesquisa e Pós-graduação sobre as Américas (Ceppac);
•Em sua carreira, de mais de 40 anos como pesquisador, desenvolveu estudos
sobre etnologia indígena, relações interétnicas, identidade e etnicidade nas
Américas, entre outros;
• O antropólogo publicou 27 livros e recebeu títulos como o de Doutor Honoris
Causa pela UnB (2003), a medalha Roquete-Pinto de Contribuição à
Antropologia Brasileira (concedida em 2003 pela Associação Brasileira de
Antropologia) e Comendador da Ordem de Rio Branco (2001);
• Desde 2000, ele era membro titular da Academia Brasileira de Ciências
(ABC);
• 2006, Oliveira iniciou pesquisa sobre os arquivos do antropólogo e sociólogo
francês Marcel Mauss, com o objetivo de recolher informações não publicadas
sobre a obra e a vida do autor, com especial atenção à sua correspondência
inédita.
O TRABALHO DO ANTROPÓLOGO
OLHAR, OUVIR, ESCREVER

 O olhar
• Investigação empírica sobre o objeto;
• Olhar etnográfico;
• O olhar por si só não seria suficiente.
 O ouvir
• Se o olhar possui um significação específica para um cientista social, o
ouvir também goza dessa propriedade;
• A maior dificuldade está na diferença entre "idiomas culturais“;
• Relação “pesquisador/informante“;
• Relação dialógica transforma-se em um encontro etnográfico.
Interação

Observação participante
 Escrever
• Escrever como ato final
• Clifford Geertz e duas estampas da investigação empírica:
1. Estando lá - being there
2. Estando aqui - being here
• Produção do escrever como produção de um texto etnográfico
• Para George Marcus e Dicas Cushman a etnografia seria: a
representação do trabalho de campo em texto.
3 complicadores para essa afirmação:
1. Diário;
2. Artigos e teses;
3. Monografias experimentais .
“Se o olhar e o ouvir constituem a nossa percepção da realidade
focalizada na pesquisa empírica, o escrever passa a ser parte quase
indissociável do nosso pensamento, uma vez que o ato de escrever é
simultâneo ao ato de pensar.” (Roberto Cardoso de Oliveira,1993,p.31)
I

 Retoma a ideia de neutralidade do pesquisador;


Ver com olhos imparciais a realidade,evitando o envolvimento
 Valorização do métodos quantitativos;

+ NEUTRO E CIENTÍFICO

 Envolvimento inevitável.
II

 Antropologia tradicionalmente identificou-se com métodos de pesquisa ditos


qualitativos
• Contato direto com o objeto de pesquisa
“... exigem um esforço maior, mais detalhado e aprofundado de observação e empatia.”
(Gilberto Velho, 1981, p.124 )
Transformar o “exótico em familiar e o familiar em exótico” Da Matta
 Distância de classes analisando a nobreza européia Simmel
Distância social e psicológica
 Experiência individual / Experiência coletiva ( marxista).
 Cabe ao antropólogo relativizar noções
• Há descontinuidades vigorosas entre o “mundo” do pesquisador e
outros mundos
• Sociedade complexa Sociedade tradicional
 Cientistas sociais estão sempre entrando em áreas invioláveis
 Idéias importantes:

INDIVÍDUO COMO
RELATIVIZAÇÃO DAS
UNIDADE BÁSICA DE
NOÇÕES
MAPEAMENTO
III

 Antropólogo estudando sua própria sociedade/ Antropólogo estudando


sociedades exótica
“Assim, ao estudar o que está próximo, a sua própria sociedade, o
antropólogo expõe-se, com menor ou maior intensidade, a um confronto
com outros especialistas, com leigos e até, em certos casos, com
representantes dos universos de que foram investigadores, que podem
discordar das interpretações do investigador.” (Gilberto Velho, 1981, p.131)
 Familiaridade traz contribuições valiosas para o conhecimento da vida
social
Discentes

Danielle Oliveira
Deborah Diná
Sthefanny Guimarães

Você também pode gostar