Você está na página 1de 9

A ditadura militar no Brasil

Arquivo do Estado de São Paulo, Brasil


Adesivo de propaganda do Regime Militar, Assessoria Especial de
Relações Públicas (AERP), década de 1970
O início da ditadura militar

Grupo militar da
Grupo militar
‘Sorbonne’
Linha-dura
- Formado, em grande
parte, por professores
da Escola Superior
de Guerra (oficiais
intelectualizados) - Grupo de extrema-direita,
formado por oficiais
anticomunistas e conservadores
- Golpe visto como
uma intervenção - Ditadura duradoura
Passageira (retorno
do poder aos civis
após o afastamento
de alas da esquerda
e do perigo de
desordem social)
Primeiro presidente pós-
golpe: Humberto de Alencar
Castelo Branco (1964-1967),
Grupo da Sorbonne

Principal porta-voz do Grupo


Linha-dura: Arthur da Costa e
Silva, ministro da Guerra

Golpe e governo militar


receberam o apoio de
representantes da UDN (União
Democrática Nacional), PSD

Governo do Brasil
(Partido Social Democrático),
PSP (Partido Social Progressista)
e dos Estados Unidos

Humberto de Alencar Castelo Branco, primeiro


presidente militar do Brasil, representante do Grupo
Sorbonne, Galeria de Presidentes, 1964.
Ditadura duradoura

Primeiro Ato Derrota da UDN


Institucional lançado nas eleições para
em 9 de Abril de 1964: governadores
o Poder Executivo agora (Minas Gerais e
poderia cassar direitos Guanabara) em
políticos 1965.

Pressão ao
presidente
Castelo
Branco por
parte do
Apenas dois partidos grupo
com existência legal: Ato Institucional nº Linha-dura
Arena(Aliança 2 (AI-2) promulgado
Renovadora Nacional), em 1965: extinguiu
partido do governo e partidos políticos e
MDB (Movimento estabeleceu a eleição
Democrático Brasileiro), indireta para
de oposição presidente
Organização de
passeatas contra
a ditadura pela
UNE (União
Nacional dos
O Ato Institucional nº Estudantes) Ato Institucional
3 (AI-3), promulgado n.º 4 (AI-4): eleição
em 1966, determinou de novo presidente
eleições indiretas e a formulação de
para governador uma nova
Constituição
Organização da Frente
Ampla por opositores
ao regime.

Costa e Silva, do
grupo Linha-dura, é
o novo presidente
em 1967
A cultura de contestação
- A arte engajada utilizava essa
manifestação como instrumento de
protesto político e crítica social. O
Cinema Novo foi um movimento
conhecido, principalmente, pela
"estética da fome", segundo o cineasta
Glauber Rocha, um cinema nascido da
miséria brasileira.

- A música do período foi marcada pelas


canções de protesto, de um lado, e

Coleção particular
pela Jovem Guarda, canções sobre
amores juvenis e automóveis, de outro.
A Tropicália também deixou sua marca
no cenário musical ao misturar
influências e linguagens.
Terra em transe, direção de
Glauber Rocha, 1967.
Os confrontos de 1968
Marcha de 20 mil
pessoas em
resposta à Passeata dos Cem
morte do Mil: o movimento
estudante estudantil organiza
Edson uma manifestação
Em sincronia com os contra a ditadura,
Luís. protestos e revoltas e com a participação
na Europa, México e de professores,
Estados Unidos, o ano de jornalistas,
1968, intelectuais e
no Brasil, foi marcado artistas.
pelo embate entre
repressores e
reprimidos.
Organização da
luta armada
contra a Duas
ditadura greves
operárias
(Osasco e
Contagem)
Os anos de Chumbo

Fechamento
do
Os protestos de 1968 Congresso
encurralaram os Nacional
militares:
restabeleciam a
democracia ou
aprofundavam a
repressão.
Escolheram a Rigorosa
segunda opção por censura
meio da
promulgação do Ato
Institucional nº5
(AI-5).
Suspensão
permanente
dos direitos
constitucionais
e civis
O “milagre econômico”

A dura repressão que calava as vozes dos


opositores permitiu que o governo militar
implementasse um plano econômico de
concepção liberal:

•sem preocupação com a diminuição das


diferenças sociais;
•promoveu a redução do salário dos
trabalhadores;
Arquivo do Estado de São Paulo, Brasil

•entrada de capital estrangeiro;

O “milagre econômico” seria fruto do aumento


dos índices da economia e do poder de consumo
da classe média, todavia tal “crescimento” foi
estabelecido pelo aumento da dívida externa
nacional. Entretanto, o furor de consumo, com a
propaganda e as grandes obras militares,
ajudaram a “abafar” a intensa repressão do
regime.
Cartaz da Semana da Pátria, Assessoria Especial
de Relações Públicas (AERP),1970.

Você também pode gostar