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UNIDADE TEMÁTICA 3

TEORIAS DE DESENVOLVIMENTO
Teoria do Desenvolvimento Psicossexual de Freud

Para Freud a o desenvolvimento do homem explica em estágios /fases Psicossexuais,

1ª. Fase oral, (0 a 1 ano aproximadamente)

O homem nasce com o Id, e o ego forma se no primeiro ano de vida, de uma parte do
Id, que começa a ter características próprias . As necessidades, percepções e modos
de expressão do bebe estão originalmente concentrados na boca, lábios, língua e
outros órgãos relacionados a cavidade oral. A boca é a região que proporciona maior
prazer ao bebé, pois é através desta que a criança entra em contacto com o mundo.
Isto explica o porquê do bebé ter tendência em levar tudo para a boca. O principal
objecto de desejo nessa fase de desenvolvimento é o seio da mãe.

A relação desenvolvida entre o bebé e a mãe neste período tem impacto na vida futura.
2ª. Fase – Anal, (1 a 3 anos aproximadamente)

Nesta fase a criança adquire o controle dos esfíncteres , visto que a maturação e o
desenvolvimento psicomotor vão permitir a criança reter ou expulsar os dejectos ou
a urina. A principal região erógena da criança e o ânus. Esta fase permite ter noção
de higiene.

3ª. Fase – Fálica, ( 3 a 5 anos aproximadamente)

Nesta fase de desenvolvimento a região erógena da criança e a sua genitália, sendo


comum a sua manipulação. Inicialmente a criança imagina que tanto os meninos
quanto as meninas possuem um pénis. As serem defrontados com as diferenças
anatómicas entre os sexos, elas criam as teorias sexuais infantis. Imaginam que as
meninas não tem pénis porque lhes foi arrancado (complexo de castração).
Surgem comportamentos exibicionistas e de espionagem . Alem disso surge também o
complexo de Édipo, onde o menino passa a apresentar uma atracção pela mãe e se
rivalizar com o pai, assim como o complexo de Electra a menina passa apresentar
uma atracção pelo pai e rivaliza-se com a mãe.

4ª Fase – Latência, (5/6 até aproximadamente 12 anos)

Dada a vivencia dos complexos e com um superego já formado, a criança entra em


uma fase de latência, isto é, esquece alguns acontecimentos e sensações, através do
processo de amnésia infantil. De forma mais calma e disponibilizada a criança pode
desenvolver competências a nível escolar, social, cultural. Esta fase é de
tranquilidade ou inactividade do impulso sexual. Resolvem os complexos de Édipo
e Electra.
Fase Genital – de 11/ 12 anos em Diante

Esta fase de desenvolvimento surge com a reactivação da sexualidade que esteve


adormecida durante o período de latência. A puberdade trás consigo mudanças
físicas que automaticamente expressam novas pulsões sexuais genitais e o mundo
relacional do adolescente e alargado a pessoas exteriores a família, ou seja, o
adolescente busca pessoas fora do seu grupo familiar (um objecto de amor).

