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MOLAS

Grupo I
Alonso
André Luiz
Edmar
Gilson
Luiz Thiago
Marcos Vinícius
INTRODUÇÃO
Qualquer elemento mecânico, metálico ou não, pode ser considerado uma
mola.Em última análise, todos têm alguma elasticidade e respondem
elasticamente pelo menos num pequeno intervalo de solicitação. Essa resposta
elástica depende do material e do elemento. Assim, uma alavanca é uma mola já
que, quando fletida, responde elasticamente a solicitação, desde que nenhuma
parte desta sofra deformação plástica.Mesmo quando parte do material sofre
deformação plástica, ainda existe uma resistência a deformação que responde ao
esforço aplicado, atuando contra esse. Molas de todos os tipos, respondendo mais
ou menos, somente elásticas ou com esforços acima do limite de escoamento,
podem ser construídas. O limite é a engenhosidade do projetista na solução de seu
problema.
MOLAS
A mola é um objeto elástico flexível usado para armazenar a 
energia mecânica. São encontradas com diferentes composições e grande
diversidade de formatos, e geralmente, tendo, como matéria-prima mais utilizada,
o aço temperado. As molas estão presentes desde uma simples caneta, até em
mecanismos de grande complexidade. Por definição são objetos que dão impulso
ou resistência a outras peças, imprimindo movimentos, amortecendo pancadas,
devendo reagir quando solicitadas tanto na tração, torção e compressão. As molas
possuem grande potencial elástico e suas características são: flecha (deformação
ocasionada por determinada força), rigidez (não deformam permanentemente) e
flexibilidade (capazes de serem dobradas, curvadas, etc.).

As molas são utilizadas em máquinas, e em outros tipos de materiais para


exercer forças, proporcionar flexibilidade ou para armazenar ou absorver energia.
MOLAS
A palavra mola é uma palavra que é originária do resort francês. A mola tem
características elásticas que podem reter e liberar energia sem experimentar
deformação permanente quando se faz uma força exercida. As molas têm
múltiplas utilizações, em todas as situações em que seja necessário aplicar uma
certa força ou energia ela fica concentrada e tende a voltar na sua posição anterior
e é utilizada como suspensões de veículos ou cabo de ligação. Pode-se dizer
especificamente que há muitos elementos, instrumentos e dispositivos de nossa
vida que fazem uso das molas para facilitar o amortecimento de impactos.
MOLAS
O físico inglês Robert Hooke foi quem primeiro demonstrou que muitos
materiais elásticos apresentam deformação diretamente proporcional a uma força
elástica, resistente ao alongamento produzido.
Hooke representou matematicamente sua teoria com a equação:
 
F=K.x

Em que:
F = força elástica
K = constante elástica
x = deformação ou alongamento do meio elástico
MOLAS
MOLAS
O trabalho realizado de forma externa (força externa que aparece na figura),
para vencer a resistência da mola, é igual à energia que o próprio trabalho transfere
para a mola, ficando armazenada como energia elástica.
MOLAS
MOLAS
Em geral, as molas podem ser classificadas quanto à forma (planas,
helicoidais, quadradas, etc.) e quanto ao esforço no elemento (flexão e torção). Na
sua fabricação, são usados tanto processos de trabalho a quente, como trabalho a
frio. Esta escolha depende das dimensões, do índice de curvatura da mola e das
propriedades desejadas. Há uma grande variedade de materiais próprios para a
confecção de molas, tais como: aços ao carbono, aços liga, aços resistentes à
corrosão, materiais não ferrosos como bronze fosforoso, latão para molas, ligas de
cobre berilo e ligas de níquel. As molas possuem grande potencial elástico e suas
características são: flecha, rigidez e flexibilidade.
CONCEITOS
Flecha
É a deformação sofrida pela mola sob a ação de uma determinada força,
medida na direção da própria força. Tal conceito pode estender-se também a um
elemento elástico sujeito a um binário, neste caso a força é substituída por um
momento aplicado e a deformação retilínea pelo deslocamento angular.
Rigidez
Propriedade de um material, de sofrer tensões sem se deformar
permanentemente. Sob tensão crescente, o material irá se deformar de forma
elástica até o ponto em que se deforma permanentemente seja de forma rúptil,
seja de forma dúctil o que depende das propriedades reológicas do material e
também das condições termodinâmicas e do tempo em que a tensão é aplicada.
Flexibilidade 
É a capacidade de um determinado material se tornar flexível, que se pode
dobrar, curvar, etc
Características Principais A Se Observar No
Projeto De Uma Mola
Para o desenvolvimento de uma mola, deve-se observar os seguintes fatores:

