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Companhia Energética de Minas Gerais

Aplicação de Pára-raios de Linha para


Melhoria de Desempenho de Linha de
Transmissão

Angélica da Costa Oliveira Rocha


acrocha@cemig.com.br
Companhia Energética de Minas Gerais

PÁRA-RAIOS

 FUNÇÃO DOS PÁRA-RAIOS

 DIRIGIR PARA TERRA SURTOS QUE EXCEDAM UM


DETERMINADO VALOR .

 DUAS CATEGORIAS

- PROTEÇÃO DE EQUIPAMENTOS CONTRA SOBRETENSÕES :


PÁRA-RAIOS DE ESTAÇÃO

- MELHORIA QUALIDADE DE FORNECIMENTO :


PÁRA-RAIOS DE LINHA
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INTRODUÇÃO

Descargas atmosféricas

Grandes Responsáveis pelos desligamentos


não programados de LT’s
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MOTIVAÇÃO

CARACTERÍSTICA DO SISTEMA ELÉTRICO CEMIG

• ALTA DENSIDADE DE DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

• ALTA RESISTIVIDADE DO SOLO


Densidade de Descargas Atmosféricas para a Terra

Contadores de Descargas Atmosféricas Tipo Cigré 10 kHz


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Amplitude da corrente de descarga

1- CEMIG: 27 descargas obtidas no Cachimbo, confirmadas como descendentes


através
de registros fotográficos e/ou pela forma de onda.
2 - CEMIG: 30 descargas negativas registradas no topo de suportes de LTs de 138 kV,
através de elos magnéticos.
3 - CIGRÉ: curva de referência para descargas descendentes negativas
[Ref. ELECTRA 69].
DESEMPENHO DAS LT’S FRENTE ÀS
DESCARGAS ATMOSFÉRICAS

Linhas sem cabos pára-raios

Vi(t) = Z0 . i(t) / 2
LINHAS COM CABO PÁRA-RAIO

Descarga Atmosférica atinge a LT

VIs

VTOWER

Rg
LINHAS COM CABO PÁRA-RAIO

Elevação da Tensão da Torre

VIs

VTorree

Rg
LINHAS COM CABO PÁRA-RAIO

Suportabilidade da cadeia excedida


Backflashover
VC
VIs

VTOWER
V60Hz

Rg
VIs = VTOWER - VC ± V60Hz
Linhas com cabos pára-raios
Efeito da impedância de aterramento

2500
Tensão na cadeia de isoladores

2000 18 ohms
44 ohms
1500 71 ohms
(kV)

117 ohms
1000 185 ohms
254 ohms
500 300 ohms

0
0.00 1.00 2.00 3.00 4.00 5.00 6.00
Tempo (us)
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO

INTRODUÇÃO

 IDÉIA ANTIGA : REGISTROS DÉCADA DE 30

 AVANÇOS TECNOLÓGICOS : ZnO


MATERIAL POLIMÉRICO

 CARACTERÍSTICA CONSTRUTIVA : PÁRA-RAIOS ZnO COM /


SEM GAP EXTERNO

 VANTAGENS : BAIXO CUSTO


FLEXIBILIDADE
NOVA CONCEPÇÃO PARA PROJETOS DE LTs
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO
PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO
ESPECIFICAÇÃO CEMIG

 DADOS ELÉTRICOS
 DEFINIÇÃO DA TENSÃO NOMINAL E CLASSE DO PÁRA-RAIO

 DEFINIÇÃO DO NÚMERO DE PÁRA-RAIOS E SUA DISTRIBUIÇÃO AO


LONGO DA LT

 TESTES
 GARANTIR COORDENAÇÃO COM A CADEIA DE ISOLADORES

 GARANTIR O RELIGAMENTO DA LT QUANDO DE FALHA DO PÁRA-RAIO

 GARANTIR A SUPORTABILIDADE FRENTE ÀS ENERGIAS ASSOCIADAS ÀS


DESCARGAS

 GARANTIR ALÍVIO DE SOBREPRESSÃO ADEQUADO QUANDO DE FALHA


DO PÁRA-RAIO

 ASPECTOS MECÂNICOS
PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO
EXPERIÊNCIA CEMIG