A adolescência e uma fase de mudança físicas e psíquicas que pode gerar conflito no
adolescente dada a necessidade de a perda da identidade infantil e dos pais, para
gradualmente assumir a identidade agora adulta.
Estádio Genital
Alguns adolescentes, face as dificuldades deste período, regridem,
recorrendo a mecanismos como o ascetismo ou a intelectualização.
Ascetismo: o adolescente nega prazer, procura ter controlo das pulsões
através de uma rigorosa disciplina e de isolamento.
Intelectualização: o jovem procura esconder os aspectos emocionais do
processo adolescente, interessa-se por actividades como pensamento,
colocando ai toda a sua energia.
Estágio Faixa etária Zona erógena Características
Estágio Oral 0 a 1 ano Boca -Prazer centrado na região da boca e na ingestão
Surgimento do Ego de comida mastigar, sugar, morder e engolir são as
principais fontes de prazer,
Essas acções reduzem a tensão
conflito surge quando as
Necessidades orais da criança
Não são atendidas
Estágio Anal 1 a 3 anos Controle dos intestinos Retenção de dejectos até que
e bexiga Sua eventual eliminação torna
se prazeirosa
Exercício dos músculos do
Ânus é fonte de prazer
Estágio Fálico 4 a 6 anos Genitais Prazer centrado nos órgãos
genitais
Auto-manipulação é a
Principal fonte de prazer
Identificação com os pais do
Mesmo sexo reduz a tensão
Genitais são o centro de
Gratificação e a criança
Desenvolve atracção pelos pais
Do sexo oposto Complexo de Édipo, Angústia
Da castração, inveja do pénis
Estágio Latente 6 anos até puberdade Sentidos sexuais estão Prazer centra-se na interacção
inactivos. Social, Idade escolar
Estágio genital Puberdade em diante Interesse sexual A fonte de prazer é alguém
maduro Fora da família
Conflitos não resolvidos nos
Estágios anteriores ressurgem
Teoria do Desenvolvimento Psicossocial de Erickson

Erickson optou por distribuir o desenvolvimento humano em fases. Porém, seu modelo detém
algumas

características peculiares;
 Desviou-se do foco fundamental da sexualidade para as relações sociais;
 A proposta os estágios psicossociais envolvem outras artes do ciclo vital além da infância,
ampliando a proposta de Freud. Não existe uma negação da importância dos estágios infantil
(afinal, neles se dá todo um desenvolvimento psicológico e motor), mas Erikson observa que o
que construímos na infância em termos de personalidade não é totalmente fixo e pode ser
parcialmente modificado por experiências posteriores;
 A cada etapa, o indivíduo cresce a partir das exigências internas de seu ego, mas também das
exigências do meio em que vive, sendo portanto essencial a análise da cultura e da sociedade
em que vive o sujeito em questão;
Confiança Básica x Desconfiança Básica

Esta seria a fase da infância inicial, correspondendo ao estágio oral freudiano.A atenção do bebê se
volta à pessoa que provê seu conforto, que satisfaz suas ansiedades e necessidades em um
espaço do tempo suportável: a mãe. A mãe lhe dá garantias de que não está abandonado à
própria sorte no mundo. Assim se estabelece a primeira relação social do bebê. E justamente
sentindo falta da mãe que a criança começa a lidar com algo que Erikson chama de força
básica (cada fase tem a sua força característica). Nesta, a força que nasce é a esperança.
Quando o bebê se dá conta de que sua mãe não está ali, ou está demorando a voltar, cria-se a
esperança de sua volta. E quando a mãe volta, ele compreende que é possível querer e esperar,
porque isso vai se realizar; ele começa a entender que objetos ou pessoas existem, embora
esteja fora – temporariamente – de seu campo de visão.
• Quando o bebê vivencia positivamente estas descobertas, e quando a mãe confirma suas
expectativas e esperanças, surge a confiança básica, ou seja, a criança tem a sensação de que
o mundo é bom, que as coisas podem ser reais e confiáveis. Do contrário, surge a desconfiança
básica, o sentimento de que mundo não corresponde, que é mau ingrato. A partir daí, já
podemos perceber alguns traços da personalidade se formando, ainda que em tão tenra idade
(Erikson, 1987 e 1976). É importante que a criança conviva com pequenas frustrações, pois é
daí que ela vai aprender a definir quais esperanças são possíveis de serem realizadas, dando a
noção do que Erikson chamou de ordem cósmica, ou seja, as regras que regem o mundo.
Autonomia x Vergonha e Dúvida

Nesta fase eriksoniana, que corresponde ao estágio anal freudiano, a criança já tem algum controle
de seus movimentos musculares, então direciona sua energia às experiências ligadas à
atividade exploratória e à conquista da autonomia. Porém, logo a criança começa a
compreender que não pode usar sua energia exploratória à vontade, que tem que respeitar
certas regras sociais e incorporá-las ao seu ser, fazendo assim uma equação entre manutenção
muscular, conservação e controle (Erikson, 1976).

