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QUALIDADE

AULA 13

DIAGRAMA DE DISPERSÃO

Prof. Luiz Felipe


DIAGRAMA DE DISPERSÃO
DEFINIÇÃO
"São gráficos que permitem a identificação
entre causas e efeitos, para avaliar o
relacionamento entre variáveis." PALADINI
(1994).
O diagrama de dispersão é um gráfico onde
pontos no plano cartesiano XY são usados
para representar simultaneamente os valores
de duas variáveis quantitativas medidas em
cada elemento do conjunto de dados
O gráfico e a tabela a seguir mostram um esquema do
desenho do diagrama de dispersão. Neste exemplo,
foram medidos os valores de duas variáveis
quantitativas, X e Y, em quatro indivíduos. O eixo
horizontal do gráfico representa a variável X e o eixo
vertical representa a variável Y.

Tabela : Dados esquemáticos.

Indivíduos Variável X Variável Y

A 2 3

B 4 3

C 4 5

D 8 7

   
O diagrama de dispersão é construído de forma
que o eixo horizontal represente os valores
medidos de uma variável e o eixo vertical
represente as medições da segunda variável.
Um diagrama de dispersão típico possui o
seguinte aspecto:
Esta ferramenta permite que a equipe de qualidade estude
e identifique a possível relação entre as mudanças
observadas em duas variáveis. Quanto mais próximos os
pontos estiverem da linha diagonal, mais próxima será a
relação entre eles.

Dessa forma, o diagrama de dispersão é usado para se verificar uma possível


relação de causa e efeito.

Isto não prova que uma variável afeta a outra, mas torna claro se a relação
existe e em que intensidade.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Pode-se conhecer diretamente o perfil da
distribuição dos pares de dados a partir da
leitura do seu gráfico. Para isso, a primeira
coisa que se deve fazer é examinar se há ou
não pontos anômalos no diagrama.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO

Pode-se presumir que, em geral, quaisquer


destes pontos distantes do grupo principal são o
resultado de erro de medição, ou de registro de
dados ou foram causados por alguma mudança
nas condições de operação. É necessário excluir
estes pontos para a análise de correlação.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Contudo, ao invés de desprezar estes pontos
por completo, deve-se prestar a devida
atenção às causas de tais irregularidades,
pois muitas vezes obtêm-se informações
inesperadas, porém úteis, descobrindo-se por
que eles ocorrem.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são
chamados de correlações. Alguns tipos representativos
são dados abaixo.

Correlação positiva Pode haver correlação positiva

Se x e y crescem no mesmo sentido, existe uma


correlação positiva entre as variáveis, que será tanto
maior quanto menor for a dispersão dos pontos.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são
chamados de correlações. Alguns tipos representativos
são dados abaixo.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são
chamados de correlações. Alguns tipos representativos
são dados abaixo.

Correlação negativa Pode haver correlação negativa

Se x e y variam em sentidos contrários, existe


correlação negativa entre as variáveis. Essa
correlação é tanto maior quanto menor for a
dispersão dos pontos.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são
chamados de correlações. Alguns tipos representativos são
dados abaixo.
COMO LER DIAGRAMAS DE DISPERSÃO
Existem muitos tipos de padrões de dispersão que são
chamados de correlações. Alguns tipos representativos são
dados abaixo.

Não há correlação Não há correlação

Se x cresce e y varia ao acaso, não existe


correlação entre as variáveis, é o mesmo
que dizer que a correlação entre elas é nula.
QUANDO USAR UM DIAGRAMA DE
DISPERSÃO