Permitir alojar a mola no espaço disponível;


Satisfazer as necessidades de direção de forças;
Satisfazer os requisitos de forças impostos pelo projeto;
Cumprir os valores de deslocamento máximos e mínimos impostos pelo
projeto;
Satisfazer a condição de resistência quer em condições estáticas quer em
fadiga;
Verificar que não há ressonâncias quando a solicitação é dinâmica;
Analisar os riscos de instabilidade durante o tensionamento da mola.
APLICAÇÕES
Existem infinitas aplicações onde são utilizadas molas, são mencionadas
abaixo apenas algumas:

Molas para posicionamento de dentes – aparelhos distalizadores


intrabucais;
Molas helicoidais para expansão de artérias – stent coronário;
Molas de compressão, molas de torção e molas de tração – colchões,
fechaduras, automóveis, relógios, computadores, celulares, eletrodomésticos,
elevadores, impressoras, maquinas industriais, equipamentos em geral;
Molas ortopédicas – reabilitação e próteses;
Molas para expansão craniana e climpagem cirúrgica – cirurgia craniana;
Molas de feixe – suspensão de caminhões e ônibus;
Molas prato – estampos e locais que necessitam curso reduzido e maior
força.
CURIOSIDADES
O rápido crescimento das indústrias de telefonia celular está pressionando os
fabricantes de molas ao desenvolvimento de técnicas de baixo custo e alta
qualidade na fabricação.

Molas que suportam as teclas dos pads e celulares são importantes, mas
existem aplicações que menos aparecem, mas são de mesma importância. Por
exemplo, um fabricante de equipamentos utilizados na produção de
semicondutores tem desenvolvido uma tecnologia sem contato chamada
microSpring, isto trata de milhares de pequenas molas, com apenas o diâmetro de
0,004 mm que são ligados aos pontos de contato de discos semicondutores.
CURIOSIDADES
Dispositivos médicos também usam micro molas. Uma mola espiral foi
desenvolvida para ser utilizado na ponta de um cateter endoscópico. Estas molas
são fabricadas com fio de 0,0012 mm de e diâmetro externo 0,092 milímetros,
aproximadamente o mesmo que um fio de cabelo humano. A empresa japonesa
que desenvolveu esta mola trabalha para torná-la ainda menor.

Na História da miniaturização existe um relato de que em 1997 um químico


austríaco chamado Bernard Krautler construiu uma mola molecular amarrando 12
átomos de carbono unindo-os com uma molécula de vitamina B12 utilizando uma
um átomo de cobalto. (Este desenvolvimento ainda não tem aplicação).
TIPOS DE MOLAS - PNEUMÁTICAS
Desenvolvidas experimentalmente na década 30 e industrializadas nos
Estados Unidos, nos anos 50, as molas pneumáticas do tipo cilíndrica são
mundialmente reconhecidas por sua ótima adaptabilidade às suspensões
veiculares. Tecnicamente, as molas pneumáticas são conjuntos formados por uma
bolsa produzida de camadas de borracha, reforçada por tecidos de alta tenacidade
e fechada por fixações metálicas, formando um recipiente estanque, projetado
para operar com pressão interna de ar comprimido.
Outros modelos de molas pneumáticas são também utilizados em
automóveis de passeio mais sofisticados, principalmente como auxiliares das
molas de aço do eixo traseiro, para compensar a inclinação do veículo causada pela
carga do porta malas ou reboque do trailer.
São ainda utilizadas no transporte ferroviário, possibilitando o aumento do
conforto dos passageiros, especialmente em composições urbanas como bondes e
metrôs.
TIPOS DE MOLAS - PNEUMÁTICAS
TIPOS DE MOLAS - AÇOS MOLAS
São aços que devem ter como suas características, alto limite de elasticidade,
grande resistência e alto limite de fadiga. Podemos encontrar esta característica de
efeito mola tanto no aço inox como no aço carbono. São chamados de AÇO
MOLA, aqueles materiais que apresentam características de retornarem a forma
original após sofrerem algum tipo de deformação. Exemplo: Se o material for
dobrado em 90º e apresentar esta característica ele não permanecerá nesta posição
e sim voltará a forma original (normalmente plano). O que dá esta característica
ao material é seu percentual de carbono e sua exposição a tratamentos térmicos.
TIPOS DE MOLAS - AÇOS MOLAS
TIPOS DE MOLAS - DE FORÇA CONSTANTE
São faixas de aço enroladas que se assemelham a um rolo de fita. Na mola de
força constante é usado um mecanismo de retração. Elas são usadas em conjunto
com fixadores, portas de aço, como parafusos, para fins de tensão.