A aceitação deste controle social pela criança implica no aprendizado – ou no início deste – do que
se espera dela, quais são seus privilégios, obrigações e limitações. Deste aprendizado surge
também a capacidade e as atitudes judiciosas, ou seja, surge o poder de julgamento a criança,
já que ela está aprendendo as regras.
Os pais, muitas vezes, usam sua autoridade de forma a deixar a criança
um pouco envergonhada, para que ela aprenda determinadas regras.
Porém, ao expor a criança à vergonha constante, o adulto pode estimular o
descaramento e a dissimulação, como formas reativas de defesa, ou o
sentimento permanente de vergonha e dúvida de suas capacidades e
potencialidades.

Em uma explanação mais completa sobre a vergonha, Erikson ressalta


que trata-se, na verdade, de raiva dirigida a si mesmo, já que pretendia
fazer algo sem estar exposto aos outros, o que não aconteceu. A vergonha
precederia a culpa, sendo esta última derivada da vergonha avaliada pelo
superego (Erikson, 1976).
Iniciativa x Culpa

Neste estágio, que corresponde à fase fálica freudiana, a criança já conseguiu a confiança, com o
contato inicial com a mãe, e a autonomia, com a expansão motora e o controle. Agora, cabe
associar á autonomia e à confiança, a iniciativa, pela expansão intelectual.

A combinação confiança-autonomia dá à criança um sentimento de determinação, alavanca para a


iniciativa. Com a alfabetização e a ampliação de seu círculo de contatos, a criança adquire o
crescimento intelectual necessário para apurar sua capacidade de planejamento e
realização(Erikson, 1987, p.116). Quando ela já se sente capaz de planejar e realizar, ou seja,
ela tem um propósito, ela tende a duas atitudes: numa delas, a criança pode ficar fixada pela
busca de determinadas metas.
Diligência x Inferioridade

Erikson deu um destaque a esta fase que, contraditoriamente, foi a menos explorada por Freud (no
esquema freudiano, corresponde à fase de Latência, por julgá-la um período de
adormecimento sexual). Podemos dizer que este período é marcado, peara Erikson, pelo
controle, mas um controle diferente do que já discutimos. Aqui, trata-se do controle da
atividade, tanto física como intelectual, no sentido de equilibrá-la às regras do método de
aprendizado formal, já que o principal contato social se dá na escola ou em outro meio de
convívio mais amplo do que o familiar.
Nesta fase, começam os interesses por instrumentos de trabalho, pois trabalho
remete à questão da competência. A criança nesta idade sente que adquiriu
competência ao dedicar-se e concluir uma tarefa, e sente que adquiriu habilidade se
tal tarefa foi realizada satisfatoriamente. Este prazer de realização é o que dá forças
para o ego não regredir nem se sentir inferior. Se falhas seguidas ocorrerem, seja por
falta de ajuda ou por excesso de exigência, o ego pode se sentir levemente inferior e
regredir, retornando às fantasias da fase anterior ou simplesmente entrando em
inércia.
Identidade x Confusão de Identidade

Nos estudos de Erikson, esta é a fase onde ele desenvolveu mais trabalhos, tendo dedicado um
livro inteiro à questão da chamada crise de identidade. Em seus estudos, Erikson ressalta que
o adolescente precisa de segurança frente a todas as transformações – físicas e psicológicas –
do período. Essa segurança ele encontra na forma de sua identidade, que foi construída por seu
ego em todos os estágios anteriores.

