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Departamento de Engenharia Civil e Ambiental

Faculdade de Tecnologia
Universidade de Brasília

MODULO DE FLEXÃO
ISOSTÁTICA

FLEXÃO EM ELEMENTOS
LINEARES

Prof. Dr. PAULO CHAVES de Rezende Martins


profpaulochaves@gmail.com cel.: xx.55.61.8175-6668

PCRM2016 - CP- GRAD 1


PCRM2016 - CP- GRAD 2
M + P.e0
(Mm ≤ M ≤ MM)

PCRM2016 - CP- GRAD 3


PCRM2016 - CP- GRAD 4
PCRM2016 - CP- GRAD 5
PCRM2016 - CP- GRAD 6
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PCRM2016 - CP- GRAD 8
PCRM2016 - CP- GRAD 9
PCRM2016 - CP- GRAD 10
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SEÇÃO SUPER-CRÍTICA:
Neste caso as expressões obtidas para P e e0 o “cabo”
para uma posição fora da seção da viga – excentricidade
necessária maior do que a geometricamente possível.
P deve aumentar para eo diminuir e se tornar realizável.

Seção Sub-crítica: P = ∆M/(c + c’)

c + c’

-Mm/P -MM/P

≥d
fuso de passagem

Seção Super-crítica: P = ∆M/(c + c’)

-Mm/P -MM/P e0 > eolim

fuso de passagem

Seção Super-crítica: P = M/(v - d+ c’)

c’
e0 ≤ eolim
-c -MM/P
-Mm/P v - d+ c’ v - d+ c’

d
fuso de passagem
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Ábaco para obter os módulos de seções transversais típicas.

W/bh2

para obter W/bh2 trocar os


valores de h1 pelos de h2

W’/bh2

Nota: W e W’ são, respectivamente, os módulos resistentes


inferior e superior da seção em análise.

Fonte: Figura 4.19 - A. Naaman -


Prestressed Concrete Design -Fundamentals

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Domínio de existência
da Força de Protensão P e de sua excentricidade física e 0

Excentricidade mecânica ou centro de pressão para um dado carregamento:


e = e0 + M/P0 {ou M/(η.P0)} σ G = P0 / A c

Carga
Carga
mínima
máxima

-ρ.v.(1 – σ1’/ σG) (I)


e0 + Mmin /P0 ≥
-ρ.v’.(σ1/ σG - 1) (II)

ρ.v.(σ2’/ σG - 1) (III)
e0 + MMax /(η.P0) ≤
ρ.v’.(1 – σ2/ σG) (IV)

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Domínio de existência de uma solução de protensão:

(I)
(II)

(III)

(IV)

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Dominio de excentricidades possíveis e protensão compatível:

As desigualdades (I) a (IV) definem os semiplanos em que o par


(P0 ; e0) atende às condições limite da equação de protensão. A
desigualdade (V) define o domínio em que a excentricidade
atende ao limite geométrico de colocação do cabo na viga.
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149 kN
166 kN
P∞ = 0,83.Pi 0,74 123 kN
0,82 122 kN

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Verificações com a seção corrigida:

Tipo de Seção Área da Seção (m2)


Seção Bruta: Acbr 1,0 x 0,4 = 0,4
Vazio das Bainhas: ab 6x1,59x10-3 = 0,0095
Seção Líquida:
AcL = Acbr – ab 0,3905

Seção equivalente aos cabos


de protensão: (195/32,5)(6x0,386x10-3) =
(Ep/Ec).Aprot = η.Aprot 0,0139

Seção Homogeneizada:
AcH = AcL + η.Aprot 0,4044

Propriedades geométricas da seção crítica:

Homoge-
Seção Bruta Líquida
neizada
Área (m2) 0,4000 0,3905 0,4044
v’ (m) 0,200 0,197 0,201
I (m4) 0,00533 0,00519 0,00540
v’/I (m-3) 37,50 37,96 37,22
v/I (m-3) 37,5 39,11 36,85

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Aplicação numérica com o uso do Diagrama de Naaman:

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Determinação do núcleo/fuso limite e do núcleo/fuso de
passagem do cabo resultante:

P0 = 1123 kN
Pi ≤ 0,82x149,1 = 122,3 kN P0 = 0,85 Pi = 104 kN
0,74x165,7 = 122,8 kN
P∞ = 0,83 P0 = 86,3 kN

Nº de cordoalhas = 1123 / 104 = 10,8


adotadas 12 Φ 12,7mm CP175-RB

Força de protensão adotada: Tensão no C.G.:


P0 = 12 x 104 = 1248 kN σG0 = 1,248/0,35484 = 3,52 MPa
P∞ = 12 x 86,3 = 1036 kN σG ∞= 1,036/0,35484 = 2,92 MPa

Núcleo Limite:

