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TRANSPORTE
Prof. Alexandre B. Marques
SUMÁRIO
A ATIVIDADE LOGÍSTICA TRANSPORTE GESTÃO DO TRANSPORTE
• Conceitos básicos sobre Transporte DECISÕES GERENCIAIS EM TRANSPORTE
Diferenciação entre Transporte e 1. Estratégicas
Movimentação de Materiais. Escolha do modal (ANDRÉ)
Importância: Custo e Nível de Serviço. Propriedade da frota (MARQUES)
Modais: tipos, custo e desempenho Composição e Dimensionamento
(Qualidade). da frota (MARQUES)
Serviço único [ANDRÉ: 6.1] Terceirização (out sourcing) -
Modais x Multimodalidade x FLEURY
Intermodalidade Projeto da Rede de Transporte
Cross-docking (CHOPRA) e/ou Alternativas p/ a
Trade-offs: Transporte versus Estoque. Distribuição Física (CHIAVENATO)
Influência do Transporte no Nível Serviço Análise dos fatores de custos:
Impactos da Internet sobre o Transporte Embarcador e Transportador
Direcionadores de custos do Embarcador e (CHOPRA + FUCHS)
do Transportador 2. Operacionais
Transportadores versus Operadores Roteirização (CHOPRA, 289)
Logísticos. Auditorias de cargas
Gerenciamento de avarias
Conceitos Iniciais
TRANSPORTE
Logística Integrada:
Macro processos, Macro atividades ou Subsistemas
Serviço ao Cliente
Quais serviços
oferecer para quem
Compras: Transporte:
De quem e como Inbound e Outbound
adquirir
Estoques: Armazenagem:
O que, qto e qdo Como cuidar do
acumular estoque
Processamento de
Pedidos
Atender a demanda
IMPORTÂNCIA DO TRANSPORTE
Fonte: FLEURY.
Por que o Transporte é necessário ?
MOVIMENTAÇÃO
T. INDUSTRIAL
T. TRANSFERÊNCIA No interior da
sua empresa e
entre
instalações
* A DISTRIBUIÇÃO FÍSICA NÃO SE RESUME AO diferentes da
TRANSPORTE PARA FORA, OU SEJA, O TRANSPORTE mesma
PARA FORA É APENAS UMA DAS ATIVIDADES QUE empresa
COMPÕEM A DISTRIBUIÇÃO FÍSICA.
Transporte vs. Movimentação de Materiais
50 20 x 20 = 400 25 x 1 = 25 425
Transporte
Premium
Transporte
Comum
Nível de Decisões de
Serviço (NS) Localização
LAUDON, 117.
Impactos da Internet sobre o Transporte
Surgimento de portais de transporte
A Internet também está proporcionando o surgimento de
novos negócios virtuais ligados à compra e venda de
fretes. Na realidade, estão sendo estruturados portais na
Internet que fazem a intermediação entre transportadores
e embarcadores.
Este tipo de modelo de negócio é caracterizado pela
contratação de transporte “spot”. Com isso, o portal
permite articular a necessidade de transporte de um
embarcador, caracterizado pela origem, destino e o tipo de
carregamento, com a oferta disponível.
Em outras palavras, o portal busca um transportador que se
interessa pelo transporte da carga, tentando ao mesmo
tempo obter as melhores condições para o embarcador.
Impactos da Internet sobre o Transporte
Rastreabilidade de carregamentos
Um das grandes vantagens que a Internet oferece na melhoria
da qualidade de serviço é a possibilidade de rastrear
carregamentos (via GPS).
Empresas de courier, agências marítimas, transportadores
rodoviários, ferroviários e operadores logísticos estão
utilizando cada vez mais a Internet para disponibilizarem o
status dos carregamentos para seus clientes.
A Fedex, um dos maiores couriers americanos com
faturamento superior à US$ 13 bilhões, estruturou no início
da década de 90 um sistema de acompanhamento do
pedido altamente sofisticado, recentemente beneficiado
pela facilidade que a Internet propicia.
De modo semelhante, empresas brasileiras, como a Varig
Cargo, também estão disponibilizando informações sobre o
status da carga via Internet.
