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INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS

SUPERIORES

Professora: Mirelle Reis


2018
Caso Clínico
 Lactente de seis meses apresenta, há dois dias,
história de febre ( chegando a 38,8º C), coriza
abundante, tosse seca e queda do estado geral.
Ao exame físico: eupnéico, frequencia
respiratória 43 irpm, membranas timpânicas
hiperemiadas e levemente opacas, sem
abaulamento. Orofaringe com hiperemia difusa.
 Hipótese Diagnóstica??
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
CONSIDERAÇÕES GERAIS

 As IVAS são um dos problemas mais comuns e


de grande morbidade na pediatria.

 São um dos atendimentos mais comuns em


unidades de pronto atendimentos.

 Dificultam no diagnóstico etiológico e diferencial,


levando ao uso abusivo de antibioticoterapia.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

# Acomete apenas até a laringe, incluindo esta.


# Geralmente atinge mais de uma região.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

 90% da infecções respiratórias não são


bacterianas.

 Já identificados mais de 200 sorotipos


diferentes de agentes virais.

 Embora a maioria não há tropismo por


determinada região, existem alguns vírus que
são mais comuns em alguns sítios.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
EPIDEMIOLOGIA

 Pré - escolar: 6-7 episódios/ano


 10-15%: 12 ou mais episódios/ano
 Creches: 50% mais
 20 a 40% consultas ambulatoriais
 75% prescrições antimicrobianos ambulatorial
 12 a 35% internações hospitalares pediátricas
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

FISIOPATOGENIA

 Infecção: aderência vírus às células do aparelho


respiratório – invasão – replicação.

 Lesão: mucosa respiratória – resposta


inflamatória mediada por citocinas - sintomas.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
QUESTÕES FUNDAMENTAIS PARA UM BOM
DIAGNÓSTICO

# A afecção acomete VAS ou VAI ?


# É localizada ou acomete outra região?
# Existem sinais sistêmicos?
# A etiologia é viral ou bacteriana?
# Evidências de alergia respiratória?
# Há necessidade de exames complementares?
# Apresenta risco de morte?
# Tem necessidade de hospitalização?
Marcadores Clínicos de
localização:
 Estridor

 Taquipnéia:
 > ou igual 60 irpm em menores de 2 meses
 > ou igual 50 irpm entre 2 meses e 11 meses
 > ou igual 40 irpm entre 12 meses e 5 anos
Como interpretar a presença
desses sinais?
 1) Sem taquipnéia e sem estridor:
 IVAS

 2) Com estridor:
 VIAS INTERMEDIÀRIAS

 3) Com taquipnéia e sem estridor:


 VIAS INFERIORES
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
EXAME FÍSICO DETALHADO

Narinas;
Mucosa nasal;
Gengivas;
Palato;
Amígdalas;
Faringe;
Ouvido.

Realizar: inspeção, palpação, percussão e ausculta


torácica.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

ANAMNESE: ponto de partida...

 Início dos sintomas.


Padrão da febre.
Estado geral.
Abordagem epidemiológica.
Condições ambientais.
Estado vacinal.
Hospitalização recente.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

 Avaliar conjuntivas, linfonodos, ausculta cardíaca.


 Avaliar se há presença de hepatoesplenomegalia.
Infecções de Vias Aéreas
Superiores:
 Rinofaringite Aguda/ Resfriado Comum
 Otite Média Aguda
 Sinusite Aguda
 Faringite Aguda
 Laringite Aguda
Caso Clínico 1
 Lactente de seis meses apresenta, há dois dias,
história de febre ( chegando a 38,8º C), coriza
abundante, tosse seca e queda do estado geral.
Ao exame físico: eupnéico, frequencia
respiratória 43 irpm, membranas timpânicas
hiperemiadas e levemente opacas, sem
abaulamento. Orofaringe com hiperemia difusa.
Resfriado Comum
(RINOFARINGITE AGUDA)

 Agente etiológico mais frequente: Rinovírus.

 Transmissão: contato direto e gotículas de saliva.

 SINTOMATOLOGIA: leve, afebril, sem acometimento


estado geral, rinorréia serosa, obstrução nasal, dor de
garganta, tosse (30%).

 Manifestações mais acentuadas: febre alta, cefaléias,


mialgia, mal estar, inapetência.

