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INFARTO AGUDO DO MIOCÁRDIO

(IAM)
O QUE É?

É a ausência ou diminuição da circulação


sanguínea no coração, o que priva o miocárdio, no
local acometido, de oxigênio e de nutrientes,
causando lesões importantes que podem levar até a
morte de suas células, conforme o tempo de
duração do evento. Com isso, o funcionamento do
coração, que trabalha como uma bomba
mecânica, pode ser seriamente afetado.
FISIOPATOLOGIA
• O IAM ocorre por uma obstrução das artérias coronárias, isso geralmente
vem associado um processo inflamatório pela presença de placas de
colesterol em suas paredes, a chamada aterosclerose.
• O sangue fica impedido de circular tanto pelo desprendimento de um
fragmento dessas placas quanto pela formação de trombos nas artérias.
• Resulta de uma série de agressões acumuladas ao longo dos anos,
como tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, níveis de
colesterol alto, estresse, sedentarismo, entre outros.
• Remodelamento cardíaco: mudanças no tamanho, forma e espessura
tanto da área afetada quanto nos outros segmentos ventriculares.
(DAMINELLO, 2013, p. 103)
PRINCIPAIS SINTOMAS
O infarto tem manifestações clínicas bem
específicas, como:
• Dor referida no tórax (ou peito) contínua, de forte
intensidade
• Sensação de compressão
• Aperto ou queimação no peito
• Ardor bastante semelhante à azia
• Dor peitoral irradiada para a mandíbula e para os
ombros e braços, mais frequentemente do lado
esquerdo do corpo
• Palpitações prolongadas - tecnicamente chamadas
de arritmias cardíacas.
OUTROS SINTOMAS
• Suor excessivo
• Náuseas
• Vômitos
• Tontura e desfalecimento
• Ansiedade e agitação.

PS.: É importante lembrar que os diabéticos apresentam menos sintomas ou


nada sentem ao infartar.
DIAGNÓSTICO
• História clínica;
• Eletrocardiograma (ECG);
• Dosagem enzimática.

O quadro clínico é analisado com base nos sintomas do paciente, dor


precordial, retroesternal, em aperto, de intensidade variável, podendo irradiar
para região cervical e/ou membro superior esquerdo. É possível que esteja
associado a sintomas inespecíficos como: náuseas, vômitos, dispneia, sudorese,
palidez e fraqueza. Em casos de diabéticos, o IAM pode ser assintomático ou
apresentar quadros atípicos, como desconforto nos braços, no dorso, nas
pernas e na mandíbula, além de síncope.
DIAGNÓSTICO
O eletrocardiograma tem três fases:
• Fase hiperaguda: inicia-se logo após o evento, tendo-se o
supradesnivelamento do segmento ST, e aumento da onda T;
• Fase aguda: elevação do segmento ST, diminuição da onda T e formação de
ondas Q patológicas;
• Fase pós-aguda: inversão da onda T e o segmento ST volta a linha base.
DIAGNÓSTICO
A dosagem enzimática é feita pela análise plasmática da CK-MB, a mais
específica para necrose miocárdica.
Apresenta elevação após 6-8 do início dos sintomas, com pico em 24 horas e
normalização de 3-4 dias.
A creatinofosfoquinase (CPK), a desidrogenase lática (DHL) e a transamino
glutalâmico oxalacética (TGO) são outras enzimas dosadas para confirmação
diagnóstica.
Atualmente é feita a dosagem de troponina, que se eleva após 60 minutos e é
uma enzima específica de necrose muscular miocárdica.

• Para se fazer o diagnóstico, é necessário 2 elementos desta tríade.


TRATAMENTO
• O tratamento na fase aguda (em geral das primeiras 12 horas) é baseado
em reperfusão imediata, podendo ser farmacológica ou mecânica com a
angioplastia e, alguns casos, a revascularização do miocárdio.
• A oxigenoterapia é preconizada nas primeiras 24 horas do IAM. Os
pacientes que apresentarem SpO2 inferior a 90% devem permanecer com
suporte de O2 por maior tempo.
• O fisioterapeuta deve avaliar inclusive a necessidade de doses maiores de
O2, ofertada em forma de cateter nasal, máscara de nebulização ou
venturi, por exemplo.
FISIOTERAPIA
• A fase hospitalar de reabilitação pós-infarto do miocárdio segue a
estratégia de mobilização precoce, sentando o paciente e colocando-o
em posição ortostática assistida, realizando movimentação passiva das
articulações, complementada, no período mais tardio da internação
hospitalar, por deambulação.
• Devem predominar a combinação de exercício físico de baixa intensidade,
técnicas para o controle do estresse e programas de educação em
relação aos fatores de risco.
• Oxigenoterapia é indicada em pacientes com saturação de oxigênio <
90%, congestão pulmonar ou na presença de desconforto respiratório.
FISIOTERAPIA
• A fisioterapia motora deve ser realizada de forma gradual e progressiva,
com sessões de curta duração.
Exemplo:

1 - Paciente deitado, exercícios respiratórios, exercícios ativos de


extremidades, exercícios ativo assistidos de cintura, cotovelos e joelhos;

2 - Paciente sentado, exercícios respiratórios associados aos exercícios de


membros superiores (MMSS); movimentos diagonais, exercícios de cintura
escapular, exercícios ativos de extremidades. Paciente deitado, exercícios
ativos de joelhos e coxofemoral, dissociação de tronco/coxofemoral;
(DAMINELLO, 2013, p.106).
(DAMINELLO, 2013, p.106).

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