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CONTEUDOS ESTUDADOS NA AULA ANTERIOR:

• Processo de alterações fisiológicas nos sistemas: a)


Respiratórios; b) Osteomuscular; c) Neurológico;

• Avaliação fisiológica geriátrica.


Get Up And Go Test
O teste consiste em levantar
de uma cadeira, (de
aproximadamente 46 cm),
caminhar até uma linha reta a
3 metros de distância (em um
ritmo autoselecionado, porém
seguro), virar, caminhar de
volta e sentar-se novamente.
Quanto menor o tempo
utilizado, melhor é o
desempenho no teste.
RAWLINS e CULYER (2004) indicam a avaliação em 4 categorias:

1. Até 10 segundos – desempenho normal para adultos saudáveis.


Baixo risco de quedas;

2. Entre 11 e 20 segundos – Normal para idosos frágeis ou com


debilidade, mas que se mantêm independentes na maioria das
atividades de vida diária. Baixo risco de quedas;

3. Entre 21 e 29 segundos – Avaliação funcional obrigatória. Indicado


abordagem específica para a prevenção de queda. Risco de quedas
moderado;

4. Maior ou igual a 30 segundos – Avaliação funcional obrigatória.


Indicado abordagem específica para a prevenção de queda. Alto risco
para quedas.
 Recomenda-se utilizar como valor de corte para risco de quedas 12,47
segundos, o qual parece ser um melhor preditivo nessa população
(ALEXANDRE et al., 2012).

 Esse mesmo protocolo não é utilizado exclusivamente em idosos


saudáveis, sendo indicado seu uso também para avaliar pacientes com
diferentes patologias, como Diabetes (Ferreira et al., 2014) e Síndrome de
Down (NICOLINI-PANISSON, 2012).
• Vamos realizar o teste com o familiar escolhido na
atividade anterior para analisarmos como está a
condição motora em relação à mobilidade e o
equilíbrio.
• Aplicar o teste e fazer as anotações necessárias para
sua anamnese.
Envio via portal e diálogo na aula dia 07/04/2021
ALTERAÇÕES OSTEOMUSCULARES
NO IDOSO
o Morfologia do músculo
 O músculo esquelético humano possui apenas dois tipos distintos de
fibras (Lexell et al., 1983, 1988) - as fibras de contração rápida (CR)
e as fibras de contração lenta (CL) – embora existam vários
subtipos de cada um desses tipos (Noble et al., 2004).
 Podemos notar na imagem anterior que aumenta a proporção de
fibras CL disponíveis para a geração de força com o
envelhecimento.

 É comprovado que determinados tipos de treinamento, como por


exemplo os de força, podem produzir hipertrofia nesses dois tipos
de fibras, promovendo o crescimento principalmente de fibras CR
(McDonagh e Davies, 1984).

 Enquanto o treinamento de resistência pode resultar em por meio


de uma discreta hipertrofia as fibras CL.
o Constituição corporal

 Lexell et al. (1988), enquanto trabalhavam com amostras de autópsia de


seres humanos, notaram que, ao redor dos 50 anos de idade, o músculo
já havia sofrido uma perda de massa de 10% e que, em torno dos 80
anos de idade, havia uma perda prevalente de 50%.

 Conforme o envelhecimento prossegue e a musculatura se torna menos


ativa, as áreas previamente designadas como músculo vão sendo
substituídas por tecido adiposo e tecido conjuntivo (Rice et al., 1989,
1990).
A foto da direita foi obtida de um homem jovem, enquanto a da esquerda foi
tirada de um indivíduo de idade mais avançada e inativo. A área que já foi
ocupada por tecido muscular está atrofiada, e o músculo foi substituído por
tecido conjuntivo, tecido adiposo e espaço vazio (áreas escuras).
o Tamanho da fibra

 Em indivíduos inativos ou em processo de envelhecimento, o


tamanho da fibra muscular diminui com o avanço da idade, após
atingir o máximo aos 20 anos de idade.

 Os indivíduos que praticam exercícios regulares mantêm uma


proporção muito alta do tamanho das fibras até completarem
aproximadamente 60 anos de idade.

 A inatividade ocasiona na diminuição do número de fibras (principalmente


de fibras CR) e diminuição do tamanho das fibras individuais.
o Alterações das propriedades bioquímicas
relacionadas à idade
 Uma das alterações relacionadas ao avanço da idade mais proeminentes a
afetar as propriedades bioquímicas é nas atividades enzimáticas
metabólicas. A energia metabólica é consequente à ativação de diversas
vias que dependem de enzimas para gerá-la.