 É um quadro autolimitado
Resfriado Comum
x
Gripe
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

TRATAMENTO - Basicamente Sintomático

Orientação aos pais.


Febre: antipirético.
Obstrução nasal e rinorréia: limpeza nasal com
soro fisiológico.
Garganta irritada: não é severa, se necessário
analgésicos.
Tosse: sua supressão não é necessária.
Respeitar a inapetência.
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES
TRATAMENTO - Basicamente Sintomático

Aumento da ingesta hídrica.


 Vapor quente no ambiente-vaporização.
 Vasoconstritores – há controvérsias.
Vitaminas como profilaxias – há controvérsias.
Uso profilático de antibióticos - não

COMPLICAÇÕES
OMA (Otite Média Aguda)
SINUSITE
Caso Clínico 2
 Criança de 10 meses de idade foi trazida à
emergência por febre de até 39,2ºC, prostração,
rinorréia hialina em pequena quantidade e tosse
seca leve. A mãe referiu que a criança mexia
muito na orelha direita, onde não deixava tocar.
À otoscopia, observaram-se hiperemia intensa e
abaulamento da membrana timpânica.
 Hipótese Diagnóstica?
Otite Média Aguda
Otite Média Aguda ( OMA)
 Definição: processo inflamatório agudo
orelha média.
Otite Média Aguda ( OMA)
EPIDEMIOLOGIA
 Pico prevalência 6-24 meses (imaturidade
imunológica e características anatômicas tuba
auditiva).

 95% crianças antes 5 anos.

 Incidência maior no inverno e outono.


Otite Média Aguda ( OMA)

ETIOLOGIA

 Streptococus pneumoniae(40-50%)

 Haemophilus influenzae não tipável (30-40%


do total; 30-50% produzem β-lactamase)

 Moraxella catarrhalis (10-15% do total; 90%


produzem β-lactamase).
OTITE MEDIA
–FATORES DE RISCOS
Intrinsecos:
idade(6-12m), predisposição familiar, alergia e
imunidade, fenda palatina, anomalia craniofacial e
sindrome de Down

Extrinsecos :
IVAS,estação do ano,creches e berçarios, tempo e
posição de amamentação, fumo passivo, RGE
Otite Média Aguda (OMA)

SINTOMATOLOGIA

 Lactentes: Sintomas inespecíficos ( febre, vômitos,


Irritabilidade, vômitos, diarréia, anorexia)
 Crianças maiores: Otalgia, desconforto auricular
 Otorréia – OMA supurada.
 Conjuntivite associada – H. influenzae.
Otite Média Aguda (OMA)

OTOSCOPIA

 Membrana Timpânica Hiperemiada e opaca


 Membrana Timpânica abaulada
 Membrana Timpânica sem mobilidade
 Miringite bolhosa.(discreta congestão do timpano)
 Lembrar em Mycoplasma pneumoniae.
Otite Média Aguda (OMA)
TRATAMENTO

 70-90% - resolução espontânea.

 Terapia antibacteriana:
 < 6 meses,
 6 meses – 2 anos: se certeza diagnóstica ou
diagnóstico incerto mas doença severa (otalgia
moderada a grave ou febre > 39ºC nas últimas
24h),
 > 2 anos se certeza diagnóstica e doença grave.
Otite Média Aguda (OMA)

TRATAMENTO

 Manejo da dor.
 Timpanocentese com cultura fluido: quadro
toxêmico, complicações, otite persistente
apesar tto adequado, imunodeficientes ou
neonatos.
Tratamento da otite média
 Avaliar causas intrínsecas e extrínsecas
 Abaixo de 6 meses-

diagnóstico estabelecido  tratar


 Primeira escolha:

Amoxicilina(250mg/5ml)- 45 a 100 mg/kg/dia


(8/8h)
Falha clinica ou sintomas mais graves:
Amoxicilina + clavulanato(250-62,5/5ml):
90 mg/kg/dia
Tratamento da otite média
Outra opções :
 Cefuroxima(250mg/5ml) -30 mg/kg/dia- 12/12h

 Claritromicina(250mg/5ml)-15 mg/kg/dia-12/12h

 Cefaclor(250mg/5ml)-30 mg/kg/dia- 8/8 h

 Azitromicina (200mg/5ml)- 5-10 mg/kg/dia- 1xdia

 Corticoide- não recomendado para OMA


Otite Média Aguda Recorrente (OMAR)

