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TRABALHO FILOSÓFICO

TEXTO

A sociedade vive hoje mergulhada numa passividade em relação à


defesa de ideias e valores que põe em causas a própria racionalidade
humana. Aceitamos tudo aquilo que nos é dado sem colocar alguma
dúvida ou entrave, consumimos tudo o que vimos na televisão ou na
internet sem questionar o seu sentido, deixamo-nos absorver por modas
e costumes, muitas vezes sem saber porquê ou eventualmente sem
sequer gostarmos.
Tudo isto poderia ser correto se nesta “imagem” encontrássemos uma
justificação. O problema é que, no fundo, continuamos a queixar-nos da
vida que temos, do tempo que não temos, dos políticos que nos
governam, dos outros que não nos compreendem, espelhando uma
certa infelicidade que habita na nossa mente. Contudo, deixamo-nos
estar assim. Então, pra que existe o pensamento?
Texto
Texto retirado
retirado do
do Manual
Manual 10º
10º ano
ano Raiz
Raiz Editora,
Editora, pág.
pág. 39
39
  
Tarefa

1. Indique a tese/problema principal do texto.

2. Retire os principais argumentos que o autor


apresenta para defender a sua tese.
Resolução

1. A tese/problema principal do texto refere-se à passividade do ser


humano e à inércia do pensamento crítico.
2. O autor apresenta os seguintes argumentos:
a) A incapacidade das pessoas defenderem e apresentarem valores
em relação aos diversos problemas;
b) O facto de muitas pessoas aceitarem tudo o que lhes é dado sem
questionarem, apesar de se queixarem;
c) As pessoas aceitarem a sua condição de “infelicidade” sem
procurar alterar o rumo dos acontecimentos ou encontrar um
fundamento verdadeiramente válido.
Texto

Geralmente, temos a ideia de que, em momentos de crise, convém cortar nas despesas,
isto é, poupar. No entanto, há especialistas que defendem que se deveria continuar a
gastar dinheiro, mesmo nos momentos de crise. Como assim?
É sabido a economia de uma sociedade ou de um país enriquece quando o dinheiro
circula, ora, se o dinheiro deixar de circular, a sociedade empobrece. É a partir desta
conceção que esses especialistas defendem que deveríamos continuar a gastar dinheiro.
Dou-vos um exemplo: ao tomar conhecimento via jornais ou pela televisão de que os
próximos anos vão ser muito difíceis em termos económicos, a primeira ideia que me
vem à cabeça é gastar menos dinheiro.
Assim, a primeira medida que vou tomar é deixar de ir jantar fora. Ora, isto à partida é
uma boa solução pois fica-me mais barato se jantar em casa, mas o problema é que, se
toda a gente fizer isso, o gerente do restaurante onde costumo ir irá despedir um
funcionário, pois não tem dinheiro para pagar o seu salário nem necessita dos seus
serviços, dado ter menos clientes. Esse funcionário, como a partir daí vai ficar em casa e
não tem dinheiro, irá retirar o seu filho da creche, pois estando em casa poderá ser ele a
tomar conta do filho pequeno. Ora, a creche, com a diminuição das crianças inscritas,
irá despedir uma funcionária, funcionária essa QUE IRÁ INSVREVER-SE NUM Centro De
Emprego e usufruir do respetivo subsídio.
Conclusão, o Estado ao anunciar a crise, para além do medo, promoveu mais
desemprego, mais pobreza e acabou por gastar mais dinheiro. Eis porque consideram
alguns que nos momentos de crise o dinheiro deve continuar a circular.
Retirado do Manual Raiz Editora (caderno de atividades)
Tarefa

1. Indique a tese principal do texto.


2. Indique os principais argumentos utilizados no texto
para defender a tese.
Resolução

1. O autor defende que a ideia economicista em termos de crise é errada.


2. Os vários argumentos são:
a) A teoria economicista leva a que circule menos dinheiro, gerando mais
desemprego;
b) O subsídio de desemprego é sustentado pelo estado;
c) O Estado gasta mais dinheiro com medidas economicistas.
Texto

“Tenho vindo a dizê-lo repetidas vezes: trata-se de uma


vingança da sociedade, mas não traz qualquer solução para os
problemas sociais e económicos que levam ao crime. Daí que
considere que é inevitável a pena de morte. De facto, uma tal
penalização em nada repara o sofrimento da vida ou da
família; em nada serve de castigo exemplar, pois, se o fosse,
bastava ter havido um só executado; em nada segue o
exemplo dado pelos países civilizados, em que tem sido
transformada em prisão perpétua sem que isso represente um
aumento das respetivas taxas de criminalidade; em nada
reduz um direito da sociedade, pois se não foi ela que deu a
vida ao criminoso, também não será ela que tem o direito de
lha tirar.”
Manifesto anónimo .
Luís Rodrigues, pag. 115
Tarefa

1. Identifique o problema sobre o qual o texto toma


posição.
2. Identifique a tese central do autor.
Solução

1. Problema: a pena de morte é aceitável?


2. Defende-se a tese de que a pena de morte é injustificada sob todos
os ângulos: não defende a sociedade contra o crime, não está de
acordo com a moral nem com o direito.

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