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ONTOLOGIA
Procura responder
“o que é a
realidade”
(Hughes, 1980).
Qual é a forma e a
natureza da
realidade e o que
pode ser
conhecido sobre
ela (Laverty, 2003).
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EPISTEMOLOGIA
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METODOLOGIA
Refere-se às suposições
fundamentais e
características de uma
abordagem científica (van
Manen, 1990)
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“A verdade
científica é
sempre um
paradoxo, se
julgada pela
experiência
cotidiana, que
apenas capta
a aparência
efêmera das
coisas.”
(Karl Marx)
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“Teorias
científicas
descrevem a
natureza em
termos de
analogias
retiradas de
tipos
familiares de
experiência.”
(Mary Hesse)
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Gardner afirma que
quando ensinamos,
ensinamos o que é
Verdadeiro, uma
Racionalidade, o que
é Bom, uma Ética e o
que é Belo, uma
Estética.
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ONTOLOGIA, EPISTEMOLOGIA e
METODOLOGIA
Os problemas ontológicos,
epistemológicos e metodológicos
não são isolados entre si (Morgan
e Smircich, 1980).
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Precisamos libertar a
Bela da Fera
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No passado não havia distinção entre:
Arte
Conhecimento Filosófico
Conhecimento Científico
Conhecimento Religioso
Ex.: certas cerimôniaswww.nilson.pro.br
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indígenas atuais, nas quais
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todos esses elementos são integrados.
Desaparece sob a influência do paradigma
newtoniano-cartesiano. A fera subjuga a bela:
DA BELEZA
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Os psicólogos
consideram as
emoções atividades
do inconsciente, de
modo que a
experiência estética
é o ressuscitamento
de emoções
subliminares e a
beleza é o poder de
evocar emoções.
(HUNTLEY, 1985)
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Platão, no Symposium, onde
estaria fazendo a vez de uma
mulher de Mantinea, num
diálogo reportado por Sócrates
(Apud HUNTLEY, 1985), teria
dito ...”(o homem) que orientar
seus pensamentos para
exemplos de beleza na
sucessão própria e regular terá
subitamente a revelação, ao
aproximar-se do final de sua
iniciação, de uma beleza cuja
natureza é verdadeiramente
maravilhosa, o objetivo final,
Sócrates, de seus esforços
anteriores.
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Esta beleza é, antes
de tudo, externa;
nem começa nem
acaba; depois, ela
não é parcialmente
bela e parcialmente
feia, nem bela num
momento e feia
noutro... Ele a verá
como absoluta,
existindo sozinha
consigo mesma,
única, externa, e a
todas as outras
coisas belas como
partes integrantes
dela...
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Esta, acima
de todas as
outras, meu
caro
Sócrates, é a
região onde a
vida do
homem deve
ser passada,
na
contemplação
da beleza
absoluta”.
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A humanidade em todos os tempos,
e em todos os lugares, sempre
perseguiu o " belo".
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No folclore de cada povo isso se evidencia
com as danças, artesanatos e na gastronomia
pela maneira peculiar de organizar um prato
antes de levá-lo a mesa.
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O útil e o necessário muitas vezes
perde espaço para uma flor.
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A experiência estética sobrevém quando algum
elemento material ou mental, ao qual por esse
motivo atribuímos “beleza”, estimula a emoção de
prazer.
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Segundo Paul
MacLean, o cérebro
está organizado em
três camadas –
Cérebro Reptiliano –
assento das emoções
primitivas e egoístas;
Cérebro Mamífero
Primitivo – dedicado às
emoções gentis,
sociais; e Cérebro
Mamífero Moderno –
abriga o intelecto.
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“A beleza é um elemento
proeminente na inteireza
abstrata visada pela
matemática mais avançada; é
o objetivo do físico enquanto
procura construir a ordem do
universo; ao menos deveria
ser a inspiração de todo
estudo da vida...Levanta para
nós a questão da
profundidade e alcance de
nossa consciência. Daí a
necessidade da oração do
poeta para que mais respeito
em nós encontre”.
