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Tubulões

Antônio Maciel Ribeiro Cardoso


 Quais são os equipamentos utilizados no ensaio do Nspt?

Questionamentos  Como é realizado o ensaio Nspt?

iniciais
 O que é tensão admissível?
Elemento de fundação que transfere a carga ao terreno ou pela base
(resistência de ponta) ou por sua superfície lateral (resistência de
fuste) ou por uma combinação das duas;

Fundações SUA PONTA OU BASE ESTAR ASSENTE EM PROFUNDIDADE


profundas SUPERIOR AO DOBRO DE SUA MENOR DIMENSÃO EM
PLANTA, e no mínimo 3,0 m;

Neste tipo de fundação incluem-se as estacas e os tubulões.


Segundo a ABNT NBR6122:2010, trata-se de uma fundação
profunda, escavada manualmente ou mecanicamente, em que pelo
menos na sua etapa final, há descida de pessoal para alargamento
da base ou limpeza do fundo quando não há base.

Tubulões
 Diferença entre estaca e tubulões
Tubulões
 Aumento da área da base, mesmo não necessitando
Pontos a
ponderar  Métodos semi-empíricos estatísticos
 Permite inspeções visuais in loco;

 Não produzem vibrações;

Vantagens do  Elevados esforços verticais centradas;


Tubulão
 Em regiões onde o custo do concreto é baixo e o solo é coesivo, a
relação custo carga é muito boa
1. Tipo de escavação:
Mecânica
Manual

2. Condições de trabalho
Classificação À céu aberto
Submersa
À ar comprimido
Escavação
Manual
Escavação
mecânica
Os tubulões a céu aberto são elementos estruturais de fundação
constituídos concretando-se um poço aberto no terreno,
GERALMENTE DOTADO DE UMA BASE ALARGADA.

Esse tipo de tubulão é executado ACIMA DO NÍVEL D’ÁGUA


NATURAL OU REBAIXADO, ou, em casos especiais, em terrenos
TUBULÕES A saturados onde seja possível bombear a água sem risco de
desmoronamentos.
CÉU ABERTO

No caso de existir apenas carga vertical, este tipo de tubulão não é


armado, colocando-se apenas uma ferragem de topo para ligação
com o bloco de coroamento ou capeamento (diferente dos blocos
de fundação).
Pretendendo-se executar tubulões em solo onde haja água e não
seja possível esgotá-la devido ao perigo de desmoronamento das
paredes, utilizam-se tubulões pneumáticos com camisa de concreto
ou aço.
TUBULÕES A
AR
COMPRIMIDO No caso da camisa ser de concreto, todo o processo de cravação da
camisa, abertura e concretagem de base é feito sob ar comprimido,
visto ser esse serviço feito manualmente, por operários. Se a camisa
é de aço,a cravação da mesma é feita com auxílio de equipamentos,
e portanto é a céu aberto. Só os serviços de abertura e concretagem
são a ar comprimido, analogamente ao tubulão de camisa de
concreto.
TUBULÕES A
AR
COMPRIMIDO
Os tubulões assim como as estacas trabalham com atrito lateral ao
longo do seu desenvolvimento interno no solo, todavia o principal
diferencial é seu diâmetro e a possibilidade do alargamento da base
Definições e (ponta), conseguindo aumentar significativamente a capacidade de
Procedimentos carga do elemento.

Gerais de
Entretanto, segundo Alonso (2010), o peso próprio do tubulão e o
Tubulões atrito lateral, se anulam, Simplificando os cálculos, a carga
solicitante será combatida somente pela resistência de ponta.
1º Em terrenos com Spt acima de 20, Ideal acima de 25.

2º Em solos coesivos;

3º Abaixo do N.A
Escolha da
profundidade Obs. 1 Abaixo no N.A pode-se utilizar ar comprimido, ou mudar a
solução para estaca escavada com lama bentonítica ou para elice
continua

Obs.2 Em solos coesivos rijos SPT> 15, pode-se escavar com


bombas submersas
O alargamento da base do tubulão é executado de maneira que
dispense a necessidade de uma armadura, adotando um ângulo de
60° com a horizontal, aumentando a robustez e por consequência
rigidez do elemento trabalhando com apenas as capacidades
mecânicas do concreto simples.

Definições e
Procedimentos
Gerais de
Tubulões
A forma do alargamento da base dos tubulões pode seguir o formato circular ou
falsaelipce (dois semicírculos e um retângulo), a definição do formato é tomado
por duas diretrizes:

Definições e
Procedimentos
Gerais de
Tubulões
Tipo de solo:
Para solos coesivos se torna mais fácil a execução do alargamento
da base, possibilitando essa escolha até os limites, no entanto, em
solos arenosos essa tarefa se forma mais complicada, não sendo
permitido um alargamento maior do que 30 cm além do perímetro
Definições e do fuste, chamada de disparo da base, limitando os tubulões
nesses tipos de solos.
Procedimentos
Gerais de Altura da base:
Tubulões Como os tubulões são executados em profundidades elevadas e
executados por homens, a preocupação com a segurança desses
profissionais devem sempre ser levadas em conta. A altura da base
não deve ultrapassar mais de 2m, se for acima disso poderia
impossibilitar a execução além de demandar o escoramento
adequado das paredes a fim de evitar desmoronamentos.
Quando a execução do tubulão não atinge o nível do lençol freático,
os tubulões podem ser executados de forma simplificada, com a
escavação do fuste de forma manual ou mecanizada, respeitando
Tubulão a céu sempre as dimensões mínima para a passagem (Dmin=70 cm),
pode ser ou não revestidas, dependendo do tipo de solo e sua
Aberto: estabilidade, esse revestimento pode ser com tubos metálicos ou
anéis em concreto que podem ou não ser retirados posteriormente.
Tubulão a céu
aberto:
Tubulão a céu
aberto:
Execução de
Tubulão sem
camisa
metálica ou de
concreto
Quando é atingido o lençol freático, tem-se de revestir a escavação
e utilizar o ar comprimido. Nesse caso usa-se uma campânula, que
nada mais é que um equipamento hermeticamente vedado, que
posteriormente a entrada de um operário é preenchido por ar
comprimido, de modo a evitar a percolação de água no interior do
furo do tubulão.