Aços usados para molas enroladas para conformação a frio e de pequena


dimensão são: SAE 1050, 1065, 1080, 1090, 1095, 6150 e 9254.

Os aços usados para conformação a quente são: SAE 1070, 1080, 1095, 5150,
5160, 51B60H, 6150H, 9850
TIPOS DE MOLAS - DE FORÇA CONSTANTE
TIPOS DE MOLAS - DE COMPRESSÃO
São molas que tem a característica na sua configuração cilíndrica, paralela,
cônica, bicônica e outros. As molas de compressão podem ser confeccionadas nas
seguintes matérias-primas: Aço Mola inox, aço Mola 1070, aço Mola 1090 entre
outros aços para Molas dependendo da sua aplicação.
Suas aplicações são: Em uma simples caneta, comando de válvulas, reparos
de bombas, sistemas de freios, e em diversos equipamentos industriais, etc.
TIPOS DE MOLAS - DE TRAÇÃO
São molas basicamente na forma cilíndrica ou cônica, possui ganchos nas
extremidades. As molas de tração podem ser confeccionadas nas seguintes
matérias-primas: Aço Mola inox, aço Mola 1070, aço Mola 1090 entre outros aço
para Molas dependendo da sua aplicação.
Suas aplicações: Em prensas hidráulicas, conjunto de freios, camas elásticas,
etc.
TIPOS DE MOLAS - DE TORÇÃO
São molas que tem seu formato normalmente cilíndrico suas espiras coladas
na maioria das vezes e nas suas extremidades. As molas de torção podem ser
confeccionadas nas seguintes matérias-primas: Aço Mola inox, aço Mola 1070, aço
Mola 1090 entre outros aço para Molas dependendo da sua aplicação.
As molas de torção trabalham suportando grandes forças de torção, é natural
que haja uma pressão muito forte, algo que poderia gerar atrito entre as espiras.
Portanto, para que este atrito não ocorra, prejudicando o funcionamento, a mola
deve conter um pequeno espaçamento entre suas espiras, evitando o contato.
É preferível que ambas as extremidades da mola tenham sempre um
travamento consistente. Exemplificando, é possível dizer que a abertura do arame
não deve ser maior do que o menor raio de inflexão interna das pontas da mola.
TIPOS DE MOLAS - DE TORÇÃO
TIPOS DE MOLAS - EM ANÉIS
São essencialmente solicitadas à tração e à compressão, muito usadas em
amortecedores e empurradores.
FEIXE DE MOLA
Molas em lâminas ou feixe é um tipo simples de mola de suspensão
comumente utilizado em veículos. Molas de lâmina são provavelmente uma das
mais antigas formas de sistemas de tipo mola de suspensão.
Este tipo de mola é tipicamente construído de um ou mais tiras planas e
finas de aço flexíveis, que são unidas em conjunto de modo a funcionar como uma
unidade única. As tiras de aço de uma mola de lâmina são curvadas em um arco e
ligadas em cada extremidade para o lado de baixo de um veículo, a fim de ajudar a
posicionar e suportar o eixo, e também para absorver choques.
Molas de lâmina são geralmente mais capazes de distribuir uniformemente o
peso de uma carga pesada do que tipos comuns de molas de bobina. Molas de
lâmina são provavelmente uma das mais antigas formas de sistemas de tipo mola
de suspensão, estando em uso desde os tempos medievais. Até recentemente, as
molas de lâmina eram um componente comum de suspensão traseira na maioria
dos automóveis
FEIXE DE MOLA
FEIXE DE MOLA - MATERIAIS DE
CONSTRUÇÃO E MÉTODOS
Os feixes de molas são formados diferentemente de molas
helicoidais. Primeiro, uma barra lisa é cortada em diferentes tamanhos
e, em seguida os conjuntos de barras são perfurados juntos. Diversas
máquinas apararam as barras resultantes para remover o metal extra. A
mola então passa por um tratamento térmico para endurecer o aço. Os
outros tratamentos, como revestimentos de pintura, são realizados
para combinar a mola com as especificações visuais pré determinadas.
Estas barras para aplicação em feixe de molas são geralmente
fabricadas com aços das séries ABNT: SAE 1070, 1080, 1095, 5150, 5160,
51B60H, 6150H, 9850 e 9254. As durezas das molas temperadas se
situam, após revenimento, normalmente, entre 40 e 48 HRC sendo os
valores superiores da faixa para os aços ligados e os inferiores para aço-
carbono.
FEIXE DE MOLA – APLICAÇÕES E
TIPOS DE EXTREMIDADES
As principais aplicações são: automóveis, pick-ups, caminhões leves, pesados
e jipes.

