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CONSCIÊNCIA

1. Etimologia da palavra Consciência

Conceito da consciência moral — origem


etimológica em latim “cun” e “scientia” de significado
dar-se conta ou seja → capacidade de julgar as suas
acções, decidindo, se são correctas ou não e
escolhendo um caminho na vida → Consciência
Moral
2. Níveis de consciência

• Consciência Psicológica: dar-se conta da sua própria


experiência de viver.
• Consciência moral: discernir os valores e normas de
comportamento em vista à auto realização pessoal.
• Consciência crítica: capacidade para discernir
aspectos profundos da realidade.

2.1.
• A consciência crítica é necessária à consciência moral
para instaurar estruturas mais justas e levar à conversão
às exigências da justiça social.
3. Importância da consciência

• É necessário ter em conta os dois pólos da moralidade:


– Pólo objectivo: norma
– Pólo subjectivo: consciência
3.1.
• As normas obrigatórias mantêm-se um plano geral, não se
referem ao modo de agir em cada situação correcta;
• É a consciência moral que, informando-se da situação, com a
ajuda das normas estabelecidas que interioriza como suas,
toma as decisões que considera adequadas e internamente
julga os seus actos.
3.2.
• A perfeição do comportamento moral consiste em assumir a
norma correctamente discernida na e para a situação.
• A importância da consciência está na capacidade que dá ao
ser humano de poder discernir as normas que orientam a
sua vida
4. Autonomia e heteronomia da consciência.

• A consciência autónoma: consciência totalmente


independente, na sua actividade seria evidenciada a
liberdade absoluta do homem.
• Consciência heterónoma: tem o seu fundamento
inteiramente fora de si (em Deus ou na sociedade). A
sua adesão à norma seria formal e externa.
4.1.
• A consciência moral é autónoma pois não é apenas
caixa de ressonância de uma voz que vem de fora. Mas
não é nem absolutamente livre e incondicionada.
Interioriza as normas e discerne sobre a sua aplicação à
situação concreta.
5. A emergência e a evolução da consciência.

• Filogénese: surgimento e evolução da consciência no género


humano.
• A consciência moral é produto de um longo processo de
desenvolvimento da humanidade.
5.1.
• Ontogénese: surgimento e evolução da consciência no
individuo.
• A consciência moral desenvolve-se em sociedade (vendo a
consequência dos actos não só para si mesmo, mas também
para os demais).
5.2. Síntese da ontogénese
• A consciência não parece ser inata.
• Nasce da experiência.
• Evolui passando por várias fases (anomia, heteronomia –
teonomia ou socionomia, autonomia).
• Está relacionada com a socialização → os deveres éticos
são prioritariamente relacionados com o próximo.
6. Funções da consciência moral

• Opera a interiorização subjectiva da norma objectiva.


• discerne a aplicação das normas na vida e suas
situações concretas.
• julgo os actos.

6.1.
• exerce a função de discernimento de 2 modos:
• — definindo a opção fundamental de vida →
consciência fundamental.
• — confrontando o comportamento concreto com a
opção fundamental → consciência actual.
7. Classificação dos tipos de consciência

• a) Em relação ao acto, pode ser antecedente ou consequente.


• b) Em relação à intenção pode ser recta ou perversa
• c) Em relação à conformidade com o bem da pessoa, pode ser
verdadeira ou errónea. A causa do erro da consciência é a
ignorância (que pode ser vencível ou invencível).
• d) Em relação ao assentimento, pode ser certa ou duvidosa.

7.1.
• a) Só a consciência recta é certa é a regra moral;
• b) Além disso a consciência deve ser verdadeira ou
insensivelmente errónea para ser a regra da moralidade;
• c) A consciência vencivelmente errónea não é a expressão da recta
razão;
• d) Não é lícito agir com a consciência duvidosa.
8. Princípios para seguir a consciência

• A consciência é critério decisivo da moralidade, mas há


critérios para seguir a consciência: verdade, paixão, clareza,
meditação, etc.
9. A formação da consciência moral
• Esforço de discernimento, de reflexão e de estudo;
• Praticas das virtudes;
• O conhecimento do bem e do mal na acção concreta não
requer unicamente a agudeza do intelecto, mas também uma
recta disposição da afectividade.
9.1.
• No entanto cada homem deve assumir a responsabilidade
dos seus actos e, por isso, nunca deve agir contra a sua
consciência.

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