Você está na página 1de 57

O Amor e o Dinheiro

Ou
Meu Bem e Meus Bens
Quando o amor começa...

(...) De jeito maneira


A semana inteira Não quero dinheiro
Fiquei esperando Quero amor sincero
Pra te ver sorrindo Isto é que eu espero
Pra te ver cantando Grito ao mundo
Quando a gente ama inteiro
Não pensa em Não quero dinheiro
dinheiro Eu só quero amar (...)
Só se quer amar
Se quer amar
Se quer amar
Quando o amor termina...
Leva, tudo aquilo que eu dei
Mas não leva tudo que eu podia dar
Leva, tudo aquilo que eu dei
Mas não leva tudo que eu podia dar
Leva o Van Gogh e o Buldogue de raça que eu
criei
E a medalha que um jogo de malha nos
aproximou
Leva o aparelho de jantar e a baixela de prata
E o retrato daquela mulata que o Lan
desenhou
Leva a obra completa de Machado de Assis
Entre as curvas e retas, sua bissetriz
Leva o apartamento que está desocupado
Já que não quer mais viver ao meu lado
Então leva!
Regime de Bens
Conceito:

Complexo de regras que regulam o patrimônio dos cônjuges e


companheiros durante o casamento ou a união estável.

Consiste nas disposições normativas aplicáveis à sociedade conjugal no


que concerne aos seus interesses pecuniários, tratando-se do estatuto
patrimonial dos cônjuges que começa a vigorar desde a data do
casamento.

A essência das relações econômicas entre os consortes reside


incontestavelmente no regime de bens
Princípio da Variedade dos
Regimes de bens

A legislação oferece quatro tipos diferentes de regime de bens. Pode ainda ser
mesclado ou criado um novo modelo, obedecendo-se às disposições legais.
Princípio da Imutabilidade relativa
ou Mutabilidade justificada do
regime adotado

O regime de bens entra em vigor com a celebração do casamento, não


podendo ser modificado posteriormente apenas pela vontade de uma das
partes.

O CC 2002 ao admitir a mutabilidade do regime de bens, desde que haja uma


autorização judicial.
Princípio da Indivisibilidade do
Regime de Bens

Um para o casal...
Princípio da Imediata Vigência do
Regime de Bens
Princípio da Autonomia da Vontade
ou Liberdade dos Pactos
Antenupciais

É lícito aos nubentes, antes de celebrado o casamento, estipular, quanto aos


seus bens, o que lhes aprouver.

Podem adotar o regime de separação de bens, mas estipular que os bens


adquiridos por herança se comunicam, etc.

Apresenta 3 exceções: separação legal obrigatório de bens: maiores de 70


anos, causas suspensivas e quando necessitam de suprimento judicial (art.
1.641 )
Pacto Antenupcial
Pacto Antenupcial
Trata-se de um contrato solene, realizado antes do casamento, por meio do
qual as partes dispõem sobre o regime de bens que vigorará entre elas,
durante o casamento.

É um negócio solene feito por escritura pública no Cartório de Notas,


que disciplina as questões patrimoniais e não patrimoniais entre os
cônjuges, bem como as responsabilidades de cada um perante terceiros.
Pacto Antenupcial
Pode ser feito por procurador com poderes especiais e após a feitura
não exige a legislação brasileira prazo para o casamento se realizar.
Pacto Antenupcial
O pacto antenupcial somente é necessário caso os noivos optem por um
regime de bens diferente do regime legal, que é o regime da comunhão
parcial de bens ou, em alguns casos especiais, o regime da separação
obrigatória de bens.

Ou seja, somente quem deseja casar pelo regime da separação de bens,


comunhão universal de bens, participação final nos aquestos ou por
um regime de bens misto precisa fazer um pacto antenupcial.
Pacto Antenupcial
O pacto antenupcial deve ser feito por escritura pública no cartório de notas
e, posteriormente, deve ser levado ao cartório de registro civil onde será
realizado o casamento, bem como, após a celebração do casamento, ao
cartório de registro de Imóveis do primeiro domicílio do casal para
produzir efeitos perante terceiros e averbado na matrícula dos bens
imóveis do casal.