- Para visualizar uma variável com outra e o


que acontece se uma se alterar.
- Para verificar se as duas variáveis
estão relacionadas, ou se há uma possível
relação de causa e efeito.
- Para visualizar a intensidade do
relacionamento entre as duas variáveis, e
comparar a relação entre os dois efeitos.
Na prática do dia-a-dia é, muitas
vezes, essencial estudar a relação
entre duas variáveis correspondentes.
Por exemplo, em que grau as
dimensões de uma peça usinada
variam com a mudança de velocidade
de um torno?
Produção Inspecionada (x Defeituosos encontrados
  1000)
1 19,6 173
2
3
18,5
20,8
228
181
Exemplo:
4 18,5 196
5 21,9 201
6
7
19,1
21
191
179
Uma Indústria de
8
9
18,5
20,8
192
208
Pregos levantou os
10 18,7 198 dados correspondentes
11 19,7 185
12 20,6 185 à produção diária de
13 21,3 221
14 22 211 um tipo de prego
15
16
18,9
21,3
210
201 especial no período de
17
18
21,2
19,2
215
195
um mês. Do lote diário,
19
20
20
19
178
217
foram encontradas
21
22
21,6
19,8
187
192
unidades defeituosas,
23 20,2 188 como mostra a lista de
24 19,5 212
25 18,6 199 verificação ao lado.
26 20,1 187
27 20,8 208
28 19,8 198
29 18,9 213
30 18,7 199
Indústria de Pregos:
Estes valores foram representados no Diagrama de Dispersão:
Indústria de Pregos:

Os pontos formaram um padrão de


agrupamento. A direção e a espessura do
agrupamento indicam a intensidade da
relação entre as variáveis (nº de unidades
inspecionadas e nº de defeituosos
encontrados), estabelecendo uma linha reta,
representando que quando uma variável se
altera a outra também tenderá a mudar na
mesma intensidade.
Exemplo dos morangos:

Um produtor de morangos para exportação


deseja produzir frutos grandes, pois frutos
pequenos têm pouco valor mesmo no
mercado interno. Além disso, os frutos,
mesmo grandes, não devem ter tamanhos
muito diferentes entre si. O produtor suspeita
que um dos fatores que altera o tamanho dos
frutos é o número de frutos por muda.
Exemplo dos morangos:

Para investigar a relação entre o


número de frutos que uma planta
produz e o peso destes frutos, ele
observou dados de 10 morangueiros na
primeira safra (tabela). O diagrama de
dispersão é mostrado no gráfico.
Exemplo dos morangos:

Tabela: Peso dos frutos e número de frutos por planta em 10 morangueiros na primeira safra.
Muda N Peso dos Frutos (gramas)
1 5 15,2 15,5 15,6 15,7 16,4                  
2 6 14,0 14,5 15,4 15,9 15,9 16,1                
3 7 13,7 13,8 14,1 14,1 14,5 14,9 15,5              
4 8 11,0 11,5 12,4 12,4 12,9 14,5 15,5 16,6            
5 9 10,2 11,1 12,1 12,4 13,5 13,8 14,0 15,4 16,0          
6 10 9,0 9,3 10,7 11,6 11,7 12,6 12,8 12,8 13,4 15,1        
7 11 7,8 8,6 8,7 9,6 11,1 11,9 12,1 12,5 14,1 14,2 14,0      
8 12 7,3 9,4 10,2 10,3 10,8 10,6 11,1 11,5 11,5 12,9 13,4 15,0    
9 13 6,9 7,6 8,5 10,0 10,9 11,0 11,4 11,6 12,0 12,0 12,7 13,5 14,0  
10 14 7,0 8,0 9,0 10,0 10,0 10,5 11,0 11,2 11,2 11,7 12,5 12,9 13,5 13,5
                             
Exemplo dos morangos:

Gráfico: Diagrama de dispersão do número de frutos por planta versus


o peso do fruto e linha unindo os pesos médios dos frutos.
Exemplo dos morangos:

O diagrama de dispersão mostra-nos dois fatos.