Esse sentimento de identidade se expressa nas seguintes questões, presentes para o adolescente:
sou diferente dos meus pais? O que sou? O que quero ser?. Respondendo a essas questões, o
adolescente pretende se encaixar em algum papel na sociedade. Daí vem a questão da escolha
vocacional, dos grupos que freqüenta, de suas metas para o futuro, da escolha do par, etc.
TEORIA DO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE JEAN PIAGET

De acordo com Piaget, o desenvolvimento cognitivo é produto do equilíbrio entre o


organismo e o meio, porque a aquisição ou assimilação de conhecimentos é um
processo evolutivo de construção, na teoria epistemológica de conhecimento ou
epistemologia genética.

Um conhecimento é construído com base nos conhecimentos anteriores organizando-se


em processos cognitivos segundo a adaptação do organismo ao meio. A ideia
Piagetiana é estrutural ou construcionista quando evidencia a construção ou
organização de estruturas mentais ou processos cognitivos.
Aliás, segundo afirma CAMPOS (1990: 60) o que se desenvolve nesta
perspectiva são as estruturas daí designar-se de perspectiva Estruturalista. Por
outro lado, é funcional ou psicobiológica devido a adaptação orgânica e
intelectual ao meio como condições funcionais no sentido de surgir uma
organização das estruturas cognitivas. Assim, o desenvolvimento cognitivo
surge das funções de organização e de adaptação.

O processo de adaptação realiza-se por meio de equilíbrio entre assimilação e


acomodação. O equilíbrio leva a aquisição de estruturas cognitivas (o
desenvolvimento cognitivo). As estruturas cognitivas se resumem em dois tipos:
esquemas e conceitos.
Um esquema é um conjunto de regras que define um género específico de
comportamento (actividades de chuchar, apalpar, olhar, etc.) como parte da
estrutura cognitiva da criança.

Equilibração: processo interno de regulação entre a assimilação e a acomodação.


E um mecanismo auto-regulador. Contudo, todo o equilíbrio induz um novo
desequilíbrio. É precisamente este movimento de equilíbrio - desequilíbrio que
permite o desenvolvimento individual, a adaptação.

Quanto mais cresce, vai conhecendo o seu meio, também vai desenvolvendo
estruturas mentais (conceitos segundo Piaget), referindo aquelas normas que
descrevem acontecimentos ambientais, relações entre conceitos, seus efeitos. Pois,
a adaptação ao meio ambiente faz-se através do processo de assimilação e
acomodação.
Adaptação - processo interno de equilíbrio entre o organismo e o meio. Resulta
da interacção entre a assimilação e a acomodação. A evolução cognitiva faz-se
pela cada vez melhor adaptação do sujeito ao meio.

Assimilação como processo espontâneo da criança consiste em integrar ou


interiorizar a experiência do meio ambiente onde está inserido (processo).
Consiste em acrescentar novos elementos a um conceito ou a um esquema. Em
síntese: Assimilação - processo mental que consiste em integrar numa estrutura
prévia do sujeito os objectos e as situações, isto é, os elementos provenientes do
meio. Pela assimilação, incorporam-se os dados das experiências às estruturas
cognitivas.
A acomodação refere o ajustamento desses elementos a nova situação. O
ajustamento que o indivíduo faz ao incorporar a realidade externa. Se a
assimilação consiste na capacidade do sujeito interiorizar e conceptualizar as suas
experiências do meio, a acomodação é a resposta do sujeito as exigências
imediatas e constrangedoras do meio, e o grau de adaptação aos estímulos
externos, mediante a reorganização cognitiva, em vez de respostas mecânicas.

Em síntese: Acomodação - processo mental pelo qual as estruturas cognitivas, os


esquemas existentes se vão modificar em função das experiências do meio. É um
processo em que as estruturas se submetem às exigências exteriores, as situações
novas, adequando-se ao meio.
Sensório-motor (0 aos 2 anos): descrevendo podemos dizer que, as realizações dos
bebês consistem em grande parte da coordenação das suas operações sensoriais e de
seus comportamentos motores simples. `a medida que se movimenta através dos
seus subestágios desse período, os bebés passam a reconhecer a existência de um
mundo fora deles mesmos e começam a integrar com ele de forma deliberada.

