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Histologia Animal

Tecido Epitelial

Profª DSc. Cíntia Teixeira


TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)

Características gerais

• Flexível
• Reveste e protege, sendo uma barreira contra icroorganismos
• Células justapostas
• Pouca ou nenhuma matriz entre elas (extracelular ou intercelular)
• Apoiado em tecido conjuntivo
• Avascularizado
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)

Origem dos epitélios: São originados dos três folhetos germinativos:

•Origem ectodérmica: epiderme, epitélio do nariz, da boca, glândulas


sebáceas, glândulas mamárias e salivares.

•Origem mesodérmica: endotélio (reveste os vasos sanguíneos), epitélio do


sistema urogenital, das membranas que envolvem os órgãos (Pleura,
pericárdio e peritônio).

•Origem endodérmica: epitélio que reveste a luz do tubo digestório, árvore


brônquica, fígado, pâncreas, da bexiga urinária.
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Nutrição das células epiteliais

•Entre o tecido epitelial e o tecido conjuntivo há uma lâmina denominada lâmina


basal, formada por proteínas, colágeno associada a glicoproteínas e polissacarídeos.

•A lâmina basal mais o acúmulo de fibras reticulares, formam a membrana basal,


que servem como estrutura de suporte do epitélio, fixando-o firmemente ao tecido
conjuntivo subjacente.

•A nutrição das células é feita através da lâmina e da membrana basal, onde a


lâmina é permeável ao oxigênio, gás carbônico e a alimentos, permitindo, assim,
que as células epiteliais troquem substâncias com os vasos sanguíneos do tecido
conjuntivo.
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Classificação do Tecido Epitelial
Classificados com base em sua estrutura e função, em dois
grandes grupos: os de revestimento e os glandulares.

•Tecido epitelial de revestimento (Epitélio de revestimento)


-recobre toda a superfície externa do corpo, como é o caso da epiderme;
reveste todas as cavidades internas e órgãos que direta ou indiretamente
estão em contato com o exterior do corpo, como é o caso dos órgãos que
compõem o sistema digestório, respiratório e urogenital;
-reveste também a maioria das cavidades internas e fechadas do corpo
(vasos sanguíneos e linfáticos – recebe o nome de endotélio) e as
cavidades torácica (Pleura e Pericárdio) e abdominal (peritônio).
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento

- Classificação: Quanto ao número de camadas celulares:

1.Simples: uma só camada de células;


Pseudoestratificado: uma só camada de células que apreÉ uma subdivisão do
simples, formado por sentam tamanhos diferentes, dando um aspecto de
estratificação. Ex: Traquéia

2. Estratificado: mais de uma camada de células;


Transição: tecido estratificado cujo número de camadas e forma celulares variam de
acordo com o estado fisiológico dos órgãos. Várias camadas de células, onde a mais
externa é que muda a forma. É uma subdivisão do estratificado. Ex: Bexiga urinária
cheia – células distendidas e Bexiga urinária vazia – células globosas.
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento

- Classificação: Quanto ao formato das células:

1.pavimentoso: células achatadas (alvéolos pulmonares, mesentério e


revestimento de vasos)

•cubóide: células cúbicas (quadradas) (ovário)

•Prismático ou colunar: células altas (estômago, intestino delgado)


TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento
Observações
•A forma do núcleo das células é que ajuda a classificar o tecido, onde esse vai estar
achatado no pavimentoso, arredondado no cúbico e alongado no colunar.
•Quanto maior o atrito, maior será o número de camadas.
•A nutrição das células epiteliais ocorre através do tecido conjuntivo subjacente, uma
vez que, esse é ricamente vascularizado.
•O suporte do epitélio ocorre através da lâmina mais a membrana basal
•As células epiteliais apresentam diversas especializações de membrana, de acordo
com o órgão (função) onde se encontram. Ex:
Cílios = Traquéia
Microvilosidades= Intestino delgado
Desmossomo = Epiderme
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento

MEMBRANAS

•Membranas mucosas: Os epitélios de revestimento presentes em


cavidades como na boca, nas fossas nasais e no ânus, bem como aqueles
que forram a luz de órgãos ocos, como o tubo digestório, as vias
respiratórias, os ductos urinários e genitais, apresentam-se sempre com a
superfície úmida, e formam com o tecido conjuntivo, uma estrutura
funcional denominada membrana mucosa.
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial de revestimento

MEMBRANAS

•Membranas serosas: As cavidades gerais do corpo (pleural, peritoneal e


pericárdica) são revestidas pelas membranas serosas que recebem, em
cada caso, as denominações: pleura (serosa dos pulmões), peritônio
(serosa do tubo gastrointestinal) e pericárdio (serosa do coração). São
formadas por um epitélio simples pavimentoso e uma camada de tecido
conjuntivo contendo fibras elásticas e colágenas, ou ainda, células
adiposas, vasos sanguíneos e linfáticos.
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
Tecido epitelial glandular (Epitélio glandular)
Forma as glândulas, que podem ser unicelulares ou multicelulares. A
função é de produzir e eliminar secreções, que pode ser mucosa (muco)
mais espesso; serosa, que é mais fluída ou mista, que produz muco e
fluído.

• Glândulas Multicelulares
Apresentam-se sempre imersas em tecido conjuntivo, recebendo dele
nutrientes e oxigênio. São formadas pela proliferação do tecido epitelial
que penetram no tecido conjuntivo.

Dividem-se em Exócrinas, Endócrinas e Mistas.


   
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
                                                                                                              
                                                                                                      

Tecido epitelial glandular (Epitélio glandular)


• Glândulas Exócrinas: Apresentam ductos (canais) secretores, que
lançam as secreções para fora do corpo (suor – gl. Sudorípara) ou no
interior de cavidades internas dos órgãos (saliva – gl. Salivar). A
massa de células epiteliais dentro do tecido conjuntivo, abrem um
canal (ducto), para a eliminação das secreções.
Apresenta 3 divisões:
a) Holócrinas: A célula constitui ela própria a secreção. Ex: Gl. Sebácea
b) Merócrinas: Só eliminam a secreção. Ex: Gls. Salivares
c) Apócrinas: Eliminam a secreção e parte do citoplasma da célula. Ex:
Gl. Sudorípara

Glândula Sebácea
   
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
                                                                                                              
                                                                                                      

Tecido epitelial glandular (Epitélio glandular)

• Glândulas Endócrinas: Sem ducto excretor, a secreção é eliminada


diretamente nos vasos sanguíneos (capilares). São os hormônios. A
formação se dá pela proliferação do epitélio dentro do conjuntivo,
através de mitose. Essa massa celular se desprende do epitélio, ficando
totalmente imersa no tecido conjuntivo.
Ex: Adrenal (no rim); Hipófise (cabeça) ; Paratireóide; Tireóide (T3 e T4
– crescimento)
•                                                                              

Tecido epitelial glandular (Epitélio glandular)


 
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)                                                                                                               

• Glândulas Mistas: Quando


trabalham de forma exócrina e
endócrina.
Ex: Pâncreas
(Porção exócrina - suco
pancreático-digestão e Porção
endócrina - Insulina e Glucagon).
   
TECIDO EPITELIAL (EPITÉLIO)
                                                                                                              
                                                                                                      

Tecido epitelial glandular (Epitélio glandular)

• Glândulas unicelulares: Uma célula que tem função secretora. É


encontrada no epitélio do intestino, da traquéia, esôfago e estômago. O
núcleo é geralmente achatado e deslocado para a base da célula, rica
em RER, complexo de Golgi é bem desenvolvido e localizado acima
do núcleo.

Glândulas supra-renais
BIBLIOGRAFIA:

CORMACK, David H. Fundamentos de histologia. Rio de Janeiro:


Guanabara Koogan, 1996.

JUNQUEIRA, Luiz Carlos Uchoa; CARNEIRO, José. Histologia


básica. 10. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

MORISCOT, A.S. et al. Histologia para fisioterapia e outras áreas da


reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004.

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