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Formador: Carlos Lourenço

1
A prevenção é meio caminho para se evitar os acidentes.

2
ÍNDICE

1- Introdução 4

2 – Destinatários da informação/população alvo 5

3 – Estrutura do manual adoptada 6

4 – Acidentes mais comuns nas crianças 7

5 – Prevenção de acidentes 62

6– Nota final 76

7 – Referências Bibliográficas 77

Anexo 78
3
1 - INTRODUÇÃO

O presente trabalho surge no âmbito da avaliação do módulo de Segurança do


Trabalho e a temática escolhida diz respeito à elaboração do manual de primeiros
socorros.

Neste manual pretende-se esclarecer e apresentar os cuidados a ter com os acidentes


mais comuns das crianças, bem como a prevenção de acidentes, os quais devem ser
feitos mesmo por pessoas leigas, até que seja possível uma assistência médica
efectiva. Evidentemente, estes socorros limitam-se a medidas mínimas que
proporcionam à vítima uma situação que possa livrá-la de um agravamento do seu
estado ou mesmo da morte imediata, por asfixia, hemorragia ou choque.

Este pequeno manual, em linguagem acessível, de fácil leitura e manuseio tem como
objectivo sensibilizar/relembrar à comunidade escolar os cuidados a ter perante os
acidentes mais comuns nas crianças.

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2 – DESTINATÁRIOS DA INFORMAÇÃO/POPULAÇÃO ALVO

-Educadores de infância

-Educadores sociais

-Coordenadores pedagógicos

- Professores do 1º ciclo e ensino básico

- Auxiliares de educação

- Animadores sócio-culturais

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3 – ESTRUTURA DO MANUAL ADOPTADA

O presente manual de primeiros socorros, deve servir de instrumento de trabalho,


com informação relevante.

Este manual é formado por duas partes:

- A primeira aborda os acidentes mais comuns nas crianças, dando a conhecer as


suas consequências bem como a actuação do socorrista mediante cada uma;

- A segunda aborda a prevenção de acidentes como parte integrante do primeiro


socorro.

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4 - ACIDENTES MAIS COMUNS NAS CRIANÇAS

 Ataque de Asma 8
 Convulsões Febris 14
 Cortes e arranhões 18
 Desmaio 21
 Engasgamento 25
 Farpas 36
 Hemorragias 39
 Lesões na Cabeça 43
 Picada de Insectos 47
 Ingestão de Venenos 51
 Como aplicar um penso 54
 Verificar a circulação 56
 Aplicar uma ligadura na mão ou no pé 58
 Atar uma alça para o braço 60
7
Ataque de Asma

Durante um ataque de asma, contracções musculares fazem estreitar as


vias aéreas dos pulmões, provocando edema e inflamação dos
revestimentos das mesmas.

Ataques súbitos e dificuldade ventilatória ocorre, por vezes


durante a noite.

Para facilitar a ventilação, os asmáticos crónicos fazem-se normalmente


acompanhar da sua própria medicação,sobre a forma de aerossol, que
eles mesmos utilizam no caso de sobreviver um ataque.

Relativamente a estes aerossóis, será prudente aconselhar a vitima a


não ultrapassar a dose máxima diária prescrita pelo medico assistente,
ainda que se sinta muito aflita.

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Ataque de Asma (cont.)

Sintomas e sinais

 A vitima pode mostrar-se muito ansiosa e ter dificuldade em falar;

 Dificuldade em ventilar, sobretudo no momento da expiração;

 Coloração azulada da face.

Causas da Asma

 Os ataques de asma podem ser provocados pela tensão nervosa


ou por uma alergia, se bem que em muitos casos o motivo não
seja evidente.

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Ataque de Asma (cont.)

Objectivo do Socorro

 Sossegar a vitima;

 Se possível, fazê-la ventilar ar fresco e colocá-la numa


posição que torne a ventilação mais fácil;

 Procurar assistência médica, no caso de ataques sucessivos ou


prolongados, ou se tiver dúvidas acerca do estado da vítima.

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Ataque de Asma (cont.)

Socorro

1. Acalme a vítima

 Sente a vítima numa posição confortável. Por vezes é preferível


incliná-la para a frente;

 Reconforte-a e acalme-a;

 Diga-lhe que respire devagar e


profundamente.

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Ataque de Asma (cont.)

Socorro

2. Dê-lhe a medicação

 Dê à sua vítima o seu inalador de alívio (habitualmente azul), e


peça-lhe que tome a dose.

