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Hemofilia A

Definição: doença hemorrágica hereditária ligada ao cromossomo X,


caracterizada pela deficiência ou anormalidade da atividade
coagulante do fator VIII (BRASIL, 2015)
Histórico: O primeiro relato conhecido sobre hemofilia encontra-se
em um decreto do Talmude (livro de condutas do povo judeu)
datado do século II d.C. (DIMICHELE et. al, 1998; MANNUCCI, 1999)
Bases Moleculares
•Doença recessiva ligada ao
cromossomo X (BRASIL, 2015)
•Heterozigóticos são portadores
(DIMICHELE, 1998; BRASIL, 2015)
•Homozigotos desenvolvem a
doença (DIMICHELE, 1998; BRASIL,
2015).
•Homens com a alteração
desenvolvem obrigatoriamente a
doença (DIMICHELE, 1998; BRASIL,
2015)
•30% dos pacientes não possuem
histórico familiar (BRASIL, 2015)
Fonte:http://blog.brasilacademico.com/2017/03/hemofili
a-esperanca-de-cura.html
Bases Moleculares

Gene produtor de fator VIII


(F8)
•Localizado na porção Xq28
(FERREIRA et. al, 2010)
•Possui 186.000 pares de base,
aproximadamente 9 kb de éxons
e 177 kb de íntrons (FERREIRA
et. al, 2010) Figura 2: cromossomo X
mostrando a posição dos genes.
Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Xq28
Bases Moleculares

Do gene a proteína:


•O RNAt com cerca de 9010 bases
•Proteína com 2.351 aminoácidos
•Proteína é clivada no complexo de Golgi
•Cadeia pesada A1 e A2, Cadeia leve
A3, C1 e C2

Fgura 3: formula estrutural da


proteina fator VIII. Fonte:
https://en.wikipedia.org/wiki/Factor_
VIII
Cascata de Coagulação

Fonte:http://bioquimicaufjfgv2013.blogspot.com/2014/05/modelos-da-coagulacao-sanguinea.html
Manifestações clínicas
•Sangramentos intra-articulares (hemartroses),
hemorragias musculares ou em outros tecidos ou
cavidades (BRASIL, 2015).

Tabela 1: frequência de tipos sangramentos na hemofilia. Fonte: Manual de hemofilia /


Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção
Especializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília : Ministério da Saúde, 2015.
Referências:
1-DiMichele D, Neufeld EJ. Hemophilia. A new approach to an old disease. Hematol Oncol
Clin North Am. 1998;12(6): 1315-1344.
2- Mannucci PM, Tuddenbam EG. The hemophilias: progress and problems. Semin Hematol.
1999;36(4 Suppl 7):104-17.
3- Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção
Especializada e Temática. Manual de hemofilia / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à
Saúde, Departamento de AtençãoEspecializada e Temática. – 2. ed., 1. reimpr. – Brasília:
Ministério da Saúde, 2015.
4-Rodrigues, E. S.; Fernandes-Castilho, A.; Covas, D. T.; Fontes, A. M. Novos conceitos sobre
a fisiologia da hemostasia. Revista da Universidade Vale do Rio Verde, Três Corações, v. 10,
n. 1, p. 218-233, 2012.
5. Ferreira, C. N.; Sousa, M. O.; Dusse, L. M. S.; Carvalho, M. G. A cell-based model of
coagulation and its implications. Rev. Bras. Hematol. Hemoter; 32 (5): 416-421, 2010.
6- PIO SF; OLIVEIRA GCD, REZENDE SM. As bases moleculares da Hemofilia A. Rev Assoc
Med Bras. 2009; 55(2): 213-9.

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