VÍDEO VOLKSNET
Transporte
MODAIS E
MULTIMODALIDADE
MODAIS DE TRANSPORTE:
CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO OPERACIONAL
13%
4% 0%
20%
63%
Multimodalidade
VENDAS/
VENDA S/INTERMEDIÁRIOS
INTERMEDIÁRIOS
PRODUTOR
PRODUTOR CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
Requer equipe e escritório de vendas, filiais, lojas próprias, estoques e entregas mais
pulverizadas. Proporciona maior margem e intimidade c/ consumidor
PRODUTOR
PRODUTOR VAREJISTA
VAREJISTA CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
PRODUTOR
PRODUTOR ATACADISTA
ATACADISTA VAREJISTA
VAREJISTA CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
VENDApor
VENDA porAGENTES
AGENTESeeCORRETORES
CORRETORES
PRODUTOR
PRODUTOR CONSUMIDOR
CONSUMIDOR
Porém, ela também pode trazer conflitos de canal (ver KOTLER), tornar mais
complexa a operação para o fabricante e, eventualmente, diminuir o alcance.
Freight Consolidation:
PROJETO DA POLÍTICA DE CL = carload
DECISÕES REDE DE CONSOLIDAÇÃO TL = truckload
GERENCIAIS EM DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS *LCL = less than carload
TRANSPORTE *LTL = less than truckload
PLANEJAMENTO
EMBARQUES
Embora sejam atividades
PROGRAMAÇÃO diferentes, estas 3 acabam
DE VEÍCULOS sendo realizadas quase que
juntas.
OPERACIONAIS ROTEIRIZAÇÃO
AUDITORIA DE
Curto prazo; dia a dia; FRETES
rotina; respostas
possíveis previamente CONTROLE DE
conhecidas AVARIAS
Gestão do Transporte
Decisões Estratégicas
Fonte: FLEURY
1ª - ESCOLHA DO MODAL
Qual é o melhor?
Depende ...
1. Da característica da carga.
• Características físicas
• Tempo de validade
• Grau de manuseio que a carga requer
• Valor
2. De onde está o material e para onde vai.
• Infraestrutura disponível
3. De quanto tempo se tem para fazer o transporte.
• Nível de Serviço prometido
• Entregas urgentes
• Entregas regulares e programadas
Figura 1: Preços Relativos dos Diferentes Modais (em US$ por 1000 ton-quilômetro)
TANQUE GRANELEIRO
ORE AND OIL (O/O)
http://www.abreti.org.br/beta/tipos_navios.php
Diferentes tipos e tamanhos de navios
(denominações e capacidades)
• Authored by: Leandro Callegari Coelho (http://www.logisticadescomplicada.com/diferentes-tipos-e-tamanhos-de-
navios-denominacoes-e-capacidades/)
• Muitos portos se apresentam como “capesize” ou “panamax”. Você sabe o que isso significa? Estes nomes
identificam tamanhos de navios, e os portos dizem qual tamanho máximo de navio pode atracar em seus berços.
• Nesta matéria você conhecerá as diferentes nomenclaturas de navios e as capacidades de cada um destes tipos. Falaremos aqui dos navios de
carga seca (ou carga geral, ao contrário dos navios graneleiros ou petroleiros). Veja as fotos no final da matéria.
• Handysize: os menores navios de carga, carregam até 40 mil toneladas. São pequenos e muito flexíveis, podendo entrar em
praticamente qualquer porto. Normalmente têm um guindaste próprio, o que facilita seu uso em portos muito pequenos,
mesmo aqueles sem guindastes. Os mais comuns são de 32 mil toneladas com calado de 10 metros (parte submersa).
• Seawaymax: uma subcategoria dos handysize, indica o tamanho máximo do navio que pode entrar no Canal do rio São
Lourenço (Canadá), que dá acesso aos Grandes Lagos norte-americanos. Os navios Seawaymax tem 225,6 m de
comprimento, 23,8 m de largura e um calado de 7,92 m . Existem vários navios maiores que estas dimensões que fazem
apenas travessias dos Grandes Lagos, sem terem acesso ao Oceano Atlântico.
