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ACÇÃO DE FORMAÇÃO

Demência de Alzheimer
AS DEMÊNCIAS E A TERCEIRA IDADE
1. Terceira idade;
2. Envelhecimento - «mudanças regulares que
ocorrem em organismos maduros,
geneticamente representativos, vivendo em
condições ambientais representativas, na
medida em que avançam na idade
cronológica; sendo o envelhecimento a
contrapartida do desenvolvimento» (Birren &
Cunnigham, 1985).
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DEMÊNCIA
 «Caracterizam-se pelo desenvolvimento de défices
cognitivos múltiplos» (DSM – IV);
 Afectam pelo menos três das seguintes áreas do
funcionamento mental: linguagem, memória, capacidade
visuo-espacial, vida afectiva e personalidade;
 Evolução: progressiva ou irreversível;

 Etiologia: variável, podendo dever-se «aos efeitos


directos de um estado físico geral, aos efeitos
persistentes de uma substância ou a múltiplas etiologias»
(DSM – IV, 1996).
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CLASSIFICAÇÃO
 Primárias – degenerativas;
a – Pré-senis (< 65 anos), ex.: D. Alzheimer;
b – Senis (> 65 anos);
c – outros sinais neurológicos, ex.: D. Parkinson;

 Secundárias – causa conhecida.

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DEMÊNCIA DE ALZHEIMER
 Definição:
«É uma patologia cerebral caracterizada por uma
degeneração mexoravelmente progressiva das
células nervosas, provocando alterações nos
hemisférios cerebrais e concomitantemente uma
deterioração global do intelecto e da
personalidade» (Lezak, 1995).

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ETIOLOGIA
 Predisposição genética;
 Traumatismo craniano;

 Neurotoxinas – vírus, tabagismo... ;

 Factores demográficos – idade, aumento da incidência;

 Outros factores – perturbações da tiróide, alterações no


sistema imunológico.

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DIAGNÓSTICO
 Diagnóstico definitivo: só pós mortem;
 Diagnóstico feito a partir de exclusão
diagnostica, devendo ser classificado como
“possível” ou “provável”;
 «Os esquemas diagnósticos baseiam-se
essencialmente na demonstração do declínio
cognitivo sem outras causas possíveis».

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EVOLUÇÃO
1. I - Fase de Esquecimento:
- Alterações na memória;
- Ansiedade e depressão.
2. II - Fase de Confusão:
- Agravamento das alterações de memória;
- Anomia; ataques epilépticos;
- Desorientação, ansiedade e depressão.

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EVOLUÇÃO
3. III – Fase de Demência:
- agravamento da desorientação;
- alterações na personalidade;
- defeitos afásicos, agnósicos e apráxicos;
- apatia ou agitação;
- alucinações e ideias paranoides;
- episódios confusionais nocturnos;
- incontinência de esfíncteres.

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EVOLUÇÃO
4. IV – Fase de Estado Vegetativo:
- mutismo;
- retenção no leito;
- incontinência de esfíncteres;
- alimentação por sonda ou soro;
- morte por doença intercorrente.

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PROGNÓSTICO

 Sobrevida
- 8 a 10 anos (DSM – IV, 1996);
- 11a 15 anos (Walton, 1994).

«... A sobrevivência depende mais ou menos inteiramente da


qualidade dos tratamentos prestados» (Denes & Pizzamiglo,
1999).

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TRATAMENTO
 Tracrina – tratamento dos sintomas nucleares;
 Neurolépticos, antidepressivos e ansiolíticos;

 Abordagens comportamentais.

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IMPACTO DA D.A. NA FAMÍLIA
 Impacto do diagnóstico do ponto de vista
psicológico, bem como na estruturação familiar.
 Características evolutivas da doença e sua
correlação com a necessidade de cuidados
continuados.
 Reestruturação dramática da relação prestador de
cuidados-doente, tendo em consideração que os
padrões de interacção e de acção são
completamente diferentes.
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 Eusabia que estava a perdê-la... quando ela não
me reconheceu foi o que mais me aborreceu. Eu
mantinha a ilusão – bem, ela deu-me à luz. Eu
sabia que ela ma conhecia. Eu tinha estado ali e
sabia que ela me conhecia!

“...mas, ela não me conheceu. E foi o mais


traumático para mim” (Orona, 1990).

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PRESTAÇÃO DE CUIDADOS
 É o conjunto de acções e comportamentos que visam
responder e colmatar as necessidades aqueles que
precisam desses cuidados.
 Categorias (Paúl, 1997):
- Cuidados antecipatórios;
- Cuidados preventivos;
- Cuidados de Supervisão;
- Cuidados instrumentais;
- Cuidados protectores.

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COMO AJUDAR O PRESTADOR DE
CUIDADOS

 Providenciar informações adequadas acerca da doença;


 Grupos de ajuda;

 Apoio psicológico individualizado.

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