 Se a vítima for uma criança, pode necessitar de uma câmara expansora


fixa ao inalador.

 O efeito do inalador deve ser evidente passados alguns minutos.

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Ataque de Asma (cont.)

Socorro

3. Repita a dose

 Se o inalador aliviou os sintomas, peça a vítima que repita a dose;

 Incentive-a a continuar a respirar lenta e


profundamente;

 Diga-lhe que informe o médico se o ataque


tiver sido excepcionalmente grave.

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CONVULSÕES FEBRIS

 As convulsões que surgem em crianças pequenas devido á febre elevada


são conhecidas como convulsões febris.

 As crianças com menos de 5 anos têm mais probabilidades de sofrer


convulsões, que são raramente perigosas para elas.

Sinais e Sintomas
 Costas arqueadas, pernas rígidas e punhos cerrados;

 Olhos rolam para cima;

 Movimentos involuntários das pernas e dos braços;

 Febre elevada.
14
CONVULSÕES FEBRIS

Objectivo do Socorro
 Baixar a temperatura da criança, protegendo-a de lesões e pedir ajuda
médica;

 Não usar a força para restringir a criança;

 Não meter nada pela boca;

Socorro

1. Proteja a Criança:

Colocando almofadas, cobertores, toalhas ou roupa á


volta da criança para a proteger de lesões. Não a
desloque enquanto ela está a ter uma convulsão.
15
CONVULSÕES FEBRIS

Socorro

2. Arrefeça a Criança:

 Dispa a criança ou retire os cobertores para a arrefecer;

 Descendo a partir da cabeça, passe uma esponja embebida em água tépida por
todo o corpo da criança;

 Não seque a criança; deixe que a água evapore da pele;

 Não a deixe ficar com demasiado frio.

16
CONVULSÕES FEBRIS

Socorro
3. Peça ajuda:

 Peça a alguém que chame uma ambulância ou chame-a você.

4. Vigie a vítima:

 Vigie a temperatura da criança a intervalos regulares;

 Dê á criança a dose adequada de xarope paracetamol quando


acabarem as convulsões (deve estar prescrito);

 Pare de a arrefecer assim que a temperatura chegue aos 37º


graus.

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Cortes e Arranhões

As feridas pequenas, como cortes e arranhões, não sangram muito e requerem


tratamento.

No entanto, o importante é limpar a ferida e aplicar um penso esterilizado o


mais depressa possível para minimizar o risco de infecção.

Verifique ainda se a vacinação antitetânica da vítima está actualizada e faça


com que ela receba um reforço se necessário.

Sinais e Sintomas
 Sangue com exsudação;

 Dor localizada

 Zona arranhada contendo partículas de sujidade e pó. 18


Cortes e Arranhões (cont.)

Socorro de Escoriações
1. Limpe a ferida

 Sente a vítima e reconforte-a. Mesmo uma queda pequena pode fazer com
que a vítima se sinta abalada;

 Lave a sujidade do corte ou do arranhão sob água corrente;

 Limpe suavemente a ferida á volta dela com uma


compressa de gaze. Mude de compressa sempre que
limpa e limpe de dentro para fora;

 Levante qualquer material que se solte, como o vidro,


areia ou metal com o canto da compressa;

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 Seque a ferida com uma compressa.
Cortes e Arranhões (cont.)
Socorro de Escoriações
2. Cubra a ferida

 Para pequenos cortes e arranhões cubra a ferida com um penso rápido.


 Para lesões maiores, coloque uma compressa esterilizada e prenda com
uma ligadura ou adesivo.
 Repouse o membro afectado, de preferência em posição elevado.

3. Importante

 Nunca toque no corte ou no arranhão com os dedos


para evitar infectá-lo;

 Evite usar algodão em rama ou outros materiais fofos


para limpar o corte ou um arranhão;

 Usar luvas descartáveis e/ou lave bem as mãos quando


lidar com fluídos corporais. 20
Desmaio

 Um desmaio é uma perda momentânea de consciência, não dura mais do


que alguns minutos.

Causas

 Redução temporária do fluxo sanguíneo que irriga o cérebro; o


restabelecimento é normalmente rápido e completo;

 Reacção nervosa á dor ou ao susto;

 Resultado duma perturbação emocional, de exaustão ou de carência


alimentar.

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Desmaio (cont.)

Sinais e Sintomas

 Pulsação lenta e fraca;

 A vítima pode estar muito pálida.

 Suores.

Objectivo do Socorro

 Posicionar a vítima de forma a que a gravidade ajude a aumentar o


fluxo sanguíneo ao cérebro.

