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Trabalho Escravo no Ceará

Aspectos históricos
 1995 – Reconhecimento do problema pelo Governo
brasileiro em Congresso da ONU.
 Criada as estrutura governamental para combater o crime.
 2003/8 – I e II Plano Nacional de Erradicaçao do T.E.
 2012 – Aprovaçao da PEC do Trabalho Escravo.
 2012 – Criação da Coetrae/CE.
 OIT reconhece o modelo brasileiro como referencia
mundial.
 Em 20 anos, foram mais de 45 mil trabalhadores
resgatados em todas as regiões do País e nas mais diversas
atividades econômicas.
Conceito Brasil

 Art. 149 do Código Penal


Jornada exaustiva
Trabalho forçado
Trabalho degradante
Servidão por dívida
Principal causa

 IMPUNIDADE

Fatores que facilitam a existência do problema

Vulnerabilidade dos trabalhadores


Ausência do Estado
Perfil do trabalhador escravizado
 Homem
 77% são nordestinos
 80% negros ou pardos
 Analfabeto funcional
 Em média 31, 4 anos de idade
 Sem qualificação profissional
 Cerca de 92,6% trabalharam antes dos 16 anos
de idade(trabalho infantil). A idade média em que
começaram a trabalhar: 11,6 anos. Fonte: OIT
Trabalho Escravo no Ceará

ANO ATIVIDADE ECONÔMICA TRABALHADORES


RESGATADOS

2006 Limpeza/Roço linha da alta 88


tensão/Cana-de-açúcar
2007 Cana-de-açúcar e melão 19
2008 Cana-de-açúcar e carvão 192
2009 Lenha(20) 20
2013 Lenha(7) e carnaúba(96) 103
2014 Pesca(11) e carnaúba() 68
490
Municípios
 Granja, Viçosa, Barroquinha, Caucaia,
Groaíras(Carnaúba)
 Aracati(Melão e Pesca)
 Paraipaba, Beberibe, Cascavel(Cana-de-Açucar)
 Parambu(Carvão vegetal)
 Ibicuitinga(Lenha)
 Sobral(Roço/Chesf)
 Quixeré(Construção de cerca)
 Morada Nova(Industria Cerãmica)
Criação da COETRAE/CE

 A Comissão de Erradicação do Trabalho Escravo


do Estado do Ceará – COETRAE/CE é um órg ão
colegiado, integrante da estrutura básica e
setorial do Gabinete do Governador, atrav és da
Coordenadoria Especial de Políticas P úblicas dos
Direitos Humanos - COPDH, criada atrav és do
Decreto nº 31.071, de 06 de dezembro de 2012.
Dificuldades enfrentadas

 Falta de comprometimento e conscientiza ção das


instituições;
 Falta de engajamento da sociedade civil.
 Poucas denúncias
 Inexistência de um Plano Estadual de Erradica ção
do Trabalho Escravo no Ceará
Desafios para 2015

 Elaborar e implantar o Plano Estadual de


Erradicação do Trabalho Escravo no Ceará;

 Implantar o projeto Movimento Ação Integrada;

 Integrar e conscientizar a sociedade civil acerca


do trabalho análogo ao de escravo e dos
trabalhos da Coetrae-CE.
Perspectivas negativas para 2015

 Mudança no Art. 149 do CP e do conceito de


trabalho escravo;

 Terceirização ilimitada.

 Falta recomposição do quadro da Auditoria Fiscal


do Trabalho.
Movimento Ação Integrada
 Acolhimento, capacitação e inserção do
trabalhador no mercado de trabalho, como
estratégia para quebrar o ciclo do trabalho
escravo;
 Público alvo: Trabalhadores resgatados e/ou em
situação de vulnerabilidade social;
 Atendimento psicosocial aos resgatados, inclus ão
em serviços sociais, documentação civil e
trabalhista e alfabetização;
 Necessidade de institucionalização pelo Estado .
Movimento Ação Integrada

 Projeto Piloto no Mato Grosso:


 73 municípios contemplados;
 36 cursos de formação;
 643 trabalhadores capacitados;
 Reincidência zero
 Projeto Replicado na Bahia, Rio de Janeiro e
Pará;

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