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FRATURAS DO ANTEBRAÇO

Dr. Daniel Ribeiro de Resende


HUGO - Mão/Microcirurgia
ANATOMIA
- Atua como uma articulação;
- Rádio móvel e ulna fixa;
- 03 compartimentos (um móvel: BR, ERLC e
ERCC).
- Anastomoses nervosas: Martin-Gruber
(motor/antebraço); Cannieu-Riché (motor/mão);
e Berretini (sensitivo/mão).
ANATOMIA
• Fibrocartilagem triangular: ligamentos radiopiramidal, ulnossemilunar,
ulnopiramidal, radioulnares volar e dorsal, colateral ulnar e disco articular.

• Classificação de Palmer:

Class 1 - traumatic injury


a: central perforation
b: ulnar avulsion with or without distal ulnar fracture
may involve the proximal or distal lamina (foveal and styloid attachment, respectively), or
both
c: distal avulsion
d: radial avulsion with or without sigmoid notch fracture

Class 2 - degenerative injury (ulnocarpal abutment syndrome)


a: TFCC wear
b: TFCC wear with lunate and/or ulnar chondromalacia
c: TFCC perforation with lunate and/or ulnar chondromalacia
d: TFCC perforation with lunate and/or ulnar chondromalacia and lunotriquetral ligament
perforation
e: TFCC perforation with lunate and/or ulnar chondromalacia, lunotriquetral ligament
perforation, and ulnocarpal arthritis
FRATURA DE OLÉCRANO
- Trauma direto e indireto (cotovelo parcialmente fletido);
- Classificação: Colton

- Tratamento: redução aberta e fixação rígida.


FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA
- 5 a 10% das fraturas do antebraço;
- Classificação: Bado (mais comum, tipo 2).
FRATURA-LUXAÇÃO DE MONTEGGIA
- Tratamento:
*Agudo: redução fechada da cabeça radial e fixação
rígida da ulna.
*Agudo com interposição do ligamento anular:
redução aberta da cabeça radial, com reconstrução do
ligamento anular (fáscia), e fixação rígida da ulna.
*Lesões antigas (6 semanas): excisão da cabeça do
rádio e fixação rígida da ulna (se pseudartrose, enxerto
ósseo).
FRATURAS DA CABEÇA RADIAL
- Classificação: Mason

Tipo 4: tipo 3 em associação com luxação posterior do cotovelo.


FRATURAS DA CABEÇA RADIAL
- Indicação cirúrgica absoluta:
*Cominuição de cabeça e colo;
*+ 1/3 superfície articular;
*Fragmento ósseo articular;
*Fratura do colo com angulação que compromete a rotação (crianças).

- Tratamento:
*Tipo 1: conservador.
*Tipo 2: redução aberta e fixação.
*Tipo 3: excisão da cabeça radial.
*Tipo 4: avaliar integridade do processo coronóide (“tríade terrível”).
FRATURA DE ESSEX-LOPRESTI
- Luxação da ARUD, com fratura da cabeça radial, migração
proximal do rádio, roturas do CFCT e membrana interóssea.
- Força de compressão longitudinal;
- Membrana interóssea:
*03 camadas: bandas central (mais importante), proximal e
acessória; tensão máxima com 20° de supinação.
FRATURA DE ESSEX-LOPRESTI
- Classificação: Júpiter e Edwards.

*tipo 1: fratura da cabeça radial passível de reconstrução;


*tipo 2: fratura cominutiva passível de artroplastia;
*tipo 3: fratura antiga com migração proximal do rádio, irredutível.

- Tratamento: diagnóstico precoce (essencial).