 GRUPO DE ESTUDO APLICAÇÃO PÁRA-RAIOS ZnO EM LTS

 CRITÉRIO SELEÇÃO LTS


 LINHAS DESEMPENHO INSATIS FATÓRIO APÓS APLICAÇÃO MELHORIAS
CONVENCIONAIS

 RECLAMAÇÃO CONSUMIDORES INDUSTRIAIS QUALIDADE FORNECIMENTO

LINHAS COM PÁRA-RAIOS INSTALADOS

 LT ITUTINGA –MINDURI 138kV


 LT PONTE NOVA-OURO PRETO 1 138kV
 LT ITUTINGA – TRÊS CORAÇÕES 138kV
 LT PETI--SABARÁ 138kV
 LT OURO - PRETO 2 - MARIANA 138kV
 LT DIAMANTINA –GOUVEIA 34.5kV

 INSTALAÇÃO PLANEJADA REDE BÁSICA


 LT GUILMAN AMORIM-IPATINGA 230kV
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EXPERIÊNCIA CEMIG

Melhoria do desempenho das LTs em que foram instalados pára-raios de óxido de zinco
LINHA DE kV Comp. Ano da AK antes da AK AK AK AK AK
TRANSMISSÃO (km) instalação instalação 1998 1999 2000 2001 2002
Diamantina – Gouveia ** 34,5 31,6 1996 155,06 50,60 25,30 66,45 28,48 75,94
Ouro Preto 1 – Ponte 138 66,5 1997 30,87 12,01 10,51 4,51 3,00 10,52
Nova
Ouro Preto 2 – Mariana 138 38,9 1998 40,94 14,62 0,00 0,00 0,00 2,57
1/Samarco/Alegria *
Itutinga – Minduri * 138 44,6 1998 19,40 13,45 6,72 6,72 2,24 2,24
Peti – Sabará 69 61 1998 43,64 14,75 14,75 4,91 14,75 21,31
Itutinga – Três Corações 138 87,0 1999 16,20 * --------- 2,30 2,30 1,15 4,60
2

AK = número de desligamentos/100 km/ano devido à ação de descargas


atmosféricas
PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE
TRANSMISSÃO
ESTUDOS ELÉTRICOS CEMIG
 ESTUDO OTIMIZAÇÃO NÚMEROS PÁRA-RAIOS
• METODOLOGIA :

- DETERMINAÇÃO DE CORRENTES CRÍTICAS (DISRUPÇÃO CADEIAS ISOLADORES)

- PROBABILIDADES DE OCORRÊNCIA DAS CORRENTES CRÍTICAS

- NÚMERO DE DESLIGAMENTOS

• PROGRAMA COMPUTACIONAL ATP; PROGRAMA USP

 DETERMINAÇÃO ENERGIA PÁRA-RAIOS


• CONSIDERA-SE COMO FONTE DESCARGA PRINICIPAL E SUBSEQUENTES

• PROGRAMA COMPUTACIONAL ATP

 PROGRAMA SIGMA


 . SOFTWARE FOR DETERMINATION OF TRANSMISSIOM AND DISTRIBUTION
 LIGTHING PERFORMANCE
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DESEMPENHO OPERACIONAL

• Número de falhas bastante baixo : problemas


mecânicos

• Apenas um pára-raio danificado por capacidade de


absorção de energia insuficiente
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE


TRANSMISSÃO

MONITORAMENTO CEMIG

 INSPEÇÃO AÉREA DAS LINHAS DE TRANSMISSÃO

 OSCILÓGRAFOS PARA LOCALIZAÇÃO DE FALTA

 SISTEMA DE LOCALIZAÇÃO DE TEMPESTADES


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ESTUDO DE APLICAÇÃO
PÁRA-RAIOS LT GUILMAN AMORIM-
IPATINGA 230KV
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Objetivo

Estudo da melhoria do desempenho da LT 230kV


Guilman Amorin-Ipatinga considerando:

- melhoria do aterramento
- aplicação pára-raios ZNO

Motivação
Curtos-Circuitos provocados por backflashover
causam variações momentâneas de tensão na
região de Ipatinga, com saída de montantes significativos
de cargas.
Usina da Cemig