• Handymax (ou Supramax): também considerado uma subcategoria dos handysize, o handymax tem normalmente entre 150 e
200 m de comprimento, tem em média 4 guindastes próprios e carregam no máximo 50 mil toneladas.
• Panamax: o nome deriva do Canal do Panamá, e indica o tamanho máximo do navio que
consegue entrar nas eclusas e cruzar o lago do Panamá. O tamanho máximo é ditado pela
capacidade das eclusas: 289 m de comprimento, 32,3 m de largura e 12 m de profundidade.
Navios que excedam estas dimensões são chamados de Pós-Panamax.
• Suezmax: mais um nome que deriva de um canal, desta vez o Canal de Suez (que liga o Mar Mediterrâneo ao Mar Vermelho).
Como o Canal de Suez não tem eclusas, os limites são apenas pelo calado dos navios. Estes são limitados a 16,1 m.
• Capesize: são os maiores navios de carga geral na atualidade. Estes navios não passam nem
pelo Canal de Suez nem pelo Canal do Panamá, e precisam contornar os continentes pelo sul
(o Cabo Horn (Cape Horn) para passar pelo sul da América do Sul ou o Cabo da Boa
Esperança (Cape of Good Hope) para passar pelo sul da África, de onde deriva o nome
Capesize) . Conseguem carregar até 220 mil toneladas de carga, sendo que usualmente
levam em torno de 150 mil toneladas.
2ª - Frota Própria ou Terceirizar ?
“A decisão sobre ter frota própria, ou utilizar ativos de terceiros, é a segunda mais importante
decisão estratégica no transporte. Neste caso, o processo decisório deve considerar além
do custo e da qualidade do serviço, a rentabilidade financeira das alternativas. A grande
ênfase dada atualmente pelas empresas, principalmente as de grande porte, na
rentabilidade sobre os investimentos dos acionistas, tem sido um dos principais fatores a
influenciar as empresas na direção de utilizar terceiros nas suas operações de transporte.
Como a rentabilidade sobre investimentos é o resultado do lucro sobre os investimentos
do acionista, a maneira mais rápida de aumentar a rentabilidade, é reduzir os
investimentos dos acionistas, o que pode ser feito através da utilização de ativos de
terceiros, no caso ativos de transportes.
“Na prática, sempre que se tiver mais de 60% de utilização efetiva da capacidade operacional
do equipamento é conveniente utilizar frota própria para o transporte”. (CHIAVENATO,
156)
2ª - Frota Própria ou Terceirizar ?
BEN-HUR e LUISI
Segmentos de Carga
BEN-HUR e LUISI
Caminhão para cargas secas e refrigeradas
1. Escopo do serviço
2. Forma de contratação
3. Especialização
4. Flexibilidade operacional
5. Flexibilidade / capacidade gerencial
Armazenagem
98
Controle Estoque
97
Distribuição
97
Coordenação
96
ransferência
93
Desenv. Projetos
92
Porta a Porta
91
Embalagem
90
Log. Reversa
82
% de PSL que oferece cada tipo de serviço
OPERADORES LOGÍSTICOS
(PRESTADORES DE SERVIÇOS LOGÍSTICOS)
Milk Run
69
Imp./Exp./Desembaraç...
53
COMPARAÇÃO
Prestador de Serviços Tradicionais Operador Logístico Integrado
•Serviços Commodities •Serviços Personalizados
•Única atividade logística •Múltiplas atividades de forma
integrada
•Minimizar o custo específico da •Minimizar custos totais da
atividade contratada logística, melhorar os serviços e
aumentar a flexibilidade
•Contratos de curto a médio prazo •Contratos de longo prazo
•Know-how limitado e •Ampla capacidade de análise e
especializado planejamento logístico
•Negociações rápidas e em nível •Negociações longas e em alto
operacional nível gerencial
Gefco fecha contrato com a fabricante de papel e
celulose Cocelpa
Valor Economico, 25/07/2007
A Gefco, subsidiária do grupo PSA Peugeot Citroën, passou a ser o novo operador logístico
da Companhia de Celulose e Papel do Paraná (Cocelpa). As duas empresas fecharam
contrato válido por cinco anos, até 2012, por meio do qual a Gefco irá prestar à Cocelpa
serviços de transporte rodoviário no Brasil e no Mercosul e vai responder pela logística
interna em unidades da fabricante paranaense de papel, celulose e embalagens. O
contrato representará receita anual mínima de R$ 6 milhões à Gefco.
