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Apocalipse

O cordeiro abre os selos


Cap. 6.1 – 8.1

Tomas P. Lauvers e Maurício K. de Oliveira


O conteúdo das visões dos selos
assemelha-se fortemente com os discursos
escatológicos nos evangelhos.
 Mateus 24 Apocalipse 6 1.
 Cristos falsos v. 4,5 v. 1,2 2.
 Guerras v. 6,7a v. 3,4 3, 4.
 Fome, terremotos localizados, Lc 21.11:
 Pestes v. 7b v. 5-8 5.
 Perseguições v. 9-25 v. 9-11 6.
 Abalos do mundo, Lc 21.25:
 Angústia mundial v. 29 v. 12-17 7.
 Segunda vinda v. 30,31 (Ap 8.1)
 A comparação permite constatar paralelos nítidos, e Mateus e
João com certeza falam do mesmo período de tempo, a saber, do
fim dos tempos com toda a sua duração entre a primeira e a
segunda vinda do Senhor (qi 48).

 As visões dos selos, portanto, também já abrangem o fim do fim


e não descrevem apenas eventos preparatórios. O sexto selo
leva diretamente ao limiar da volta para o juízo final.
 Ademais, a série de selos respira conceitos da proclamação do AT. O
número sete ocorre frequentemente em contextos de punição (Gn
4.15; Lv 26.18,21,24,28; cf. Mt 12.45; Lc 11.26). Também o judaísmo
traz provas disto (Eclesiástico 40.9; 4Esdras 7.80).

 As três pragas dos v. 3-8 (espada, fome e peste) encontram-se,


também, nesta composição em Lv 26.22; Is 51.19; Jr 15.2; 21.7,9;
24.10; 14.12; 42.17; 44.12; Ez 5.12; 6.11,12; 7.15; 12.16; 14.21. Elas
correspondem ao princípio das dores de Mc 13.8.

 Pragas também são profetizadas no AT por meio da metáfora de


cavalos (p. ex., Jl 2.4).
 Finalmente cabe dar atenção ao contexto contemporâneo das visões dos
selos. Nas cidades do Império Romano eram sumamente populares as corridas
de cavalos, respectivamente de bigas. Em Roma os nomes dos cavalos
famosos eram comentados em todas as esquinas. As massas haviam sido
tomadas de uma espécie de loucura por cavalos (Nigrinus). As corridas de
carroças duravam da manhã à noite. Diariamente realizavam-se até 24
disputas.

 Em geral, quatro carros corriam ao mesmo tempo. Os partidos eram


identificados por cores: branca, vermelha, verde e azul. João diverge das cores
porque tem interesse no simbolismo, o que se evidencia singularmente na
pálida cor cadavérica, o amarelo. O importante é que a paixão por cavalos
também tinha importância na política. Corridas de cavalos realizavam-se por
ocasião de homenagens ao imperador, sobretudo quando assumia o poder.
João acabou de descrever a ascensão de Cristo ao poder.
Os quatro cavaleiros
 O primeiro selo (O primeiro cavaleiro) 6.1-2:

 Quando o Cordeiro abriu um dos sete selos

 “Vem!” (Então ouvi um dos quatro seres viventes dizer com voz
de trovão: Corre! - [tradução do autor]). “Adolf Pohl”

 A ira perpassa todo o cap. 6 até o v. 17.

 O cavalo branco e seu cavaleiro

 Mateus 24.14; Marcos 13.10: a última oferta de amplitude


universal como sinal do fim dos tempos.
 O cavaleiro branco como anticristo

 O próprio Cordeiro chama o cavaleiro branco para fora: corre! (v.


1,3,5,7). Ele obriga o anticristo a se produzir o que, no entanto,
acarreta muito sofrimento.

 O segundo Selo Cap. 6.3-4

 O segundo cavaleiro: Guerra.

 O primeiro seguidor do anticristo está montado num cavalo


vermelho da cor do fogo.
 O terceiro Selo (Terceiro Cavaleiro) 6.5-6:

 A medidas eram diárias

 A interpretação do cavalo negro como sendo a fome

 O azeite e o vinho é uma metáfora para a vida luxuosa, imoral cf.


Ap. 14.8; 17.2; 18.3

 Consequentemente, parece que está sendo aludido à


circunstância de que os ricos, como sempre, sabem garantir o seu
luxo, enquanto o restante da população passa fome.
 O quarto Selo (Quarto Cavaleiro- peste - Amarelo) 6.7-8

 Morte e o Inferno “Hades”: representam também em Ap 1.18;


20.13 um pleonasmo para uma única realidade.

 E foi-lhes dada autoridade sobre a quarta parte da terra

 O versículo de síntese, v. 8b, menciona ainda a mortandade dos


animais na terra.

 Este é o último e verdadeiro fruto do cavaleiro branco:


retrocesso e morte de quatro lados da terra, ou seja, todos os
lados afastados do Cordeiro sofrem sob os animais ferozes. O
anticristo é coveiro da cultura mundial.
 Deus não retira o castigo de um lugar qualquer, como se fosse imposto
ao pecado como um segundo fator. Pelo contrário, o próprio pecado
volta-se contra, “acha” (Nm 32.23) o pecador, tornando-se assim o castigo
dele. Deus faz com que as atitudes do pecador recaiam sobre sua própria
cabeça (1Rs 8.32), de modo que há uma identidade entre pecado e
castigo.

 O quinto Selo 6.9-11


 A abertura dos selos segue a ordem dos discursos escatológicos dos
evangelhos.

 Clamaram em grande voz

 Santo e Verdadeiro

 Então, a cada um deles foi dada uma vestidura branca.


 O sexto selo, 6.12-17

 E vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande


terremoto.

 E o sol se tornou negro como saco de crina.

 Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar.


 Os v. 15-17 relatam a impressão causada nas pessoas.

 E disseram aos montes e aos rochedos: Caí sobre nós e escondei-


nos da face daquele que se assenta no trono.

 Os habitantes da terra temem também a ira do Cordeiro.

 Porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que pode


suster-se?

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