John Oman em The Natural and
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• Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
1. Nível do Ser:
Separação entre sujeito e objeto
Separação entre conhecedor,
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conhecimento
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e
conhecido
Fase de fragmentação multi e pluridisciplinar
2. Nível do Sujeito
Razão Separam-se por
Intuição um processo de
condicionamento
Sensação e educação
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Sentimento
Homo sapiens
o que conhece
Pensador
Homo faber
o que faz
Transformador
14/03/20 www.nilson.pro.br da natureza
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3. Nível do Conhecimento:
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Matéria (sólida, líquida, gasosa, etc.)
Vida (vegetal, animal e humana)
Programação (informações identificadas com
matéria e vida)
Dis Pluri
CONHE-
CIMEN-
TO
Inter
Trans
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Hoje, já se fala em uma 6a. Fase, a
Fase holística:
• Busca
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equilíbrio entre as quatro funções psíquicas
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de Jung (sensação, sentimento, razão e intuição).
O QUE É ENTENDIDO POR DISCIPLINA?
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Ocorre quando “para a solução de um problema,
torna-se necessário obter informação de duas
ou mais ciências ou setores do conhecimento,
sem que as disciplinas envolvidas no processo
sejam elas mesmas modificadas ou
enriquecidas” (Piaget apud CHAVES, 1988, p. 5).
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PLURIDISCIPLINARIDADE:
A diferença entre multi para pluri é ‘quase’ nula:
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INTERDISCIPLINARIDADE:
• Transfere métodos de uma disciplina para outra.
• É o resultado da articulação entre duas ou mais
disciplinas com objetivos pedagógicos comuns.
Divide-se em:
1. grau epistemológico: os métodos da física
nuclear são transferidos para a medicina e isso
leva para o aparecimento de novos
tratamentos para o câncer;
2. grau de aplicação: transfere métodos da lógica
formal a área de lei geral gerar alguma análise
interessante da epistemologia da lei;
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INTERDISCIPLINARIDADE:
3. grau de geração de novas disciplinas: por
exemplo, dos métodos da física transferidos
para biologia, nasce a biofísica; e da
transferência de métodos computacionais para
a arte, a arte computacional é gerada.
• Extravasa as disciplinas, mas sua meta ainda
permanece dentro da estrutura da pesquisa
disciplinar.
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Designa “o nível em que a interação entre várias
disciplinas ou setores heterogêneos de uma mesma
ciência conduz a interações reais, a uma certa
reciprocidade no intercâmbio levando a um
enriquecimento mútuo”.
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(Piaget, apudwww.nilson.pro.br
CHAVES, 1988, p. 5). 50
TRANSDISCIPLINARIDADE:
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“De todos esses globos, que contemplas,
Não há nenhum, nem mesmo o menor,
Que em seu giro não cante como um anjo,
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Segundo HUNTLEY (1985), a fonte máxima de
sensibilidade estética às várias manifestações de
beleza deve ser buscada no inconsciente ou
no inconsciente
coletivo, onde o
homem é legatário
de várias eras.
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As experiências de todas as gerações de ancestrais
de um homem, repetidas milhões de vezes e
registradas como estruturas de memória no
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São nas experiências emocionalmente carregadas
de milhares de gerações de nossos ancestrais é
que devemos procurar a fim de descobrir as fontes
do prazer estético na
arte, na música, na
poesia, na
matemática e em
outras formas de
arte.
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O desconhecido sempre é inquietante, mas
qualquer forma de arte que corra suavemente nos
trilhos da memória deixa a mente em paz em um
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ambiente bem familiar.
“Ó flor das fendas da parede,
Te arranco das fendas,
Te sustento aqui, raiz e tudo, em minha mão,
Pequena flor – mas se eu pudesse compreender
O que tu és, raiz e tudo, tudo por tudo,
Eu saberia o que é Deus e o que é o Homem.”
Alfred Tennyson
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Para Platão, há uma realidade
superior e eterna no plano
da verdade
e a filosofia e a ciência podem
ajudar a conhecer mais,
mesmo que sua essência
continue inacessível.