Arnaud Léglize, diretor comercial e de marketing da Gefco Logística do Brasil, diz que o
acordo entre as companhias também prevê o desenvolvimento de projeto conjunto para
transporte aéreo e marítimo na exportação. Léglize afirma que o contrato com a Cocelpa
tem um caráter de "multi-atividade logística" e resultará, em cinco anos, em receita de R$
30 milhões para a Gefco, número que poderá ser maior.
A Cocelpa exporta 3 mil toneladas de papel por mês, a partir da fábrica da empresa em
Araucária (PR), para países da Europa, Oriente Médio e África, além de Paraguai e
Argentina. Os embarques são feitos via porto de Paranaguá, também no Paraná, pelo
sistema FOB, modalidade em que o comprador da mercadoria se encarrega do frete a
partir do porto.
O objetivo da Cocelpa é agregar serviços aos clientes passando a exportar CIF, operação em
que no preço de venda estão incluídos o custo da mercadoria, o seguro de transporte e o
frete. "Apostamos na internacionalização das operações da empresa e ter um parceiro
internacional, como a Gefco, ajuda a ganhar competitividade mesmo em cenário de
desvalorização do dólar", diz Edoardo de Pauli, gerente de logística da Cocelpa.
Gefco fecha contrato com a fabricante de papel e
celulose Cocelpa
Valor Economico, 25/07/2007 – continuação
Pauli disse que a parceria com a Gefco vai trazer ganhos de gestão, produtividade e eficiência
de carga. Segundo ele, haverá redução de 5% nos custos logísticos, percentual que pode
aumentar com o desenvolvimento de novas tecnologias de transporte para papel e
embalagens. "O trabalho com a Gefco tem sido ganha-ganha", avaliou de Pauli. A escolha
da empresa francesa para operador logístico da Cocelpa seguiu-se a um processo de
reestruturação na fabricante paranaense, movimento que levou a empresa a vender sua
frota própria de mais de 150 veículos.
A Gefco entrou na disputa pelo contrato da Cocelpa com mais de 15 operadoras logísticas e
ganhou pelas propostas apresentadas nas áreas de logística interna nas fábricas e de
transporte de produtos industrializados. O contrato se aplica em uma primeira fase a duas
fábricas do grupo paranaense: a Cocelpa, de Araucária, e a Cocelpa Embalagens, de
Curitiba. Em um segundo momento, o contrato deve ser estendido para outras duas
fábricas do grupo: a Arpeco, de São José dos Pinhais (PR) e a Conpel, de Conde (PB).
Segundo Léglize, o contrato com a Cocelpa é um dos maiores no portfólio da Gefco Brasil,
que responde por cerca da metade do faturamento da Gefco Mercosul, que foi de 120
milhões de euros no ano passado. A meta da empresa, com operações no Brasil e
Argentina, é atingir receita de vendas de 170 milhões de euros em 2010. Hoje a Gefco
Mercosul tem mais de 600 clientes ativos em carteira, número que deve chegar a mil até o
fim de 2007. Entre os clientes estão as montadoras, incluindo a PSA Peugeot Citroën,
fabricantes de autopeças, de cosméticos e farmacêuticos.
4º - Projeto da Rede de Distribuição e
Política de Consolidação de Cargas-Transporte
A estratégia gerencial de “buscar trabalhar com grandes volumes, utilizando os
maiores veículos possíveis, a plena capacidade, é um dos principais
mecanismos para reduzir os custos de transporte.
A estratégia mais simples para se consolidar cargas é postergar os embarques
para uma determinada rota, até que haja carga suficiente para atingir a
capacidade máxima do veículo utilizado.
