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RECURSOS

Teoria Geral:
CONCEITO E CLASSIFICAÇÃO
RECURSOS: TEORIA GERAL
Conceito: Remédio voluntário e idôneo a ensejar,
dentro do mesmo processo, a reforma, a
invalidação, o esclarecimento ou a integração de
decisão judicial que se impugna. (Barbosa
Moreira).
Remédio: desvio jurídico
Voluntário: apelação de ofício / reexame
necessário
Idôneo: adequação / forma
• Mesmo processo: propositura ao
esgotamento. Nova ação – Nova fase
(ação rescisória, embargos de terceiro,
mandado de segurança)
• Possibilidade de procedimento
destacado (agravo de instrumento)
• Finalidade: reexame: reforma,
invalidação, esclarecimento, integração.
• Endereçamento: regra / exceção
• Chiovenda: Basta que o juiz saiba que a
sentença pode ser reexaminada e
modificada para que seja mais cuidadosa e
mais justa.
• Existência dos vários graus de jurisdição
• Primeiro grau: unipessoal
• Segundo grau: colegiada
- Remédios: mecanismos previstos no ordenamento
jurídico para sanar os atos processuais de vícios de forma
ou conteúdo.
- Recursos: objetiva pugnar decisões judiciais.
- Características:
- São interpostos na mesma relação processual, não resulta
na formação de um novo processo;
- A interposição de recurso impede ou retarda a preclusão
ou a coisa julgada, enquanto há recurso pendente, a
decisão ou sentença não se tornam definitivas, nem seus
efeitos imutáveis.
(Só se pode falar em trânsito em julgado quando
não houver nenhum recurso pendente, não
apenas contra a sentença, mas contra decisões
anteriores, cuja reforma seja incompatível com a
manutenção.)
- Servem para corrigir erros de forma e de
conteúdo. Vício de forma: (error in procedendo).
Vício de conteúdo: (error in judicando). Apenas os
Embargos de declaração tem finalidade diversa.
- Como regra geral não é possível inovar nos recursos.
- Exceções:
- Art. 493 CPC/15.
- Art. 1.014 CPC/15.
- Matérias de ordem pública e prescrição.
- São interpostos perante o órgão a quo e julgados
pelo órgão ad quem
- Exceções: Embargos de Declaração, agravo de
instrumento e Embargos Infringentes da LEF.
O acórdão proferido pelo órgão ad quem,
que mantém ou reforma a sentença, a
substitui, exceto quando anula a decisão
ou sentença ou nega admissibilidade ao
recurso.
Classificação dos recursos: Recursos
ordinários e recursos extraordinários
Ordinários: processo comum – caso
concreto
Extraordinários: nível constitucional –
uniformidade de interpretação de lei
federal e CF – função política – matéria
de direito
recursos extraordinários:
- são considerados recursos de estrito direito ou
excepcionais.
- - visam somente averiguar se a lei foi corretamente
aplicada aquele determinado caso concreto, não buscam,
portanto, a correção da “injustiça” da decisão.
- requisitos peculiares ao juízo de admissibilidade muito
mais complexos, como por exemplo: não permitem exame
de matéria fática; é necessário o esgotamento de todos os
recursos na instância ordinária; somente permitem a
reavaliação da questão já decidida.
estão previstos na própria Constituição Federal, e
são:
(i) recurso extraordinário, cabível em caso de
afronta à CF (art. 102, III da CF/88);
(ii) recurso especial, em casos de afronta à lei
infraconstitucional (art. 105, III da CF/88);
(iii) e embargos de divergência, que visam obter
do STF e do STJ seu real entendimento a respeito
de determinada matéria (art. 1043 do NCPC).
recursos ordinários:
- não são excepcionais e são aqueles que garantem a
tutela dos direitos subjetivos das partes, inclusive o
direito ao duplo grau de jurisdição.
- basta que seja alegada e fundamentada a injustiça da
decisão de primeiro grau, para que então a discussão
seja reanalisada – sempre observando aos requisitos.
- é também permitida a revisão da matéria fática e
probatória, sem que se demonstre a aplicação de um
exato texto legal.

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