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CULTURA E POLÍTICA NO

ENTREGUERRAS

Sociedade, economia, política


e cultura nos 1920 e 1930
Crise do liberalismo
1926: o economista inglês John Keynes publica
seu livro onde defende a intervenção do Estado
na economia, combatendo o “laissez-faire”
liberal.
O pensamento de Keynes foi o embrião do
“Estado de Bem Estar Social”
A crise do liberalismo terá importante
conseqüência na vida econômica e política do
mundo entreguerras: várias formas de
intervenção estatal são implementadas na
Europa e nos Estados Unidos.
Política
Expansão do socialismo na esteira da
revolução russa

Expansão do nazi-fascismo na esteira da


crise da Primeira Guerra Mundial

Polarização entre III Internacional e o


Nazi-fascismo
III Internacional X Fascismo
A subestimação do perigo nazi-fascista;
As análises socialistas e comunistas sobre
o fascismo
O confronto entre socialistas e comunistas
A tardia “virada” de 1935 e a proposta de
frente popular (VII congresso da IC,
proposta defendida por Dimitrov, delegado
do Partido Comunista búlgaro)
Governos de Frente Popular

Coalizões anti-fascistas foram criadas em vários


países da Europa e chegaram ao poder
eleitoralmente na França e na Espanha.

França – FRONT POPULAIRE, Leon Blum:


1936-1938

Espanha – República Espanhola. Guerra Civil:


1936 -1939
Na França e na Espanha os governos de
frente popular foram derrubados pelas
forças de direita organizadas – por
pressão política ou econômica (no caso
da França) ou pela guerra civil (no caso
da Espanha)
Front Populaire: vitória eleitoral
Espanha republicana
1936
Jornal da época
Guerra civil 1936-1939
Militante do POUM
GUERRA CIVIL
Guernica: painel de Picasso retrata o bombardeio
da cidade por alemães em abril de 1937
Pacto germano soviético
1939:Pacto de não-invasão assinado
clandestinamente por Hitler e Stalin.

O pacto teve interferência direta nos


movimentos comunistas, inclusive na
guerra civil espanhola.

1941: Hitler invade a URSS


Assinatura do pacto

Ministros Ribbentrop e
Molotov, Stalin.
CULTURA ENTRE GUERRAS
Anos 1920 e 30: “anos loucos”,
efervescência cultural e vanguardismo.

Vanguardas culturais na Alemanha,


França, Estados Unidos, URSS
Alemanha de Weimer
O cinema expressionista
O teatro de Bertold Brecht (representação
realista e didática – o “distanciamento
brechtiniano)
A Bauhaus
A Escola de Frankfurt
Expressionismo alemão no cinema
O cinema expressionista exagerava nas
expressões de seus personagens,
acentuando a dimensão subjetiva dos
filmes, criando um clima de tensão e de
pesadelo nas telas.
Cenários também seguiam essa diretriz,
eram artificiais e exageravam sua
dimensão de artificialidade
Nosferatu
Bertold Brecht
Brecht: 1898-1956
O teatro de Brecht era um teatro político
que se pretendia didático

Brecht criou uma forma de representar


contrária à postura realista de
Stanislawski: o “distanciamento”.
BAUHAUS 1919-1933
Escola de arquitetura e design fundada na
Alemanha por Walter Gropius.
Busca de um estilo novo para um novo
tempo:
A funcionalidade, o progresso, o vidro, o
aço, as formas simples e retas
Maquete da bauhaus
Cartazes da bauhaus
A Escola de Frankfurt
Fundada em 1924 por um grupo de
intelectuais marxistas alemães na época
já críticos à ortodoxia comunista e ao
mundo soviético.
Procuraram analisar as características do
mundo em que viviam: o cinema, a
televisão, a cultura de massas.
Procuraram analisar as características do
mundo em que viviam: o cinema, a televisão, a
cultura de massas.

Davam ênfase especial às super-estruturas


ideológicas como forma de controle.

Criaram a expressão “indústria cultural”.

Principais filósofos: Horkheimer, Adorno,


Marcuse, Walter Benjamin.
O surrealismo francês
Movimento artístico surgido na França, na
década de 1920, que buscava a
expressão do inconsciente. Derivava de
um movimento anterior, o Dadaísmo.
Nihilismo, ceticismo e crítica à
racionalidade da sociedade que levara à
Europa à guerra.
Max Ernst, Paul Eluard, André Breton,
Salvador Dali são seus principais
representantes
O suurealismo
Primeiro manifesto surrealista:
“C´est vivre et cesser de vivre qui sont dês
solutions imaginaires. L´existence est
ailleurs”
(Viver e não viver são soluções imaginárias. A
existência é em outro lugar).

“Mais do que uma revolta contra a ordem


estabelecida o movimento surrealista se
apresenta como uma revolução onde fantasmas,
sonhos e delírios ganham o direito de existir”
(René Passeron, “Le Surrealisme”)
Salvador Dali
Desenho de Max Ernst
Estados Unidos
O surgimento da cultura de massas

Rádio e cinema

O Jazz
Cultura de massas

O cinema, a televisão e o rádio produziam


cultura e entretenimento em larga escala.
Os frankfurtianos chamaram de “indústria
cultura” (pejorativo); os teóricos da
comunicação norte americanos chamaram
de “cultura de massas” (uma concepção
positiva que apontava para uma nova
forma de produzir e consumir cultura nas
sociedades contemporâneas)
CINEMA

O cinema se tornou o principal símbolo


desta cultura de massas e se espalhou
pelo mundo ocidental;

Talvez o símbolo maior do cinema


americano desta fase seja o vagabundo
Carlitos
CARLITOS
A era do “Jazz”
Nos anos 1920 e 30 os jazz era tocado
em bares que serviam bebidas
clandestinas durante a Lei Seca.

Em 1922, a Original Creole Jazz Band se


tornou a primeira banda de Jazz de
músicos negros de Nova Orléans a fazer
gravações comerciais.
Original creole jazz band
Vanguardismo na URSS
O cinema de Eiseinstein

A poesia de Maiakosvi
Literatura
No mundo todo a literatura expressa, de
diferentes formas, a tensão e a
efervescência dos anos entreguerras:
Hemingway, Fitzgerald, Kafka, James
Joyce, Thomas Mann, Gorki, Isaac Babel,
André Gide, Garcia Lorca, William
Faulkner, entre muitos outros.
Historiografia

Na década de 1920 foi criada a Ecole des


Anales, por Lucien Fabvre e Marc Bloch
que influenciaram, no mundo todo, a
forma de pensar e escrever a história.
1939: GUERRA

A II Guerra Mundial põe fim a esta época


de ebulição e vanguardismo que, num
certo sentido, parece prenunciar a
tragédia. (Hobsbawm)
bibliografia
Hobsbawm, “A Era dos Extremos”,
Companhia das Letras. São Paulo
Passeron, René, “Lê Surrealisme”,
Terrailo, Paris
Reis Filho, Daniel Aarão; Ferreira, Jorge &
Zenha, Celeste “O Século XX, Tempo das
Crises”, Civilização Brasileira, Rio de
Janeiro.

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