O problema com esta estratégia é que ela afeta negativamente o Serviço ao Cliente,
tanto no que diz respeito ao prazo de entrega, quanto à consistência destes
prazos. A postergação da saída implica a não existência de uma freqüência
definida de saídas, tornando bastante incerto os prazos de entrega, gerando
atrasos e incertezas sobre a real data de entrega.
A maneira inteligente de alcançar a consolidação é através da montagem de uma
rede de instalações envolvendo terminais de cross-docking ou de transbordo,
onde, através da coordenação entre veículos de grande porte, para
transferências entre terminais, e veículos de pequeno porte, para coleta e
entrega, torna-se possível alcançar consolidação, sem prejudicar a qualidade
de serviços medida pelos prazos de entrega e por sua consistência”.
Não confundir com o conceito de consolidação de cargas-armazenagem, que é “receber e
consolidar produtos de várias fábricas para um cliente específico em uma só entrega”
(Bowersox, 327)
4º - Projeto da Rede de Distribuição e
Política de Consolidação de Cargas-Transporte
ATENÇÃO: não confundir rede de distribuição com canal de distribuição.
Rede de Distribuição Direta
Cross-docking
e Transbordo
http://people.hofstra.edu/geotrans/eng/ch5en/conc5en/crossdocking.html
4º - Projeto da Rede de Distribuição e
Política de Consolidação de Cargas-Transporte
Sistemas de Distribuição
http://www.tecnologistica.com.br/site/5,1,54.asp
4º - Projeto da Rede de Distribuição e
Política de Consolidação de Cargas-Transporte
Centro de Distribuição
Os centros de distribuição avançados (CDAs) são típicos de sistemas de
distribuição escalonados, onde o estoque é posicionado em vários elos de uma
cadeia de suprimentos. Seu objetivo é permitir rápido atendimento às
necessidades dos clientes de uma determinada área geográfica distante dos
centros produtores. Para prover utilidade no tempo, avançam-se os estoques
para um ponto próximo aos clientes e os pedidos são então atendidos por este
centro avançado, a partir do seu próprio estoque.
Além de buscar um rápido atendimento, os CDAs possibilitam a obtenção de
economias de transporte, pois estes operam como centros consolidadores de
carga. Ao invés de atender um grupo de clientes diretamente dos armazéns
centrais, o que poderia implicar na movimentação de cargas fracionadas por
grandes distâncias, a utilização dos CDAs permite o recebimento de grandes
carregamentos consolidados e, portanto, com custos de transporte mais
baixos. O transporte até o cliente pode ser feito em cargas fracionadas, mas
este é realizado em movimentos de pequena distância.
Quando utilizados por múltiplos fornecedores, os CDAs apresentam vantagens
adicionais. Além de obter consolidação no transporte de transferência, pode-se
também realizar a entrega final de forma consolidada, quando os pedidos dos
clientes aos diversos fornecedores são combinados.
Para os clientes as vantagens também são grandes, pois estes recebem em um
único carregamento os pedidos que de outra forma seriam feitos por vários
veículos. Este é o caso típico de CDs controlados por cadeias varejistas ou
operadores logísticos que atendem várias indústrias.
Cross-docking
As instalações do tipo cross-docking operam sob o mesmo formato que os Transit
Points, mas se caracterizam por envolver múltiplos fornecedores atendendo
clientes comuns. Cadeias de varejo são candidatos naturais à utilização deste
sistema e, de fato, existem inúmeros exemplos da utilização intensiva do cross-
docking neste setor.
Carretas completas chegam de múltiplos fornecedores e então se inicia um processo
de separação dos pedidos, com a movimentação das cargas da área de recebimento
para a área de expedição. Em sistemas de cross-docking automatizados são
utilizados leitores de códigos de barras que identificam a origem e o destino de
cada pallet. Desta forma, os pallets são automaticamente direcionados para as
respectivas docas através de correias transportadoras e carregados nos veículos
que farão a entrega local. Estes partem com uma carga completa, formada por
produtos de vários fornecedores.