Tubulão a ar
comprimido: A escavação do fuste pode ser executado manualmente e de forma
mecânica assim como no céu aberto, a escavação mecânica é feita
com auxílio de um revestimento metálico recuperável que é cravado
até que se alcance o nível d’água para que ai se possa instalar a
campânula, permitindo que os operários desçam para finalizar o
alargamento da base.
Tubulão a ar
comprimido:
Adota-se coeficiente de majoração de carga γf = 1,4.
Adota-se coeficiente de minoração de resistência do concreto (γc):
Sem revestimento: γc = 1,6
Com revestimento: γc = 1,5
Critério de
dimensionamento Multiplica-se a resistência característica do concreto pelo
coeficiente de 0,85 para levar em conta a diferença entre resultados
de ensaios rápidos de laboratório e a resistência do concreto sob a
ação de cargas de longa duração.
Carga que chega na base: Pb= P+ Pt- Pf

A base é calculada para que não ultrapasse a tensão admissível do solo na cota
de apoio do tubulão.

Critério de
dimensionamento
A altura H do alargamento é função da inclinação α que por sua vez deve ser tal
que não haja necessidade de introdução de ferragem na base.
Nspt > 15 (ideal seria maior 20)

𝑁72
σ𝑎 = + 𝜎`0 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²
𝐾𝐷𝐵
Métodos para Nspt < 15
𝑁72
encontrar a σ𝑎 =
𝐾𝐷𝐵

tensão
σ𝑎 ≤12 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²;
admissível
Nspt ≤ 40;

Berberian O valor de N/𝐾𝐵 é a média dos valores da relação N/𝐾𝐵 obtidos a cada camada
de apoio da base do tubulão, dentro da zona de plastificação com espessura de
(2007) 1,5B abaixo da base;

𝜎`0 = γℎ;

𝜎`0 < 1 kgf/cm²


σ𝑎 = 𝑁72 /5 + 𝜎`0 em kgf/cm² na qual 𝜎`0 < 0,4 kgf/cm²;
Métodos para
encontrar a 𝜎`0 = γℎ;

tensão Nspt ≤ 40;


admissível
σ𝑎 ≤ 12 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²;
Albiero e
Cintra (1996) Zona de plastificação 1,5B e 2B
σ𝑎 = 𝐾𝑃𝐷𝑄 𝑥 𝑁72 ;

Décourt não limita a tensão admissível, entretanto Berberian


recomenda que a σ𝑎 ≤ 12;
Métodos para
encontrar a 𝑁72 é a média de 3 Nspts acima da camada de assentamento da
tensão base, na camada de assentamento e abaixo da camada de
assentamento.
admissível
Nspt ≤ 40;
Décourt (1996)
Zona de plastificação 1,5B
Métodos para
encontrar a 5 ≤ 𝑁72 ≤ 20
tensão
admissível σ𝑎 = 0,2𝑁72 + 𝜎`0

Prática 𝜎`0 não limitada

Brasileira
Zona de plastificação 1,5B
Albieiro &
Cintra (1998)
5 ≤ 𝑁72 ≤ 20

Métodos para σ𝑎 = 𝑁72 /5 + 𝜎`0 (kgf/cm²)

encontrar a
tensão
𝜎`0 não limitada
admissível

Teixeira (1998) 𝜎`0 = γℎ

O Nspt é obtido dentro da camada de espessura B e2B


6 ≤ 𝑁72 ≤ 18
Métodos para
encontrar a σ𝑎 = 0,33 x 𝑁72

tensão
Alonso já considera o efeito da profundidade
admissível
Nspt médio é obtido da camada de espessura 2B, abaixo da base do
Alonso (1983) tubulão;
σ𝑎 = 𝐾𝑃𝐴𝑉 x 𝑁72 /9

Métodos para 𝐾𝑃𝐴𝑉 tabela 9.6.8


encontrar a
tensão σ𝑎 ≤ 12 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²;

admissível
Zona de plastificação 1,5B

Aoki & Velloso Nspt ≤ 40


Métodos para σ𝑎 = 𝐾𝑃𝐿𝐵 x 𝑁72 / 9 (kgf/cm²)

encontrar a
σ𝑎 ≤ 12 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²;
tensão
admissível 𝐾𝑃𝐿𝐵 tabela 9.6.8

Laprovitera Zona de plastificação 1,5B


(1988)
σ𝑎 = 𝐾𝑃𝑀 x 𝑁72 / 9 (kgf/cm²)
Métodos para
encontrar a σ𝑎 ≤ 12 𝐾𝑔𝑓/𝑐𝑚²;

tensão
𝐾𝑃𝑀 tabela 9.6.8
admissível
𝑁𝑆𝑃𝑇 ≤ 40
Monteiro
(1997) Zona de plastificação 1,5B

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