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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Unidade Acadêmica do Cabo de Santo Agostinho


Curso de Engenharia Mecânica

INTRODUÇÃO À
ADMINISTRAÇÃO DA
PRODUÇÃO/OPERAÇÕES
DISCIPLINA: Gestão da Produção
Prof.: Alexandre Douglas
GESTÃO
O QUE É?
 Gestão é o ato de administrar,
de gerir.

 Gestão é ainda sinônimo de:


 administração, 
gerenciamento, direção.
PRODUÇÃO
O QUE É?
É a área da organização
responsável por transformar todas
as entradas disponíveis em saídas
desejadas, de acordo com o
planejamento estratégico da
mesma e atendendo aos anseios
de seus clientes
GESTÃO DA PRODUÇÃO
O QUE É?
É a atividade de gerenciamento de
recursos escassos (humanos,
tecnológicos, de informação e outros), e
processos que produzem e entregam
bens e serviços, visando a atender as
necessidades e/ou desejos de
qualidade, tempo, e custo de seus
clientes.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA
 No final do século 14 a produção era caracterizada pelo Artesa nato.

 A produção artesanal pode ser considerada a primeira forma de produção organizada

 O sistema era coordenado por um proprietário/empresário, em contato direto com todos os


envolvidos: consumidores, empregados e fornecedores.

 Empreendedores autônomos trabalhando para firmas de montagem

 As organizações eram altamente descentralizadas


EVOLUÇÃO HISTÓRICA Artesanato
DA ÁREA
 Como exemplo de produção artesanal temos a empresa Panhard e Levassor (P&L),
que, em 1894, era considerada a principal companhia automobilística no mundo.

A empresa tinha um baixíssimo volume de produção (cerca de mil automóveis


ou menos por ano, dos quais 50 ou menos com o mesmo projeto, e mesmo entre
estes 50 não havia 2 carros idênticos, pois as técnicas artesanais produziam, por
sua própria natureza, variações), o que tornava o automóvel extremamente caro
(cerca de U$ 3.000,00).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA
 Empresa Panhard e Levassor ÁREA
(P&L), em 1894.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA Desvantagens

Elevados custos de produção

Artesanato
Cada carro era na verdade um protótipo que os próprios
proprietários acabavam testando, pois a sua consistência e a sua
confiabilidade eram ilusórias.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA
 No ano de 1776, James Watt
ÁREA
 Primeiro motor a vapor na Inglaterra

Primeira Revolução Industrial


EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA “unidades fabris”
 Primeira Revolução Industrial

Com isso surgem novos conceitos como:


– padronização dos produtos;
– padronização dos processos de fabricação;
– treinamento e habilitação da mão-de-obra direta;
– criação e desenvolvimento dos quadros gerenciais e de supervisão;
– desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle da produção;
– desenvolvimento de técnicas de planejamento e controle financeiro;
– desenvolvimento de técnicas de vendas.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA
O conceito de padronização de compo
ÁREA Eli Whitney em 1790
nentes

 Teve início o registro, por meio de desenhos e croquis, dos


produtos e processos fabris, surgindo a função de projeto de
produto, de processos, de instalações, de equipamentos, etc.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA
 No fim do século 19 surgiram nos Estados Unidos os trabalhos de Frederick Taylor

 Sua intenção era claramente ligada à eficiência: fazer mais produtos com menos
recursos.

 Desenvolveu a chamada Administração Científica

 Que consiste basicamente em quebrar as tarefas em subtarefas elementares e


trabalhar excessivamente para tornar cada uma delas tarefas mais eficiente.
TAYLOR E ALGUNS
“PRINCÍPIOS
DA ADMINISTRAÇÃO
Teoria elaborada por Taylor, agora comparando-a
com o filme Tempos Modernos (Charles Chaplin )

CIENTÍFICA”
que também se passava no início do Século XX na
Inglaterra.

Charles Chaplin, protagonista do filme representava


um Operário, onde ele era instruído a fazer um único
trabalho de apertar parafusos durante todo dia numa
linha de montagem.
Após muito estresse no trabalho ele acaba tendo
reações que causaram problemas durante o trabalho,
cai em confusões no seu setor, e vai parar nas
engrenagens da máquina da fábrica, fazendo uma
grande crítica à comparação do homem sendo
tratado como uma máquina pela forma de
administração de Taylor.
      
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA
 Na década de 1910, Henry Ford.
ÁREA
 Começa a desenvolver os princípios da produção em massa, a partir da
percepção de um potencial mercado consumidor de baixa renda para
automóveis e da constatação de que a produção artesanal não era a melhor
maneira de produção para este tipo de consumidor, uma vez que os custos
eram elevados.
 Ford alia os conceitos da intercambiabilidade de peças (de Whitney) à
Administração Científica (de Taylor) e acrescenta o conceito de linhas de
montagem seriada.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA
 Na década de 1910, Henry Ford. ÁREA