 Em relação a atividade enzimática metabólica: O potencial energético


existente no músculoesquelético é representado pela concentração de
substratos e pela concentração e níveis de atividade das enzimas que atuam
nas vias bioquímicas geradoras de energia.

 Com o envelhecimento, os níveis de atividade de todas essas enzimas


comprovadamente diminuem. Com o treinamento físico, porém, as
concentrações ou os níveis de atividade (ou ambos) da maioria delas
aumentam.
Músculo esquelético, envelhecimento e
treinamento
 O declínio da força muscular observável com o avanço da idade
frequentemente está associado tanto ao declínio da atividade como ao
declínio de diversas funções musculoesqueléticas.

• Essas alterações na musculatura incluem a diminuição da contratilidade, a


atrofia muscular (acompanhada de diminuição da capacidade hipertrófica),
as alterações enzimáticas (que influenciam a função muscular e o
desempenho) e a prevalência aumentada de várias doenças
neuromusculares.

• Uma prescrição de exercícios adequada pode favorecer a ocorrência de


alterações consideráveis na força e, por fim, na qualidade de vida dos
idosos.
 A atrofia muscular é causada por
uma perda de fibras, diminuição da
área da fibra ou uma combinação
desses dois fatores atuando ao
mesmo tempo.

 Está comprovado que a fibra sofre


atrofia com a diminuição da
atividade muscular, com a perda de
proteína e como consequência de
várias doenças distróficas.

 Em conta partida, a velocidade da


diminuição do tamanho dos
músculos pode ser retardada com
a prática regular de exercícios, em
especial com o treinamento de
resistência.

Sarcopenia
o Recomendações para programas de exercícios

 As diretrizes do ACSM para exercícios de treinamento com peso


destinados a indivíduos com mais de cinquenta anos (American College
of Sports Medicine, 1998) recomendam os seguintes parâmetros para o
treinamento básico destinado a idosos:

 Fazer uma sequência de 10 a 15 repetições de 8 a 10 exercícios, com


uma frequência de 2 a 3 dias por semana.

 Usar resistência mínima durante as primeiras 8 semanas.

 Manter um padrão de respiração normal durante a execução de todos os


exercícios.
 Aumentar o número de repetições; em seguida, aumentar a carga a
ser erguida.

 Nunca usar uma carga com a qual não se consiga realizar pelo
menos 8 repetições.

 Realizar todos os exercícios de forma controlada. Levantar a carga


em 2 segundos e, então, descê-la em 4 segundos.

 Executar todos os exercícios dentro de um “arco livre de dor”.


Jamais “travar” a articulação ao tentar endireitar os braços ou
pernas.

 Se o indivíduo tiver artrite, ele não deve participar de nenhuma


sessão de exercícios enquanto houver dor ou inflamação.

 Não treinar excessivamente.


 Fazer pelo menos duas sessões de treinamento de força por
semana, para obter resultados positivos.

 Não repetir os mesmos exercícios 2 vezes consecutivas, em uma


mesma sessão.

 Engajar-se regularmente em um programa de treinamento de


resistência durante o ano inteiro.

 Se tiver que interromper a participação no programa, retomar


calmamente a rotina.

 Ao voltar de uma pausa temporária, começar usando resistências


que não excedam 50% da intensidade na qual se estava
treinando; depois, voltar a aumentar gradualmente a resistência.
Doenças relacionadas à idade que
limitam o exercício
 As principais doenças e sinais que afetam diretamente a
capacidade de se exercitar incluem:

 Doença de Parkinson;
 Distrofia muscular oftalmoplégica;
 Tremor essencial (TE);
 Doença de Huntington;
 Distonia;
 Mioclônus;
 Osteoartrite;
 Osteoporose;
 Demência;
 Espondilite;
 Fibromialgia;
 Artrite reumatoide;
 Osteoartrite.
Trabalho avaliativo no valor de 7,0 pontos a ser somado na
avaliação do Primeiro Bimestre:

 Os grupos organizados irão produzir uma apresentação sobre as


principais doenças relacionadas às alterações osteomusculares,
sendo elas: a) Doença de Parkinson; b) Osteoartrite; c)
Osteoporose; d) Espondilite; e) Fibromialgia; f) Artrite
reumatoide; g) Osteoartrite.

 Produzir uma apresentação em Power Point, com os conceitos,


principais sintomas, o que causa a doença e programas de exercícios
mais indicados.

 As apresentações serão realizadas nos dias 31/03/2021 e dia


07/03/2021.

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