O regime de bens começa a vigorar a partir da data do casamento e


somente poderá ser alterado mediante autorização judicial.
Pacto Antenupcial – Minuta
Recomenda-se que a advogada faça a minuta traçando os detalhes que o
casal almeja, antes de irem ao cartório.
Pacto Antenupcial
Antes do casamento, os noivos devem comparecer ao cartório de notas
com os documentos pessoais (RG e CPF originais), para fazer o pacto
antenupcial, caso desejem casar pelo regime da separação de bens,
comunhão universal de bens, participação final nos aquestos ou regime de
bens misto.
Pacto Antenupcial - Minuta
Qualificação das Partes:

CLÁUSULA PRIMEIRA: que tendo em consideração os convênios mútuos,


promessas e atos a serem executados por cada um dos nubentes, estes
concordam com os termos e condições do presente pacto;

CLÁUSULA SEGUNDA:
A NUBENTE ______________________________, tem direitos de
propriedade e administração exclusiva e total sobre o bem imóvel
(individualizar) , sendo o regime de separação de bens referente a esse
bem imóvel absoluto, ou seja, não haverá comunicabilidade deste com os
demais bens imóveis adquiridos antes do casamento, como também aos
que forem adquiridos durante a constância do casamento, isoladamente ou
em conjunto, tanto a título gratuito quanto oneroso;
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA TERCEIRA:
O NUBENTE _______________________________, tem direitos
exclusivos de propriedade e administração total do veículo (individualizar).,
não havendo comunicabilidade com os demais veículos que, durante o
casamento, vierem a ser adquiridos pelos cônjuges, a título gratuito ou
oneroso, conforme cláusula anterior;

CLÁUSULA QUARTA:
Quanto aos bens constantes das cláusulas SEGUNDA e TERCEIRA deste
pacto, fica estipulado que o resultado da venda de qualquer um deles,
poderá ser aplicado na aquisição de outro ou outros, a título de sub-
rogação, como bem entender seu proprietário, continuando incomunicável,
ainda que o novo bem adquirido seja de qualidade e valor superior ao
anterior, devendo, entretanto, constar da escritura ou outro qualquer
documento legal que comprove a sua sub-rogação, a valorização ou
acréscimo agregado àquele;
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA QUINTA:

Que todos os bens particulares, com exceção daqueles constantes das


cláusulas SEGUNDA e TERCEIRA do presente pacto, adquiridos
anteriormente a data do casamento dos contratantes, continuarão sob a
administração exclusiva de cada cônjuge proprietário, com a plena
liberdade de dispor dos mesmos da maneira que melhor lhes convier,
aliená-los ou gravar de ônus real, independentemente da anuência do outro
cônjuge;
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA SEXTA – que o bem imóvel (individualizar), adquirido pelo
NUBENTE _________________________________________, na data de
xx de xxxx de xxxx, onde será fixada residência e domicílio do casal,
doravante será de direito e propriedade de ambos;

PARÁGRAFO ÚNICO – esta cláusula aplicar-se-á não só ao bem nela


descrito, mas aos que durante o casamento, vierem a ser adquiridos
isoladamente ou em conjunto, a título gratuito ou oneroso, assim como a
seus frutos e rendimentos, com exceção daqueles que vierem a ser sub-
rogados no lugar dos bens constantes das
cláusulas SEGUNDA e TERCEIRA do presente pacto;
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA SÉTIMA – os pactuantes, neste ato, renunciam, de forma
irretratável e irrevogável, a qualquer ajuda material, a título de
alimentos, em caso de dissolução do casamento de comum acordo,
por quaisquer de suas formas, resguardados o direito dos filhos comuns
porventura existentes.

PARAGRAFO ÚNICO - havendo dissolução do casamento por motivo


de infidelidade, a parte que der causa à dissolução, perderá ao direito
previsto no caput desta, ficando ainda obrigado ao pagamento de
indenização por danos morais, desde já fixados no montante
equivalente a xx salários mínimos vigentes à época de eventual
ocorrência do fato previsto;
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA OITAVA – os Nubentes declaram ter pleno entendimento do
presente acordo, conhecendo e concordando com seu caráter vinculativo,
bem como, que este reverter-se-á em proveito dos mesmos e seus
respectivos herdeiros, sucessores e beneficiários;

CLÁUSULA NONA – o presente Pacto Antenupcial passa a vigorar com a


celebração do casamento civil entre os Nubentes, e será regido pela Lei nº
10.406/2002, permanecendo em vigor até a renúncia expressa, por escrito
e de comum acordo entre as partes.