Os tipos de extremidades mais frequentes são as de extremidade com olhete,


aplicada em suspensões dianteiras e traseiras, e as de extremidade deslizante,
aplicada as suspensões de 3° eixo (tipo balancim) e veículo 6X4.
FEIXE DE MOLA – APLICAÇÕES E TIPOS
DE EXTREMIDADES
FEIXE DE MOLA – APLICAÇÕES E TIPOS
DE EXTREMIDADES
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Trapezoidal linear
 
Os esforços ficam distribuídos no escalonamento das lâminas.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Trapezoidal com auxiliar
 
A passagem de um estágio para outro ocorre bruscamente, conforme a carga
aplicada.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Trapezoidal progressivo
 
São caracterizados por apresentar uma medida de rigidez variável
(constante/ elástico), um inicial suave (macio) e um final mais elevado
(resistente), a passagem de uma medida de rigidez para outra se faz
progressivamente à medida que se aumenta a carga aplicada.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Parabólico
 
Produzidos com tecnologia de ponta, apresentam variação de espessura ao
longo do perfil das lâminas, sendo que esta ocorre proporcionalmente aos esforços
existentes em cada ponto da lâmina.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Parabólico com duplo estágio
 
Utilizado em veículos onde exige-se variações de carga em seu
funcionamento. Oferece maior conforto, podendo também ser utilizado no
segmento de terceiro eixo.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Parabólico com auxiliar
 
Oferece menor ou nenhum atrito entre as lâminas evitando ruídos e
proporcionando maior conforto.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Parabólico com auxiliar
 
Oferece menor ou nenhum atrito entre as lâminas evitando ruídos e
proporcionando maior conforto.
FEIXE DE MOLA - CLASSIFICAÇÕES
Parabólica monolâmina
 
Lâmina com características de um feixe parabólico, mas com apenas uma
lâmina.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Lâminas
Barra chata laminada a quente e são, normalmente, submetidas a tratamento
térmico antes da montagem final visando a melhoria das propriedades mecânicas.
Grampos de molas para veículos pesados
Os grampos de mola para veículos pesados atuam como componentes de
fixação dos feixes de mola dos caminhões tanto na suspensão dianteira, quanto na
suspensão traseira.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Buchas de fixação

As buchas atuam como elemento de fixação para parafusos e pinos de mola,


sendo utilizadas também em outras partes da suspensão de caminhões, carretas e
ônibus como suportes, jumelos, na barra estabilizadora, buchas da ligação, buchas
da cabine, buchas para amortecedores ou buchas aplicadas em componentes de
terceiros eixo como braços tensores ou braço V.

É importante os caminhões, ônibus, trucks ou carretas estarem sempre


atentos quanto à manutenção das buchas aplicadas na suspensão do veículo, pois
com o tempo o desgaste delas acaba comprometendo outras partes da suspensão
como um todo.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Peças de fixação para feixes de mola
 
Linha completa de peças de fixação para serem utilizadas tanto nos feixes de
mola quanto em outras partes da suspensão e em sistemas de freio de veículos
pesados.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Pinos para feixes de mola
 
Os pinos de mola atuam como elemento de fixação, trabalhando junto com
as buchas no olho do feixe de mola, assim o feixe é colocado no eixo e fixado no
chassi do caminhão, portanto tanto as buchas quanto os pinos devem ter
manutenção adequada para não comprometer a suspensão dos veículos.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Suportes de feixe de mola

Os suportes são fixados no chassi do veículo e é fundamental que estejam em


bom estado de conservação para não comprometer a suspensão, podendo
ocasionar problemas que danifiquem os feixes de mola ou problemas de
alinhamento e balanceamento.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Jumelos de feixe de mola
 
Jumelos tem basicamente a mesma função de uma algema do feixe de mola,
priorizando a estabilidade e a flexibilidade do conjunto da suspensão seja ele um
veículo pesado ou um utilitário como um jipe ou uma caminhonete.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Abraçadeiras para feixe de molas
 
As abraçadeiras são utilizadas como limitadores nas extremidades dos feixes
de mola.
FEIXE DE MOLA - COMPONENTES
Arruelas

Para parafusos, pinos do feixe de mola, pinos tensores ou ainda grampos de


mola para toda linha de caminhões e linha pesada.
MOLAS PRATO
Mola prato é um tipo de mola pertencente ao grupo de molas planas. São
molas de força elástica maior que a das helicoidais para pequenos deslocamentos.
São anéis cônicos vazados que podem ser submetidos a cargas axiais.
Normalmente, a espessura do anel é constante. A carga é distribuída
uniformemente sobre a borda interna superior e a borda externa inferior.

