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Efeitos da declividade na

bancada de alface hidroponica

Prof: João Paulo


Ana Paula Pinheiro Vieira
10 período
Introdução
Nos últimos anos o cultivo de alface hidropônico vem crescendo
principalmente pelo crescimento da populacional e a grande
demanda por alimento, que a cada dia será ainda maior. Dentre as
tecnologias que vêm sendo aplicadas, a hidroponia tem se
destacado pela melhoria das hortaliças, mas também pela maior
produtividade em grande e pequena escala. Neste sistema é
necessário uma certa declividade da bancada ou das calhas de
cultivo para que as plantas recebam adequadamente o fluxo
nutritivo necessário. Quanto mais rápida a solução nutritiva passa
pelo canal de cultivo tem grande influência na absorção pelas
raízes. Algumas pesquisas já foram feitas sobre a declividade ideal,
mas outros fatores, como umidade e temperatura, também
influenciam dependendo da região.
Objetivos

Este trabalho teve o objetivo de avaliar a efeito da declividade


da bancada sobre o desenvolvimento de alface cv. Caipira em
três declividades 2%, 4% e 6% em proporções de blocos
totalmente casualizados (DBC) com 3 repetições e 20 plantas
por parcelas. Foi avaliado a massa fresca da planta inteira, da
parte herbácea e da raiz, sendo realizado o teste de variância
com fator duplo sem repetições para a comparação das
médias.
Metodologia
O experimento foi realizado no setor de hidroponia “Internato
Rural”, com sede na cidade de Teófilo Otoni, estado de
Minas Gerais, 354 m acima do nível do mar. O clima é
tropical, com muito menos pluviosidade no inverno que no
verão. A semeadura foi realizada no dia 11/09/2020 foram
utilizadas sementes de alface peletizadas da cultivar caipira
As mudas foram produzidas em espuma fenólica com cubos
de 2 x 2 x 2 cm onde permaneceram até a colheita com 25
Dias utilizou-se o delineamento em blocos casualizados,
cada tratamento com três parcelas com vinte plantas em
cada sendo as parcelas submetidas às inclinações de 2%
(T1), 4% (T2) e 6% (T3).
Quadro 1 – Etapas do experimento (idades em DAE = dias após
emergência)

Etapas Idade das plantas (DAE)

Semeadura - 4 dias

Emergência 0 dias

Transplantio para berçário 1 dias

Transplantio para perfil de crescimento 8 dias

Colheita 31 dias
Tabela 1 – produção de massa fresca
total nos três tratamentos
T 2% T 4% T 6%

Total Total Total

A D G B E H C F I

396 311 249 282 292 294 302 234 322

314 321 314 280 226 248 240 258 275

264 261 283 210 191 242 203 216 202

270 310 311 269 194 232 224 154 213

344 307 271 264 234 287 156 195 252

317.6 302 285.6 261 227.4 260.6 225 211.4 252.8

Médias 301.7   249.7 229.7

Fonte: dados obtidos no experimento.


tabela 2 – produção de massa fresca
das raízes nos três tratamentos
T 2% T 4% T 6%

Raiz Raiz Raiz

A D G B E H C F I

40 40 37 41 39 39 42 29 44

37 41 38 36 30 34 38 33 34

37 41 38 30 27 33 33 30 32

36 40 41 35 29 30 34 24 34

42 43 31 39 33 35 25 30 34

38,4 41 37 36,2 31,6 34,2 34,4 29,2 35,6

Médias 38,8 34,0 33,1

Fonte: dados obtidos no experimento.


tabela 3 – produção de massa fresca da
parte aérea
 
T 2% T 4% T 6%
 
Folhas Folhas Folhas
 
A D G B E H C F I
 
356 272 212 241 252 255 260 205 278
 
277 280 276 244 196 214 202 225 241
 
227 220 245 180 164 209 170 186 170
 
234 270 270 234 165 202 190 130 179
 
302 264 240 225 201 252 131 165 218
 
279,2 261,2 248,6 224,8 195,6 226,4 190,6 182,2 217,2
Médias 263,0
215,6 196,7

Fonte: dados obtidos no experimento.


Em comparação aos outros artigos que serviram de
orientação, podemos observar algumas diferenças nos
resultados. No artigo que avaliou quatro declividades de
bancada (3%, 4%, 5% e 6%), Araújo et al.(2018) concluíram
que o melhor resultado obtido para o desenvolvimento da
alface tipo americano (cv. Gloriosa) foi entre 4% e 5% em que
se observou um desempenho satisfatório entre a evolução
das partes aérea e raiz. Em outro artigo que avaliou duas
declividades (2% e 10%) concluiu-se que comparando as
cultivares testadas, não apresentaram diferenças estatísticas
quanto à matéria fresca da raiz. Entretanto, uma cultivar
apresentou os menores resultados tanto para matéria fresca
da parte aérea quanto para matéria fresca total.
Conclusão

Através do experimento realizado em sistema hidropônico


com a cultivar de alface Caipira, onde foi analisada a
produção de massa fresca, massa radicular e a massa da
parte aérea, concluímos que os melhores resultados foram
obtidos na declividade de 2% onde foi observado um
desempenho satisfatório para a evolução da parte aérea e da
massa total das plantas. Alguns fatores podem ter interferido
com relação a essas diferenças, os tipos de
declividade adotados, a temperatura ambiente no interior da
estufa, a formulação da solução nutritiva adotada em cada
experimento, a variedade das cultivares utilizadas .
Referencias Bibliográficas

Blat, Sally F., et al. "Desempenho de cultivares de alface crespa em dois ambientes
de cultivo em sistema hidropônico." Horticultura Brasileira 29.1 (2011): 135-138.
DE ARAÚJO, Orivaldo Maia et al. Efeito da declividade de bancada sobre a produção
de alface. PUBVET, v. 12, p. 138, 2018.
DOS SANTOS BRIÃO, Fabiano. Monitoramento de um cultivo hidropônico através de
um circuito de automação e controle. Caderno de Graduaçao-Ciências Exatas e
Tecnológicas-UNIT-ALAGOAS, v. 3, n. 1, p. 105-116, 2015.
DOUGLAS, James Sholto. Hidroponia: cultura sem-terra. NBL Editora, 1987.
Helbel Junior, Celso, et al. "Influência da condutividade elétrica, concentração iônica
e vazão de soluções nutritivas na produção de alface hidropônica." Ciência e
Agrotecnologia 32.4 (2008): 1142-1147.
Obrigada....

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