CLÁUSULA DÉCIMA – com exceção da responsabilidade prevista


no PARÁGRAFO ÚNICO da CLÁUSULA SÉTIMA do presente pacto, fica
eleito o foro do domicílio da Nubente _ para dirimir qualquer eventual
conflito oriundo do quanto neste estipulado.
Pacto Antenupcial - Minuta
CLÁUSULA DÉCIMA PRIMEIRA: O nubente x é fumante e ele concorda,
expressamente, com a vedação de fumar no quarto do casal e advindo
filhos, no quarto dos filhos comuns.

CLÁUSULA DÉCIMA SEGUNDA: O nubente y é responsável pelas


compras mensais de supermercado ao passo que o nubente x é
responsável pelas compras semanais de hortifruti.
Pacto Antenupcial

A escritura pública é essencial à validade do pacto antenupcial, sendo da


substância do ato, lavrada pelo Tabelião de Notas, que possui fé pública, e
atendendo a todos os requisitos legais sob pena de nulidade.

Se não for lavrada por escritura pública o pacto é nulo.

Se não houver o casamento é ineficaz.


Pacto Antenupcial

Antes do casamento, o pacto pode ser modificado pelas partes e é válido


mesmo se não constar na habilitação, devendo ser retificado o regime no
assento se constou diverso, obedecendo as disposições convencionadas no
pacto, em ação própria de Retificação do Regime de Casamento.
Regime de Bens
Regime de Bens

Regime de Bens

Convencional
Legal
(Pacto)
Regime de Comunhão Parcial de
Bens
Com o advento da Lei 6.5151 de 1977 seu art. 50 passou a dar uma nova
redação ao art. 258 do Código Civil de 1916, modificando assim, o regime
legal de bens. Antes de Comunhão Universal de bens para Comunhão
Parcial de Bens.

Código Civil
de 2002
Lei 6.515 de
1977

Código Civil
de 1916
Regime de Comunhão Parcial de
Bens
Regra para o casamento e para a união estável – art. 1.725 do Código
Civil.

Denominações:

regime legal ou regime legal necessário, regime supletivo.

Se os nubentes não escolherem regime diverso no pacto antenupcial, ou


se o regime adotado for nulo ou ineficaz, este será o regime estabelecido
por lei. Este regime estabelece que os bens adquiridos antes da celebração
do casamento não serão considerados bens comuns entre os cônjuges.
Sendo assim, ele institui a separação dos bens passados (que o cônjuge
possuía antes do casamento) e comunhão quanto aos bens futuros (que
virão a ser adquiridos durante o casamento).
Regime de Comunhão Parcial de
Bens
Deste regime, então, decorrem três massas de bens: os comuns
(pertencentes ao casal), os do marido e os da esposa. E, por assim ser,
estes bens ficam classificados como incomunicáveis ou comunicáveis. Os
primeiros são os que constituem o patrimônio particular de um dos
cônjuges e estão previstos nos artigos 1.659 e 1.661 do CC, enquanto os
segundos são os introduzidos na comunhão.
Regime de Comunhão Parcial de
Bens
O artigo 1.659 do CC, como já mencionado, estabelece que excluem-se
da comunhão: "os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe
sobrevierem, na constância do casamento, por doação ou sucessão, e os
sub-rogados em seu lugar;
os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos
cônjuges em sub-rogação dos bens particulares; as obrigações anteriores
ao casamento;
as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do
casal;
os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge; as pensões, meios-
soldos, montepios e outras rendas semelhantes".
Regime de Comunhão Parcial de
Bens
As responsabilidades pelos débitos provindos na constância do casamento
é de ambos, e a administração do patrimônio comum compete a qualquer
um deles.

Dispõe o artigo 1.664 do CC que "os bens da comunhão respondem pelas


obrigações contraídas pelo marido ou pela mulher para atender aos
encargos da família, às despesas de administração e às decorrentes de
imposição legal".
Regime de Comunhão Parcial de
Bens e o FGTS
O FGTS é considerado fruto do trabalhador, portanto ...
Regime de Comunhão Parcial de
Bens e o carro
Antes do casamento ...

Na constância do
casamento ...
Regime de Comunhão Parcial de
Bens e o Imóvel Financiado
Antes do casamento ...