C’ ≤ C’ = 0,280
Protensão
final
Carga
Máxima

C≤ -C = -0,403
Protensão
inicial
Carga
mínima

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Fuso de Passagem em meia-viga:

Dados:
c’ = 0,280 m ; - c = - 0,403 m (bordas do núcleo limite) Fuso
P∞ = 1036 kN ; P0 = 1248 kN
vão = 21,0 m ; g = 8,4 kN/m (carga mínima)
g+p = 14,8 kN/m (carga máxima) Limite Limite
Superior Inferior

Seção MMAX Mmin MMAX/P∞ Mmin/P0 C’-MMAX/P∞ -C - Mmin/P0

0 0 0 0 0 0,280 -0,403
1 294,0 165,9 0,284 0,133 -0,004 -0,536
2 522,9 296,1 0,505 0,237 -0,225 -0,640
3 685,3 389,0 0,662 0,312 -0,382 -0,715
4 783,2 444,5 0,756 0,356 -0,476 -0,759
5 816 463 0,788 0,371 -0,508 -0,774

Esta tabela permite traçar o fuso de passagem do cabo


resultante e, por consequência, definir seu traçado, do
qual podem ser derivadas as trajetórias dos cabos
individuais, como mostrado a seguir.

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Fuso de Passagem do cabo resultante:

-M MAX /P∞ C’ = 0,280

-C = -0,403

-M min /P0

Trajetórias dos cabos físicos e do cabo resultante:

0 1 2 3 4 5

700 C.G.
C.G.
500

300
212,5
122,5
77,5

ÂNGULO DE Y
CABO SAÍDA - αi
1 -2,4236° αj
X
2 -4,1128° (i) 0 SEÇÕES 5 (f)
3 -5,3056° αj = arctg {2.(yo – y5)/xo}

Para um trecho parabólico de um cabo j qualquer, que começa na seção (i) e termina na
seção (f), em tangente horizontal, a inclinação na seção (i) é: αJ = arctan {2.(yi – yf)/xf}
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Verificação inicial da viga com relação às demais solicitações:

Espessura da alma - alocação das placas de ancoragem:


Nas regiões vizinhas às ancoragens ativas (e passivas, se for o caso), a
espessura da alma corrente no vão da viga por não ser suficiente, em face as
dimensões e disposição das ancoragens. Esta verificação é função das
dimensões propostas e exigidas pelas diferentes empresas que detêm
patentes de protensão.
A título de exemplo, usaremos aqui, as dimensões propostas nos catálogos
da Freyssinet e da MAC.

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Largura mínima:
Freyssinet = 36 cm
MAC = 20 cm

Verificação preliminar da largura mínima de alma para resistir


ao cortante no apoio:
De acordo com a NBR-6118, item 17.4.2.2,
VRd2 = 0,27*av2*fcd*bw*d
VRd2 = 0,27*(1-35/250) *(35/1,4) *bw*(0,3277+0,58) = 5,27 *bw MN

Vsdef = Vsd - Vpd


Vsd = 1,4* (8,4+6,4) *21/2 = 217,6 kN = 0,2176 MN
Vpd = gp*(P∞*sen αj) = 0,9 *(1036 * sen3,95) = 64 kN

bwef = {[0,2176 - 0,064]/5,27}x102 = 2,92 cm


bw = bwef + Φ = 2,92 + 4,5 = 7,42 cm ≈ 8 cm

Transição para a espessura


corrente do vão (1:5)
bwapoio
Alargamento no apoio (≥ 50 cm)
para acomodar as ancoragens e
resistir ao cortante e alojar
fretagem

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4
4, ,
75 7
5

0,36 m

Estribos do apoio
combinados com
a fretagem

Estribos da região
de largura variável

Estribos correntes do vão

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Disposição das caixas de ancoragem:

30

1,2 9,5

8
20
1,1
9,2

8
20
1,1
8,7

1
8
30

PCRM2016 - CP- GRAD 47


Exemplo de viga isostática com balanço

PCRM2016 - CP- GRAD 48


Arranjos de cargas que geram os momentos extremos nas
seções críticas

21,34 m 3,05 m

SA + SQ
SA + SQ

Máximo no vão Máximo no apoio


Mínimo no apoio Mínimo no vão

Apoio
Mmin = - 38,9 kNm só (g) no balanço
Mmax = - 475,5 kNm (g+sq+sa+P) no balanço

Meio-vão
Mmin = 456,5 kNm (g) em toda a viga e protensão inicial

Mmin = 238,2 kNm (g) no vão ; (g+sq+sa+P) no balanço e


protensão inicial
Mmax = 821,9 kNm (g+sq+sa) no vão ; (g) no balanço e
protensão final

NOTA: as seções que correspondem aos momentos extremos


no vão não são aquela a meio-vão (ver pág. 165 – Naaman).
Por simplificação, adotaremos a seção a meio-vão, neste
exemplo, sem prejuizo da generalidade das conclusões.

