- Cabe ao titular da pretensão resistida invocar o Poder jurisdicional para
atuar no caso concreto, concedendo a prestação jurisdicional. (APG)
- “é o direito ao exercício da atividade jurisdicional (ou o poder de exigir
esse serviço). Mediante o exercício da ação provoca-se a jurisdição, que por sua vez se exerce através daquele complexo de atos que é o processo.” (APG)
- “É o direito fundamental composto por um conjunto de situações
jurídicas que garantem ao seu titular o poder de acessar os tribunais e exigir deles uma tutela jurisdicional adequada, tempestiva e efetiva”. (FD)
- Resulta da incidência de diversas normas constitucionais, como os
princípios da inafastabilidade da jurisdição e do devido processo legal. DIREITO DE AÇÃO.
- Direito de ação (direito – situação jurídica) x ação (ato
jurídico).
- Ação = Ato jurídico.
- Ação = Exercício do Direito de ação – Ação exercida -
DEMANDA.
- “Conjunto de elementos propostos pelo autor que delimitam o
objeto litigioso de forma objetiva e subjetiva.” (LG)
- Fato gerador do processo – define o objeto litigioso do
processo – limita a atividade jurisdicional.(FD)
- - “É a contrapartida natural da proibição da tutela privada – é
o instrumento de que o particular passou a fazer uso diante da eliminação da justiça de mão própria.” (LGM) DIREITO DE AÇÃO.
- Direito de ação -> INAFASTABILIDADE DA
JURISDIÇÃO - > ACESSO À JUSITIÇA
- Direito de Ação x Direito Afirmado (direito que se
afirma ter – direito material deduzido em juízo)
- Ação = Exercício do Direito de ação – Ação
exercida - DEMANDA.
- “Direito de ação não se vincula a nenhum tipo de
direito afirmado – Permite a afirmação em juízo de qualquer Direito Material. Direito de ação é ABSTRATO – independe do conteúdo do que se afirma quando se provoca a jurisdição.” (LG) DIREITO DE AÇÃO.
- Ação x Procedimento
- Procedimento – Conjunto de atos
organizados tendentes a produção de um ato final. Espinha dorsal do formalismo processual. (FD)
- Ação = Primeiro ato* do procedimento
principal – Instaura o procedimento (FD)
- Ações incidentais – Reconvenção.
Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 1) Época em que Ação se confundia com Direito
Material. Teoria Imanentista.
- Escola Clássica / Civilista.
- Envolta na mesma massa do direito material.
- Direito de alguém perseguir em Juízo o que lhe é
devido ou o que é seu. (direitos reais ou obrigacionais).
- Uma face do Direito Material. Direito Material violado
em estado de reação. Um direito novo derivado da violação do direito material, tendo por conteúdo uma obrigação do adversário de fazê-la cessar. (LGM)
- Ação seria uma qualidade de todo direito – O próprio
direito reagindo a uma violação. (APG) Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 1) Época em que Ação se confundia com Direito Material.
Teoria Imanentista.
- Ação = direito que o litigante pretendia ver reconhecido
judicialmente.
- Ação e Direito eram a mesma coisa sob ângulos
diferentes.
- “Ação é direito posto em movimento, é o direito em
estado de ação, em vez de ser o direito em estado de descanso. O direito em guerra em vez do direito em paz”. (LGM)
- Ação e processo como simples capítulos do direito
substancial. (APG)
- Não há ação sem direito – não há direito sem ação. (APG)
Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 2) A Polêmica entre Windscheid e Muther.
- Distinguem direito lesado e Ação;
- Começam a admitir a existência de dois direitos
de natureza pública:
- A) Direito do ofendido à tutela jurídica do Estado,
dirigido contra o Estado.
- B) Direito do Estado à eliminação da lesão contra
aquele que a praticou, dirigido contra o devedor.
- A Ação não era um meio de defesa, mas sim o
próprio direito. (LGM) Evolução do conceito DE AÇÃO. - 3) Ação como Direito Autônomo.
- Da polêmica – inicia-se a sedimentação da ideia de
Autonomia do Direito de Ação;
- A dúvida passou a ser: trata-se de direito autônomo
concreto ou abstrato.
- A) Autônomo e Concreto: Wach, Bulow, Chiovenda.
- Não pressupõe Direito material violado ou ameaçado
como nas ações meramente declaratórias.
- “o direito material não é um pressuposto necessário do
direito à tutela jurídica.”
- Dirige-se contra o Estado – direito de exigir a proteção
jurídica, mas também contra o adversário que sujeita a este comando estatal. Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) Ação como Direito Autônomo.
- B) Autônomo e Abstrato: Degenkolb, Rocco, Mortara (*sem
boa fé) e Plósz.
- O direito de ação independe da existência efetiva do direito
material invocado (APG e LGM)
- “Não deixa de haver ação quando uma sentença justa nega
a pretensão do autor ou quando uma sentença injusta a acolhe sem que exista na realidade o direito material. (APG)
- É suficiente que o Autor mencione um interesse seu,
protegido em abstrato pelo direito.
- “O Estado é o sujeito passivo de tal Direito – Ele está
obrigado a exercer a função jurisdicional proferindo uma decisão”, favorável ou desfavorável.(APG) Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) Ação como Direito Autônomo.
- B) Autônomo e Abstrato: Carnelutti.
- Direito abstrato, de natureza pública dirigido contra o
Juiz e não contra o Estado.
- A Posição de Couture - “Ação como Direito de Petição –
gênero do qual a ação é espécie ” Mesmo, sem boa fé
- “Consagrado como garantia individual na maioria das
constituições exercido indistintamente diante de todas autoridades. (LGM)
- Quando exercido perante p PJ, revela-se coativo contra
o réu e o Estado. Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman.