Na constância do
casamento ...
Regime de Comunhão Parcial de
Bens e as Benfeitorias
Regime de Comunhão Separação
Total de Bens
Regime de Separação Total de
Bens - Consensual
Neste regime cada cônjuge continua proprietário exclusivo de seus próprios
bens, assim como mantém-se na integral administração destes, podendo
aliená-los e gravá-los de ônus real livremente, independente de ser o bem
móvel ou imóvel.
De acordo com o artigo 1.688 do CC, "estipulada a separação de bens,
estes permanecerão sob a administração exclusiva de cada um dos
cônjuges, que os poderá livremente alienar ou gravar de ônus real". E, por
fim, ambos os cônjuges são obrigados a contribuir para as  despesas do
casal na proporção dos rendimentos de seu trabalho e de seus bens, salvo
estipulação em sentido contrário no pacto antenupcial. 
Regime de Separação Total de
Bens – Legal ou Obrigatória
A separação legal ou obrigatória independe do pacto antenupcial, posto que
este regime é determinado por lei. O Código Civil, em seu artigo 1.641,
estabelece que este regime é obrigatório no casamento:

a) das pessoas que o contraírem com inobservância das causas


suspensivas da celebração do casamento;
b) da pessoa maior de setenta anos;
c) de todos os que dependerem, para casar, de suprimento judicial.

São causas suspensivas da celebração do casamento, os incisos I a IV do


artigo 1.523 do CC.
União Estável e Casamento
Posterior
RECURSO ESPECIAL. DIREITO CIVIL. FAMÍLIA. MATRIMÔNIO
CONTRAÍDO POR PESSOA COM MAIS DE 60 ANOS. REGIME DE
SEPARAÇÃO OBRIGATÓRIA DE BENS.
CASAMENTO PRECEDIDO DE LONGA UNIÃO ESTÁVEL INICIADA
ANTES DE TAL IDADE. RECURSO ESPECIAL NÃO PROVIDO.
1. O artigo 258, parágrafo único, II, do Código Civil de 1916, vigente à
época dos fatos, previa como sendo obrigatório o regime de separação
total de bens entre os cônjuges quando o casamento envolver noivo maior
de 60 anos ou noiva com mais de 50 anos.
2. Afasta-se a obrigatoriedade do regime de separação de bens quando o
matrimônio é precedido de longo relacionamento em união estável, iniciado
quando os cônjuges não tinham restrição legal à escolha do regime de
bens, visto que não há que se falar na necessidade de proteção do idoso
em relação a relacionamentos fugazes por interesse exclusivamente
econômico.
União Estável e Casamento
Posterior

3. Interpretação da legislação ordinária que melhor a compatibiliza com o


sentido do art. 226, §3º, da CF, segundo o qual a lei deve facilitar a
conversão da união estável em casamento.
4. Recurso especial a que se nega provimento.
(REsp 1318281/PE, Rel. Ministra MARIA ISABEL GALLOTTI, QUARTA
TURMA, julgado em 01/12/2016, DJe 07/12/2016)
Regime de Comunhão Universal de
Bens
Regime de Comunhão Universal de
Bens

Neste regime resta instituído que todos os bens dos nubentes irão se
comunicar após a celebração do casamento, independente de serem atuais
ou futuros, e mesmo que adquiridos em nome de um único cônjuge, assim
como as dívidas adquiridas antes do casamento.

Somente não se comunicarão os bens expressamente excluídos pela lei ou


por convenção das partes no pacto antenupcial.

Por ser considerado um regime convencional, deve ser


expressamente firmado no pacto antenupcial.
Regime de Comunhão Universal de
Bens

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:


I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e
os sub-rogados em seu lugar;
II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro
fideicomissário, antes de realizada a condição suspensiva;
III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas
com seus aprestos, ou reverterem em proveito comum;
IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a
cláusula de incomunicabilidade;
V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659. (V - os bens de uso
pessoal, os livros e instrumentos de profissão;
VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;
VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.)
Regime de Comunhão Universal de
Bens

Art. 1.669. A incomunicabilidade dos bens enumerados no artigo


antecedente não se estende aos frutos, quando se percebam ou vençam
durante o casamento.
Regime de Participação Final dos
Aquestos
O artigo 1.672 do Código Civil que "no regime de participação final nos
aquestos, cada cônjuge possui patrimônio próprio, consoante disposto no
artigo seguinte, e lhe cabe, à época da dissolução da sociedade conjugal,
direito à metade dos bens adquiridos pelo casal, a título oneroso, na
constância do casamento". Sendo assim, conforme define Carlos Roberto
Gonçalves, este regime "é misto: durante o casamento aplicam-se todas as
regras da separação total e, após sua dissolução, as da comunhão parcial.
Nasce da convenção, dependendo, pois, de pacto antenupcial". 
Os bens que cada cônjuge possuía ao casar serão incluídos no patrimônio
próprio, assim como os por ele adquiridos, a qualquer título, desde que na
constância do casamento. Cada cônjuge ficará responsável pela
administração de seus bens e poderá aliená-los livremente, quando
móveis. Caso ocorra a dissolução do casamento, deverá ser apurado o
montante dos aquestos e excluir da soma dos patrimônios próprios dos
cônjuges: os bens anteriores ao casamento e os que em seu lugar se sub-
rogaram; os que sobrevieram a cada cônjuge por sucessão ou liberalidade;
e as dívidas relativas a esses bens. 
Regime de Participação Final dos
Aquestros
Alteração de Regime de Bens
 