Pré-operatório (2 aos 6 anos): as crianças menores podem representar a realidade


para si mesmas através do uso de símbolos, incluindo imagens mentais, palavras e
gestos. Os objectos e eventos não precisam mais estar presentes para serem
considerados, mas as crianças frequentemente não conseguem distinguir seu ponto
de vista do ponto de vista dos outros, são facilmente enganadas pelas aparências e
frequentemente ficam confusas com as relações causas.
Operações Concretas (6 aos 12 anos): quando entram na segunda infância, as
crianças tornam-se capazes de realizar operações mentais, acções internalizadas
que se ajustam a um sistema lógico. O pensamento operatório permite que as
crianças mentalmente combinem, separem, ordem e transformem objectos e
acções. Essas operações são consideradas concretas porque são realizadas na
presença dos objectos e eventos que estão sendo considerados.

Operações Formais (12 aos 19 anos): na adolescência, a pessoa em


desenvolvimento adquire a capacidade de pensar sistematicamente sobre todas
as relações lógicas dentro de um problema. Os adolescentes exibem um vivo
interesse nas ideias abstractas e no processo de pensamento em si.
Raciocínio operatório formal, em que cada elo parcial de uma cadeia de
raciocínio está relacionado ao problema como um todo.
Os jovens resolvem o problema da combinação das substâncias químicas
testando sistematicamente todas as combinações possíveis.
Behaviorismo de Watson

O Behaviorismo surgiu, como uma proposta para a Psicologia tomar como seu objetivo
de estudo o comportamento, e não como indicador de alguma outra coisa, ou seja,
como indício da existência de um fenômeno que se expressaria através do
comportamento. Surgiu como reação às posições, então dominantes, de que a
Psicologia deveria estudar a mente ou a consciência dos homens.

O Behaviorismo surgiu em oposição ao Mentalismo e ao Introspeccionismo, mas, de


fato, isso só é verdade na obra de behavioristas clássicos como Watson e Guthrie.
Watson propôs, que podemos fazer daquilo que observamos, o corpo de estudo da Psicologia?
A proposta de Watson incluía:

- estudar o comportamento por si mesmo;

opor-se ao Mentalismo, e ignorar fenômenos como consciência, sentimentos e estados mentais;

- aderir ao evolucionismo biológico e estudar tanto o comportamento humano quanto o

animal, considerando este último mais fundamental;

- adoptar o determinismo materialístico;


- usar procedimentos objetivos na coleta de dados, rejeitando a introspecção;

- realizar experimentação controlada;


- realizar testes de hipótese de preferência com grupo controle;

- observar consensualmente.
- evitar a tentação de recorrer ao sistema nervoso para explicar o comportamento, mas

estudar atentamente a ação dos órgãos periféricos, dos órgãos sensoriais, dos músculos e
das glândulas.
Watson propôs uma Psicologia S R, ele estava se apoiando no modelo do arco
reflexo de Lashley e Pavlov para explicar a relação observada S-R. Ele estava
manifestando sua adesão a um modelo de causação antecedente exclusiva (R
causada ou desencadeada por S) mediada pelo SNC (Sistema Nervoso
Central, ou, como alguns críticos preferiam, dado o modo laxo com que o
termo era empregado, Sistema Nervoso Conceitual)

Para Watson, todo o comportamento de interesse é comportamento aprendido


e as causas do comportamento devem ser buscadas em seus antecedentes
imediatos (exigindo, portanto uma contigüidade espaço-temporal entre esses
antecedentes e o comportamento).
Teoria do Condicionamento Operante de Skinner