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Desmaio (cont.)
Socorro
1. Eleve as pernas

 Se a vítima desmaiou, eleve-lhe as pernas acima do nível do coração para facilitar


a irrigação. Se ela se sentir a desmaiar, mas não desmaiou, peça-lhe que se deite e
eleve-lhe as pernas;

 Apoie-lhe as pernas com o corpo, com almofadas ou com cobertores.

2. Ponha a vítima confortável

 Desaperte o vestuário que restrinja os movimentos;

 Assegure-se de que a vítima recebe bastante ar fresco.


Se está dentro de casa, abra uma janela ou ligue uma
ventoinha para o seu rosto.
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Desmaio (cont.)

Socorro
3. Trate de eventuais lesões

 Procure eventuais lesões que a vítima possa ter feito ao cair;

 Trate-as adequadamente.

4. Ajude a vítima a levantar-se

 Quando a vítima se sentir melhor, ajude-a a sentar-se muito devagar;

 Se a vitima começar a sentir-se de novo a desmaiar, ajude-a a deitar-se.

 Eleve-lhe e apoie-lhe de novo as pernas até ela se sentir totalmente


restabelecida;

 Ajude-a a sentar-se de novo, movendo-a muito devagar e assegurando-se


de que ela já não se sente a desmaiar.
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Engasgamento

Ocorre normalmente quando a via aérea fica parcial ou totalmente


obstruída pela deglutição de um objecto grande ou quando alguma
coisa entra para a traqueia em vez de descer pelo esófago.

Causas do Engasgamento

 O engasgamento pode ser causado por espasmos musculares;

 Os adultos podem engasgar-se com pedaços de comida que foram mal


mastigados e engolidos á pressa;

 As crianças correm um risco maior porque gostam de levar tudo à boca.


25
Engasgamento (cont.)

Sintomas e Sinais

 Sintomas e sinais gerais de asfixia;

 A vitima fica incapaz de falar ou de ventilar (respirar) e pode agarrar-se à


garganta;

 A vitima fica em silêncio;

 À congestionamento da cara e do pescoço, as veias ficam salientes;

 A vitima tem uma coloração azulada nos lábios e na boca. Pode ocorrer
inconsciência na vitima.

26
Engasgamento (cont.)

Objectivo do Socorro

 Remover o objecto de obstrução e restaurar a ventilação normal;

 Promover transporte para o hospital.

Socorro

1. Tratamento nos adultos e em crianças com mais de 7 anos

a) Estimule a tosse:

 Peça á vítima que tussa. Isso pode desalojar aquilo que esteja a obstruir a
traqueia;

 Na criança, procure na boca se aparece alguma coisa. 27


Engasgamento (cont.)

Socorro
b) Dê palmadas nas costas:

 Se a vítima ficar mais fraca dobre-a para a frente a partir da cintura;

 Coloque-se mais ou menos ao lado e atrás da vítima;

 Coloque uma braço á volta da cintura para a apoiar e dê


palmadas fortes entre as omoplatas com a outra mão.

 Verifique de novo a boca.

28
Engasgamento (cont.)

Socorro

c) Aperte o abdómen

 Se a obstrução ainda não tiver sido removida, fique atrás da vítima.

 Aperte o punho de uma das mãos, coloque o lado do polegar


mesmo abaixo da caixa torácica, e coloque a outra mão por cima.

 Puxe para cima e para dentro com força até cinco vezes.

 Verifique de novo a boca.

29
Engasgamento (cont.)

Socorro

d) Repita o tratamento:

 Se a obstrução ainda não tiver sido deslocada, dê mais três


conjuntos de palmadas nas costas e de apertos
abdominais.

 Se a obstrução permanecer, chame uma ambulância.


Devendo repetir o tratamento enquanto espera.

30
Engasgamento (cont.)
Socorro

2. Tratamento nas crianças de 1 a 7 anos

a) Estimule a tosse
 Se a criança ainda consegue respirar, estimule-a a tossir. A tosse pode
ajudar a desalojar a obstrução.
 Procure na boca se saiu alguma coisa. Provavelmente a criança quererá
cuspi-la.

b) Dê palmadas nas costas


 Se a criança parar de tossir ou não conseguir respirar, dobre-a para a
frente, coloque-se por trás dela e dê-lhe três a cinco palmadas fortes nas
omoplatas.
 Procure de novo na boca se saiu alguma coisa.
31
Engasgamento (cont.)