Usina de outra empresa


Sistema de Transmissão Cemig
Subestação da Cemig

Subestação de consumidor

LT 500 kV
LT 345 kV
LT 230kV
LT de outra empresa

M.Claros 2

V.Palma G.Valadares 2
Escelsa
Itumbiara Emborcação
Usiminas
T.Marias Mesquita
S.Simão S.Gotardo Timóteo Acesita
Neves CVRD
N.Ponte Itabira
Jagu Taquaril Ipatinga 1
ara Barreiro
B.Cocais CSBM Guilman
A.Vermelha V.Grande
N.Era
S.Bento
SILICON

Marimbondo S.G.Pará O.Preto2


L.C.B
P.Colômbia Pimenta Lafaiete
M.Moraes Barbacena 2

Furnas J.Fora
Itutinga
Curto-circuito trifásico LT 230 kV Guilmam Amorim-Ipatinga
Perda de carga de 336 MWh
Desempenho da LT 230kV Ipatinga1-Guilman Amorim
Período 2000-2001

IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 31/01/00 15:32 TRIFÁSICA 9km IIGU


IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 09/02/00 04:38 VM-BR-TERRA 9km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 20/08/00 13:37 AZ-BR-TERRA 18km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 06/10/00 18:00 BR-TERRA 30km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 19/11/00 20:05 VM-TERRA 47km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 10/12/00 13:42 VM-TERRA 46km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 08/02/01 14:59 AZ-TERRA 36km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 08/02/01 14:59 VM-TERRA 37km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 10/03/01 16:51 VM-BR-TERRA 18km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 17/12/01 23:41 TRIFÁSICA 17km IIGU
IPATINGA 1-GUILMAN AMORIM 19/12/01 17:19 VM-TERRA 38km IIGU

Comprimento da LT = 50,25 km 2 Trifásicas


3 Bifásicas-terra
6 Fase-terra

AK = 10,95 / 100 km.ano


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Medição da Resistência de Aterramento da LT 230 kV


GUILMAN AMORIM - IPATINGA
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Aplicação PÁRA-RAIOS LT

Simulações computacionais

Determinação do desempenho da linha

Determinação das energias a serem absorvidas


pelos pára-raios

Instalação de pára-raios em uma ou mais fases em


todas as estruturas ou em estruturas alternadas
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Resultado Melhoria Aterramento

AK SIMULADO = 3.3/100 km.ano


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Resultado Aplicação PÁRA-RAIO LT


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Resultado Energia Pára-Raios

Impedância Energia absorvida pelos pára-raios (kJ)


aterramento Descarga na estrutura Falha de
(ohms) 2 PR’s 3 PR’s blindagem
18,0 82,0 72,0 13,0
71,0 291,0 237,0 -----
300,0 494,0 398,0 10,0

ENERGIA MÁXIMA = 2.6kJ/ kV


PÁRA-RAIO 192kV CLASSE 2
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Análise Econômica

Qual a solução que tem maior Valor Presente


Líquido?
Qual a solução com menor tempo de retorno do
capital investido?
Premissas
 Custo energia não fornecida
 Energia média não fornecida 336MWh em
cada desligamento
 Taxa retorno período 10 anos
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ANÁLISE ECONÔMICA

CASO EXEMPLO

• APLICAÇÃO DE PÁRA-RAIOS LT 230KV É UMA SOLUÇÃO VIÁVEL PARA


MELHORIA DESEMPENHO DA LINHA.

• RESULTADO ANÁLISE ECONÔMICA:


- Menor prazo de retorno : melhoria sistema aterramento

- Melhor opção técnico/econômica : três pára-raios por


estrutura em todas as estruturas da linha
impedância de aterramento superiores a 30 ohms
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PÁRA-RAIOS PARA APLICAÇÃO EM LINHAS DE TRANSMISSÃO

CONCLUSÃO

 EXCELENTE SOLUÇÃO PARA MELHORIA DO DESEMPENHO DAS LTs


DA CEMIG EM CONDIÇÕES DE:

 ALTA RESISTIVIDADE DO SOLO

 AMPLITUDES ELEVADAS DE CORRENTES DE DESCARGA

 ELEVADA DENSIDADE DE DESCARGAS

 A EXPERIÊNCIA PRÁTICA SATISFATÓRIA DA CEMIG TEM PERMITIDO


CONSOLIDAR ESTA NOVA TECNOLOGIA.

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