Mola prato é a melhor solução para aplicações onde se requer cargas elevadas
em espaços confinados com pequenos deslocamentos. Aplicada individualmente
ou em grupo ela é a melhor alternativa para substituir mola espiral, para atender
requisitos de carga e deslocamento sob condição restrita.

É utilizada tipicamente em embreagens, transmissões, conjunto de freio,


válvulas, tubulações, aplicações de engenharia pesada e aparelhos de comando
elétrico.
MOLAS PRATO
MOLAS PRATO - CARACTERÍSTICAS
As Molas prato se distinguem dos outros tipos de molas pelas características
a seguir:

Alta capacidade de carga com pequena deflexão da mola;


Utilização de espaço consideravelmente melhor quando comparada a
outros tipos de molas;
Maior vida útil em termos de fadiga e baixa tendência de deformação com
o dimensionamento correto;
Diversas montagens podem ser projetadas para se obter as características
desejadas de carga;
Materiais especiais e vários revestimentos superficiais podem ser
utilizados;
Economia como resultado dos tamanhos padronizados.
MOLAS PRATO - MATERIAL DE
FABRICAÇÃO E CONSERVAÇÃO
As molas podem ser feitas com os seguintes materiais: aço, latão, cobre,
bronze, borracha, plastiprene, etc. As molas de borracha e de arames de aço com
pequenos diâmetros, solicitados a tração, apresentam a vantagem de constituírem
elementos com menor peso e volume em relação à energia armazenada.

Para conservar certas propriedades das molas - elásticas, magnéticas;


resistência ao calor e à corrosão - deve-se usar aços-liga e bronze especiais ou
revestimentos de proteção. Os aços molas devem apresentar as seguintes
características: alto limite de elasticidade, grande resistência, alto limite de fadiga
MOLAS PRATO - ÁREAS DE APLICAÇÃO
Sistemas de suspensão de caldeiras em usinas de geração de energia;

Válvulas de segurança;

Proteção contra sobrecarga em transformadores elétricos;

Engates, Teleféricos, Componentes de fixação de máquinas-ferramenta;

Freios de segurança para guindastes e elevadores;

Freios para veículos de construção e ferroviários;

Compensação de folga para rolamentos de esferas;

Isolação contra vibrações.


MOLAS PRATO - ESPECIFICAÇÕES
 Molas prato compatíveis com DIN 2093 (Grupo 1, Grupo 2, Grupo 3…);

 Molas prato em conformidade com as Normas de Fábrica ou outras normas,


conforme a necessidade;

 Faixa de dimensões: diâmetro externo 8,0 mm a 800 mm;

 Materiais compatíveis com DIN 2093 (DIN 17 221, DIN 17 222) e materiais
especiais;

 Molas prato com espessura de 0,5 mm e acima são submetidas à jateamento


com granalha de aço para melhorar a vida útil em termos de fadiga;

 As molas são fosfatadas e oleadas como padrão (para prevenção de corrosão).


MOLAS PRATO - APLICAÇÃO EM
FLANGES
As molas prato são um elemento mecânico elástico. Quando usados em
juntas parafusadas, sujeitas a choque térmico ou mecânico, eles têm deflexão e se
movem com a junta parafusada. Consequentemente, compensam a folga
desenvolvida. O poder de reação da mola prato serve para manter a junta
parafusada apertada em todas as condições. As principais aplicações de
tabulações, conexões de válvulas e bombas e outros no setor petroquímico. Uma
das causas principais do vazamento de flanges são cargas normalmente elevadas
produzidas por expansão e contração térmica de uma junta parafusada.
Geralmente, os flanges encontram-se sob condições de carga estática. Mas em
grande sistema de tabulação também pode haver choque mecânico de tabulação
relacionada com compressor.
O diferencial de choque mecânico e térmico pode causar variação e
cedimento em cargas de parafusos. Para proteger contra tais condições, use
sempre molas prato sob as porcas ou cabeças dos parafusos.
MOLAS PRATO - APLICAÇÃO EM
FLANGES
Pretensionar ou apertar o parafuso na instalação na fábrica não é suficiente
para proteger a junta flangeada em variações imprevistas de temperatura e cargas
de choque mecânico no campo. Absorvendo solicitações de pico, as molas prato
evitam danificações de parafusos, gaxetas e juntas.
MOLAS PRATO - APLICAÇÃO EM
FLANGES
MOLAS HELICOIDAIS

As Molas Helicoidais são as mais comuns, uma vez


que são as mais usadas em mecânica.

