Você está na página 1de 13

PROBLEMAS GENITURINÁRIOS

PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
1. INFEÇÃO DO TRATO URINÁRIO

Por infeção do trato urinário (ITU) compreende-se a invasão do sistema urinário, previamente estéril,
por bactérias, fungos ou vírus. As ITU’s podem ser com ou sem sintomas e complicadas ou não
complicadas. Essa avaliação é feita pelo médico que irá abordar individualmente cada caso.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
Causas frequentes:
•Problemas na função ou na anatomia do trato geniturinário;
•Incontinência urinária;
•Imobilidade;
•Pouca ingestão de líquidos ou desidratação;
•Deficiências nutricionais;
•Hábitos precários de higiene;
•Presença de outras doenças como, por exemplo, diabetes;
•Presença de algálias, uso de fraldas, absorventes ou calças plásticas;
•Presença de cálculos renais (pedras nos rins) ou na bexiga;
•Deformidades na bexiga;
•Uso prévio ou irregular de antibióticos (favorecem o aparecimento de infeções causadas por germes
mais resistentes);
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
Os sintomas da pessoa com ITU:

•Dor ao urinar tipo ardência;


•Urgência para urinar;
•Frequência miccional aumentada (vai várias vezes ao WC);
•Urina em pequena quantidade;
•Sensação de não esvaziamento da bexiga;
•Febre;
•Incontinência urinária.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
Tratamento do ITU:

•O tratamento é feito com antibióticos, definidos pelo médico, e adequados para cada infeção e para
cada paciente, e é sempre importante ter em mãos uma lista com nomes de antibióticos já utilizados
pelo idoso durante os últimos meses e principalmente se ocorreu algum episódio de alergia à
medicação.

•Para prevenir é importante ingerir bastantes líquidos, em média de 2 litros por dia, evitar reter a
urina, urinando sempre que a vontade surgir e evitar o uso indiscriminado de antibióticos, sem
indicação médica.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
2. INCONTINÊNCIA URINÁRIA

•A incontinência urinária é a condição na qual há perda de urina não


intencional, é um problema social e/ou higiénico que pode ser
demonstrada, por exemplo, com as roupas molhadas.

•Calcula-se que pelo menos uma em cada três pessoas idosas tenha
algum grau de dificuldade para controlar a urina.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
Algumas questões em que o cuidador deve prestar atenção quando estiver diante de uma pessoa idosa
com incontinência urinária, para respondê-las ao médico.
1. Ocorre a perda de urina todos os dias ou só de vez em quando?
2. Acontece apenas quando tosse, espirra ou aperta a barriga?
3. A pessoa idosa sente vontade, mas não consegue chegar a tempo à casa de banho?
4. A pessoa idosa tem dificuldade de tirar a roupa para urinar?
5. Na incontinência, a urina sai ou fica pingando na roupa?
6. A pessoa idosa perde-se e não encontra a casa de banho?
7. Ocorre apenas de dia ou só à noite?
8. Quais os medicamentos que a pessoa idosa toma?
9. A pessoa idosa relata dor ao urinar, urina muitas vezes ao dia?
10. A urina está com a cor mais escura ou o cheiro forte?
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
Existem diferentes tipos de incontinência que afetam essencialmente a população idosa:

1.Incontinência transitória
2.Incontinência crónica.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
1. INCONTINÊNCIA TRANSITÓRIA
Normalmente é reversível, mas tudo depende das causas que estão na sua origem, de um modo geral, fora do
aparelho urinário. Contudo, embora chamada transitória, esta forma de incontinência pode tornar-se
definitiva, se não for tratada. Existe uma mnemónica, "DIAPPERS", para descrever as causas da
incontinência transitória e cujo significado, em português, é fraldas. Cada letra é a inicial de uma possível
causa:
• D - Delirium (Delírio);
• I - Infection (Infecção);
• A - Atrophic urethritis/vaginitis (Vaginite ou uretrite atrófica);
• P - Pharmacologic (Farmacológica);
• P - Psychologic (Psicológica);
• E - Excess urine output (Excesso de produção de urina);
• R - Restricted mobility (Mobilidade restringida);
• S - Stool impactation (Fecalomas);
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
INCONTINÊNCIA CRÓNICA

A incontinência crónica subdivide-se em quatro tipos de incontinência:

1. Hiperatividade do detrusor
• As principais queixas são a imperiosidade miccional, que se descreve como uma vontade de urinar
súbita e irreprimível que os impele a dirigirem-se rapidamente ao WC, e a perda involuntária que se
segue se não chegam a tempo. A imperiosidade é causada por uma contração forte ou muito forte do
detrusor e que ocorre sem que a bexiga ainda esteja cheia, esta contração leva a um aumento da
pressão intra vesical e, se esta for superior à pressão de encerramento uretral, dará origem a
incontinência.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
INCONTINÊNCIA CRÓNICA

2. Por esforço
•A incontinência de esforço é a causa mais comum de perda de urina nas senhoras em menopausa e
ocorre por relaxamento do pavimento pélvico causado geralmente por partos múltiplos e pelo
envelhecimento. É rara nos homens e, nestes casos, é geralmente iatrogénica, sendo consequência de
lesões do esfíncter uretral feitas no decorrer de manobras ou intervenções cirúrgicas urológicas.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
INCONTINÊNCIA CRÓNICA
3. Por regurgitação
•A incontinência por regurgitação é sobretudo noturna e é a causa de cerca de 10% das incontinências dos
idosos. Desenvolve-se quando há retenção urinária crónica completa, na qual a pressão de encerramento da
uretra é superior à pressão intravesical.

4. Funcional
•A incontinência funcional é a que tem por causa dificuldades crónicas das funções cognitivas e/ou da
mobilização e que interferem nos hábitos normais de higiene. Ou seja, estes doentes, em princípio, são
continentes mas, devido a essas dificuldades, não conseguem alcançar o quarto de banho a tempo. A
dificuldade de mobilização pode ser devida a artrites graves, a contracturas musculares, ou mesmo a
debilidade generalizada. As perturbações cognitivas podem ser devidas a medicação tomada pelos doentes
ou resultante de estados de delírio ou demência. Normalmente estes doentes não têm qualquer tipo de
alteração no seu aparelho urinário e a incontinência é resultante de fatores externos.
PROBLEMAS GENITURINÁRIOS
TRATAMENTO DA INCONTINÊNCIA CRÓNICA
•Implica uma cuidada avaliação de todos os fatores que possam estar direta ou indiretamente
relacionados com a doença.
•Nos casos em que exista indicação, é instituída terapêutica medicamentosa e/ou intervenção
cirúrgica.
•Contudo, é possível começar por medidas práticas que facilitem a acessibilidade do idoso. Tentar
motivá-lo para se mobilizar proporcionando facilidades em se levantar para ir à casa de banho ou
colocando um urinol a seu lado.
•Tentar melhorar estados confusionais que podem estar ligados a medicação.
•Alguns sedativos têm ação muito prolongada e por um efeito de acumulação deprimem demais o
estado de consciência do idoso, deixando-o demasiado sonolento ou mesmo confuso.
•Por vezes tenta-se "aligeirar" a última refeição do dia só à custa de líquidos e/ou fruta o que irá
aumentar a necessidade de urinar durante a noite o que não é prático nem para o idoso nem para quem
o assiste.
•Por fim pode haver necessidade de recorrer às fraldas e à algaliação (sempre o último recurso).

Você também pode gostar