Socorro

c) Aplique golpes no tórax:

 Se as palmadas não ajudarem, coloque um punho no


fundo do esterno e a outra mão sobre este

 Puxe com força para dentro e para cima


cinco vezes.
 Veja de novo a boca

32
Engasgamento (cont.)

Socorro

d) Aplique golpes do abdómen


 Se os golpes no tórax não ajudarem, desloque as mãos para a
parte superior do abdómen.

 Pressione fortemente para dentro e para cima até cinco


vezes.
 Procure de novo na boca.

a) Repita o tratamento
 Se a obstrução permanecer, repita a sequência três vezes.

 Se o objecto continuar alojado, chame uma ambulância.


Devendo sempre repetir a sequência enquanto espera.
33
Engasgamento (cont.)

Engasgamento de bebés com menos de 1 ano

Sinais e sintomas:

 Som agudo como guinchos, ou não fazer qualquer som.

 Dificuldade em respirar.

 Rosto e pescoço vermelhos, depois cinzentos-azulados.


 Socorro
a) Dê palmadas nas costas:
 Coloque o bebé com a cara para baixo ao longo do seu braço,
com a cabeça apoiada na sua mão.
 Dê-lhe cinco palmadas fortes nas costas.
 Vire-o para cima e procure dentro da sua boca se saiu alguma
34
coisa.
Engasgamento (cont.)
Engasgamento de bebés com menos de 1 ano

b) Comprima o tórax:

 Se o bebé continuar engasgado, deite-o de barriga para cima e


coloque dois dedos no esterno, abaixo do nível dos mamilos.
 Comprima com força o tórax com os dedos até cinco vezes.
 Verifique de novo a boca e remova tudo o que vir.

c) Repita o tratamento:
 Se a obstrução permanecer, repita a sequência de palmadas nas costas e compressões no
tórax mais três.
 Se a obstrução não for removida depois de feitos todos os esforços chame a ambulância.

 Leve consigo o bebé quando for chamar a ambulância.


 Repita a sequência de tratamentos enquanto aguarda pela chegada da ambulância.
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Farpas

 Os corpos estranhos enterrados na pele que encontrará com maior frequência


serão as limalhas metálicas ou farpas de madeira.

 Em geral, podem ser retiradas facilmente com a ajuda de uma pinça.


Contudo, se a farpa estiver muito enterrada, ou se for muito grande, procure
ajuda médica o mais rápido possível.

Sinais e Sintomas
 Contacto conhecido com peças de madeira, metal ou vidro;

 Indicação visível de um corpo estranho enterrado;

 Dor e sensibilidade na zona afectada.

Objectivo do Socorro
 Retirar cuidadosamente a farpa.
36
Farpas (cont.)

Socorro

1. Esterilize a pinça

 Limpe meticulosamente a zona infectada com


água morna e sabão.
 Esteriliza a pinça aquecendo-a sobre uma
chama.

2. Puxe a farpa

 Agarre a farpa com uma pinça, depois


puxe-a em linha recta na direcção oposta à
entrada.

 Tente não partir a farpa.


37
Farpas (cont.)

Socorro

3. Limpe a ferida
 Esprema a zona à volta da ferida. Isto ajuda a fazer
sair qualquer sujidade.
 Limpe a zona afectada e cubra-a com um penso.
 Verifique se a vacina do tétano está actualizada.

4. Cubra a farpa espetada


 Se a farpa quebrar ou não sair, coloque compressas de ambos os lados
e uma ligadura sobre elas, evitando exercer pressão.
 Procure ajuda de um médico.
38
Hemorragia

É uma perda de sangue que pode ser assustadora e fatal. E deve ser parada
o mais depressa possível. Pode ocorrer após uma incisão profunda ou
laceração na pele.

Sintomas e Sinais

 Hemorragia externa grave evidente.


 Sintomas e sinais de choque
 A vítima queixa-se de sede.
 Pele fria e húmida; A face e os lábios tornam-se pálidos.
 Pulsação acelera-se mas enfraquece. A vítima fica desassossego e
faladora.
 Possível inconsciência.
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Hemorragia (cont.)
Objectivo
 Estancar a hemorragia;

 Limpar e pôr um penso na ferida para reduzir a perda de sangue e


evitar a infecção;

 Levá-lo ao hospital o mais depressa possível.

Socorro

1. Reduza o fluxo sanguíneo:


 Remova ou corte a roupa, se necessário, para expor a ferida;
 Cubra a lesão com uma compressa esterilizada, um penso limpo se o
tiver;
 Comprima a ferida firmemente durante 10 minutos ou mais tempo se
necessário, até parar a hemorragia. 40
Hemorragia (cont.)