Regra geral, são feitas de Arame de aço enrolado em


forma de hélice cilíndrica ou cônica. O formato do fio de
aço pode ser retangular, circular, quadrada, etc.
MOLAS HELICOIDAIS
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS

Em uma mola Helicoidal de compressão, uma força F é aplicada no sentido


de fechar a mola de diâmetro médio D. o Ângulo λ é chamado de ângulo de hélice
e representa a inclinação das espiras da mola. Se cortarmos o fio desta mola em
qualquer ponto, os esforços para equilibra-las serão uma força cortante, para que
não haja movimento linear, e um torque, para que não haja rotação devida ao
deslocamento de meio diâmetro D entre a força de atuação e a que equilibra o fio.
Estes esforços estão mostrado na figura.
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
Da mesma forma que na barra de torção, o torque na mola helicoidal torce o
fio quando a carga é aplicada. Assim, para que haja deformação liner de mola, deve
haver deformação angular no fio.
Nota-se que as tensões causadas pelo cisalhamento devido ao torque se
somam na parte interna do fio da mola. Nessa região a tensão é maxima, enquanto
que na região externa do fio é mínimo, já que as tensões atuam em sentido
diferente.
As molas helicoidais de tração também sofrem os mesmos esforços. As
tensões são maiores também na região interna do fio. Além disso, as molas de
tração possuem ganchos, o que pode levar a concentração das tensões devido a
curvatura.
A relação entre os diâmetros da mola (médio) e do fio é chamada de indice
de Mola C.
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
Este valor indica o quanto o fio deve ser curvado para formar o diâmetro
médio D.

Fios com menores índices de mola tem maiores curvaturas. A curvatura em


uma mola é responsável pelo aumento das tensões originais. Os fios tem maior
rigidez no lado interno do que no lado externo, já que o comprimento a ser torcido
é menor internamente. O aumento da rigidez causa um aumento na tensão. A
composição do aumento da rigidez com o fato de que as tensões devidas aos
esforços se somam no lado interno dos fios é levada em conta através do fator de
Wahl, nomeado a partir de pesquisador A.M. Wahl. O Fator de Wahl, Kw é
utilizado para solicitação variável. Para solicitação estática, o fator Ks deve ser
usado. Os fatores Kw e Ks são apresentados nas equações nas equações. O
desenvolvimento das expressões podem ser encontradas nas referencias
bibliográficas citadas.
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
Nota-se que o fator Ks é o fator Kw com o primeiro termo igual a um. Isso se
dá porque o primeiro termo se refere à curvatura, ou seja, é um fator de
concentração de tensões. Para carga estática, a concentração de tensões não é a
considerada.

O fator Ks de Wahl leva em conta um coeficiente de segurança embutido de


cerca de 23% sobre a carga estática. Para as aplicações usuais, o coeficiente de
segurança é estimado apenas na comparação final entre as tensões. Assim, é
recomendável substituir o termo 0,615 por 0,5 na equação, o valor recomendado de
Ks é:
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
A tensão para carregamento estático pode ser calculada por:

Para carregamento dinâmico a tensão é:


MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
As equações anteriores foram colocadas em função de C e K porque isso
permite o calculo sem a variável D, durante o projeto. Algumas vezes enquanto
não se definiu D inicialmente, pode ser adequado utilizar essa forma. A figura
mostra os valores de Kw, Ks, C.Kw e C.Ks em função do índice de mola C. nesta
figura é mostrada faixa de dimensões de valores recomendados para C em molas
de compressão com extremidades retificadas ou não, o que pode auxiliar no
projeto.
O valor da deflexão em uma mola helicoidal pode ser calculado a partir da do
método de Castigliano. O resultado para a deflexão δ de uma mola com N espiras
ativa, sob ação de uma força F, é mostrado na equação. Como a constante de mola
k é definida como o esforço F dividido pela deflexão, o seu valor pode ser calculado
conforme equação:
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
MOLAS HELICOIDAIS - ESFORÇOS
MOLAS HELICOIDAIS - RESISTÊNCIA
A resistência dos fios de molas helicoidais depende do diâmetro do fio,
devido ao processo de fabricação. Fios menores tem uma maior parte de sua seção
transversal afetada pelo processo de estiramento, tornando-se mais resistentes.
Para evitar que a mola “assente”, ou seja, diminua de tamanho em serviço
devido a deformação plástica por carregamento excessivo, as molas são projetadas
para que não haja escoamento significativo. Para tanto, estudos mostraram que a
tensão limite em materiais ferrosos para que não haja uma deformação maior que
2% é de 0,45. Su. Para os outros materiais não ferrosos, o valor limite é de 0,35Su .
Essa tensão limite deve ser utilizada para comparar com a tensão que leva ao
comprimento sólido (τs), que é o comprimento da mola com toda as espiras
encostadas umas nas outras.
MOLAS HELICOIDAIS - RESISTÊNCIA
Quando a mola sofre um pré-assentamento durante a sua fabricação, o efeito
é uma tensão residual no sentido inverso da aplicação da carga. Essa tensão é
benéfica para a aplicação de solicitações posteriores no mesmo sentido. Para
levam o pré-assentamento em conta, convencionou-se aumentar a tensão limite.
Dessa forma, atenção limite em materiais ferrosos é de 0,65.Su . Para outros
materiais não ferrosos o valor limite é de 0,55Su.
Fim de permitir que as espiras se fechem totalmente sob carregamento em
serviço, é recomendável deixar uma folga de cerca de 10% da deflexão máxima, que
é a deflexão sob carga máxima. Assim, molas geralmente trabalham sem que as
espiras encostem umas nas outras. Essa recomendação vem do fato de que,
quando a mola se aproxima do comprimento sólido, algumas espiras vão se fechar
primeiro, alterando o valor da constante de mola e modificando o comportamento
como um todo.
MOLAS HELICOIDAIS – RESISTÊNCIA
Numero de espiras efetivas e comprimento sólido
O número total de espiras Nt é dado pelas simples contagem do número de
espiras, como as espiras que estão em contato com os anteparos não colaboram na
deformação da mola, o número efetivo de espiras (N) é obtido pela subtração
dessas duas espiras do número total, assim:

O calculo do comprimento sólido (Ls) deve considerar a forma das


extremidades da mola.
Molas com extremidades retificadas em esquadro permitem o calculo direto
como o produto do número de espiras pelo diâmetro do fio. Para outras
configurações, o comprimento sólido varia. A figura mostra os principais formatos
para as extremidades e o correspondente cálculo para o comprimento sólido.
MOLAS HELICOIDAIS – RESISTÊNCIA
MOLAS HELICOIDAIS – RESISTÊNCIA