- Destaca a existência de um direito constitucional que
garante que todos cidadãos podem levar suas pretensões ao PJ. (LGM)
- “Os tribunais têm a tarefa de dar justiça a quem a pedir e
por isso uma das regras fundamentais assegura a todos a possibilidade de levar sua pretensão, fazendo com que o juiz examine o caso” (Liebman)
- O direito de agir garantido constitucionalmente não se
confunde com a ação.
- A ação guarda relação com a situação concreta –
decorrente de uma alegada lesão a direito ou a interesse legítimo do seu titular (elementos da ação), mas não depende do reconhecimento do direito material ou de uma sentença favorável. (LGM) Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman.
- “Ação constitui apenas direito ao processo e a
um julgamento de mérito”. (LGM)
- “O que importa para existência da ação é a
presença das suas condições – Legitimação para agir + Interesse de agir + possibilidade jurídica do pedido*”(LGM)
- Quando as condições da ação não forem
preenchidas não houve exercício ao direito de ação? Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman Condições
da Ação.
- Interesse de Agir;
- Legitimação para Agir;
- Possibilidade Jurídica do Pedido;
Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman Condições da Ação.
- Interesse de Agir: Decorre da necessidade de obter
através do processo a proteção do interesse substancial.
- “É representado pela relação entre a situação
antijurídica denunciada e o provimento que se pede para debelá-la mediante a aplicação do direito; deve essa relação consistir na utilidade do provimento, como meio para proporcionar ao interesse lesado a proteção concedida pelo direito.” (LGM)
- Necessidade – Utilidade – Adequação.
Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman Condições da Ação.
- Legitimidade para Agir (legitimação ad causam): é a
titularidade ativa e passiva da ação. A quem pertence o interesse de agir e contra quem ele deve ser cobrado. (LGM)
- “Em princípio é titular de ação apenas a própria pessoa
que se diz titular do direito material cuja tutela pede (legitimidade ativa – Art 18 CPC), podendo ser demandado apenas aquele que seja titular do obrigação correspondente (legitimidade passiva).” (APG)
- “é a qualidade para estar em juízo como demandante ou
demandado em relação a determinado conflito trazido ao exame do juiz. Depende da concreta relação entre o sujeito e a causa.” (CRD) Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 3) A Teoria de Liebman Condições da
Ação.
- Possibilidade jurídica do pedido –
Quando o pleito não encontra albergue no ordenamento jurídico pátrio.
- Confusão com o mérito da ação.
- Seria parte do interesse de agir ?
Evolução do conceito DE AÇÃO.
- 4) Novo CPC.
- “Direito de Ação é direito à tutela jurisdicional
adequada, efetiva e tempestiva mediante processo justo”. (LGM)
- “Não se submete às velhas condições da
ação” – “ Requisitos para julgar o mérito – distante da ideia de existência da própria ação” (LGM)
- “É um direito de natureza processual
totalmente abstrato e independente da efetiva existência do direito material alegado em juízo” (LGM) Condições da ação e o novo CPC
- Não se fala mais em condições da ação. (LGM + FD)
- Requisitos para apreciação do mérito – diferente de
elementos necessários para existência da ação” (LGM)
- “Possibilidade jurídica do pedido – não é mais
categoria autônoma capaz de impedir julgamento do mérito – Pode ser encarada como ausência de interesse de agir” (LGM)
- Legitimidade – “Identificação entre o autor e o réu
com o direito material em litígio – é legitimado ativo o titular do direito material e passivo aquele que também no direito material contra esse direito pode se opor.” (LGM) Condições da ação e o novo CPC
“Na verdade, caso as condições da ação pudessem ser
admitidas como requisitos da existência da ação, seria necessário explicar o que teria provocado a jurisdição e determinado a instauração do processo. (LGM)
Neste caso a CF serviria apenas para garantir o ingresso em
juízo – já que o prosseguimento dependeria das condições da ação? – A base constitucional do direito de ação não pode ser limitada a um ato de provocação da jurisdição, pois deve dar ao cidadão a possibilidade de obter a adequada, efetiva e tempestiva proteção do direito material violado ou ameaçado de lesão” (LGM)
- O direito de ação não é estático ! Não é a mera
propositura da ação – é dinâmico – com ampla participação das partes em juízo. Condições da ação e o novo CPC
Condições da ação
(Possibilidade jurídica - questão de
mérito) – Art 332 CPC
- Interesse processual + legitimidade
– desloca-se para pressupostos processuais. (FD) Condições da ação e o novo CPC
“Diante de uma ação na qual em
que o legitimado ativo deve ser o proprietário do imóvel – Se o Juiz, após o desenrolar do processo, com ampla produção de provas chega à conclusão de que o autor não é proprietário deve ele extinguir o processo sem julgamento do mérito por falta de legitimidade ou julgar improcedente o pedido porque o autor não tem direito material ? NATUREZA JURÍDICA.
- Direito de ação como um complexo de situações jurídicas.
- “Como qualquer Direito o direito de Ação é uma situação
jurídica”. (FD)
- “Direito de conteúdo complexo (x conteúdo unitário) – sendo por
isso uma situação jurídica complexa decomponível em várias situações jurídicas simples: direito de resposta, à prova, audição prévia” (Paula Costa e Silva)
- “Podem ser Pré processuais (provocação da atividade jurisdicional
e escolha do procedimento)” (FD)
- Podem ser processuais: Direito a tutela jurisdicional,
procedimento adequado, à prova, a recorrer, etc.
- “é um direito que enfeixa todas as situações jurídicas decorrentes
da incidência do devido processo legal” (FD)
- “Ação passa a ser vista como meio para prestação de tutela
jurisdicional adequada, efetiva e tempestiva.” (LGM)