Principais Conceitos
Estímulo qualquer acontecimento, externo ou interno a um organismo, susceptível de ser captado
pelos seus receptores e de levar a uma reacção.
Resposta unidade de comportamento sob controlo de um ou mais estímulos.
Reforço qualquer acontecimento (estímulo) que segue uma resposta e aumenta a probabilidade
dessa resposta ocorrer, na mesma situação
— reforço positivo - quando esse acontecimento comporta uma ocorrência agradável para o sujeito
— reforço negativo - quando esse acontecimento envolve a remoção ou o afastamento de algo
desagradável para o sujeito
Punição - ocorrência de um estímulo nocivo ou aversivo, após uma resposta

Extinção - processo de diminuição da frequência de ocorrência de uma

resposta, por supressão do reforço que a mantinha.


Teoria Sócio Cognitiva de Bandura

A teoria social cognitiva de Bandura é uma forma de behaviorismo menos radical que a
de Skinner e reflete o espírito dos tempos, o impacto do renovado interesse da
psicologia nos fatores cognitivos.

Sua pesquisa tinha como meta observar o comportamento dos indivíduos durante a
interação. Não usava a introspecção nem enfatizava a importância da recompensa
ou do reforço na aquisição ou modificação do comportamento.

Além de ser uma teoria behaviorista, o sistema de Bandura era cognitivo. Ele
enfatizava a influência dos esquemas de reforço externo dos processos de
pensamento, tais como crenças, expectativas e instrução.
Para Bandura, respostas comportamentais não são disparadas automaticamente
por um estímulo externo, como em uma máquina ou em um robô. Ao
contrário, as reações aos estímulos são auto-ativadas, iniciadas pela própria
pessoa.

Quando um reforço externo altera o comportamento, é porque a pessoa tem


consciência da resposta da resposta que está sendo reforçada e antecipa a
recepção do mesmo reforço ao repetir o comportamento da próxima vez em
que a situação ocorrer.

Embora Bandura concordasse com Skinner a respeito da possibilidade de


mudar o comportamento humano por meio do reforço, também sugeriu e
demostrou, na prática, a capacidade de as pessoas aprenderem quase todos os
tipos de comportamento sem receberem diretamente qualquer reforço.
A aprendizagem ocorre não pelo reforço direto, mas por meio de
"modelos", observando o comportamento de outras pessoas e nele
fundamentando os próprios padrões. Para Skinner, o controlador do
reforço regula o comportamento. Para Bandura, o controlador do modelo
social regula o comportamento.

Bandura conduziu pesquisas completas sobre as características dos


modelos que influenciam o comportamento humano. A tendência do
indivíduo é modelar o próprio comportamento com base nas pessoas do
mesmo sexo e idade, ou seja, nos nossos semelhantes que conseguiram
resolver os problemas similares aos nossos.
A aquisição de conhecimento (aprendizagem) e desempenho observável é
baseada naquele conhecimento (comportamento), enfatizando a importância
da observação e da modelagem dos comportamentos, atitudes e respostas
emocionais dos outros.
Eventos ambientais (recursos, consequências de ações e ambiente físico),
pessoais (crenças, expectativas, atitudes e conhecimento) e comportamentos
(atos individuais, escolhas e declarações verbais) interagem no processo de
aprendizagem (Determinismo recíproco).
A abordagem de Bandura consiste em uma teoria de aprendizagem "social",
porque estuda a formação e a modificação do comportamento nas situações
sociais.

"O aprendizado seria excessivamente trabalhoso, para não mencionar


perigosos, se as pessoas dependessem somente dos efeitos de suas próprias
ações para informá-las sobre o que fazer. Por sorte, a maior parte do
comportamento humano é aprendida pela observação através da modelagem.
Pela observação dos outros, uma pessoa forma uma ideia de como novos
comportamentos são executados e, em ocasiões posteriores, esta informação
codificada serve como um guia para a ação." (Bandura, 1977, p22).
Aprendizagem ativa é aprender, fazendo (e experimentando as consequências da
ação).
• Aprendizagem indireta é aprender, observando os outros.