Flambagem de molas solicitadas a compressão

Dependendo da relação entre o comprimento e o diâmetro médio, da mesma


forma que no caso de colunas, molas a compressão podem falhar por flambagem.
A figura mostra um gráfico no qual são mostradas as regiões de estabilidade e
instabilidade para molas. As curvas A e B representam os casos onde a mola está
totalmente presa nas extremidades ou está livre para deslocar-se
transversalmente, respectivamente. Nos eixos mostrados estão plotadas as razões
entre comprimento livre Lf e o diâmetro médio D, e entre a deflexão máxima δ e o
comprimento livre. Comprimento livre é o comprimento original da mola sem
nenhuma carga.
MOLAS HELICOIDAIS – RESISTÊNCIA
MOLAS HELICOIDAIS – MOLAS
SOLICITADAS A TRAÇÃO
Molas solicitadas a compressão necessitam de extremidades que permitam
que a carga de compressão seja centrada no eixo principal da mola. Isso ocorre
para que não surja um momento que facilitaria a flambagem. No caso de molas à
tração, a transmissão da carga para a mola requer uma forma de acoplamento
entre ambas. A forma mais simples é através de um gancho, feito co m o próprio
fio da mola, em suas extremidades. A figura mostra o arranjo em vista frontal e
lateral. Nessas mesmas vistas é possível visualizar as tensões de flexão e
cisalhamento geradas pela excentricidade da carga. Como os fios tem que ser
conformados para a formação do gancho, surgem intensificações em ambas as
tensões. As equações para as tensões mostradas abaixo de cada umas das figuras
mostra os intensificadores entre parêntese. O gancho é o principal local de falha
em molas solicitadas a tração. O dimensionamento das demais partes é similar ao
visto para molas a compressão.
MOLAS HELICOIDAIS – MOLAS
SOLICITADAS A TRAÇÃO
MOLAS HELICOIDAIS – MOLAS
SOLICITADAS A TRAÇÃO
As molas à tração normalmente são construídas com um pré carregamento
inicial que as mantém fechadas. Isso acontece para que seja necessário um esforço
mínimo para abri-las, já que não tem um limite máximo de força que pode ser
aplicada, como nas molas sob compressão quando chegam ao comprimento
sólido.
MOLAS HELICOIDAIS – FADIGA
O calculo de fadiga em molas leva em consideração o fato de que molas
normalmente trabalham a tração ou a compressão, raramente com os dois tipos de
solicitação. Assim, os diagramas de fadiga são baseados em tensão mínima e
tensão máxima que a mola suporta, e não em tensão alternada e média como para
fadiga em eixos. Isso se deve ao fato de que uma mola deve ser projetada para
trabalhar entre um valor de carga mínimo e um máximo, permitindo mais
facilmente o calculo das tensões mínimas e máximas.
A figura mostra um gráfico padrão para a resistência a fadiga em molas. Esse
gráfico foi derivado dos gráficos usuais e essa derivação foi apresentada em classe.
O eixo horizontal mostra a tensão mínima e o eixo vertical a tensão máxima,
ambas pelo limite de resistência. A reta com inclinação unitária representa o caso
de que a tensão mínima é igual a máxima, isto é, a tensão é constante. O valor de
0,8.Su para a tensão de cisalhamento é coerente com o já visto na apostila de fadiga
MOLAS HELICOIDAIS – FADIGA

A figura mostra um diagrama tensão pelo número de ciclos (S-N) para o caso
e que a tensão mínima é igual a zero. Nesse diagrama também são mostradas duas
curvas de projeto, uma para material do fio jateado por granalhas e outro sem o
jateamento. Pode-se notar que as curvas incluem um coeficiente de segurança de
cerca de 1,5.

A figura mostra o diagrama real de uma mola utilizada para fechamento de


válvulas. O gráfico tem a forma praticamente igual ao da figura, mas com valores
reais. Também nesse casos mostrado os dados para material jateado por granalhas
e para material não jateado. Esse diagrama não normalizado pelo limite de
resistência à tração.
MOLAS HELICOIDAIS – FADIGA
MOLAS HELICOIDAIS – FADIGA
MOLAS HELICOIDAIS – FREQUÊNCIA
NATURAL
Molas com carregamento variável devem trabalhar longe de sua frequência
natural. Quando uma mola é solicitada, a carga é inicialmente transferida para a
primeira espira e esta começa a se deformar. Logo em seguida, a segunda espira
começa a se deformar e assim por diante. Esse movimento não uniforme de
movimento das espiras faz com que surjam outras frequências de vibração
diferentes da frequência de solicitação. As molas de válvula podem ter frequência
de até 13 vezes a frequência de solicitação que age na mola. Assim, para evitar o
aumento descontrolado da amplitude do movimento, que aparece na frequência
natural da mola, tem que se garantir que ela seja pelo menos 13 vezes a frequência
de solicitação.
A frequência natural da mola (fn ) em Hz pode ser calculada pela equação
seguinte, para d e D em milímetros:
MOLAS HELICOIDAIS – FREQUÊNCIA
NATURAL
MOLAS HELICOIDAIS – FREQUÊNCIA
NATURAL
MOLAS HELICOIDAIS – APLICAÇÕES
MOLAS HELICOIDAIS – APLICAÇÕES
MOLAS HELICOIDAIS – APLICAÇÕES
CONCLUSÃO
Este trabalho foi realizado com o intuito de conhecer um elemento muito
utilizado na mecânica, as molas que ao longo da história sempre exerceu um
importante papel no desenvolvimento de equipamentos que sofrem força. A mola
está presente desde de uma simples caneta, até em naves aeroespaciais, existe uma
diversificada gama de formatos e composição.

O Universo das Molas em todas as suas configurações se trata de um


elemento único, ou uma associação de elementos com a capacidade de
proporcionar notáveis deformações elásticas sob o aço de uma força ou um
momento, portanto em condições de armazenar uma grande quantidade de
energia potencial elástica dentro do universo de cada tipo de Mola existente. Os
Elementos característicos mais aplicados em diversos setores são: Molas de
Compressão, Molas de Tração e Molas de Torção.

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