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EXPERIMENTALISMO
É um método experimental
sem dar primazia aos
sentidos. É comandado
pela razão e pressupõe
algum tipo de teoria para a
condução das
experiências. As
experiências devem ser
reprodutíveis,
generalizáveis e permitir
predições daquilo que
ainda não foi testado.
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DECIFRANDO MENSAGENS
CIFRADAS
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• “O livro da natureza está escrito em caracteres
matemáticos” (Galileu).
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O mais agradável
destes intervalos é o
que corresponde a
sexta maior, que
corresponde ao
retângulo áureo. Pois,
a nota sexta maior no
caso a nota LÁ na
escala é a que chega
mais próxima do
que corresponde
1,618.
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Compreendermos melhor
a teoria da apreciação da
beleza na matemática se
compararmos com a
música. A música é
superior a linguagem do
inconsciente. Na música o
inconsciente manifesta-
se. Antigas memórias,
emocionalmente
absorvidas, são
despertadas pela melodia
e harmonia e isto está
relacionado com as
características da música.
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Já havia sido
percebida pelos
gregos antigos a
medida de satisfação
maior pelos
retângulos áureos
que por retângulos
de proporções
diferentes e que a
sexta maior
constituía a melhor
harmonia por possuir
aproximadamente o
mesmo do
14/03/20 www.nilson.pro.br retângulo áureo76.
Kepler foi um dos últimos pensadores medievais.
Para ele, Deus compôs uma melodia e a colocou,
cifrada, nos céus. É o primeiro a decifrar o código,
a abrir o cofre, descobrir o segredo, o primeiro a
ouvir o que Deus diz, por meio de sua melodia:
pura harmonia, pura música. Se sua visão da
ciência tivesse triunfado, hoje os cientistas seriam
místicos contemplativos, andando na companhia
14/03/20
de teólogos e músicos.
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A ciência moderna tem a ver com máquinas,
técnicas, manipulações. A matemática não
conduz à harmonia musical. Devemos isso a
14/03/20 Galileu.
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Ao buscar explicações teleológicas para a natureza,
acabava-se chegando sempre a um mesmo
resultado: o universo é produto da criação divina.
Ao se fazer perguntas teleológicas à natureza, as
respostas obtidas serviam para dar sentido à vida
das pessoas - mas elas não podiam ser testadas
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ouwww.nilson.pro.br
corrigidas. 79
Galileu revoluciona a ciência ao afirmar que o
universo não tem um sentido humano. No mundo
dos números, não se pode mais fazer perguntas
sobre a finalidade do universo.
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A ciência moderna se caracteriza pelo abandono
da categoria substância, que é substituída pela
categoria função. O que importa não é o que as
coisas são, mas como
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elas se comportam.81
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Na Grécia antiga, várias urnas, estátuas e prédios seguiam as
proporções áureas, como é o caso do Partenon, que foi construído
por volta de 430 a..C. e, como se pode analisar pela figura abaixo,
sua estrutura se aproxima do retângulo áureo. A letra grega phi foi
dada ao valor 1,618... em homenagem a Phídias que, embora não
fosse o arquiteto do Partenon, era o Diretor artístico, a quem se
submetiam todos os participantes da obra.
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Leonardo da Vinci conheceu a
divina proporção ao fazer as
ilustrações do tratado do Frei
Luca Paccioli, padroeiro dos
Contabilistas, que escreveu um
livro a respeito da proporção
áurea, tendo, então, utilizado
em suas obras, como A Última
Ceia, Monalisa, Anunciação e
outras.
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Platão reconheceu que a música exprime
vivamente a emoção humana. É, por
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excelência, a linguagem do inconsciente.
Vivemos
mergulhados em
um oceano de
sons. Em todo
lugar, a qualquer
hora, convivemos
com a música,
sem nos darmos
conta disso.
A música faz parte
da nossa vida,
muitas vezes
funcionando como
estímulo a
comportamentos,
provocando
reações inclusive
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fisiológicas.
Para LEINIG
(1977) os efeitos
fisiológicos da
música se
englobam sob a
categoria de
reações sensoriais,
hormonais e
fisiomotoras, entre
elas, a mudanças
no metabolismo,
liberação de
adrenalina,
aumento do limiar
de vários estímulos
sensoriais.