Socorro
2. Deite a vítima:

 Se a hemorragia não parar, deite a vítima numa superfície


firme, mantendo a lesão elevada.

 Desaperte o vestuário á volta.

3. Faça um penso seguro:


 aplique a ligadura sobre a ferida não demasiado apertada.
 Se o sangue ensopar o penso, cubra-o com um segundo penso. Se
continuar mude-os (não se deve retirar a primeira compressa).

4. Peça ajuda
 Peça a alguém que chame uma ambulância ou chame-a você
mesmo.
41
Hemorragia (cont.)

Socorro

5. Vigie a vítima:

 Observe sinais de choque


 Verifique a respiração, a pulsação e o grau de consciência de 10 em
10 minutos.

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Lesões na cabeça

As lesões na cabeça provocam, por vezes, danos ou perturbações no cérebro.


Nestes casos, podem surgir distúrbios ou perdas de consciência resultantes de
concussão ou compressão, ou decorrentes de lesões associadas a outras
situações não evidenciadas.

Por isso, é essencial que se faça um exame cuidadoso á vítima.

Estas pancadas directas na cabeça que provoquem feridas ou


equimoses podem ser acompanhadas de facturas no crânio.

Este tipo de lesões resulta normalmente de: quedas, particularmente no caso de


pessoas idosas, doentes ou
intoxicados; acidentes rodoviários, acidentes no trabalho nas profissões de
elevado risco, como é o caso dos construtores civis ou mineiros.
43
Lesões na cabeça (cont.)
Sinais e Sintomas

 Perda momentânea ou parcial da consciência, enquanto a vítima está


inconsciente pode ventilar;
 Ventilação pouco profunda;
 Palidez da face;
 Pele fria e húmida;
 Pulso rápido e fraco.

 Durante a recuperação:
 O acidentado pode sentir náuseas e mesmo vómitos, nas 24 a 48 horas subsequentes á
lesão.
 Ao recuperar a consciência:
 O acidentado pode não se recordar de quaisquer acontecimentos ocorridos no período
imediatamente anterior ou posterior ao acidente.
44
Lesões na cabeça (cont.)

Objectivo do Socorro

 Socorrer o estado de inconsciência e quaisquer ferimentos visíveis e


procurar ajuda médica.

Socorro
1. Trate as feridas visíveis

 Se houver uma ferida no couro cabeludo, recoloque retalhos de pele.

 Pressione a ferida com uma compressa para controlar a hemorragia.


 Mantenha a pressão pelo menos 10 minutos até a hemorragia ter parado.
 Prenda uma ligadura à volta da cabeça para segurar a compressa.

45
Lesões na cabeça (cont.)
Socorro

2. Avalie a vítima

 Verifique se está consciente, fazendo perguntas


simples e directas em voz audível.
 Se ela responder às perguntas, deite-a em posição
confortável, depois transporte-a para o hospital.
 Se a vítima não reagir, peça a alguém que chame uma ambulância.
 Se precisar de deixar uma vítima inconsciente sozinha para fazer a
chamada, coloque-a na posição de segurança.

3. Vigie a vítima
 Vigie a respiração, a pulsação e o grau de consciência de 10 em 10
minutos até chegar a ambulância.
46
Picada de insectos

As picadas de abelhas, vespas ou vespões são dolorosas mas pouco


perigosas. Pode haver dor aguda seguida de inchaço, ulceração e comichão
temporários.

O seu objectivo é procurar sinais de choque anafilático, remover o ferrão,


cobrir a ferida e reduzir inchaço.

Sinais e Sintomas

 Ferrão na pele
 Área inchada
 Dor localizada

47
Picada de insectos
Socorro

1. Tratar picadas na pele:


a) Remova o ferrão:
 Se houver um ferrão na ferida, retire-o com a unha ou com um
cartão de crédito.
 Não agarre o saco de veneno com os dedos ou com uma pinça pois
a pressão pode fazer com que mais veneno seja infectado.

b) Trate a ferida:
 Lave a ferida com a água e sabão e seque-a.
 cubra a ferida com um penso rápido.
 Aplique uma compressa fria por cima para reduzir a dor e o
inchaço.

Aconselhe o ferido a procurar ajuda médica se os sintomas


persistirem . 48
Picada de insectos
Socorro

c) Trate a ferida
 Lave a ferida com a água e sabão e seque-a.
 Cubra a ferida com um penso rápido.
 Aplique uma compressa fria por cima para reduzir a dor e o inchaço.
 Aconselhe o ferido a procurar ajuda médica se os sintomas
persistirem .

