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Forte de São

Filipe
Forte de São Filipe é um dos patrimónios
visitáveis da Arrábida que também pode ser
conhecido como castelo de São Filipe ou
fortaleza de São Filipe .
O forte de São Filipe é uma fortificação
localizada em Setúbal, classificada como
Monumento Nacional desde 1933, localiza-
se no Parque Natural da Arrábida. Encontra-
se em posição dominante sobre um outeiro,
fronteiro à cidade litorânea de Setúbal,
dominando a margem esquerda da foz do rio
Sado e o oceano Atlântico, em Portugal.
As muralhas da vila de Setúbal
Porto atlântico privilegiado, a primeira
estrutura defensiva deste importante
burgo foi uma muralha iniciada ao tempo
do rei D. Afonso IV (1325-57) e concluída
no reinado seguinte, sob D. Pedro I (1356-
67), com a função de conter os assaltos de
piratas e de corsários oriundos,
normalmente, do Norte de África. O sítio
de Setúbal vem sendo ocupado desde a
pré-história, sucessivamente por fenícios,
cartagineses e romanos.
O forte de São Filipe
O projecto de uma fortificação moderna para defesa deste trecho do litoral português
remonta ao século XIV, com a construção do Forte de Santiago do Outão, destinado ao
controle da entrada barra do rio e acesso ao burgo medieval. Visando ampliar essa
defesa, no reinado de D. João III (1521-1557), Brás Dias recebeu Regimento no cargo de
administrador das obras da Praça e Castelo de Setúbal (31 de julho de 1526). As
dificuldades financeiras, que levaram inclusive ao abandono das posições ultramarinas
no Norte de África (Praça-forte de Azamor, Praça-forte de Arzila, Praça-forte de Alcácer-
Ceguer e Praça-forte de Safim), terão atrasado o desenvolvimento desses trabalhos.
Retomado à época da dinastia Filipina, a sua relevância é
demonstrada pelo fato de que o próprio soberano D. Filipe
I (1580-1598) assistiu em pessoa, em 1582, ao lançamento
da pedra fundamental da nova fortificação, com traça do
arquiteto e engenheiro militar italiano Filippo Terzi (1520-
1597). Este engenheiro teria trabalhado nessas obras até
meados de 1594, quando assinou uma planta e corte da
fortificação (8 de Julho de 1594), remetida ao Conselho de
Guerra espanhol. Com o seu falecimento, foi designado
para as obras o engenheiro militar e arquiteto cremonense
Leonardo Torriano , que as teria dado como concluídas em
1600.
A pousada
No século XX a partir da década de 1940 passou a ser
objecto de intervenções de conservação e restauro a cargo
da Direcção-Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais
(DGEMN). Data de 1964 o projecto de adaptação da
estrutura às funções da atual pousada, afiliada à Rede
Pousadas de Portugal. Sofreu novos danos, causados pelo
sismo de 1969, tendo a recuperação sido concluída no ano
seguinte.

A Pousada fechou a 1 de novembro de 2014. A 31 de março


de 2017 a Câmara de Setúbal assumiu a gestão da
fortificação com a reabertura do reabertura do bar e da
esplanada, mantendo-se a interdição ao público de algumas
zonas de risco.
A pequena Capela de São Filipe, orago do forte,
apresenta planta rectangular, coberta por
abóbada de berço. O seu portal exibe frontão
ornado com volutas e uma torre sineira, entre
pilastras. O seu interior é completamente
revestido por azulejos nas cores azul e branca,
onde se destacam painéis com cenas da vida
daquele santo católico, assinados por Policarpo
de Oliveira Bernardes (1736).

A bateria baixa, estrutura datada do século XVII,


constitui-se num baluarte com o formato
trapezoidal que se estende em direcção ao mar.
Características
Atribuída durante largos anos a Filipe Terzi, sabe-se actualmente que foi desenhada pelo Capitão Fratino
em 1583, sendo composta de uma planta irregular poligonal, em estrela de seis pontas, com seis
baluartes, e em acentuado declive sobre o mar, sendo protegida pelo lado Norte por uma segunda linha
amuralhada.
Em seu interior, a cessado por um Portão de Armas a Oeste nas muralhas, defendido por dois baluartes,
um átrio dá acesso a um túnel de alvenaria de pedra, com uma larga e suave escadaria com degraus em
dois lances. Esta, por sua vez, é coberta por uma abóbada e o patamar entre os seus lances dá acesso às
casamatas. Ao seu final, no terrapleno, encontram-se os edifícios de serviço: a Casa de Comando (antiga
residência do Governador das Armas) e a Capela, à esquerda desse mesmo.
Trabalho realizado por: Afonso Correia
nº1 e Ivan Pires nº 10

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