Aprendizagem por Observação


a) Por intermédio de reforço indireto: recompensa ou punição de outrem;
b) Pela expectativa de ser reforçado pelo domínio;
c) Pela identificação com o modelo admirado ou de status elevado.

Os processos componentes que estão por trás do aprendizado pela observação são:
1) Atenção, incluindo os eventos apresentados (clareza, valência afetiva, complexidade,
frequência, valor funcional) e as características do observador (capacidades sensoriais,
nível de atenção despertada, conjunto de percepção, reforço anterior);
2) Retenção, incluindo codificação simbólica, organização cognitiva, ensaio
simbólico, ensaio motor;
3) Reprodução motora, incluindo capacidades físicas, auto-observação da reprodução,
exatidão do retorno;
4) Motivação, incluindo reforço externo, indireto e próprio controle dos próprios
reforçadores.

Auto-regulação e modificação cognitiva do comportamento


Automanejo: programa de mudança de comportamento básico (estabelecimento de
objetivos, observação de seu próprio trabalho, manutenção de registros e avaliação do
próprio desempenho, seleção e liberação de reforço).
a) Estabelecimento de objetivos específicos, tornando-os públicos;
b) Registro e avaliação de progresso através de mapa, diário, listagem com a frequência
ou duração dos comportamentos em questão;
c) Auto-reforço.
Auto-Instrução e Modificação Cognitiva do Comportamento
a) Um modelo adulto realiza uma tarefa enquanto fala consigo mesmo em voz
alta (modelagem cognitiva);
b) A criança realiza a mesma tarefa sob direção das instruções do modelo
(orientação aberta, externa);
c) A criança realiza a tarefa enquanto instrui a si mesma em voz alta (alto-
orientação, aberta);
d) A criança murmura as instruções para si mesma enquanto realiza a tarefa
(auto-orientação, aberta, enfraquecida);
e) A criança realiza a tarefa enquanto orienta seu desempenho por meio de
fala privada (auto-instrução velada).
Princípios:
1. O nível mais alto de aprendizado de observação é alcançado, primeiro,
organizando e ensaiando o comportamento-modelo de modo simbólico e,
depois, representando-o publicamente. A codificação de um comportamento
modelado em palavras, rótulos ou imagens, resulta em retenção mais
eficiente do que aquela proporcionada pela observação.
2. É mais provável que os indivíduos adotem um comportamento como
modelo se ele produzir resultados que eles valorizam.
3. É mais provável que os indivíduos adotem um comportamento como
modelo, se o modelo for parecido com o observador.
Conceitos
Auto-eficácia: senso de uma pessoa de ser capaz de lidar efetivamente
com uma tarefa particular;
 Modelagem: mudança no comportamento, pensamento, ou emoções que
ocorrem por meio da observação de outra pessoa - um modelo;
Modificação cognitiva do comportamento: procedimentos baseados nos
princípios comportamentais e cognitivos de aprendizagem para mudar seu
próprio comportamento, usando fala privada e autoinstrução;
Auto-instrução: falar consigo mesmo, executando os passos de uma
tarefa.
Questionário
1. O que entende por teorias de desenvolvimento?
2. Caracterize o fase oral e diga o teórico desta classificação .
3. Fale da fase de diligencia x inferioridade de Erickson.
4. Quantos e quais são os estágios de desenvolvimento segundo Piaget.
5. Diferencie assimilação da acomodação.
6. A aprendizagem sócio cognitiva fala do comportamento como resultado
da interacção entre o sujeito e o meio. Qual é o principal elemento
regulador do comportamento segundo esse teórico?
7. Dentre as teorias de desenvolvimento abordadas, qual delas explica
melhor o Desenvolvimento humano? Justifique a sua resposta.
Grato Pela Atenção Dispensada

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