Você está na página 1de 15

A importâ ncia da Maçonaria na

proclamaçã o da Independência
do Brasil
Introduçã o
• A Ação das sociedades Secretas, entre elas
a Maçonaria no fomento da independência
do Brasil é fato reconhecido e considerado
por todos os historiadores, sejam eles
maçons ou não. (Joaquim Roberto P. Cortez –
Fundamentos da Maçonaria)
Antecedentes

A independência do Brasil começou a se


desenhar com a vinda da família Real para o
Brasil em 1808.
Com a elevação em 1815 para a condição de
Reino Unido, o Brasil passa a sentir o
gostinho da liberdade e de ser sede de um
governo. Com a revolta do Porto em 1820,
essa situação se altera e os acontecimentos no
Brasil se precipitam.
• Nesse período, se desenvolvem no Brasil algumas
Sociedades Secretas, entre elas a Maçonaria.
• A Maçonaria, a partir de 1815 passa a exercer forte
influência na proclamação da Independência.
• De 1802 até 1820, eclodem no Brasil e em Portugal
movimentos revolucionários tendo como pano de fundo
ideais de liberdade.
• Com a partida de D. João VI para Portugal, aflora-se ainda
mais o caminho para a independência pois as cortês
portuguesas começam a pressionar para que voltemos a
condição de colônia e o sentimento de rebeldia torna-se
mais forte e sentida.
• No fundo, Portugal pretende rebaixar o
Brasil a condição de Colônia para recuperar
os privilégios comerciais que foram
perdidos em 1808. Além da volta de D.
João VI, o parlamento português também
quer a volta de D. Pedro I, provocando com
isso uma grande agitação no Brasil. A
opinião pública se divide.
• No Seio da Maçonaria, duas facções são formadas
e seus líderes Gonçalves Ledo e José Bonifácio,
com idéias diferentes da independência, lutam
para impor e conquistar as graças do Príncipe
Regente.
• Fatos importantes irão acontecer de uma forma
vertiginosa como o “Fico” em 09 de janeiro de
1822, o “defensor Perpétuo” em 13 de maio, o
“Apostolado” em 02 de junho e a proclamação da
Independência em 07 de setembro.
• É claro que a atividade maçônica
contribuiu em muito para a precipitação dos
fatos e, a iniciação de D. Pedro I na
Maçonaria, que aquela altura já era uma
forte facção política acobertada pelo
segredo, serviu de interesse entre ambas as
partes, pois, tendo o Regente entre eles
puderam utilizá-lo, influindo na ruptura dos
elos com Portugal.
• Nos redutos maçônicos, particularmente na
Loja “Comercio & Artes”, que se
reinstalara em 24 de junho de 1821,
intensificou-se o trabalho pela organização
de um governo livre e independente, sob a
regência de D. Pedro, que por influência
dos maçons se rebelara contra os decretos
124 e 125
O Clube da Resistência
• Os malsinados decretos das cortês chegam ao Rio
de Janeiro no dia 09 de dezembro (1821).
Precisamente nesse dia, José Joaquim da Rocha, um
dos integrantes do grupo de Gonçalves Ledo, funda
em sua casa o “Clube da Resistência”, tendo como
companheiros Frei Francisco Sampaio, Antonio
Menezes Drumond, Joaquim José de Almeida, Luiz
Pereira da Nobrega e Francisco Gordilho Barbuda.
O clube visava, principalmente, projetar com
segurança a adesão de D. Pedro ao movimento.
O “Fico”
• Os membros do “Clube da Resistência”,
precisavam ter a certeza de que:
• 1° - D. Pedro estaria receptivo à causa;
• 2° - José Clemente Pereira, então presidente
do Senado, aderisse ao movimento.
• 3º - Envio de emissários a São Paulo e
Minas Gerais.
• A missão mais difícil coube a Jose Mariano Coutinho. Ele
precisava convencer José Clemente Pereira, que era
português, havia sido nomeado Presidente do Senado e da
Câmara por influência do General Avilez, comandante da
Divisão Auxiliadora, força portuguesa de apoio às cortês e
que deveria retornar a Portugal levando consigo D. Pedro.
• Mas o Maçom José Clemente Pereira prestou sua inteira
solidariedade ao movimento, sugerindo inclusive que se
fixasse a data de 09 de janeiro para a entrega das
representações a D. Pedro e que lhe afirmara que não
hesitaria em ficar, se o pedido se fizesse através das
representações do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas
Gerais
Manifestos de Agosto
• É nesse clima de hostilidade entre Brasil e
Portugal e mesmo entre as facções
brasileiras, que se inserem os manifestos de
agosto.
• Eles marcam profundamente essa situação
de animosidade e divisão. Na realidade eles
representam a verdadeira proclamação da
independência do Brasil.
Manifesto de 01 de agosto
• O Ato de 1º de agosto é uma verdadeira
declaração de guerra foi dirigido ao povo
brasileiro onde todo o poder é dado ao Príncipe
Regente e defensor Perpétuo .
• Esse manifesto foi constituído na verdade por uma
enumeração de causas que estavam levando o pais
ao rompimento com portugal. Esse manifesto
provocou uma profunda comoção entre o povo
brasileiro.
Manifesto de 06 de agosto
• Dirigido às nações amigas, marca profundamente a
separação. Marca também que as dificuldades não
eram em relação a D. João VI e sim as cortês de
Lisboa.
• “Mas achando nosso Rei prisioneiro e cativo, a mim
me compete salva-lo do afrontoso estado à que o
reduziram os facciosos de Lisboa. A mim pertence
como herdeiro salvar não só o Brasil mas com ele
toda a nação portuguesa”.
• Era necessário justificar perante as nações que a
única atitude possível, diante das pressões exercidas
pelas cortês, seria o caminho da separação.
Ambos os manifestos, embora assinados
por D. Pedro I, foram redigidos o de 1°
de agosto, por Gonçalves Ledo e o de 06
de agosto, por José Bonifácio.

Você também pode gostar