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TEOLOGIA BIBLICA DO

NOVO TESTAMENTO
AULA 1
EMENTA

• CONTEÚDO PROGRAMÁTICO
• 1. Teologia do Novo Testamento e Teologia Bíblica do Novo Testamento
• 2. Influências desde o Renascimento
• 3. A Teologia Bíblica da Reforma - Sola Scriptura
• 4. Influências normativas do Iluminismo
• 5. Racionalismo

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• 6. Método histórico-crítico
• 7. Método Gramatical
• 8. Metodologia para uma Teologia Bíblica do Novo Testamento
• 9. Valor histórico do conteúdo do Novo Testamento
• 10. Crítica das Formas critica das fontes, crítica literária, crítica da
redação
• 11. Doutrina de Deus

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• 12. Ser humano e Mundo: Conceitos dominantes no primeiro
século
• 13. Doutrina Bíblica do pecado
• 14. O problema do Jesus Histórico e o Cristo da Fé
• 15. O Jesus dos Sinóticos e o Jesus do Quarto evangelho
• 16. O Pentecoste
• 17. O batismo de João
• 18. A doutrina paulina da Igreja
• 19. Doutrina da Salvação
• 20. Igreja e Reino de Deus
• 21. A Missio Dei
EMENTA

• História da disciplina desde o século XVIII; o conteúdo do NT;


teologia dos autores bíblicos: paulina, petrina, joanina;
Evangelhos; Cartas e Apocalipse. Tópicos sobre teologia
bíblica.
• OBJETIVO Levar o aluno/a a se familiarizar com o estudo da
teologia bíblica como uma disciplina que conduz ao
conhecimento das várias linhas de pensamento que perpassam o
texto bíblico.
BIBLIOGRAFIA BÁSICA

• HASEL, Gerhard F. Teologia do Novo Testamento; questões fundamentais


no debate atual. Tradução de Jussara Marindir Pinto Simões Arias. Rio de
Janeiro: Juerp, 1988.
• SCHNELLE, Udo. Teologia do Novo Testamento. Tradução de Monika
Ottermann. Santo André: Academia Crista; São Paulo: Paulus, 2010.
• BORNKAMM, Günther. Bíblia, Novo Testamento. Tradução de João
Rezende Costa, 3ed. São Paulo: Editora Teológica, 2003.
BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

• GOPELT, Leonard. Teologia do Novo Testamento. Petrópolis: Vozes.


KUMMEL, W. G. Síntese Teológica do Novo Testamento. Tradução de
Sílvio Schneider e Werner Fuchs. 4ed. São Paulo: Editora Teológica, 2003.
• LADD, G. E. Teologia do Novo Testamento. Rio de Janeiro: JUERP, 1984.
• RICHARDSON, A. Introdução à teologia do Novo Testamento. São Paulo:
ASTE, 1966.
• THIELMAN, Frank. Teologia do Novo Testamento; uma abordagem
canônica e sintética. Tradução de Rogério Portella e Helena Aranha. São
Paulo: Shedd Publicações, 2007.
AVALIAÇÕES
INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO LIVRO DE HASSEL

• A teologia do Novo Testamento está hoje inegavelmente em crise.


Isto não quer dizer que não haja interesse no estudo acadêmico da
teologia do NT ou que haja falta de monografias com o título de
Teologia do Novo Testamento ou similar. Na realidade, nos
aproximadamente duzentos anos de existência da disciplina
Teologia do NT, nunca houve uma década em que mais de dez
diferentes teologias do NT fossem publicadas, tendo este evento
ímpar ocorrido entre 1967 e 1976. HASSEL (1988, p. 8)
• Ele vai mostrar que não há um consenso entre os estudiosos da Teologia do
Novo Testamento, eles divergem sobre aspectos como:
a) Natureza
b) Função
c) Método
d) Escopo
• Ainda na introdução, Hassel afirma na introdução que a
compreensão da Teologia do Novo Testamento na
atualidade está num estado de confusão.
• Por trás dessa realidade de posicionamentos dispares
estão problemas históricos, teológicos, filosóficos e
metodológicos.
• O que nos leva buscar uma compreensão mais
aprofundada e antiga dos primórdios e desenvolvimento
da Teologia do Novo Testamento.
CAPÍTULO 1- PRIMÓRDIOS E DESENVOLVIMENTO
DA TEOLOGIA DO NT
• A. Da Reforma ao Iluminismo
• A Igreja pós-NT dos primeiros séculos do cristianismo não desenvolveu
nenhuma teologia bíblica nem do NT. A razão foi o dictum de que o conteúdo
dos escritos canônicos, se corretamente entendido, era idêntico ao dogma da
Igreja e tido como de validade universal.
• Durante a Idade Média, a Igreja Católica Romana considerava o NT, como o
AT, uma parte da tradição eclesiástica.
• Não se lia o NT fora da ou contra a tradição, porém mais ou menos
interpretado pela tradição ou levado a harmonizar-se com ela.
• A Reforma libertou-se da tradição eclesiástica e da teologia
escolástica e usou como brado de guerra o princípio protestante
da "sola scriptura” . Com este princípio, a Escritura passou a
não mais ser interpretada pela tradição. Reconheceu-se na
Escritura uma autoridade superior à tradição, que resultou na
auto-interpretação da Escritura (sui ipsius interpres) e se tornou
a fonte do desenvolvimento subsequente da teologia bíblica.
• Entre os reformadores, a contribuição de Martinho Lutero foi
particularmente significativa.
A NOVA HERMENÊUTICA DE LUTERO

