Você está na página 1de 10

Depressão na adolescência

Um despertar para as relações familiares


DEPRESSÃO (DSM-V)

• Humor deprimido ou humor irritável;


• Diminuição de interesse ou prazer por todas/quase todas
atividades;
• Alterações no peso ou redução/aumento de apetite;
• Insônia ou hipersonia;
• Agitação ou retardo psicomotor;
• Fadiga ou perda de energia;
• Sentimentos de inutilidade, culpa (excessiva ou inapropriada);
• Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar;
• Pensamentos recorrentes de morte (ideações suicidas).
Adolescência

• Período marcado por muitas mudanças (físicas, psíquicas e sociais);


• Vivência de vários “lutos”, perdas;
• Busca de identificação, do “eu”, do sentido da vida;

“É nesse período que se desenvolvem concepções mais consistentes a


respeito de si e dos outros, além de habilidades para formar e manter
relacionamentos significativos (Kristensen, Leon, D’Incao & Dell’Aglio,
2004)”
Depressão na adolescência não é frescura!
• Não confundir com comportamentos típicos do período

• Fatores de vulnerabilidade:
• Violência familiar
• Mudanças importantes no estilo de vida (separação dos pais, mudança de escola, etc)
• Condições estressoras crônicas (pobreza, deficiências no desenvolvimento físico e
emocional, conflitos familiares constantes)
• Problemas do dia-a-dia (provas escolares, disputas com amigos e discussão com os pais)
• Morte de um dos pais
• Acontecimentos traumáticos na infância
• Algumas doenças sistêmicas (Ex: Hipotireoidismo)
• Bullying
Por que os adolescentes acabam aderindo a
movimentos nocivos em redes sociais?
• A baixa autoestima, os conflitos familiares, o fracasso escolar, as perdas
afetivas são sintomas que, associados às condições de estresse
emocional, podem colocar os jovens em grupo de risco para o suicídio. E
aqueles com menos amigos, mais isolados, também apresentam mais
risco.  
• Ele apela para adolescentes vulneráveis, que estão fazendo escolhas sem
supervisão de adultos. São pessoas que não têm muitos amigos, estão
muitas vezes isoladas, e, de repente, alguém aparece prestando atenção
nelas. Pelo que sabemos até agora, é um jogo que começa com desafios
fáceis, em que se recebe gratificação instantânea, como acontece com
um videogame, por exemplo. Isso prende a pessoa, até que se começam
os pedidos mais difíceis.
Família em ação

• Uma mudança brusca de comportamento pode ser sinal de que a criança ou o adolescente esteja
sofrendo com algo que não saiba lidar (Elizabeth dos Reis Sanada, doutora em psicologia escolar)

• Compartilhe projetos de vida: Para entender se a criança ou adolescente está com problemas é
fundamental que os pais se interessem por sua rotina. Este deve ser um desejo genuíno, e não
momentâneo por conta da repercussão do “Jogo da Baleia”, por exemplo. 
• Os pais devem conhecer a rotina dos filhos, entender o que fazem, conhecer os amigos. Muitos
adolescentes “falam” abertamente sobre a falta de motivação de viver nas redes sociais.
• Aos pais cabe incentivar que os filhos tenham projetos para o futuro, tracem metas como uma
viagem, por exemplo, e até algo mais simples, como definir a programação do fim de semana.

• Abra espaço para diálogo: Filhos devem se sentir acolhidos no âmbito familiar, por isso. É
preciso que o adolescente se sinta à vontade para falar de suas frustações e se sinta apoiado. Se
ele tiver um espaço para dividir suas angústias e for escutado, tem um fator de proteção.
Família em ação

• Quanto maior a vulnerabilidade e menor a Em vez de chamar o filho ou a filha para conversar e
capacidade de enfrentamento, mais rápido e ‘encaixá-lo’ em uma categoria - dizer que ele é
intensamente os sintomas se manifestarão. agressivo, que não consegue se adaptar às normas
sociais -, o ideal é apoiar o adolescente e incentivá-
• A família pode atuar como um fator lo a encontrar atividades que ajudem a ‘extravasar’.
protetor, servindo como apoio e modelo de
enfrentamento de dificuldades. Por outro
lado, pode também ser uma fonte geradora Os pais costumam tratar o adolescente de forma
de estresse e principalmente quando a controladora. O pai/mãe não é mais um adulto
interação é caracterizada por práticas protetor; é muito mais severo e julga, controla muito
parentais coercitivas, disciplina mais do que uma criança, para a qual respondia de
inconsistente, hostilidade, indiferença, uma forma educativa. Com adolescentes há menor
negatividade, restrição emocional, pouca tolerância e se esquece da função educativa.
afetividade e apoio, punição e parentalidade
abusiva.
Tratamento

• Psicoterapia
• Avaliação psiquiátrica (tratamento farmacológico)
• Acompanhamento dos pais

Você também pode gostar