49
Picada de insectos

Socorro

2. Tratar picadas na boca

a) Reduzir inchaço
 Dê á vítima um copo de água fria para beber aos goles ou gelo para
chupar, para reduzir o inchaço

b) Peça ajuda

 Chame a ambulância

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Ingestão de venenos

A Ingestão de produtos químicos tóxicos ou de plantas venenosas, ou ainda


a ingestão excessiva de drogas recreativas ou medicinais podem causar
envenenamento.

Procure assistência médica imediata e dê aos serviços de emergência o


máximo de informação possível sobre o envenenamento, incluindo o tipo de
substâncias ingerido, a quantidade e a hora.

Sinais e Sintomas

 Dor no abdómen ou no tórax;


 Náuseas, vómitos e diarreia;
 Dificuldades em respirar;
 Tonturas;
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Ingestão de venenos

Socorro

1. Obtenha informações

 Se a vítima estiver consciente pergunte-lhe que


veneno ingeriu.

 Procure sinais de frascos ou de embalagens á


volta da vítima.

2. Peça auxílio:

 Chame uma ambulância.

 Diga ao telefonista o que a vítima tenha


ingerido.

52
Ingestão de venenos

Socorro

3. Vigie a vítima

 Vigie a respiração, a pulsação e a consciência de 10 em 10 minutos até


chegar o auxílio.

 Procure sinais de deterioração.

 Se for envenenamento por álcool, cubra a vítima com um cobertor.

53
Como aplicar um penso

1. Aplique a compressa

 Lave bem as mãos e calce luvas descartáveis, se possível.

 Escolha um penso com uma compressa que cubra uma área 2,5 cm maior do
que os bordos do ferimento.

 Desenrole a ligadura até que a compressa fique visível, deixando uma


pequena ponta solta num dos lados e um rolo de ligadura do outro. Coloque
o penso directamente sobre o ferimento.

54
Como aplicar um penso
2. Ligadura no lugar
 Segure o penso passando a ponta mais curta da ligadura uma vez
mais á volta do penso e do membro.

 Continue a segurar a ponta mais curta e passe o rolo de ligadura á


volta do penso e do membro. Continue a desenrolar até tapar a
compressa.

3. Prenda a ligadura:
 Até as pontas da ligadura por cima do penso.

 Verifique a circulação e, se necessário, solte um pouco a ligadura e volte a aplicar.

 Se o sangue passar para fora, aplique um segundo penso sobre o primeiro. Se


molhar o segundo penso, remova ambos e recomece.
55
Verificar a circulação

1. Aplique pressão:

 Imediatamente após ligar um membro, verifique a


circulação nos dedos das mãos ou dos pés abaixo da
ligadura.

 Aperte a unha ou a pele até a zona ficar pálida, depois


liberte a pressão. A cor deve voltar de imediato.

56
Verificar a circulação

2. Solte a ligadura

 Se a cor da pele não voltar logo, a ligadura está


demasiado apertada e deve ser folgada.

 Desenrole algumas voltas da ligadura. Espere que a


pele volte a ganhar cor, depois volte a aplicá-la mais
solta. Verifique de novo.

3. Vigie a vítima

 De 10 em 10 minutos, procure nos dedos sinais de pouca circulação tais


como pele pálida, fria ou dormente. Desaperte a ligadura e volte a aplicá-la
se necessário.
57
Aplicar uma ligadura na mão ou no pé

1. Comece no pulso:

 Coloque a ponta da ligadura no lado interno do


pulso na base do polegar ( ou do tornozelo numa
ligadura para o pé ); prenda a ponta dando uma
volta direita ao pulso.

 Puxe a ligadura em diagonal sobre as costas da


mão da vítima na direcção do dedo mínimo.

 Passe a ligadura sob e sobre os dedos de forma a


que o bordo superior toque mais ou menos a meio
do dedo indicador.
58
Aplicar uma ligadura na mão ou no pé

2. Repita as camadas:

 Passe a ligadura em diagonal sobre as costas


da mão, depois á volta do pulso e de novo
sobre a mão na direcção do dedo mínimo.
 Continue, cobrindo dois terços da camada
anterior a cada nova volta.
 Quando a mão estiver coberta, dê duas
voltas directas á volta do pulso (ou do
tornozelo) e prenda a ligadura e volte a
aplicá-la se necessário.

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