• Ele rejeitava fundamentalmente o senti do quádruplo da Escritura e


desenvolveu sua “nova” hermenêutica entre 1516 e 1519. A ênfase no
contraste entre “letra e espírito” (littera et spiritus), a distinção
determinante de “lei e evangelho” (lex et evangelium), e o princípio
cristo lógico “O que manifesta Cristo” (was Christum treibet) marcam
a essência da “nova” hermenêutica da “sola scriptura” de Lutero. O
princípio da “sola scriptura” funciona, para Lutero, de duas maneiras:
• (1) a distinção entre Cristo e Escritura, isto é, a verdadeira
Escritura é a "que manifesta Cristo”, e
• (2) a diferença resultante entre lei e evangelho.
• Com estas distinções, Lutero projetou um a enorme sombra, que
alcança os nossos dias em forma de questões a respeito da
unidade da Bíblia (e do N T) como também do problema do
“cânon dentro do cânon”.
PRECURSORES DA TEOLOGIA BÍBLICA

• Os percursores daqueles que desenvolveram o termo teologia


bíblica, eram pertencentes à reforma radical, (os anabatistas)
– movimento religioso protestante radical do período da
Reforma Protestante no século XVI na Europa, caracterizado
pela discordância das reformas feitas por Lutero e Zwinglio.
É um movimento protestante mas, não reformado.
• Em 1643, Henricus A. Diest publica o trabalho intitulado, Theologia
Bíblica, esse trabalho de fato permite a primeira visão de uma disciplina
emergente. Entende- se que a “teologia bíblica” consiste de “textos-prova”
da Bíblia, extraídos indiscriminadamente de ambos os Testamentos, a fim
de manter os tradicionais “sistemas de doutrina” da antiga ortodoxia
protestante.
• O papel subsidiário da “ teologia bíblica” contra a dogmática foi
firmemente estabelecido por Abraham Calovius, um dos mais
significativos representantes da ortodoxia protestante, quando ele usou
"teologia bíblica” como designação do que antes se chamava theologica
exegética.
PIETISMO ALEMÃO
• A ênfase de volta à Bíblia do pietismo alemão fez aflorar uma mudança de
direção para a teologia bíblica. No pietismo a teologia bíblica tornou-se um
instrumento da reação contra a árida ortodoxia protestante. Philipp Jacob Spener
(1635-1705), um dos fundadores do pietismo, fazia uma oposição entre o
escolasticismo protestante e a “teologia bíblica”.
• O pietismo alemão surgiu na igreja luterana na segunda metade do
século XVII, marcado pelo retorno à Teologia Viva dos apóstolos e da
Reforma.
SEPARAÇÃO DA TEOLOGIA BÍBLICA DA
DOGMÁTICA - SISTEMÁTICA
• 1745 – separação das teologias: bíblica e dogmática
• Emancipação da teologia bíblica de um papel subsidiário à dogmática.
• Possibilidade da teologia bíblica se tornar rival da dogmática –
sistemática.
• Causando a transformação dela numa disciplina separada e
independente.
• O que vai ocorrer no Iluminismo – sob a influência do Racionalismo.
REFERÊNCIAS

• HASEL Gerhard F. - TEOLOGIA DO NOVO TESTAMENTO: Questões Fundamentais


no Debate Atual. Tradução de Jussara Marindir Pinto Simões Arias. Rio de Janeiro. Junta
de Educação Religiosa e Publicações, 1988.

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