Enquanto procedimento operacional, o cross-docking tem sido utilizado informalmente
já há bastante tempo por várias empresas em seus armazéns tradicionais. A
operação de cross-docking ocorre, por exemplo, quando a gerência de expedição
procura atender uma solicitação de emergência ou procura preencher pedidos
pendentes através de produtos que estão sendo recebidos, antes que estes sejam
direcionados para a área de estocagem. A gerência então desvia estes produtos
para as docas de expedição de forma que estes sejam embarcados o mais rápido
possível. Este procedimento, apesar de oferecer vantagens por minimizar as movimentações internas aos
armazéns, tira proveito apenas de parte dos benefícios resultantes do conceito de cross-docking.
Leonardo Lacerda. Armazenagem Estratégica: Analisando Novos Conceitos
4º - Projeto da Rede de Distribuição e
Política de Consolidação de Cargas-Transporte
Cross-docking
Embora seja operacionalmente simples, para que haja sucesso na operação de cross-docking
é preciso um alto nível de coordenação entre os participantes (fornecedores,
transportadores) viabilizada pela utilização intensiva de sistemas de informação, como
transmissão eletrônica de dados e identificação de produtos por código barra. Além disto,
é de fundamental importância a existência de softwares de gerenciamento de
armazenagem (WMS) para coordenar o intenso e rápido fluxo de produtos entre as docas.
A capacidade de planejamento antecipado e o seu cumprimento rigoroso permitem que a
passagem do estoque pela instalação seja a mais breve possível. Quando há pouca
coordenação, com falta de sincronismo entre os recebimentos das cargas, será
necessário maior espaço para manter o estoque e os veículos poderão ter que aguardar
maior tempo para ter sua carga completada.
As instalações de cross-docking que operam com alto nível de eficiência possuem apenas
uma plataforma com as docas de recebimento de um lado e as docas de expedição no
outro. Os produtos apenas atravessam a plataforma para serem embarcados. Não há,
portanto, necessidade de grandes áreas para o estoque em trânsito e a utilização das
docas e dos veículos é muito maior.
Isto não quer dizer que esta seja a única forma de operação de cross-docking. É também
possível trabalhar com o cross-docking "futuro", onde os produtos ao serem recebidos
não são imediatamente movimentados para os veículos de entrega local, mas
permanecem em uma área de espera para posterior carregamento. Quanto mais "futuro"
for o cross-docking, maior será a necessidade de espaço para espera.
Merge in Transit
O Merge in Transit é uma extensão do conceito de cross-docking combinado aos
sistemas "Just in Time" (JIT). Ele tem sido aplicado à distribuição de produtos
de alto valor agregado, formado por multi-componentes que têm suas partes
produzidas em diferentes plantas especializadas. Um exemplo claro são as
estações de trabalho, formados por CPUs, monitores e teclados.
Tradicionalmente os componentes são consolidados em armazéns centrais e
expedidos aos clientes a partir de seus estoques. Este esquema, além de levar
a movimentações redundantes, apresenta um alto custo de estoque e um
grande risco de obsolescência dado a grande perecibilidade dos produtos de
alta tecnologia.
A operação Merge in Transit procura coordenar o fluxo dos componentes,
gerenciando os respectivos lead times de produção e transporte, para que
estes sejam consolidados em instalações próximas aos mercados
consumidores no momento de sua necessidade, sem implicar em estoques
intermediários. As necessidades de coordenação são muito mais rigorosas que
nos sistemas cross-docking tradicionais, e por isso utilizam o estado da arte
em termos de sistemas de informação para rastreamento e controle dos fluxos.
Freight Consolidation:
PROJETO DA POLÍTICA DE CL = carload
DECISÕES REDE DE CONSOLIDAÇÃO TL = truckload
GERENCIAIS EM DISTRIBUIÇÃO DE CARGAS *LCL = less than carload
TRANSPORTE *LTL = less than truckload
PLANEJAMENTO
EMBARQUES
Embora sejam atividades
PROGRAMAÇÃO diferentes, estas 3 acabam
DE VEÍCULOS sendo realizadas quase que
simultaneamente.
