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TERAPIA LINFÁTICA

Profa. Sabrina C. Vargas


Disciplina: Fisioterapia em Oncologia
CUSC-ES
Linfedemas
Linfedema primário:
 Precoce;
 Congênito

Linfedema secundário:
 Lesões teciduais;
 Filariose (agente etiológico: Wuchereria bancrofti);
 Recidivas de erisipela, linfangite;
 Linfodenectomia / ressecção de vasos linfáticos;
 Metástases de tumores malígnos;
 Fibrose pós-radioterapia e radiotermite.
Fases do linfedema segundo FOLDI
Fase I – reversível espontaneamente, regride
facilmente com estímulo da circulação linfática;
Fase II – espontaneamente irreversível. Aumento da
consistência da pele. Fibrose do fluido intersticial.
Estagnação da linfa em coletores e capilares linfáticos;
Fase III – Linfedema grave, grave fibrose e de grande
volume. Pele ressecada e fria. Aspecto casca de laranja.
Área deformada;
Fase IV – mais grave. Apresenta todos os sintomas do
grau III, com total falência dos vasos linfáticos,
apresenta fístulas linfáticas e linfocistos.
edema linfedema
Fi
Mole, fofo, trêmulo Duro

Acúmulo de água (+) Acúmulo de proteína (+)

Regride com posicionamento Não regride com posicionamento

Regride em poucos dias Não regride com os dias sem um


tratamento adequado

Regride com posicionamento, DL, Regride com contenção, cinesioterapia


cinesioterapia e DL.

Pele lisa Pele áspera

agudo crônico
Tratamento do linfedema
Reduzir o volume do membro afetado;

Evitar processos inflamatórios ou


infecciosos;

Manter linfedema sob controle.


Tratamento do Linfedema
De acordo com o documento de consenso do
Comitê Executivo da Sociedade
Internacional de Linfologia (1995), o
linfedema tem como principal terapêutica a
Fisioterapia Complexa Descongestiva que,
quando necessário pode ser acompanhada
de tratamento medicamentoso
( antiinflamatórios e antibióticos) e cirurgias
plásticas (medida higiênica e estética).
CAMARGO E MARX, 2000
Tratamento do Linfedema

Terapia medicamentosa;
Tratamento cirúrgico;
Pressoterapia (bomba pneumática);
Tratamento do Linfedema
FISIOTERAPIA
Drenagem Linfática
Dr. Emil Vodder (Dinamarca), Foldi
(Alemanha), Leduc (Bélgica), Cluzan
(França), Casley-Smith (Austrália).

Fisioterapia complexa descongestiva


(FCD) = DL + bandagens contensivas +
cinesioterapia + compressões elásticas.
Linfoterapia
Linfodrenagem manual + enfaixamento
contensivo funcional + cinesioterapia +
cuidados com a pele + automassagem
linfática + compressão elástica.
Linfoterapia
Avaliação:
Fases do linfedema:
 Linfedema fase I – automassagem e
cuidados com a pele;

 Linfedema fase II, III e IV – todos os


recursos são utilizados no tratamento.
Linfoterapia
Como e quando apareceu o linfedema?
Qual foi a forma de instalação do linfedema? Rápida
ou lenta?
Existe dor? Com que frequencia? Como e quando ela
aparece?
Há outra patologia além do linfedema?
Teve ou tem alguma alteração dermatológica?
Foi submetida a radioterapia?
Houve alguma complicação pós-cirúrgica?
Qual o estado oncológico do paciente?
Foi realizado a linfocintilografia?
Linfoterapia
Inspeção:
 Alterações ortopédicas;
 ADM;
 Localização e extensão do linfedema;
 Cicatrizes;
 Pele:
cor / aspecto.
Linfoterapia
Palpação:

 Prega cutânea com o polegar e o indicador


em toda a extensão do linfedema;
 Consistência dura / mole?
 Tônus / temperatura / presença de dor /
nódulos / tecido adiposo em excesso.
Linfoterapia
Perimetria;

Orientações:
 Cuidados com a pele;
 Automassagem;
 Linfodrenagem manual
Linfodrenagem
Conjunto de manobras específicas que
agem sobre o sistema linfático.

- evacuação
- captação

* Duração da terapia: 30 a 45min.


Linfodrenagem
Manobras:
 Manobras de drenagem dos linfonodos;
 Manobras em ondas (combinadas ou não);
 Manobras em bracelete;
 Manobras em “S”;
 Manobras dos cinco pontos
Enfaixamento contensivo
Mantém, incrementa a melhora da
absorção e fluxo linfático conseguidos
com a linfodrenagem prévia;
Realizado logo após a linfodrenagem
manual;
Deve ser funcional;
A pressão maior é na região distal.
Enfaixamento contensivo - Benefícios
Aumenta a pressão tecidual;
Aumento da eficácia do bombeamento
muscular;
Não há refluxo linfático;
A pressão circular do enfaixamento
ocasiona um estreitamento do lúmem das
veias, evitando assim uma insuficiência
valvular venosa;
Profilaxias de trombose;
Enfaixamento contensivo – Contra-
indicações

Presença de infecção;
Existência de arteriopatia;
Presença de fixação óssea externa;
Grandes alterações de sensibilidade;
Material de enfaixamento
Ataduras elásticas não são indicadas!
Ataduras dispostas: circular ou escama de
peixe;
Mallha tubular de algodão;
Espuma;
Acessórios de borracha.
Enfaixamento contensivo
Bandagem de curta elasticidade
Bandagem elástica
Espuma
Malha tubular
Tratamento fisioterapêutico do linfedema
Linfedemas fase II, III, IV – uso sem
interrupção da contenção inelástica;
Prescrição da braçadeira elástica:
- estado da pele;
- extensão do linfedema;
- presença de fístulas, fibrose;
- idade e condições clínicas da paciente;
- nível de compressão da paciente.
Tratamento fisioterapêutico do linfedema
Objetivos da compressão elástica:

- manter pressões intersticiais equilibradas;


- manter e otimizar resultados obtidos na
primeira fase da linfoterapia;
- evitar recidivas do linfedema.
Tratamento fisioterapêutico do linfedema
Classes de compressão:
- classe I – de 18 a 24mmHg – suave
compressão;
- classe II – de 25 a 35mmHg – média
compressão;
- classe III – de 36 a 46mmHg – alta
compressão.
*As braçadeiras podem se sobrepor.
*durabilidade de 4 a 6 meses
Braçadeiras
Braçadeiras
Meia

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