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Essas reações
provocadas
pela música
podem se dar
em diferentes
graus
dependendo
do caráter das
diversas
músicas, do
ambiente, do
estado de
ânimo do
ouvinte, além
do gosto e do
conhecimento
14/03/20 www.nilson.pro.br musical.
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A música pode provocar
no indivíduo a
comunicação, a
identificação, a expressão
pessoal e conduzi-lo ao
conhecimento de si
mesmo. Por estes fatores,
ela vem sendo utilizada,
ao longo dos tempos, por
profissionais de diversas
áreas com as mais
diversas funções.
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Conforme Jung observa: “O
homem que fala com imagens
primordiais fala com mil
línguas...Eis o segredo da
verdadeira arte”. A expressão
musical pode estimular
experiências antigas, como
ansiedade, pranto, excitação,
santuário. Isto ocorre quando
estas experiências da carga
emocional universal vão de
encontro com o nosso
inconsciente profundo para
mente superficial, por isso a
música difere das outras
artes, pois ela é mais precisa
e poderosa para efetivar esta
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transferência.
"O nome semiótica vem da raiz grega semeion, que
quer dizer signo“.
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A ciência é relativamente
nova e teve como maiores
expoentes o americano
Charles S. Peirce e o
suíço Ferdinand de
Saussure. Os problemas
concernentes à semiótica,
também chamada
semiologia (apesar de
muitos teóricos
diferenciarem os dois
termos), podem
retroceder a pensadores
como Platão e Santo
14/03/20 Agostinho, por exemplo.
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Somente no início do século XX com os trabalhos
paralelos de Ferdinand de Saussure e C. S. Peirce,
começa a adquirir estatuto de ciência e autonomia.
Às vezes a semiótica é considerada parte da
14/03/20
lingüística, ewww.nilson.pro.br
às vezes o inverso. 92
A semiótica propriamente dita teve
seu início com filósofos como o
inglês John Locke (1632-1704) que,
no seu Essay on human
understanding, de 1690, postulou
uma "doutrina dos signos" com o
nome de Semeiotiké.
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Devemos tomar cuidado com a arrogância do pescador
que, com um peixinho na mão, pretende haver
desvendado o mistério da lagoa escura...
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“O que está em jogo
não é a transmissão
daquilo que se
inventa, mas antes a
transmissão do poder
de inventar.”
Juan David Nasio
14/03/20 www.nilson.pro.br 99
“O termo ‘método’,
que significa
literalmente
‘seguindo um
caminho’ (do grego
méta, ‘junto’, ‘em
companhia’, e
hodós, ‘caminho’),
refere-se à
especificação dos
passos que devem
ser tomados, em
certa ordem, a fim
de se alcançar
determinado fim”
Edmund Husserl é
considerado o pai da
fenomenologia.Fez
doutorado em matemática
teórica antes de iniciar seus
estudos em filosofia.Criticou
a psicologia como uma
ciência que está indo na
direção errada ao tentar
aplicar os métodos das
ciências naturais às
questões humanas.
14/03/20 www.nilson.pro.br (Laverty, 2003). 108
• A análise fenomenológica de Husserl dá ênfase ao
fenômeno, ao que é dado imediato, à coisa que
aparece diante da consciência (Padovani, 1990).
As essências são os
objetos de estudo da
fenomenologia,
enquanto que os fatos
são os objetos da
14/03/20 psicologia (Padovani,
www.nilson.pro.br 110
1990).
• Duas técnicas são fundamentais na fenomenologia
de Husserl: a intencionalidade e a “epoché”.
• A14/03/20
filosofia deve desvendar a www.nilson.pro.br
existência, determinar a essência do “estar-
118
no-mundo”.
14/03/20 www.nilson.pro.br 119
14/03/20 www.nilson.pro.br 120
14/03/20 www.nilson.pro.br 121
One thing I have
learned in a long life
— that all our
science, measured
against reality, is
primitive and
childlike.
Albert Einstein