Você está na página 1de 29

DIAGRAMA DE FASES E

CINÉTICA DE
TRANSFORMAÇÃO
Disciplina: Termodinâmica

1
DIAGRAMA DE FASES

2
ALGUNS CONCEITOS...

FASE
• Uma parte estruturalmente homogênea do sistema, que
possui propriedades físicas e químicas características.

O número de fases de um sistema é simbolizado por P.


• Uma mistura de gelo
• Um gás (ou mistura moído e água tem duas P=2
gasosa)  uma única fases.
fase;
• Um cristal  uma única Os metais podem formar:
fase; P=1
– Sistema bifásico (P = 2) se forem
• Dois líquido imiscíveis;
completamente miscíveis – Sistema monofásico (P = 1) se
 uma única fase. forem miscíveis.
3
ALGUNS CONCEITOS...

Componentes

• São elementos químicos e/ou compostos que


constituem uma fase.

Sistema

• Quantidade de matéria com massa e identidade ficas sobre a


qual dirigimos a nossa atenção. Todo o resto é chamada de
vizinhança

4
DIAGRAMA DE FASE
• Diagrama de Equilíbrio  Um diagrama de fases é uma representação
gráfica que mostra quais fases são as mais estáveis nas diferentes
composições, temperaturas e pressões.
• A maioria dos diagramas são configurado em condições de equilíbrio
(sendo aproximado, mas nunca alcançado).

Em um diagrama de fases
podemos obter:
• Temperatura de fusão/
solidificação;
• Fases presentes em função da
temperatura;
• Composição química das fases;
• Limite de solubilidade;
• Distribuição de fases. 5
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
Campos e densidades

•A representação que fornece os diagramas mais simples  constituída apenas


por campos termodinâmicos.
•Um sistema de c componentes é descrito por c + 2 campos
termodinâmicos:
•A temperatura;
•A pressão;
•E os potenciais químicos dos c componentes.

•Esses campos não são independentes, mas estão ligados pela equação de
Gibbs-Duhem:

6
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
Campos e densidades

•Um dos campos deve ser escolhido como dependente e funcionará como
potencia termodinâmico.
•Os restantes c + 1 campos, considerados independentes, constituirão o espaço
termodinâmico de dimensão c + 1.

7
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
Variedades

8
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
  •Partindo de conceitos termodinâmicos, Gibbs, derivou
uma equação que define o número de fases que podem
coexistir em um determinado sistema (p, T e Composição)
 Regra das fases de Gibbs.
•Representada por:

P  número de fases que coexistem no sistema;


C  Número de componentes do sistema;
F  Grau de liberdade do sistema.
9
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
 •A análise do diagrama p-T da água pela regra de Gibbs
resulta em:
A) No ponto triplo coexistem três fases em equilíbrio e
existe somente um componente (água pura).
Assim, o grau de liberdade é :

Nenhuma variável (temperatura ou


pressão) pode ser mudada mantendo-se
a existência das três fases, e assim, o
ponto triplo é chamado de ponto
10
invariante.
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
 •A análise do diagrama p-T da água pela regra de Gibbs
resulta em:
B) Considerando um ponto ao longo da linha de
solidificação. Em qualquer ponto desta linha existirão duas
fases. Assim:

Indicando que para manter a existência


das duas fases em equilíbrio, apenas
uma das variáveis (T ou P) pode ser
mudada.
11
A REGRA DAS FASES DE GIBBS
  •A análise do diagrama p-T da água pela regra de Gibbs
resulta em:
C) Considerando um ponto dentro da fase, a regra das fases
permite obter:

Indicando que a temperatura ou pressão


podem ser mudadas,
independentemente, sem comprometer
a existências da fase citada.
12
DIAGRAMA DE FASES BINÁRIO
•É o sistema binário mais simples, no qual somente ocorre um
único tipo de estrutura cristalina para todas as proporções de
componentes.
•Este caso ocorre quando os elementos que compõe a liga são
totalmente miscíveis, ou seja, para quaisquer proporções
apresentam-se como soluções sólidas ao acaso.

Construção do Diagrama Isomorfo a partir das curvas de Energia Livre de Gibbs das fases:

13
DIAGRAMA DE FASES BINÁRIO

14
CINÉTICA DE TRANSFORMAÇÃO

15
ALGUNS CONCEITOS...
•Nas transformações de fase aparece, em geral, pelo menos uma
nova fase, com características diferentes (físicas, químicas, estrutura
cristalina) daquela que a originou.

Surgimento de partículas
ou núcleos pequenos da
Nucleação nova fase, capazes de
As transformações
de fase envolvem, crescer.
normalmente, dois Nesse estágio, os núcleos
estágios. aumentam de tamanho,
Crescimento resultando no
desaparecimento da outra
parte ou da fase original

16
NUCLEAÇÃO

Nucleação

Homogênea Heterogênea

Núcleos se forma de maneira Núcleos se formam preferencialmente em


uniforme ao longo de toda a fase heterogeneidades estruturais, como
original. superfícies de moldes, impurezas ...

17
NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA
Nucleação Homogênea:
Termodinâmica  uma transformação de fase irá ocorrer de forma
espontânea se o ∆G for negativo.

Na solidificação de um material puro:

18
NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA

• Em A  observa que a curva corresponde ao primeiro termo no lado direito da equação, a


energia livre diminui proporcionalmente a terceira potência de r.
• Em B  a curva está associada à soma de ambos os termos, primeiro aumenta, passa por
um valor máximo e finalmente diminui  significa, a medida que uma partícula sólida
começa a se formar como um aglomerado de átomos no interior da fase líquida.
Partículas de sólido com raio crítico menor que r* são ditos embriões, enquanto partículas
maiores que r* são ditos núcleos.
A energia livre crítica ∆G* que existe no raio crítico r*, corresponde ao máximo da curva e é a
19
energia livre de ativação necessária para a formação de um núcleo estável.
NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA
• Derivando em relação a r:

• Temos:

• Substituindo r* em:

• Teremos:  
Essa variação na energia livre de
volume é a força motriz para a
transformação de solidificação e
sua magnitude é função da
temperatura.
20
NUCLEAÇÃO HOMOGÊNEA

21
NUCLEAÇÃO HETEROGÊNEA

22
NUCLEAÇÃO HETEROGÊNEA

23
NUCLEAÇÃO HETEROGÊNEA

24
CRESCIMENTO

25
CRESCIMENTO

26
CINÉTICA DAS TRANSFORMAÇÕES NO ESTADO
SÓLIDO

27
CINÉTICA DAS TRANSFORMAÇÕES NO ESTADO
SÓLIDO

28
REFERÊNCIAS
ATKINS, P.; PAULA, J. de; Físico química V. 1, 7º ed., LTC,
2008.

OLIVEIRA, M. J. de. Termodinâmica. Livraria da Física,


2005.

CALLISTER, W. Ciência e Engenharia dos materiais:


introdução, 7ª ed., Rio de Janeiro:LTC, 2008

Você também pode gostar