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Mielopatia Cervical

Vinícius Medeiros Henriques


R1 Neurocirurgia HUGG
Introdução
 Principal causa de comprometimento espinhal adquirido

 Síndrome composta por:


 Perda de movimentos finos
 Espasticidade;
 Distúrbios da marcha
 Hiperreflexia;
 Distúrbios esfincterianos
 Reflexos patológicos

 Início insidioso com piora progressiva

 Pior prognóstico em:


 Duração maior que 18 meses
 Aumento da amplitude de movimento cervical
 Sexo feminino
Anatomia
Etiologia
Etiologia

Discogênica Ligamentar Osteótica

Herniação do disco intervertebral para Hipertrofia do LLP Osteófitos


o canal medular
Ossificação do LLP Hipermobilidade e listese

Hipertrofia do LA Remodelamento em Ampulheta

Ossificação do LA Redução da altura do corpo

Aumento do tamanho anteroposterior


Epidemiologia

 Incidência diretamente proporcional com a idade

 76 casos por milhão por ano de lesão medular não traumática nos EUA

 15% aos 34 anos


 50% aos 54 anos
 90% aos 65 anos

 Radiculopatia em 1,7%
Diferença com a Compressão Radicular

 Alteração sensoriomotora de membros

 Gravidade da clínica dependente da extensão da compressão

 Quadros agudos apresentam mais acometimento motor

 Quadros crônicos apresentam mais acometimento sensitivo


Fisiopatologia

Estático Dinâmico Isquêmico


Fisiopatologia
Voltando à Anatomia...
Manifestações Clínicas

Lesão do Motoneurônio Superior Lesão do Motoneurônio Inferior


Fraqueza (corticoespinhal) Fraqueza
Hiperalgesia/hipoestesia (espinotalâmico) Hipoestesia
Perda de movimentos finos (coluna dorsal) Hiporreflexia
Ataxia e espasticidade (espinocerebelar) Atrofia muscular
Parestesia
Perda dos movimentos finos
Estudos Diagnósticos
 Radiografias (desuso)

 RM:
 Revolucionário
 Avalia não só as estruturas diretamente como alterações como edema ou desmielinização
 Diagnóstico diferencial com tumores e doenças desmielinizantes

 TC:
 Tem seu valor na avaliação de partes ósseas
 Marcapasso

 Estudos eletrofisiológicos:
 Pacientes com clínica inespecífica, com achados inconclusivos na imagem
 Auxilia na diferenciação de uma radiculopatia e em uma neuropatia periférica
 MEPs e SSEP
Diagnóstico Diferencial
 Doença do neurônio motor (ELA)

 Doença da placa motora (Miastenia Gravis)

 Miopatia (Miosite por corpúsculos de inclusão)

 Doenças desmielinizantes (Esclerose Múltipla)

 Tumores

 Malformações vasculares

 Abscesso epidural
Avaliação
Avaliação

Modified Japanese
Orthopeadic Association
(mJOA) Score
Manejo Conservador

 Maioria dos pacientes

 AINES e exercícios fisioterápicos isométricos

 Opções: opioides; relaxantes musculares; infiltração

 Pacientes com Radiculopatia podem se beneficiar de medicações para dor crônica como
gabapentina

 Estudos mais recentes apontam que pacientes com mielopatia, independente do grau, se
beneficiam mais da cirurgia por estacionar a doença
Manejo Cirúrgico

 Questionamentos cirúrgicos:

 Anterior Vs. Posterior


 Número de níveis
 Necessidade de artrodese
 Artroplastia de disco cervical
 Tipo de enxerto
 Modelo de implante
 Riscos de uma abordagem anterior
Manejo Cirúrgico
Considerações Finais
 As causas degenerativas são as principais causas de mielopatia cervical

 Com o envelhecimento populacional há uma tendência para que a incidência aumente

 A conduta deve considerar fatores de pior prognóstico, escalas clínicas, avaliação radiológica e
avaliação eletrofisiológica

 A conduta cirúrgica como regra tem como objetivo impedir a progressão da doença, e não a
melhora clínica
Obrigado!

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