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EBOLA

CONCEITO

• A Doença pelo Vírus Ebola (DVE) é uma zoonose, cujo morcego é o


reservatório mais provável.
• Quatro dos cinco subtipos ocorrem em hospedeiro animal nativo da
África.
• Acredita-se que o vírus foi transmitido para seres humanos a partir
de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais
infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes,
antílopes e porcos-espinho.
• A doença pelo vírus ebola  é uma das mais importantes na África
subsaariana, ocasionando surtos esporádicos, afetando diversos
países.
• O agente da doença é um vírus da família Filoviridae, do gênero
Ebolavirus, descoberto em 1976, a partir de surtos ocorridos ao sul
do Sudão e norte da República Democrática do Congo
(anteriormente Zaire), próximo ao Rio Ebola, mesmo nome dado
ao vírus.
• Até o momento, foram descritas cinco subespécies de vírus Ebola,
sendo que quatro delas afetam humanos e uma delas, apenas
primatas não humanos.
• As espécies são: vírus Ebola (Zaire Ebolavirus); Vírus Sudão (Sudão
Ebolavirus); Vírus Taï Forest (Tai Forest Ebolavirus), vírus
Bundibugyo (Bundibugyo Ebolavirus) e vírus Reston (Reston
Ebolavirus), este último afetando somente animais.
• O Zaire Ebolavirus é o que apresenta a maior letalidade.
• A doença do vírus Ebola, conhecida anteriormente como Febre
Hemorrágica Ebola, é uma doença grave, muitas vezes fatal e com
taxa de letalidade que pode chegar até os 90%.
• A doença afeta os seres humanos e os primatas não-humanos,
como macacos, gorilas e chimpanzés.
• Não há registro de casos de ebola no Brasil.
• IMPORTANTE: A origem do vírus é desconhecida, mas os
morcegos frugívoros (Pteropodidae) são considerados os
hospedeiros prováveis do vírus Ebola.
• A transmissão se dá por meio do contato com sangue, tecidos ou
fluidos corporais de animais e indivíduos infectados (incluindo
cadáveres),
• ou a partir do contato com superfícies e objetos contaminados.
• Destaca-se que não há registro na literatura de isolamento do vírus
no suor.
• Não há transmissão durante o período de incubação. A
transmissão só ocorre após o aparecimento dos sintomas.
• Acredita-se que o vírus foi transmitido para seres humanos a partir
de contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais
infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes,
antílopes e porcos-espinho.
• Na África, os surtos provavelmente originam-se quando pessoas
têm contato ou manuseiam a carne crua de chimpanzés, gorilas
infectados, morcegos, macacos, antílopes florestais e porcos-
espinhos encontrados doentes ou mortos ou na floresta.
• Depois que uma pessoa entra em contato com um animal que tem
Ebola, ela pode espalhar o vírus na sua comunidade, transmitindo-
o para outras pessoas.
• O vírus Ebola não é transmitido pelo ar.
• A infecção ocorre por contato direto com o sangue ou outros
fluidos corporais ou secreções como, por exemplo, fezes, urina,
saliva e sêmen de pessoas infectadas.
SINTOMAS

• A infecção pelo vírus Ebola ocasiona os seguintes sintomas:


• febre;
• cefaleia;
• fraqueza;
• diarreia;
• vômitos;
• dor abdominal;
• inapetência;
• odinofagia;
• manifestações hemorrágicas.
• O período de incubação da doença pode variar de 2 a 21 dias e os
anticorpos IgM podem aparecer com dois dias após o início dos
sintomas e desaparecer entre 30 e 168 dias após a infecção. 
• Os pacientes tornam-se contagiosos apenas quando começam a
apresentar os sintomas.
• A confirmação dos casos de Ebola é feita por exames laboratoriais
específicos.
Risco de contrair o Ebola

• Para a maioria das pessoas no Brasil, o risco de contrair de Ebola é


baixo. No entanto, as chances aumentam nas seguintes hipóteses,
que são os principais fatores de risco:
• Visitar áreas nas quais há surto de Ebola, especialmente a África.
• Realizar pesquisas em animais, principalmente primatas originários
da África ou Filipinas.
• Fornecer assistência médica ou pessoal para pessoas infectadas.
• Preparar pessoas infectadas para o enterro, uma vez que os corpos
das pessoas contaminadas ainda podem transmitir a doença.
Diagnóstico

• O exame a ser realizado é o de PCR para o diagnóstico


confirmatório de Ebola.

• São realizadas duas coletas, sendo a segunda coleta após 48 horas


da 1ª. As amostras são encaminhadas para o laboratório de
Referência Nacional Instituto Evandro Chagas – IEC.
• A DVE é uma síndrome febril hemorrágica aguda cujos diagnósticos
diferenciais principais são:
• malária, febre amarela, sarampo,
• desinteria bacteriana,
• doença de lyme, febre tifoide,
• cólera, leptospirose, peste, febre recorrente, doença
meningocócica, hepatite,
• dengue grave e outras febres hemorrágicas.
Atenção:

• IMPORTANTE: Pessoas diagnosticadas com Ebola devem ser


isoladas do público imediatamente para ajudar a prevenir a
propagação do vírus.
• Profissionais de saúde e outras pessoas que entrem em contato
com o doente devem usar Equipamento de Proteção Individual.
Tratamento

• Os cuidados aos paciente com ebola são de suporte precoce com


hidratação e tratamento sintomático.
• Ainda não há tratamento licenciado comprovado para neutralizar o
vírus, mas uma gama de tratamentos potenciais incluindo produtos
sanguíneos, terapias imunológicas e medicamentosas estão em
desenvolvimento.
• O tratamento, a princípio, se restringe ao controle dos sintomas e
medidas de suporte/estabilização do paciente.
• É importante iniciar o tratamento de maneira oportuna, para
aumentar as chances de sobrevivência dos pacientes.
Tratamento

• É recomendada a expansão volêmica, correção dos distúrbios


hidroeletrolíticos, estabilização hemodinâmica, correção de
hipoxemia e manutenção da oferta de oxigênio tecidual e
tratamento de infecções bacterianas.

• Uma vez que a doença foi curada, a pessoa está imune ao vírus
Ebola.
Complicações

• Após a primeira semana de infecção, alguns pacientes com DVE


podem se recuperar, mas habitualmente a doença evolui para
formas graves.
• A viremia aumenta drasticamente acompanhando o agravamento
do quadro clínico.
• Os pacientes podem desenvolver um rash cutâneo (exantema)
difuso, seguido de descamação da pele.
• Na evolução, podem ocorrer diarreia grave,
• náuseas e vômitos acompanhados de dor abdominal,
• comprometimento das funções hepáticas e renais
• coagulação intravascular disseminada levando a hemorragias
internas e externas variadas.
• De acordo com o Consenso n.º 9188/2014 do Superior Conselho de
Saúde da Bélgica, são considerados sinais relevantes/frequentes
de gravidade:
• hemorragia nasal;
• melena; aumento significativo de transaminases (TGO e TGP);
• queda abrupta de plaquetas;
• sinais de choque
• baixa saturação de O2.
Prevenção

Desta forma, as principais medidas de prevenção do Ebola são:


• Evite áreas de surto.
• Lave as mãos com frequência.
• Evite contato com pessoas infectadas.
• Não manuseie corpos de pessoas infectadas.

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