*Reconstrução das estruturas lesionadas (cabeça radial, ARUD e membrana
interóssea);
*Excisão da cabeça radial: contraindicada (migração em semanas ou até
anos);
*Fraturas cominutivas: artroplastia da cabeça radial (estabilidade).
*Membrana interóssea: reconstrução (PL, Aquiles, FRC, PR, sintéticos).
FRATURAS DIAFISÁRIAS DO ANTEBRAÇO

- 1% de todas as fraturas;
- Quando no adulto, 3° e 4° décadas ;
- Homens 3:1;
- Predominantemente cirúrgica no adulto
(Knight e Purvis: 50 casos não operados, 71%
pseudartrose e limitação funcional);
- Crianças: raramente cirúrgico.
FRATURAS DIAFISÁRIAS DO ANTEBRAÇO

- Classificação: AO
FRATURAS DIAFISÁRIAS DO ANTEBRAÇO
FRATURAS DIAFISÁRIAS DO ANTEBRAÇO

- Tratamento:
*Redução aberta e fixação rígida;
*Evitar fixação percutânea (FK);
*Fixador externo: perdas ósseas e extensas
lesões de partes moles;
*Enxerto ósseo: perda cortical maior 1/3;
*Ato operatório: início pelo osso menos grave.
FRATURA DE GALEAZZI
- Luxação da ARUD e fratura diafisária do
rádio;
- “fratura da necessidade”.
- 7% das fraturas do antebraço no adulto;
- Sexo masculino
- Cursa com lesão do CFCT;
- Trauma axial com pronação;
- Achados radiográficos ARUD:
*AP: distância 3mm entre rádio e ulna;
fratura da base do estilóide ulnar;
encurtamento > 5mm do rádio;
*P: incongruência da ulna distal
FRATURA DE GALEAZZI
- Tratamento:
*redução aberta e fixação rígida do rádio;
*ARUD: se redução fechada, fixação
percutânea em supinação com FK, por 6
semanas; se irredutível, redução aberta e
verificar interposição (EUC); neste caso, reparo
da FCT e fixação do estiloide ulnar.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

- Adultos, brancos, após 4°década;


- 10 a 20% de todas as fraturas;
- Traumatismo de baixa energia (quedas);
- Jovens: trauma de alta energia (acidentes);
- Dificuldade em estabelecer um padrão único
de tratamento;
- Mecanismo: trauma axial com o punho em
extensão.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Classificações: Universal, AO/ASIF, Fernandez, Melone,
Frykman, IDEAL.

*Universal (Rayhack):
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

* AO/ASIF:
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

*Fernandez/Palmer: mecanismo do trauma

Tipo 1: envergamento;
Tipo 2: cisalhamento;
Tipo 3: compressão;
Tipo 4: avulsão;
Tipo 5: fraturas combinadas.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

- Fragmentos de Melone:

*1- diáfise;
*2- estilóide radial;
*3- fragmento medial dorsal;
*4- fragmento medial volar.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Critérios de Instabilidade: Cooney/ Leone/ Lafontaine

*Inclinação dorsal > 20°;


*Cominuição dorsal;
*Encurtamento radial > 10mm;
*Fratura intra-articular;
*Fratura associada da ulna.

- Critério relativo:
*Idade > 65 anos.

Dois ou mais destes fatores aumenta muito o risco de desvio secundário da


fratura.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Critérios de Irredutibilidade:

* Não confundir “tipos” com “fragmentos” de Melone.


FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Tratamento:
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Fixação percutânea:
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA
- Fixação interna:
*Placas de fixação distal metafisária para uso dorsal ou volar;
*Placas de fixação distal subcondral volar bloqueada e de ângulo fixo;
*Placas de fixação subcondral dorsal.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

- Fixador externo:
*Variações de ajuste; combinações com outros
métodos; ligamentotaxia; cominuições graves; lesões
extensas de partes moles.
FRATURAS DISTAIS DO RÁDIO E ULNA

- Objetivar sempre uma redução anatômica, ou


o mais anatômico possível;

- Resultados finais aceitáveis:

* Incongruência articular < 2mm;


* Encurtamento radial < 5mm;
* Inclinação dorsal residual < 10°
OBRIGADO!!

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