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DE POTÊNCIA
Prof. Lucas Pinheiro Abu Dioan
SUMARIO
Linhas de transmissão x redes de distribuição:
Métodos aplicados em linhas de transmissão
Diferenças quanto ao tamanho
Diferenças quanto a topologia
Diferenças quanto a características elétricas
Diferenças quanto ao modelo matemático
A rede de distribuição
Definição
Organização
Fenômenos
Perfis de carga de consumidores
Método de varredura
Construção de modelo matricial
Informações de carregamento
Varredura por soma de correntes
Varredura por soma de potências
Simplificação de métodos.
LINHAS DE TRANSMISSÃO X
REDES DE DISTRIBUIÇÃO:
MÉTODOS APLICADOS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
Os modelos aplicados no desenvolvimento de fluxo de carga em linhas de transmissão tem por premissas:
Reatâncias com valores consideráveis.
Baixa influencia de valores resistivos no sistema.
Considera a capacitância shunt das linhas com um valor considerável.
Considera que o regime de operação das linhas não irá variar bruscamente em curto espaço de tempo
MÉTODOS APLICADOS EM LINHAS DE TRANSMISSÃO
São sistemas responsáveis por distribuir o fluxo de potência para os consumidores finais, a sociedade.
As redes de distribuição são compostas de:
Rede primaria;
Sub transmissão;
Rede secundária.
E apresentam níveis de tensão bem mais baixos do que os explorados por linhas de transmissão.
Rede de distribuição
Podem ser construídas de forma trifásica ou monofásica.
São redes predominantemente radiais, todavia pode-se encontrar algumas
particularidades como radial com recurso, ou mesmo conexões em anel.
O fluxo de carga flui das barras a montante para os consumidores a jusante.
As redes de distribuição fazem o contato com o consumidor final, por este
motivo seu regime de operação é variado.
Devido a sua proximidade com o consumidor, fenômenos como
desequilíbrio de carga e problemas de qualidade de energia são mais
frequentes nessa instalação, além de custos de manutenção.
Atualmente surgiu um novo perfil consumidor, os “prosumers”, ou
consumidores que geram sua própria energia. Também são conhecidos
como micro / mini geradores, estes tem permissão para injetar potência no
a partir das redes de distribuição.
DEFINIÇÃO
Cruzeta
DEFINIÇÃO
DEFINIÇÃO
Em sistemas de distribuição aéreo podem ser empregados vários tipos de cabos:
Subtransmissão:
Consiste na interconexão entre o sistema de transmissão e a distribuição.
Este serve para distribuir grandes blocos de energia ao longo das subestações rebaixadoras.
Operam em tensões entre 69 kV e 138 kV.
Compartilham características intermediárias destes dois universos:
Frequentemente podem ter topologias em anel como em linhas de transmissão.
Possuem certo desequilíbrio de cargas como em redes de distribuição, porem de forma intermediária.
Possuem parâmetros comuns a linhas de transmissão e redes de distribuição, podendo muitas vezes serem modeladas como linhas
médias.
A sua conexão com linhas de transmissão acontece a partir de subestações abaixadoras, que permanecem na fronteira
entre estes dois sistemas.
ORGANIZAÇÃO
Distribuição primaria:
Trata-se de um conjunto de infraestruturas que transmite potência em nível de tensão de distribuição (10 kV a 34,5 kV).
É constituído por três condutores de fase e normalmente conduzem em formato de delta.
Para que a energia seja consumida pelos usuários do sistema deve-se utilizar um transformador abaixador.
Podem ser constituídos de sistemas monofásicos ou trifásicos.
ORGANIZAÇÃO
Distribuição secundária:
Operam a tensões de 220 até 380 V.
São o ultimo estágio para o fornecimento de energia para pequenos consumidores.
Saem dos transformadores abaixadores de distribuição.
Os sistemas trifásicos são constituídos de um padrão estrela já os monofásicos possuem um tap central o que emula uma
segunda fase.
Em sistemas de distribuição os perfis de carga mudam constantemente, podendo inclusive variar conforme as horas
do dia.
Neste cenário deve-se avaliar as curvas de carga em função dos consumidores.]
Alguns consumidores possuem um perfil de carga tão imprevisível que só é possível realizar o estudo em função
com uma antecipação de dias.]
Outros consumidores possuem um perfil mais padronizado de consumo, de forma em que é possível realizar
previsões em horizontes maiores como semanas e até meses.
PERFIS DE CARGA
Em redes de distribuição muitas vezes não dispomos de informações de forma uniforme ao longo de toda a rede
de distribuição.
Normalmente estas informações vem de medições das barras das subestações, as informações que dispomos
normalmente são:
Níveis de tensão;
Potencia injetada na barra;
Cargas dos registradas;
Impedâncias estáveis.
INFORMAÇÕES DE CARREGAMENTO
=𝑉 + 𝑍 𝑥 𝑉5
𝑉 4 5 𝐿5
𝑍𝐿 5
Analisando o nó 4 teremos:
VARREDURA POR SOMA DE CORRENTES
A partir do raciocínio desenvolvido acima iremos entender a técnica aplicada a circuitos de potência.
Nem sempre temos a informação de impedância, por este motivo precisamos nos acostumar a
trabalhar com potência.
Temos a seguinte equação:
VARREDURA POR SOMA DE CORRENTES
– EXERCÍCIO
VARREDURA POR SOMA DE CORRENTES
– EXERCÍCIO
VARREDURA POR SOMA DE POTÊNCIAS
Este método consiste em somar as cargas e perdas desde a barra de cargas até a barra referência.
Inicialmente faz-se o calculo de potencia de carga e potência dissipada em cada um dos barramentos.
Efetue o calculo do fluxo de potência da rede de distribuição abaixo. Utilize apenas valores algébricos
VARREDURA POR SOMA DE POTÊNCIAS
Linha 1:
VARREDURA POR SOMA DE POTÊNCIAS
Linha 2:
VARREDURA POR SOMA DE POTÊNCIAS
Transformador:
Primeira observação: transformador é triangulo estrela, logo existe uma defasagem angular a ser considerada.
Segunda observação: ocorre no Trafo uma transformação de tensão, que deve ser levada em conta no modelo.
Consideremos N a matriz correspondente a influencia do transformador no sistema.
Temos que:
VARREDURA POR SOMA DE POTÊNCIAS
Aplicar os métodos de varredura acima em grandes emaranhados de redes de distribuição não é tarefa fácil, seriam
necessárias muitas iterações afim de que se consiga executar os cálculos de forma correta.
Uma forma de evitar trabalhos desnecessários seria “condensando” o sistema em modelos menores de fácil
compreensão.
Só é possível realizar esta simplificação quando existem sistemas em que os nós e/ou barras em que a potência de
saída do sistema é de fato nula.
Este método só é possível porque em sistemas de distribuição as susceptâncias shunt são desprezíveis.
Observe a figura ao lado.
Observe que as barras 2 e 4 não derivam potência para fora do
sistema.
Neste caso podemos agrega-las as barras 1 e 5 respectivamente.
Basta somar as impedâncias da linha 3-4 à impedância 4-5 e repetir
o mesmo processo com as barras 1 e 2.
Pronto conseguimos resumir o processo em poucos cálculos.
SIMPLIFICAÇÃO DE MÉTODOS