 Como resultado consegue produzir produtos


padronizados com pouca variedade que, a cada
aumento de quantidade de produção, reduz o custo
desta, ou seja, consegue economias de escala.
Cada vez que aumentava a quantidade produzida,
mais diminuía o preço dos seus produtos, e de U$
3.000,00 (valor do carro artesanal) um carro Ford
passou a custar U$ 600,00.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA
“Construirei um carro para as grandes massas, feito com os melhores materiais,
pelos melhores homens que puderem ser contratados e seguindo os projetos mais
simples que a moderna engenharia puder conceber (...) de preço tão baixo que
qualquer homem que ganhe um bom salário seja capaz de possuir – e de desfrutar
com a sua família a benção das horas de prazer nos grandes espaços abertos da
natureza” – declaração de Henry Ford no início da carreira como produtor de
carros (Tedlow, 2002 apud Correa, 2003, p. 46).
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
Entre as principais características da DA
produção ÁREA
em massa,
podemos destacar:
– linhas de montagem;
– posto de trabalho;
– estoques intermediários;
– monotonia do trabalho;
– arranjo físico ou layout;
– balanceamento de linha;
– produtos em processo;
– motivação;
– sindicatos;
– manutenção preventiva.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
 A partir de 1927, Sloan DA ÁREA
 Percepção da General Motors (GM) - variedade.
 Com um aumento na variedade dos produtos, a GM passou a
liderar o mercado de automóveis, oferecendo carros de cores e
modelos variados com um preço um pouco maior do que Ford.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA
 A produção em massa fez uma revolução na indústria, conseguindo economias de
escala (os produtos se tornaram acessíveis a um maior número de pessoas).

 a geração de grandes estoques,


 a padronização dos produtos, Desvantagens

 a alienação do trabalhador
 altos índices de desperdício.
EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DA ÁREA
 A partir dos anos 50, o Sistema Toyota de Produção

 produção capaz de suprir as necessidades de ampla


variedade
 curta vida útil dos produtos,
 de qualidade assegurada, de trabalho de acordo com a
demanda e redução dos custos.
CONCEITOS GERAIS
 Bens
CONCEITOS GERAIS
 Serviços
CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS GERAIS
Administração da produção e operações

É o termo usado para as atividades, decisões e


responsabilidades dos gerentes de produção.
CONCEITOS GERAIS
Gerentes de produção

Exercem a responsabilidade particular de


administrar algum ou todos os recursos
envolvidos pela função de produção.
CONCEITOS GERAIS
Função Produção

Representa a reunião de recursos destinados à


produção de seus bens e serviços.
CONCEITOS GERAIS
Ponto central  Numa organização as 3 funções centrais são:

 Marketing
 Produção
 Desenvolvimento de produto/serviço.
Função Produção
Funções de apoio à produção
   R.H.
 Compras
 Engenharia / Suporte técnico
 Contábil financeira
CONCEITOS GERAIS
CONCEITOS
GERAIS
CONCEITOS GERAIS
O objetivo principal da função produção, podemos afirmar que é usar
eficientemente seus recursos e produzir bens e serviços de maneira que satisfaça
a seus clientes. Além disso, ser criativa, inovadora e vigorosa para introduzir
formas novas e melhoradas de produzir bens e serviços de modo a proporcionar à
organização vantagem competitiva e meios de sobrevivência a longo prazo. Ou
seja, resultar em GANHOS para a organização!!!
CONCEITOS GERAIS
 Just-in-time

É o gerenciamento da
produção usando o
mínimo de matéria prima
possível. Requer um rígido
controle de abastecimento.
CONCEITOS GERAIS
 Engenharia Simultânea

 Envolve a participação de todas as áreas funcionais da empresa no desenvolvimento do


projeto do produto.

 Envolvimento de clientes e fornecedores com objetivos de reduzir prazos, custos e problemas


de fabricação e comercialização;
CONCEITOS GERAIS
 Tecnologia de Grupo

É uma filosofia de engenharia e


manufatura que identifica as
similaridades físicas dos
componentes – com roteiros de
fabricação semelhantes –
agrupando-os em processos
produtivos comuns;
CONCEITOS GERAIS
 Consórcio Modular

Diversos parceiros trabalham


juntos dentro da planta, nos
seus respectivos módulos, para
a montagem de veículos.
CONCEITOS GERAIS
 Células de Produção

 São pequenas unidades de


manufatura e/ou serviços com
mecanismos de transporte e
estoques intermediários entre
elas.
 Visa também obter um melhor
controle de qualidade pois o
defeito é, muitas vezes,
detectado na própria estação.
CONCEITOS GERAIS
 Desdobramento da função qualidade (QFD)

A qualidade é desdobrada em
funções que primam por
procedimentos objetivos em cada
estágio do ciclo de desenvolvimento
do produto, desde a pesquisa até a
sua venda
CONCEITOS GERAIS
 Comakership

O fornecedor participa
ativamente, envolvendo-se
com as várias fases do
projeto, como seu
planejamento, custos e
qualidade, pois possui a
garantia de contratos de
fornecimento de longo prazo.
CONCEITOS GERAIS
 Sistemas flexíveis de manufatura

São máquinas de controle


numérico interligadas por um
sistema central de controle e
por um sistema automático
de transporte
CONCEITOS GERAIS
o Manufatura integrada por computador

Integração total da
operação manufatureira por
meio de sistemas de
computadores = CIM
CONCEITOS GERAIS
o Benchmarking

São as comparações das


operações realizadas em uma
unidade produtiva com os
indicadores apresentados por
empresas líderes em seus
segmentos

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