O primeiro, que há um decréscimo no valor


médio do peso do fruto por planta à medida que
cresce o número de frutos. Ou seja, não é
vantagem uma planta produzir muitos frutos, pois
eles tenderão a ser muito pequenos.
Exemplo dos morangos:

O segundo fato que percebemos é que, com


o aumento no número de frutos na planta,
cresce também a variabilidade no peso,
gerando tanto frutos muito grandes, como
muito pequenos.
Exemplo dos morangos:

Assim, conclui-se que não é vantagem ter


poucas plantas produzindo muitos frutos,
mas sim muitas plantas produzindo poucos
frutos, mas grandes e uniformes. Uma
análise mais detalhada poderá determinar
o número ideal de frutos por planta, aquele
que maximiza o peso médio e, ao mesmo
tempo, minimiza a variabilidade do peso.
RELAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS

Cada ferramenta tem sua própria utilização,


sendo que não existe uma receita adequada
para saber qual a ferramenta que será usada
em cada fase. Isto vai depender do problema
envolvido, das informações obtidas, dos
dados históricos disponíveis e do
conhecimento do processo em questão em
cada etapa.
RELAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS

A tabela a seguir apresenta um quadro do


resumo: o que é, e para que utilizar as
principais ferramentas da qualidade.
RELAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS
FERRAMENTAS O QUE É PARA QUE UTILIZAR
Para facilitar a coleta de dados
FOLHA DE VERIFICAÇÃO Planilha para a coleta de dados
pertinentes a um problema
Diagrama de barra que ordena as
DIAGRAMA DE PARETO Priorizar os poucos mas vitais
ocorrências do maior para o menor
Estrutura do método que expressa, de
Ampliar a quantidade de causas
DIAGRAMA DE CAUSA E EFEITO modo simples e fácil, a série de causa de
potenciais a serem analisadas
um efeito ( problema)
Gráfico cartesiano que representa a Verificar a correlação entre duas
DIGRAMA DE DISPERSÃO
relação entre duas variáveis variáveis
Diagrama de barra que representa a
Verificar o comportamento de um
HISTOGRAMA distribuição da ferramenta de uma
processo em relação à especificação
população
São fluxos que permite a visão global do Estabelecer os limites e conhecer as
FLUXOGRAMA
processo por onde passa o produto atividades
Gráfico com limite de controle que
GRÁFICO DE CONTROLE Verificar se o processo está sob controle
permite o monitoramento dos processos
É um conjunto de idéias ou sugestões
Ampliar a quantidade de opções a serem
BRAINSTORMING criado pelos membros da equipe que
analisadas.
permite avanços na busca de soluções
É um documento de forma organizada
Para planejar as diversas ações que será
5W1H para identificar as ações e a
desenvolvida no decorrer do trabalho.
responsabilidade de cada um.

RESUMO DAS UTILIDADES DAS PRINCIPAIS FERRAMENTAS DA QUALIDADE


RELAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS

Do mesmo modo a próxima tabela


nos mostra a relação entre cada
ferramenta e os principais dados
para a construção das ferramentas
da qualidade.
RELAÇÃO COM OUTRAS FERRAMENTAS
Diagrama de Diagrama Gráfico
Folha de Diagrama
FERRAMENTA causa e de de Histograma Fluxograma Brainstorming 5W1H
Verificação de Pareto
efeito Dispersão controle

Folha de
Verificação
X X X X X X

Diagrama de
Pareto X X X X

Diagrama de
causa e efeito
X X X X X

Gráfico de
controle X X X

Diagrama de
dispersão
X X

Histograma X X X
Fluxograma

Brainstorming X X X X X
5W1H X X

RELAÇÕES ENTRE CADA FERRAMENTA


PRINCIPAIS DADOS PARA CONSTRUÇÃO
DAS FERRAMENTAS DA QUALIDADE
Diagrama de Diagrama
Folha de Diagrama Gráfico de
causa e de Histograma Fluxograma Brainstorming 5W1H
verificação de Pareto controle
efeito dispersão

coletas de
dados X X X X X

freqüência de
ocorrência X X

reuniões de
grupo X X X X X

gráficos X X X X X

estatística X X

etapas e
informação do X
processo
Sim, existe uma correlação positiva e forte
entre as variáveis, pois x e y crescem no
mesmo sentido, que se apresentará cada
vez mais forte, quanto menor for a
dispersão dos pontos.

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