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Religião e ciência

Tarefas e desafios
da tolerância
Considerações gerais

• Até ao seculo XVII o conhecimento da natureza


estava associado a preocupações de caráter
metafísico (a exceção era a matemática);
• Renascimento e humanismo;
• Mudança de atitude do homem perante o
mundo, a vida refletida na arte, na ciência, na
religião, na política…
• Privilégio dado à observação e à experiência e
aplicação da matemática ao estudo da natureza.
• Desde cedo se procurou conciliar os textos
bíblicos com a razão humana, no entanto
Copérnico ao colocar o Sol no cento do universo
acaba por contradizer as escrituras sagradas, a
cosmologia aristotélica e o senso comum,
defensores do geocentrismo.

• A teoria da evolução das espécies de Charles


Darwin põe em causa o criacionismo defendido
pela doutrina cristã.
A tolerância
• Poderemos avaliar as crenças religiosas com os
mesmos critérios que usamos para avaliar as
afirmações científicas? Não estarão – ciência e religião
– em planos diferentes, embora concorram para a
compreensão do ser humano e da vida?

• Ciência e religião são dois grandes sistemas do


pensamento humano;
• Apesar da tecnologização e da industrialização da
sociedade, a religião continua a ser uma força
fundamental;
• As afirmações religiosas devem ser vistas num plano
distinto das teorias científicas.
Tarefas e desafios à tolerância

• Apesar da evolução e mudança de mentalidade


ocorrida nos últimos séculos, continuamos a
deparar-nos com situações de

• Intolerância;
• Fanatismo;
• Desrespeito pelos direitos humanos.
Fanatismo Fundamentalismo

• Adesão exclusiva e • Uma corrente e uma atitude


incondicional a uma ideia, religiosa que advoga, de modo
bem como o uso dos mais radical, uma fidelidade
diversos meios para a impor e absoluta na interpretação
disseminar. literal dos escritos sagrados.
Tolerância
• Entre diferentes confissões religiosas;
• Em relação àqueles que, em consciência, não
professam nenhuma religião.

Paradoxo da
tolerância
A tolerância
• Está para além do relativismo e da indiferença;

• Baseia-se no carácter universal dos direitos


humanos e deve fazer-se acompanhar do
diálogo, do respeito pelo outro, do pluralismo e
da racionalidade.
Proposta de Hans Kung
(Projeto para uma ética mundial)

• Não é possível a vida humana em sociedade sem


uma ética mundial;
• É impossível existir a paz entre as nações se não
se verificar a paz entre as religiões;
• É igualmente impossível que haja paz entre as
religiões, se estas não dialogarem entre si.

Diálogo inter-religioso
Tolerância Responsabilidade
• A responsabilidade pela paz no mundo passa em grande
medida pela atuação das religiões, cuja credibilidade
dependerá da enfatização do que as une e não tanto do
que as separa, o que radica na ética e não tanto nos
dogmas.
• O diálogo inter-religioso visa a paz e concórdia entre
diferentes povos, culturas e religiões (diálogo
ecuménico, com vista ao entendimento religioso global).
Impulsionado a todos os
níveis (local, regional,
nacional e internacional)

Diálogo Envolver todos os


inter- cidadãos
religioso

Empenhados no diálogo,
todos devem atuar em
prol da cooperação inter-
religiosa promotora da
paz.

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