 3 ou mais de 3 episódios em 6 meses ou mais


de 4 em 12 meses e no mínimo um desses
episodios nos ultimos 6 meses
 evitar profilaxia – resistência bacteriana.
 Consulta especializada – tratamento cirúrgico?
Otite Média Aguda (OMA)
COMPLICAÇÕES
 Mastoidite,labirintite, abscessos, meningite,
trombose seio sigmóide.
Otite externa

 DEFINIÇÃO: inflamação do conduto auditivo


externo
 FATORES DE RISCO: umidade excessiva
(nadadores, banhos prolongados, umidade
meio ambiente); traumatismos; dermatite
seborréica, micoses
 ETIOLOGIA: Pseudomonas aeruginosa
(mais frequente), Staphylococcus aureus,
Estreptococos e fungos (Candida e
Aspergillus: 2-10% casos).
INFECÇÕES DAS VIAS AÉREAS
SUPERIORES

Otite externa

TRATAMENTO

 Limpeza.

 Evitar entrada de água no CAE.


Otite externa

TRATAMENTO
 Pré-inflamatória: soluções acidificantes – ácido
acético 0,2% ou alcool a 70%(soluções
desidratantes.
 Inflamatória aguda: antibioticoterapia tópica
(fluoroquinolonas) + corticóides – 2-3 vezes/dia,
até 2 dias após melhora.
 Associar atb oral: resistência ao tto tópico,
imunodeprimidos – cefalexina (50mg/Kg/dia).
Caso Clínico 3
 Menina de 12 meses de idade apresenta há 14
dias quadro de tosse produtiva principalmente
noturna e secreção nasal mucopurulenta
contínua e persistente, associada à diminuição do
apetite. Nega febre e alterações gastrointestinais.
Ao exame físico, além da secreção nasal foi
observada secreção em retrofaringe e roncos de
transmissão pulmonar.
 Hipótese diagnóstica?
SINUSITE AGUDA

DEFINIÇÕES

 Infecção seios paranasais

 Aguda: < 30 dias

 Subaguda: entre 30 dias e 3 meses

 Crônica: > 3 meses


SINUSITE AGUDA

EPIDEMIOLOGIA
 0,5-5% casos rinofaringite aguda se complicam
com sinusite aguda bacteriana, taxa maior em
alérgicos.

ETIOLOGIA
 Streptococcus pneumoniae
 Haemophilus influenzae
 Moraxella catarrhalis.
SINUSITE AGUDA

SEIOS DA FACE

 Etmoidais e maxilares presentes ao


nascimento;

 frontais pneumatizam-se aos 6 anos

 esfenoidais aos 8 anos.


SINUSITE AGUDA

FISIOPATOGENIA
 Obstrução dos óstios de drenagem dos seios da
face – retenção secreção – infecção bacteriana
secundária.

APRESENTAÇÃO CLÍNICA
 Persistência sintomas resfriado comum, tosse
noturna, obstrução nasal (sem remissão após
aproximadamente 10 dias da instalação).
SINUSITE AGUDA

APRESENTAÇÃO CLÍNICA
 Cefaléia, dor facial, odor fétido durante
respiração, febre.

EXAME FÍSICO
 Mucosa nasal hiperemiada e edemaciada,
aumento conchas inferiores, secreção purulenta
nas fossas nasais e faringe posterior, drenando
do nariz (gotejamento pós-nasal).
SINUSITE AGUDA

DIAGNÓSTICO
 História clínica e exame físico .
IMAGEM
 Radiografia – baixa sensibilidade e especificidade

 Incidências: frontonaso (seios maxilares);


mentonaso (frontal e etmoidal); lateral
(esfenoidais) - nível hidroaéreo, espessamento
mucosa >4mm, opacificação completa do seio
 TC – casos crônicos, complicações.
SINUSITE AGUDA

TRATAMENTO (10 a 14 dias)


 Amoxicilina 45mg/Kg/dia – 1ª escolha, sem
fatores de risco para resistência pneumocócica
SINUSITE AGUDA

TRATAMENTO
 Amoxicilina 90mg/Kg/dia se fator de risco para
resistência pneumocócica.
 Sulfametoxazol/trimetoprim – evitar -200+40/5ml

