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COMUNS
BENEFÍCIOS VERSUS RISCOS
DOS MEDICAMENTOS
Todos os medicamentos têm tanto o potencial de causar danos (uma reação adversa
medicamentosa) quanto de trazer benefícios. Quando os médicos consideram a
prescrição de um medicamento, eles devem avaliar os possíveis riscos em função dos
benefícios esperados. O uso de um medicamento não se justifica a não ser que os
benefícios esperados superem os possíveis riscos. Os médicos também devem
considerar o resultado provável da interrupção do medicamento. Os benefícios e
riscos potenciais nunca podem ser determinados com precisão matemática.
Ao avaliar os benefícios e riscos da prescrição de um medicamento, os médicos
consideram a gravidade da doença a ser tratada e o efeito que o medicamento está a
ter sobre a qualidade de vida da pessoa.
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE
REAÇÕES ADVERSAS
MEDICAMENTOSAS
A maioria dos medicamentos produzem diversos efeitos, mas geralmente apenas um
efeito — o efeito terapêutico — é desejado para o tratamento de uma doença. Os
outros efeitos podem ser considerados indesejados, sejam eles intrinsecamente
nocivos ou não. Por exemplo, alguns anti-histamínicos, além de controlar os
sintomas de alergias, causam sonolência. Quando um medicamento para auxiliar o
sono contendo um anti-histamínico é tomado, a sonolência é considerada um efeito
terapêutico. Porém, quando um anti-histamínico é tomado para controlar os sintomas
de alergia durante o período diurno, a sonolência é considerada um efeito indesejado
irritante.
A maioria das pessoas, incluindo profissionais de saúde, referem-se aos efeitos
indesejados como efeitos colaterais; outro termo usado é efeito adverso
medicamentoso. No entanto, o termo reação adversa medicamentosa é tecnicamente
mais adequado para efeitos de medicamentos que são indesejados,
desagradáveis, nocivos, ou potencialmente nocivos.
TIPOS DE REAÇÕES ADVERSAS
MEDICAMENTOSAS
Existem vários tipos diferentes:
Relacionadas à dose
Alérgicas
Idiossincráticas
REAÇÕES ADVERSAS
MEDICAMENTOSAS
RELACIONADAS A DOSE
Representam um exagero dos efeitos terapêuticos do medicamento. Por exemplo,
uma pessoa tomando um medicamento para controlar a hipertensão arterial pode
sentir tonturas ou ficar atordoada se o medicamento reduzir a pressão arterial
excessivamente. Uma pessoa com diabetes pode desenvolver fraqueza, sudorese,
náusea e palpitações se o uso de insulina ou de um antidiabético oral reduzir o nível
de açúcar no sangue excessivamente. Esse tipo de reação adversa medicamentosa
geralmente é previsível, mas, às vezes, ela é inevitável. Ela pode ocorrer se uma dose
do medicamento for demasiadamente alta (reação de superdosagem), se a pessoa for
extraordinariamente sensível ao medicamento ou se outro medicamento reduzir o
metabolismo do primeiro medicamento e, aumentar, assim, sua concentração no
sangue ( Interações medicamentosas). As reações relacionadas à dose geralmente não
são graves, mas são relativamente comuns.
REAÇÕES ALÉRGICAS
MEDICAMENTOSAS
Não são relacionadas à dose, mas necessitam de exposição prévia a um
medicamento. As reações alérgicas desenvolvem-se quando o sistema imunológico
do corpo desenvolve uma reação inadequada a um medicamento (algumas vezes
conhecida como sensibilização). Após a pessoa estar sensibilizada, exposições
tardias ao medicamento produzem um de diversos tipos diferentes de reação alérgica.
Algumas vezes, os médicos realizam testes cutâneos para ajudar a prever as reações
alérgicas medicamentosas.
REAÇÕES ADVERSAS
MEDICAMENTOSAS
IDIOSSINCRÁTICAS
Resultam de mecanismos que não são atualmente compreendidos. Este tipo de
reação adversa medicamentosa é em grande parte imprevisível. Exemplos de tais
reações adversas medicamentosas incluem erupções cutâneas, icterícia, anemia,
redução na contagem de glóbulos brancos, lesão renal e lesão nervosa que pode
prejudicar a visão ou a audição. Essas reações tendem a ser mais graves, mas
ocorrem tipicamente em um número muito pequeno de pessoas. As pessoas afetadas
podem apresentar diferenças genéticas na forma como seu corpo metaboliza
medicamentos ou responde a eles.
Algumas reações adversas medicamentosas não estão relacionadas ao efeito
terapêutico do medicamento, mas geralmente são previsíveis, pois os mecanismos
envolvidos são amplamente compreendidos. Por exemplo, irritação e sangramento
estomacais geralmente ocorrem em pessoas que usam regularmente aspirina ou
outros medicamentos anti-inflamatórios não esteroides (AINEs). Isso ocorre porque
esses medicamentos reduzem a produção de prostaglandinas, que ajudam a proteger
o trato digestivo do ácido gástrico.