No Casamento
Alteração de Regime de Bens

Art. 734.  A alteração do regime de bens do casamento, observados os requisitos legais,


poderá ser requerida, motivadamente, em petição assinada por ambos os cônjuges, na
qual serão expostas as razões que justificam a alteração, ressalvados os direitos de
terceiros.
§ 1o Ao receber a petição inicial, o juiz determinará a intimação do Ministério Público e
 
a publicação de edital que divulgue a pretendida alteração de bens, somente podendo
decidir depois de decorrido o prazo de 30 (trinta) dias da publicação do edital.
§ 2o Os cônjuges, na petição inicial ou em petição avulsa, podem propor ao juiz meio
alternativo de divulgação da alteração do regime de bens, a fim de resguardar direitos
de terceiros.
§ 3o Após o trânsito em julgado da sentença, serão expedidos mandados de averbação
aos cartórios de registro civil e de imóveis e, caso qualquer dos cônjuges seja
empresário, ao Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins.
Alteração de Regime de Bens

Petição assinada pelos cônjuges

Juiz
Juiz recebe
recebe aa PI
PI ee determina
determina

 
Alteração de Regime de Bens

Proposição ou não de meios alternativos de divulgação

Juiz
Juiz decide
decide depois
depois de
de 30
30 dias
dias da
da publicação
publicação do
do edital
edital

 
Sentença
Sentença transitada
transitada em
em julgado
julgado
Alteração de Regime de Bens

Sentença transitada em julgado

Expedem-se
Expedem-se mandados
mandados p
p averbação
averbação

No
No Registro
Registro Civil
Civil No  
No Registro
Registro de
de Imóveis
Imóveis No
No registro
registro de
de empresas
empresas mercantis
mercantis ee atividades
atividades afins
afins
Alteração de Regime
 
de Bens na
União Estável
Alteração de Regime de Bens na
União estável
O Procedimento Previsto no nCPC é para o casamento, mas e para
a União Estável, teremos o mesmo procedimento ?

 
Alteração de Regime de Bens na
União estável – STJ
RECURSO ESPECIAL. CIVIL E PROCESSUAL CIVIL. DIREITO DE FAMÍLIA. ESCRITURA PÚBLICA
DE RECONHECIMENTO DE UNIÃO ESTÁVEL. REGIME DA SEPARAÇÃO DE BENS.
ATRIBUIÇÃO DE EFICÁCIA RETROATIVA. NÃO CABIMENTO. PRECEDENTES DA TERCEIRA
TURMA.
1. Ação de declaração e de dissolução de união estável, cumulada com partilha de bens,
 
tendo o casal convivido por doze anos e gerado dois filhos.
2. No momento do rompimento da relação, em setembro de 2007, as partes celebraram,
mediante escritura pública, um pacto de reconhecimento de união estável, elegendo
retroativamente o regime da separação total de bens.
3. Controvérsia em torno da validade da cláusula referente à eficácia retroativa do
regime de bens.
Alteração de Regime de Bens na
União estável – STJ
4. Consoante a disposição do art. 1.725 do Código Civil, "na união estável, salvo contrato
escrito entre os companheiros, aplica-se às relações patrimoniais, no que couber, o
regime da comunhão parcial de bens".
5. Invalidade da cláusula que atribui eficácia retroativa ao regime de bens pactuado em
escritura pública de reconhecimento de união estável.
 
6. Prevalência do regime legal (comunhão parcial) no período anterior à lavratura da
escritura.
7. Precedentes da Terceira Turma do STJ.
8. Voto divergente quanto à fundamentação.
9. RECURSO ESPECIAL DESPROVIDO.
(REsp 1597675/SP, Rel. Ministro PAULO DE TARSO SANSEVERINO, TERCEIRA TURMA,
julgado em 25/10/2016, DJe 16/11/2016)
 

Você também pode gostar