40/8 mg/kg/dia / 2

 Cefalosporinas
 Cefalexina, cefadroxila - não atuam contra infecções
por H. influenzae
 Cefaclor - pobre cobertura para M. catarrhalis e
algumas cepas de H. influenzae.
SINUSITE AGUDA

TRATAMENTO
 Cefalosporinas

 Cefuroxima e cefprozil (30mg/Kg/dia)– boa


eficácia contra agentes produtores beta-
lactamase
 Ceftriaxona (50mg/Kg/dia) IV ou IM – dose
única – crianças com vômitos ou que não
respondem a um 2º curso de atb
 Macrolídeos (azitromicina, claritromicina) se
alergia à penicilina – falha até 25%.
SINUSITE AGUDA

COMPLICAÇÕES

 Celulite e abscesso periorbitário.

 Trombose seio cavernoso, abscesso cerebral,


meningite.
Caso Clínico 4
 Criança de 2 anos e 6 meses chega à Unidade
Básica de Saúde com queixa de tosse produtiva,
coriza hialina e febre ( 38,5º C) há 2 dias. A mãe
percebeu também o aparecimento de diarréia.
Ao exame físico, notadas coriza clara com leve
obstrução nasal, hiperemia das tonsilas com
exsudato esbranquiçado e hiperemia conjuntival
moderada, sem outras alterações.
 Hipótese diagnóstica?
FARINGOAMIGDALITES
ETIOLOGIA
 90% ou mais e menores 3 anos: viral - adenovírus,
VSR, parainfluenza, influenza, Epstein-Barr,
coxsackie A e B, Echovírus.
 Criança maior: bacteriana é significativa -
Streptococcus b-hemolíticos grupos A, C e G;
Streptococcus pneumoniae, estafilococs, hemófilo
e bacilo diftérico.
QUADRO CLÍNICO
 “Dor de garganta”, odinofagia, febre alta,
hiperemia e exsudatos em tonsilas e orofaringe.
FARINGOAMIGDALITES

VIRAIS

Sinais e sintomas sugestivos:

 Conjuntivite, tosse, estomatites, lesões ulcerativas


na mucosa oral, diarréia, sintomas nasais
(rinorréia, obstrução).
FARINGOAMIGDALITES

VIRAIS

Agentes etiológicos específicos:


 febre faringoconjuntival – adenovírus:
faringotonsitlite exsudativa prolongada com
conjuntivite.
 Mononucleose infecciosa – Epstein-Barr:
linfadenopatia generalizada, esplenomegalia,
exsudato amigdaliano em placas.
FARINGOAMIGDALITES

VIRAIS

Agentes etiológicos específicos:


 Coxsackie e herpes simples – faringite com
estomatite.
 Herpangina – coxsackievírus A ou B: lesões
vesiculares e ulcerativas, principalmente nos
pilares anteriores e palato mole. Porção anterior
da mucosa oral e gengivas não são acometidas
como na gengivoestomatite aguda herpética.
FARINGOAMIGDALITES

VIRAIS

TRATAMENTO

 Sintomático

 Analgésicos comuns, anti-inflamatórios não


esteroidais (ibuprofeno).

 Lavagens nasais, hidratação via oral.


FARINGOAMIGDALITES

BACTERIANAS

Sintomas sugestivos:
 idade 5-15 anos; inverno e primavera; ausência
de sintomas virais (tosse, rinorréia); leucograma:
leucocitose com desvio à E; febre alta e contínua;
linfadenopatias anteriores dolorosas; tonsilas com
exsudatos.
 Cefaléia, náuseas, vômitos e dor abdominal.
FARINGOAMIGDALITES

ESTREPTOCOCICAS
 Diagnóstico
 Cultura orofaringe com swab – padrão-ouro.
 Testes rápidos (sensibilidade 80-90%, especificidade
95%).
 Tratamento
 Penicilina VO (10 dias) ou parenteral (benzilpenicilina
IM dose única)600.000ui a 1200.000ui
 Alérgicos: Macrolídeos (eritromicina, claritromicina);
Cefalosporinas
FARINGOAMIGDALITES

ESTREPTOCOCICAS

COMPLICAÇÕES

 Supurativas: abscesso peritonsilar.