REAÇÕES ADVERSAS
MEDICAMENTOSAS COMUNS
Distúrbios digestivos — perda de apetite, náusea, sensação de distensão abdominal,
obstipação e diarreia — são reações adversas medicamentosas particularmente
comuns, pois a maioria dos medicamentos são tomados por via oral e passam pelo
trato digestivo. Contudo, quase qualquer sistema de órgãos pode ser afetado. Em
pessoas idosas, o cérebro é comumente afetado, muitas vezes resultando em
sonolência e confusão.
FATORES DE RISCO PARA REAÇÕES
ADVERSAS MEDICAMENTOSAS
Muitos fatores podem aumentar a probabilidade de uma reação adversa
medicamentosa (quaisquer efeitos indesejados de um medicamento). Incluem:
Fatores hereditários
Determinadas doenças
Uso simultâneo de diversos medicamentos
Ser muito jovem ou muito idoso
Gravidez
Amamentação
Fatores hereditários tornam algumas pessoas mais suscetíveis aos efeitos tóxicos de
certos medicamentos.
Certas doenças podem alterar a absorção de medicamentos, bem como seu
metabolismo, eliminação, além da resposta do corpo a medicamentos, aumentando o
risco de reações adversas medicamentosas.
Como as interações entre corpo e mente, como a atitude mental, aparência, confiança
em si mesmo e confiança nos profissionais de saúde, influenciam as reações adversas
medicamentosas permanece um campo ainda muito pouco explorado.
Uso de vários medicamentos
Utilizar vários medicamentos, sejam prescritos ou de venda livre, contribui para o
risco de ocorrer uma reação adversa medicamentosa. O número e a gravidade das
reações adversas medicamentosas aumentam desproporcionalmente ao aumento no
número de medicamentos tomados. O uso de álcool, o que é tecnicamente um
medicamento, também aumenta o risco. Pedir a um médico ou farmacêutico para
avaliar periodicamente todos os medicamentos que uma pessoa está utilizando e
fazer os ajustes apropriados pode reduzir o risco de uma reação adversa
medicamentosa.
Idade
Fixas: Cumpridas até que o médico mande parar. Até esgotar o prazo determinado. Aplicada num
momento específico
SOS: Aplicado enquanto o doente necessitar.
Imediatas: Uma única dose
Tipo de remédio
Líquidos: soluções, gotas, injetáveis, loções, suspensões e algumas emulsões
Semissólidos: pomadas, géis, pasta e cremes
Plásticos: supositórios, óvulos e velas
Sólidos: pós, granulados, cápsulas, comprimidos, drageias, pílulas, pastilhas, etc.
Gasosos: sprays, aerossóis, fumigações, etc.
Cuidados a ter:
Respeite sempre o horário da medicação
Siga as indicações dadas pelo médico ou farmacêutico
Não troque o horário dos medicamentos sem consentimento do médico.
Tenha atenção:
1id = 1 vez ao dia
2id ou bid = 2 vezes ao dia
In = à noite
A.c. = antes comer
D.c. = durante comer
P.c. = depois comer
Prn =sempre que necessário
Od = olho direito
Os ou oe = olho esquerdo
Ou = em cada olho
Execução da técnica lavar as
mãos;
conferir o nome do medicamento a
ser administrado;preparar e
administrar o medicamento
seguindo os princípios
fundamentais: (5 certezas)colocar
o medicamento no recipiente
adequado;se o medicamento for
em comprimidos, pílulas, drágeas
ou cápsulas, deve ser colocado na
mão do usuário e deglutido
(engolido) na sua presença,
oferecendo algum líquido;
lavar os recipientes usados com
água e sabão, enxaguar e guardar.
ADMINISTRAR
MEDICAMENTOS ÀS
CRIANÇAS
A administração de medicamentos às crianças é um procedimento extremamente
frequente, principalmente, nos primeiros anos de vida.
A prescrição de remédios, particularmente para crianças, é um acto de grande
responsabilidade, devendo ser realizada apenas por médicos, pois implica
conhecimento das indicações e contra-indicações para o uso de cada substância.
Quem deve administrar os medicamentos à criança?
Os riscos de erros na administração de remédios, aumentam com o número
de pessoas envolvidas no processo.
Desta forma, sempre que possível, os próprios pais devem assumir este
importante papel.
Antes de transferir a responsabilidade deste procedimento para outros
cuidadores como escolas, avós, entre outros, cabe aos pais treinarem estas
pessoas, assegurando-se uma correcta técnica.
O que fazer para evitar erros no tratamento?
As falhas de tratamento podem ser evitadas com alguns cuidados bem simples:
Erro no medicamento: separar dos demais os medicamentos que serão administrados, mantendo-os
nas caixas originais e sempre conferindo os nomes.
Erro na dose: deixar por escrito a dose a ser administrada, para ser conferida antes do procedimento.
Erro no horário: reforçar a necessidade de seguir o horário prescrito rigorosamente, inclusive
durante a noite.
Erro na conservação: orientar protecção da luz solar e do calor, mantendo em refrigeração, quando
necessário.
Erro na administração: analisar se a pessoa que ficará
responsável pelo procedimento terá sucesso, pois algumas
crianças podem resistir antes de aceitar o tratamento.