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Análise Preliminar de Perigos (APP)

O que é?
Análise Preliminar de Perigo (APP) é uma
técnica qualitativa utilizada para a
identificação prematura dos perigos
existentes em unidades industriais, ou na
realização de serviços, e sua classificação
em termos de frequência de ocorrência,
severidade e risco.
Quando utilizar?
Quando o cliente está diante de uma situação em
que haja necessidade de conhecer, de FORMA
GLOBAL, os perigos existentes com a possibilidade
de ocorrência de acidentes na instalação, o uso da
técnica APP é mais recomendável.

O seu foco é, preferencialmente, segurança


pessoal. Usada tanto para análise de risco de
processo (APP de Processo) quanto para tarefas de
manutenção e obras (acidentes não relacionados
com processos – APP de Serviços).
Vantagens:
Técnica simples de compreender e fácil de ser
executada;
Obtenção rápida de resultados;
Conhecimento amplo dos cenários de acidentes
de processos e serviços de uma instalação;
Pode ser aplicada tanto na fase de projeto como
em operação;
Custo baixo com relação a outras técnicas de Análise de
Risco;
Promove forte engajamento e conscientização à
segurança de processos, das pessoas que participam
deste estudo. A partir daí estas pessoas se tornam
multiplicadoras e formadoras de opinião dentro da
organização.
Desvantagens:
Não serve para análise mais profunda e
específica como, por exemplo uma análise de
desvios de processo;
Como elaborar uma APP?

Primeiro, é necessário que haja uma equipe


multidisciplinar formada por profissionais com expertises
diferentes entre si (operação, projetos, engenharia,
segurança, meio ambiente, manutenção, etc.).
A partir daí todas as informações inerentes aos cenários
acidentais identificados são analisadas por esta equipe e
os riscos associados aos mesmos serão avaliados.
Para elaborar esta metodologia, faz-se uso de uma
planilha específica que deverá ser preenchida durante
as reuniões multidisciplinares.
Segue abaixo o modelo de uma planilha de APP.
O preenchimento da planilha poderá ser feito da seguinte forma:
CABEÇALHO:
Nome da Empresa, Sistema ou Área analisada, Data inicial da
análise, participantes (Nome/Cargo/Área/Empresa pertencente) e as
Referências, ou seja, os documentos utilizados como apoio
(Procedimentos Operacionais, Fichas de Informações dos Produtos
Químicos, Fluxogramas, Layout, Dados de Equipamentos, etc.).
1ª COLUNA – Perigo:
Esta coluna contém os perigos identificados para o módulo
de
análise em estudo.
De uma forma geral, os perigos são eventos acidentais que têm
potencial para causar danos às instalações, aos operadores, ao
público ou ao meio ambiente.
Os perigos referem-se a eventos como, por exemplo: a liberação de
material inflamável ou tóxico, liberação de energia (explosão,
eletricidade, pressão), quedas de pessoas e materiais e demais
fatores externos.
2ª COLUNA – Possíveis Causas:
As causas de cada perigo são discriminadas nesta
coluna e elas podem envolver tanto as falhas intrínsecas
do equipamento (vazamentos, ruptura de cabos, falhas
de instrumentação, etc.), como falhas humanas na
operação e manutenção.

3ª COLUNA – Efeitos:
Os possíveis efeitos danosos de cada perigo identificado
estão listados nesta coluna. Os principais efeitos dos
acidentes envolvendo as substâncias analisadas
incluem:
Ferimentos ou mortes;
Danos ambientais;
Danos a equipamentos e instalações;
Perdas de materiais.
4ª COLUNA – Salvaguardas / Proteções Existentes:
Nesta coluna será indicada a existência de procedimentos e
práticas padronizadas, assim como, os sistemas de proteção
de equipamentos (alarmes, bloqueios e intertravamentos),
EPIs e EPCs existentes, dentre outros, que atuem como
fatores que atenuam a frequência ou a severidade das
situações de risco.

5ª COLUNA – RISCO INICIAL:


Esta coluna refere-se ao Risco Existente, como ele se
apresenta no momento, com ou sem as proteções existentes.
É avaliado com base nas categorias de frequência de
ocorrência e a severidade do cenário existente.
Um cenário acidental é definido como o conjunto formado
pelo perigo identificado, suas possíveis causas e cada um dos
seus efeitos.
Categoria de Frequência:
Cada cenário de acidente identificado é classificado de
acordo com a sua categoria de frequência, a qual
fornece uma indicação qualitativa da frequência
esperada da ocorrência.
As categorias das frequências sugeridas estão
apresentadas na tabela abaixo.
Categoria de Severidade:
Os cenários de acidente deverão ser classificados,
também, em categorias de severidade, as quais
fornecem uma indicação qualitativado grau
severidade dasda
consequências de cada um dos cenários
identificados.
Na tabela abaixo, sugere-se as seguintes categorias de
severidade:
Categoria de Risco
Combinando-se as categorias de frequência com as de
severidade obteve-se uma Matriz de Riscos, conforme
apresentado na tabela a seguir a qual fornece uma
indicação qualitativa do nível de risco de cada cenário
identificado na análise.
De acordo com esta tabela, os cenários da região
VERDE encontram-se numa região de riscos aceitáveis,
a região AMARELA indica cenários de acidente cujo
risco é aceitável, mas para o qual são necessárias
medidas a médio e longo prazo e na região VERMELHA
estão os cenários considerados de risco inaceitável,
sendo necessárias soluções imediatas.
6ª COLUNA – Recomendações /
Observações:
Esta coluna contém as recomendações ou
quaisquer observações pertinentes ao cenário
de acidente em estudo.
Ações de controle
definidas / propostas visando a eliminar o
perigo, quando possível, reduzir a
probabilidade de sua ocorrência e ou
gravidade das consequências.
7ª COLUNA – Responsável / Prazo:
Nesta coluna deverá constar o responsável e o
prazo previsto para a implantação da
recomendação gerada.

8ª COLUNA – RISCO RESIDUAL:


Da mesma forma que realizado para o
Risco Inicial, os cenários deverão ser,
avaliados
novamente, as NOVAS categorias de
para severidade e risco, em
frequência, levando
consideração que as recomendadas
ações foram implementadas.
9ª e ÚLTIMA COLUNA – Indicador do
Cenário de Acidente:
Esta coluna contém um número de
identificação do cenário de acidente,
sendo preenchida sequencialmente
para facilitar a consulta a qualquer
cenário de interessa.
FIM

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