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Seção B (meio-vão) – domínio de existência de protensão:

e0 ≥ - 0,294 - (1/P0)*[0,4565 – (-1,30)x0,1043]


= - 0,294 – 0,5921x(1/P0) (I)

e0 ≥ 0,14 - (1/P0)*[0,4565 + (16,5)x0,0496]


= 0,14 – 1,2749x(1/P0) (II)

e0 ≤ - 0,294 – {1/(0,83P0)}*[0,822 – (15,5)x0,1043]


= - 0,294 + 0,9570x(1/P0) (III)

e0 ≤ 0,14 - {1/(0,83P0)}*[0,822 + (-2,92)x0,0496]


= 0,14 – 0,8159x(1/P0) (IV)

e0lim ≥ -0,588 m (V)


Seção C (apoio) – domínio de existência de protensão:

e0 ≤ - 0,14 - (1/P0)*[0,0389 – (-1,30)x0,1043]


= - 0,294 – 0,5921x(1/P0) (I)

e0 ≤ 0,294 - (1/P0)*[0,0389 + (16,5)x0,0496]


= 0,14 – 1,2749x(1/P0) (II)

e0 ≥ - 0,14 – {1/(0,83P0)}*[0,4755 – (15,5)x0,1043]


= - 0,294 + 0,9570x(1/P0) (III)

e0 ≥ 0,294 - {1/(0,83P0)}*[0,4755 + (-2,92)x0,0496]


= 0,14 – 0,8159x(1/P0) (IV)

e0lim ≥ -0,226 m (V)


PCRM2016 - CP- GRAD 50
Diagramas (1/P0 ; e0) das seções do vão e do apoio do balanço:

( x 2,54 cm)
e0 para apoio
Seção C
(linhas tracejadas) 1/P0 = 1,35 x 10-6

lim

1/P0

( x 0,2248
x10-6 MN-1)

1/P0 = 0,813 x 10-6

Seção
Seção
lim

Domínio de excentricidades
e0 para meio-vão possíveis para a protensão
Seção B escolhida: (- 0,588 ; - 0,524)
(linhas cheias)
( x 2,54 cm)
PCRM2016 - CP- GRAD 51
Solução de Protensão:

Pelo exame do diagrama, vemos que a seção B é aquela


dominante no problema, sendo, portanto, a que fornecerá
o valor de protensão - mínimo que atende a toda a viga.

Assim, igualando as desigualdades (IV) e (V) em seus valores


limite temos:
0,14 – 0,8159x(1/P0) = - 0,588  1/P0 = 0,8923 MN-1

P0 = 1,12 MN  P∞ = 1,12x0,83 = 0,930 MN

N = 930000 / (1034x98,7) = 9,11 cordoalhas

Adotado  10 cordoalhas  P∞ = 1034x98,7x10 ≡ 1,02 MN

P0 = 1,02/0,83 = 1,230 MN  1/P0 = 0,8133 MN-1


Adotaremos 5 cabos de 2 cordoalhas, em bainha oval da
MAC Protensão, com ancoragens ativas tipo MAC-2A

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Dados: Fuso
c’ = 0,280 m ; - c = - 0,403 m (bordas do núcleo limite)
P∞ = 1020 kN ; P0 = 1230 kN
vão = 21,0 m ; g = 8,4 kN/m (carga mínima)
g+p = 14,8 kN/m (carga máxima) Limite Limite
Superior Inferior

C’- -C -
Seção MMAX Mmin Mmin MMAX/P∞ Mmin/P0 MMAX/P∞ Mmin/P0

0 0 0 0 0 0 0,280 -0,403
1 299,4 168,2 124,5 0,294 0,137 -0,014 -0,540
2 531,4 298,2 210,9 0,521 0,242 -0,241 -0,645
3 696,0 390,0 259,0 0,682 0,317 -0,402 -0,720
4 793,2 443,4 268,7 0,778 0,360 -0,498 -0,763
5 823,0 458,7 240,3 0,807 0,373 -0,527 -0,776
6 785,4 435,6 173,6 0,770 0,354 -0,490 -0,757
7 680,4 374,4 68,7 0,667 0,304 -0,387 -0,707
8 507,9 274,7 -74,6 0,498 0,223 -0,218 -0,626
9 268,0 136,9 -256,0 0,263 0,111 0,017 -0,514
10
-39,1 -39,1 -475,7 -0,038 -0,032 0,242 -0,371
(C)
11 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,280 -0,403

PCRM2016 - CP- GRAD 53


A 5 C 11
9
24 18
12

7
12
12 7
12
12

12
12

12

7
2 7
30,2
7
2
7

Apoio Meio- Apoio Ponta


A vão 5 C Balanço
11

Próxima etapa:
Cálculo das perdas e verificação das seções em relação ao
atendimento dos limites da equação de protensão.

PCRM2016 - CP- GRAD 54

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