Não supurativas: febre reumática e


glomerulonefrite aguda.
FARINGOAMIGDALITES

BACTERIANAS RECORRENTES
 Tratamento: Cefalosporinas 2ª geração
(cefuroxima) ou 3ª para pacientes com novo
episódio em menos 30 dias pós-tratamento com
penicilina ou amoxicilina.
 Indicação cirúrgica individual
Critérios : - 7 episódios em 1 ano
- 5/ano últimos 2 anos
- 3/ano últimos 3 anos.
Caso Clínico 5
 Leandro tem quatro anos de idade e apresenta
febre e dor de garganta há 6 horas. Nas últimas
3 horas, surgiu rouquidão, estridor inspiratório e
a febre tornou-se mais elevada. Ao exame:
toxemiado, com febre elevada, estridor
inspiratório, sialorréia e tiragem intercostal,
adotando posição sentada, com corpo dirigido
para frente, boca semiaberta e pescoço em
hiperextensão.
 Hipótese diagnóstica??
Infecções Vias Aéreas
Intermediárias

Inflamação pregas vocais e estruturas inferiores:


laringite, laringotraqueíte ou
laringotraqueobronquite.

Inflamação acima pregas vocais: epiglotite ou


supraglotite.
EPIGLOTITE
EPIGLOTITE

 Haemophilus influenzae tipo B – mais 90%


casos.
 Faixa etária 2-7 anos.
 Edema inflamatório epiglote – obstrução
respiratória grave – emergência médica.
 Instalação abrupta: quadro leve sintomas
respiratórios – disfagia, febre, toxemia,
dificuldade respiratória, palidez, ansiedade,
abafamento voz, sialorréia.
Posição em tripé

• Posição de pé ou
sentada, com as mãos
nos joelhos
• Pescoço
hiperestendido
• Queixo para cima e
mandíbula protrusa
Epiglotite
 Diagnóstico: É clínico

Rx Cervical lateral ( casos duvidosos):


- Sinal do polegar
EPIGLOTITE

Tratamento
 Permeabilidade vias aéreas, acesso venoso,
redução ansiedade.
 Via aérea artificial – 95% casos.
 Ampicilina (200-400mg/Kg/dia) + cloranfenicol
(100mg/Kg/dia) IV por 10 dias.
 Crianças com contato íntimo: rifampicina
20mg/Kg/dia (máx 600mg) por 4 dias.
Caso Clínico 6
 Criança com 2 anos de idade estava há 2 dias
com coriza, tosse seca e temperatura axilar de
37,9ºC. Hoje, a tosse tornou-se metálica, com
choro rouco, estridor inspiratório e falta de ar.

 Hipótese Diagnóstica??
LARINGITES AGUDAS

LARINGOTRAQUEOBRONQUITE(CRUPE VIRAL)

 Predomínio 3 primeiros anos de vida.


 Maioria etiologia viral: Parainfluenza 1 e 3.
Outros: Influenza A e B, VSR e adenovírus.
 Edema inflamatório mucosa e submucosa –
estreitamento área subglótica – dificuldade
respiratória.
LARINGITES AGUDAS

LARINGOTRAQUEOBRONQUITE(CRUPE VIRAL)

 Início resfriado comum (rinorréia serosa, congestão


nasal, dor de garganta) – tosse rouca, estridor
inspiratório e esforço respiratório.
 5-10% necessitam hospitalização; 3-5% intubação.

 Diagnóstico: anamnese e exame físico.


LARINGITES AGUDAS

LARINGOTRAQUEOBRONQUITE(CRUPE VIRAL)
 “Sinal da torre de igreja”.

TRATAMENTO
 Quadros leves – observação domiciliar.
 Hospitalar: corticóide, dose única, dexametasona
(0,3-0,6mg/Kg) ou prednisona (1-2mg/Kg) –
preferir oral.
 Nebulização com adrenalina 4 a 5ml solução
1:1000, geralmente 4/4h.
Referências
 KLIEGMAM, R. M. Nelson Tratado de
Pediatria. 18. ed. São Paulo: Elsevier, 2010.
 LEÃO E. et al. Pediatria Ambulatorial. 5. ed.
Belo Horizonte: Coopmed, 2013.
 Guideline IVAS Guideline IVAS Infecções das
Vias Aéreas Superiores .

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