OPERACIONAIS ROTEIRIZAÇÃO
AUDITORIA DE
Curto prazo; dia a dia; FRETES
rotina; respostas
possíveis previamente CONTROLE DE
conhecidas AVARIAS
Roteirização
As cinco decisões / atividades mostradas no A decisão operacional mais importante
“mapa de decisões gerenciais sobre o relacionada ao transporte na Cadeia de
transporte” podem ser classificadas em Suprimentos é a Roteirização /
dois grupos. Programação de entregas.
O primeiro inclui Planejamento de Os gestores devem decidir quais clientes
Embarques, Programação de Veículos e devem ser visitados por um determinado
Roteirização. Estas três decisões / tipo de veículo e com que freqüência
atividades têm em comum a receberão essas visitas.
característica de definir o trabalho a ser A parti de um conjunto de pedidos de
realizado. A Roteirização acaba clientes, a tarefa é traçar rotas e
incorporando as decisões relativas às cronogramas de modo a minimizar os
duas outras atividades que a antecedem. custos para cumprir as promessas de
O segundo grupo inclui Auditorias de Fretes entrega.
e Controle de Avarias, as quais possuem Isso se consegue diminuindo o nº de
caráter de controle operacional. veículos necessários, as distâncias
totais percorridas e os tempos de
viagens, além da eliminação das falhas
de serviços, as quais provocam atrasos.
Fonte: CHOPRA e MEINDL, 289
Métodos de Roteirização
1. Tentativa e erro
2. Matricial de economia, elaborando:
a) matriz de distância
b) matriz de economia
c) designar clientes aos veículos ou rotas
d) organizar os clientes dentro das rotas.
3. Designação geral [centro e raio]:
a) designar pontos de início para cada rota
b) Calcular o custo de inserção de cada cliente
c) Designar clientes às rotas
d) Criar seqüências de clientes dentro das rotas
Exercício de Roteirização
Cliente Coordenada Coordenada Carga
Ajude ao Gestor de Transporte a X Y
montar o roteiro p/ atender
1 0 12 48
aos pedidos da tabela. (Cada
cliente deverá ser atendido 2 6 5 36
por apenas um veículo.) 3 7 15 43
Estão disponíveis 4 caminhões 4 9 12 92
com capacidade de 200 5 15 3 57
unidades. 6 20 0 16
Qual foi a distância total 7 17 -2 56
percorrida por cada
8 7 -4 30
caminhão?
9 1 -6 57
Quais outros fatores de decisão
poderiam ser utilizados? 10 15 -6 47
11 20 -7 91
Resposta: aproximadamente 176 12 7 -9 55
Adotar k = 1,1 13 2 -15 38
TRANSPORTE
Documentos necessários
ROMANEIO
Documento utilizado, tanto em operações de
transporte nacionais quanto de
exportação, para identificar os volumes
embarcados, seus conteúdos e suas
respectivas rotas.
Considerando o embarque de produtos numa
operação de exportação, o Romaneio de
Embarque (packing list) é o ...
• “Documento emitido pelo exportador
para o embarque de mercadorias que se
encontram acondicionadas em mais de
um volume ou em um único volume que
contenha variados tipos de produtos. É
necessário para o desembaraço da
mercadoria e para a orientação do
importador quando da chegada dos
produtos no país de destino.
• O Romaneio nada mais é do que uma
simples lista relacionando uma
descrição detalhada dos produtos a
serem embarcados (volumes e
conteúdos)”.
“Documento emitido pela companhia transportadora que atesta o recebimento da carga, as condições de
transporte e a obrigação de entrega das mercadorias ao destinatário legal, no ponto de destino pré-
estabelecido, conferindo a posse das mercadorias.
É, ao mesmo tempo, um recibo de mercadorias, um contrato de entrega e um documento de propriedade,
constituindo assim um título de crédito.
Este documento recebe denominações de acordo com o meio de transporte utilizado:
• Conhecimento de Embarque Marítimo (Bill of Lading - B/L)
• Conhecimento de Embarque Aéreo (Airway Bill - AWB)
• Conhecimento de Transporte Rodoviário (CRT)
• Conhecimento de Transporte Ferroviário (TIF/DTA)”